Duo Reality escrita por Warfighter


Capítulo 18
Capítulo 17- Dois anos antes


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pessoal! Mas sabem como as aulas são né... Vou tentar postar o próximo um pouquinho mais rápido, mas não prometo nada XD
Enfim. Esse capítulo se passa no passado, nas memórias que Daniel tinha esquecido (por isso é a parte 2) e essa parte vai se estender por alguns capítulos, até voltar para o tempo normal, ou seja, quando Daniel e Sarah se beijam *-*
Aproveitem!!
PS: O Nyah! resolveu dar tilte, então, os parágrafos estão inexistentes, as pontuações estão péssimas, e as partes que deveriam estar em itálico não estão. EU. ODEIO. O WINDOWS. (está lendo isso Bill Gates? Tomara que sim) ok. Estou tentando resolver isso o mais rápido possível!



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Parte 2
Capítulo 17
2 anos antes

Os raios quentes de sol entravam por uma das janelas e batiam em meu rosto adormecido. Eles marcavam o início de um longo verão.
Estava dormindo de meias negras, que contrastavam com meus cobertores e com o resto do quarto. Apoiei meus pés no carpete felpudo e me levantei preguiçosamente.
Puxei de uma vez só as cortinas da outra janela. O sol também batia um pouco mais fraco e apoiei a borda de meus dedos na testa afim de projetar um sombra e poder ver um pouco melhor.
Lá estava. Uma casinha, cor de salmão, que seria considerada bonitinha se não fosse completamente igual a todas as outras do lado Ocidental.
Peguei uma bolinha de borracha, macia e saltitante; em cima de minha escrivaninha e joguei no vidro da ventana à minha frente.
Algum tempo depois, a figura sonolenta de um garoto um pouco mais novo que eu, apareceu na janela, e a abriu.
- O que é, Dan? - Disse Victor em uma voz mal-humorada.
- Bom dia pra você também. - falei eu, divertido. - Só queria avisar que não posso jogar com você hoje. Sabe como é, são os últimos anos do Software e eu tenho uma reunião na escola.
- Na escola? - Victor revirou seus olhos azuis cristalinos Acham que você tem o quê? Dez anos?
- Não vamos discutir, certo? - eu ri. Ele era a pessoa mais cômica do mundo quando acordava.
Victor retorceu a boca em sinal de deboche - sabia que eu estava implicando com ele e desapareceu em seu quarto.
Estava feliz naquele dia. Depois de trocar de roupa, desci as escadas para tomar o café da manhã.
- Bom dia, pai. - eu cumprimentei enquanto pegava uma garrafa de suco.
Não obtive resposta.
- Ei pai. Bom dia! - repeti.
- Ah, olá filho! - ele sorriu e passou a mão de leve em seus cabelos acobreados Ando meio distraído ultimamente.
- Percebe-se sorri.
O gosto cítrico do suco de laranja desceu por minha garganta e me proporcionou uma sensação refrescante.
- Olá querido. Pronto? - a voz suave de minha mãe me perguntou.
- Quase lá. - respondi. - E eu posso ir sozinho. - frisei.
Ela afixou seu olhar violeta em mim.
- Só porque está prestes a se formar não significa que não posso te levar aos lugares.
Revirei os olhos.
- Acompanhe-me, se quiser. - disse eu com um sorrisinho lhano.
- Deixe nosso programadorzinho ir! - zombou meu pai, bagunçando meus cabelos. Eu sabia que ele estava orgulhoso por eu ter escolhido algo proveniente de sua terra natal.
Apesar da reunião, precisava fazer os exercícios diários do Software, então, fui direto para a salinha enquanto mastigava um pouco de cereal. A reunião seria ás dez. Eu tinha uma hora.
Sentei-me na cadeira e olhei diretamente para o painel. Eu deveria ter feito tudo aquilo antes.
Dez questões aleatórias
Questão 1: HISTÓRIA GERAL. 'O nome do primeiro governante'
Havia uma folha de papel na minha frente com dez linhas para as respostas. O que me importava se o nome do cara era Mia, Shia ou Lia? Chutei Shia.
As outras nove perguntas foram igualmente irritantes. Odiava os dias nos quais o Software resolvia me mandar questões que não tinham nada haver com o que eu faria na vida.
Completei a décima pergunta, e dobrei a folha cuidadosamente, na sequência certa, para não dar pane, como acontecera inúmeras vezes quando errei as dobras.
Enviei os exercícios por uma pequena abertura, em baixo do holograma. Lá dentro, um laser lia as respostas, e, depois, reciclava o papel, me dando exatamente o mesmo no dia seguinte.
Alguns segundos depois, veio o resultado: 100% dos exercícios corretos.
Aquele seria o melhor verão de todos e ninguém estragaria isso.
Saí da sala cantarolando uma música que conhecia desde pequeno enquanto estalava os dedos para marcar o tempo.
- Adiós! - me despedi de meus pais, e fui embora.
Coloquei ambas as mãos dentro dos bolsos do jeans e fui andando pela calçada, à espera de uma Sanfona Voadora.
Devia estar a uns 100 metros de minha casa, quando ouvi:
- Dan! Dan! - me virei e avistei o corpo magrelo de Victor se aproximando. - Posso ir com você? Por favor?
- Claro! - dei um sorriso e soquei seu ombro amigavelmente Mas por quê? Ficou arrependido de não ter conversado decentemente comigo?
Ele me ignorou.
- Não é isso. - disse, fingindo estar ressentido Quero um jogo novo, sei lá! Sair de casa, me aventurar um pouco! Quero me divertir, Daniel.
Me senti um pouco mal. Nenhum de nós nos divertíamos, realmente. Eu o entendia perfeitamente, e pior: sabia que não podíamos fazer nada a respeito.
