Elena estava animada para sair, sentia tanta falta do Damon, finalmente fariam alguma coisa legal juntos.

A garota vestiu uma calça jeans escura um tanto colada, botas, uma regata com renda vermelha e por cima uma jaqueta preta de couro. Passou apenas uma maquiagem fraca.

Damon vestiu uma calça jeans preta, uma camiseta de manga curta azul escura, e sua jaqueta de couro costumeira. Esse visual deixava o vampiro ainda mais lindo, pois destacava sua pele branca e seus olhos azuis.

Elena começou a descer as escadas, Damon estava na sala sentado no sofá, mas levantou assim que percebeu a presença de Elena. Por alguns segundos seus olhares se encontraram, mas com muita dificuldade a garota desviou o olhar.

O vampiro estava achando a garota linda, afinal ela sempre estava, mas dessa vez estava ainda mais, para Damon ela fica mais linda a cada dia que se passa.

Ele a conduziu até seu carro e como um perfeito cavalheiro abriu a porta, ele só ficava assim perto dela, ele sempre seria o que a garota precisa.

...

–Por que você está me trazendo aqui? –Perguntou a Elena enquanto o vampiro abria a porta do carro para que ela saísse já na frente do bar.

–Lembra que uma vez eu lhe disse que você não era uma má companhia? Eu não estava brincando. –Respondeu com seu famoso sorriso irônico no rosto.

O bar estava um pouco diferente da última vez em que eu estive lá. Havia uma pista de dança dessa vez, mas não era grande coisa. Tinham algumas pessoas dançando ali e outras bebendo. Estava tocando uma música animada.

Enquanto passávamos pela pista para chegar até onde serviam as bebidas, percebi que havia vários olhares sobre mim, olhares masculinos.

Damon pareceu perceber isso também, pois entrelaçou nossas mãos como se fossemos um casal. Não fiz nem menção de afastar minha mão da dele, eu precisava daquele toque, mesmo sabendo que o Stefan não gostaria nem um pouco de ver essa cena.

Chegamos aonde serviam as bebidas.

–Posso ajudar? –Perguntou a garçonete. Ela era loira com cabelos longos e tinha olhos bem azuis, parecia não ter mais do que 25 anos. Ela não parava de encarar o Damon enquanto aguardava a resposta. Uma ponta de ciúmes me atingiu.

–Eu quero uma dose de tequila. –Disse o Damon e sorriu para ela.

–E para você? –Perguntou me olhando com desdém.

–O mesmo. –Respondi.

–Só vendemos bebidas alcoólicas para maiores de vinte e um anos, a senhorita está com os documentos?

Eu realmente me irritei com aquela garçonete, primeiro ficava encarando o Damon e agora vêm me pedir documentos.

–Não me faça mais perguntas e nem peça documentos, apenas traga o que pedimos! –A hipnotizei.

Damon me olhou e riu quando ela se virou para ir pegar as bebidas.

–Do que está rindo? –Perguntei irritada.

–Não precisava ser tão grossa com a moça, sabia que seria perigoso você poder hipnotizar as pessoas. –Continuou rindo.

–Agora vai defender ela?

–Elena, eu não estou defendendo ninguém, mas é o trabalho dela pedir os documentos.

–Pra você ela não pediu!

–Você é só uma adolescente, mesmo que não tivesse virado vampira ainda não teria 21.

–A culpa não é minha se você é um vampiro idoso.

–Com aparência de 23. –Piscou pra mim e revirei os olhos.

A garçonete chegou com as bebidas.

–Aqui está. –Falou colocando uma dose de tequila para cada um de nós. –E isso é pra você. –Falou entregando um papel ao Damon.

Damon sorriu de lado para ela e piscou. Só faltou ela babar.

–O que tem no papel? –Perguntei ao Damon quando a vadia (Opa, garçonete) foi atender outras pessoas.

–O nome dela e o número. –Sorriu irônico.

–Joga isso fora. –Falei irritada.

–Ciúmes, Elena? –Sorriu vitorioso.

–Não, claro que não. –Falei nervosa. Era tão óbvio assim que aquilo era ciúme?

Surpreendentemente ele rasgou o papel e eu olhei-o curiosa.

–Prefiro as morenas. –Sorriu, um daqueles sorrisos irresistíveis que poderia me fazer derreter.