- Pode vir. - eu disse com um sorriso mais fraco
Victor levantou o braço com o punho fechado em sinal de vitória e felicidade.
Uma Sanfona Voadora rapidamente apareceu, e desceu um pouco sua altitude, para podermos entrar.
A condutora era uma mulher nova, talvez alguns anos mais velha que eu. Surpreendente, porque manipular aqueles transportes era dificílimo. Eu só via pessoas de idade naquela profissão, depois de um longo treinamentos sobre hologramas, um currículo farto, e uma boa ficha no governo.
Seus cabelos eram rosa escuro, e combinavam com os olhos. Na verdade, combinavam com o resto da roupa: inteira no mais variados tons dessa cor. A visão da mulher era meio cegante e assustadora, e ela se parecia mais com um flamingo do que com um ser humano.
- Para onde os lindinhos vão? - Perguntou em uma voz alta e esganiçada.
- Escola. - falei em um tom quase inaudível.
- Ah! A reunião! Lembro-me da minha como se fosse ontem! - A mulher olhou para cima, como se esperasse que aqueles balõezinhos de pensamento aparecessem Sentem!
Ela nos empurrou nos primeiros assentos, sem que tivéssemos oportunidade de escolher um outro qualquer provavelmente sabia que tentaríamos nos sentar longe dela.
A Rosinha resolvi a apelidar assim programou a Sanfona Voadora com suas enormes unhas em uma velocidade impressionante e se pôs a tagarelar. Imaginei que talvez que não tivesse ninguém com quem conversar, ou talvez fosse um pouco incompreendida. Então, a encarei e fui todo ouvidos durante o trajeto inteiro ao contrário de Victor que espiava pelas janelas.
- Ei. - ele sussurrou. - O que é aquilo?
A moça, que devia ter ouvidos-antena, parou o transporte e também olhou através dos vidros.
Parecia ser um tipo de comércio. Um homem que usava um rabo-de-cavalo grisalho entrou e avistamos uma placa: Eletrônicos do Norte.
- Deve ser nova. - a condutora disse. - Por que raios esse cara saiu do Norte?
- Ele deve ter um bom motivo. - eu disse, pensando em meu pai, que nunca quisera me contar o dele.
Victor se levantou e jogou alguns denarius para a mulher tagarela. Se virou para mim:
- Acho que vou ficar por aqui deu um soquinho no meu punho e pulou para fora da Sanfona, sem nem notar que estava a cinco metros do chão.
Ela ficou observando Victor até ele entrar na loja, e, em seguida colocou o veículo em movimento novamente.
- Seu amigo é engraçado.
- Eu sei. - respondi rindo um pouco.
No fim, percebi que ela não era tão amedrontadora quanto achava, e até uma pessoa interessante e legal, se pensasse bem.
Quando chegamos no centro da divisão, ela baixou a SV e eu desci tranquilamente, olhando para o relógio: ainda faltavam quinze minutos.
- Daniel. - eu sorri para minha nova amiga.
- Pinkiddy. - ela disse em resposta A única da divisão. E foi embora.
Gargalhei. Ela só usava rosa, e tinha o nome Pinkiddy? Era incrível demais para ser verdade. Esperava poder encontrá-la mais vezes.
Estava ali, na minha frente. Aquele prédio branco no qual passei meus dez primeiros anos de vida. Era estranho entrar ali depois de tanto tempo.
- Dessman! - a voz familiar de um garoto ecoou em meus ouvidos.
Era alto, moreno, e muito, muito magro. Seus olhos eram meio puxados, e seu nariz, achatado.
- Goff! - eu gritei como uma senhorinha que acaba de ver seu neto, e fui abraçá-lo.
- Há quanto tempo, cara!
- Digo o mesmo! Veja o seu tamanho! - eu falei, impressionado por aquele garotinho que eu conheci com dois anos estar praticamente um adulto.
- Você tem que aparecer lá em casa! Pelos velhos tempos.
Assenti. Goff era meu melhor amigo na época de escola. Íamos jogar videogames juntos todas as tardes, já que ele morava na mesma rua que eu. Mas, sem aviso prévio, o governo apareceu em sua casa alegando que estava imprópria e ele foi morar do outro lado da divisão.
E, aos poucos, fomos perdendo contato.
Contudo, lá estava ele: feliz e vívido como sempre.
Fomos andando devagar até a sala que seria nossa reunião. Todos já estavam sentados impecavelmente, esperando por nosso instrutor. A maioria dos presentes nos lançou um olhar que alguém lançaria a um vândalo ou a um criminoso.
E, como sempre, eu estava pouco me lixando.
Goff e eu nos acomodamos em duas das três carteiras restantes, e mais ou menos um minuto depois, um homem com compridos cabelos castanhos adentrou pela porta.
- Bom dia pra vocês. - disse.
Todos nós respondemos em coro, maquinalmente, um suave Bom dia.
- Meu nome é Jorge Senipah, e sou seu instrutor fez uma breve pausa Vocês sabem que esses dois últimos anos são importantes, não é? Sabem que a dedicação dos senhores no Software significa uma casa, um emprego, e, por consequência, uma família? Que bom.
Ele ia continuar, mas foi interrompido pelo clique da porta se abrindo.
Entraram na sala, simplesmente, a Governante do Sul, Talita, com dois combatentes a seu lado. Atrás dela, vinha uma garota, muito bonita, com longos cabelos negros e lindos olhos verdes.
- Transferida do Norte - a Governante disse. - Essa é Sarah Noir, e ela acompanhará o Sul em sua jornada.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?( do conteúdo, porque o resto tá um porcaria e eu não consigo consertar --') Críticas, elogios, ameaças de morte.... Falem nos reviews! Beijões e até o próximo!



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