Sorri em resposta, um sorriso que eu não dava há tempos. Droga Elena, o que você está fazendo?

Peguei o copinho de tequila e virei totalmente na boca de uma vez só.

–Acho melhor você ir devagar com isso Elena, você nunca foi muito forte com bebidas.

–Eu sempre fui forte com bebidas. –Falei. –Traz uma garrafa disso. –Gritei para a garçonete.

...

A Elena estava totalmente bêbada. Eu estava sóbrio, pois além de não ter bebido tanto quanto ela, eu era forte com bebidas. Já não bebi muito, pois sabia que um de nós precisaria estar sóbrio. Ela é totalmente sem noção quando está bêbada, mas isso é só mais um dos defeitos que eu amo nela.

–Vou ao banheiro. –Falou se levantando e indo em direção ao banheiro.

Alguns minutos depois a avistei voltando do banheiro, um homem a parou no caminho, ele era forte e alto, aparentava não ter mais do que uns 25 anos. Ele a convidou para dançar e ela aceitou. Ela estava realmente sem noção!

Estava tocando uma música agitada e começaram a dançar em uma dança um tanto sensual.

Aquilo realmente me irritou, fui em direção a eles na pista de dança.

–Vá dançar com alguém que não esteja acompanhada e nunca mais chegue perto dela. –O hipnotizei.

Puxei-a pelo braço para fora do bar.

–Eu não quero ir embora, vampiro ciumento. –Falou totalmente bêbada e puxou o braço fazendo-me soltá-la.

–Não era ciúme. –Neguei. –Você não viu como ele estava te olhando? Parecia que você era um pedaço de carne. –Falei irritado.

–Só estávamos dançando Damon. –Respondeu.

–Seu namorado não iria gostar nadinha de te ver dançando daquele jeito, certo? E você está muito bêbada. -Retruquei.

–Tudo bem, vamos embora. –Falou como uma criança emburrada.

Com todos os seus defeitos ela continuava perfeita.

Fomos para o carro.

...

Chegamos em casa e a Elena mal conseguia se manter em pé. Levei-a até seu quarto.

–Acho que você deveria tomar um banho, ajuda a passar o efeito do álcool. –Sugeri e ela concordou com a cabeça. Pegou uma toalha, uma roupa, e então entrou no banheiro do quarto.

Fui para o meu quarto e aproveitei para tomar um banho também, um banho demorado. Escovei os dentes, pois estava com hálito de álcool.

Vesti uma roupa confortável e resolvi voltar para o quarto da Elena para ver se ela estava melhor.

Não a encontrei no quarto e comecei a me preocupar, para onde ela tinha ido? Olhei pela janela e me aliviei ao vê-la sentada na grama do jardim olhando para o céu.

Pulei a janela. Lentamente fui me aproximando e parei na frente dela.

–Está melhor? –Perguntei.

–Um pouco, não estou mais vendo tudo girar agora. –Respondeu me olhando e sorriu, ela parecia bem melhor.

–Acho melhor você dormir. –Respondi sorrindo também.

–Não quero dormir agora. –Falou manhosa. -Senta aqui comigo.

Hesitei um pouco e me sentei ao seu lado. A lua cheia brilhava.

Ficamos nos olhando por alguns segundos até que ela quebrou o silêncio.

–Você realmente só me deixou ficar aqui porque o Stefan pediu? –Perguntou.

Eu não iria mentir de novo, queria ser totalmente sincero com ela.

–Claro que não princesa. –Deixei escapar o "princesa", droga. –Não me escute quando eu disser coisas idiotas assim, ás vezes eu não penso antes de falar. –Respondi passando a mão em seus cabelos e me surpreendi por ela não ter se afastado.

–Então você se importa comigo?

Ela ainda me pergunta isso? Ela tem dúvidas sobre isso?

–Claro que me importo. –Você não tem noção de como, completei em pensamento.

(Ligar música: "Just a Kiss"

http://www.youtube.com/watch?v=4TYKU7029u0 esse momento vai ficar muito mais emocionante com essa música, ela descreve perfeitamente o que está acontecendo na cena, copiem e colem o link em outra página.)

Quando perguntei se ele se importava comigo e ele disse "Claro que me importo" senti todo meu corpo estremecer.

Suas mãos passavam lentamente em meu cabelo de uma forma carinhosa, queria que aquele momento nunca acabasse, queria poder voltar no tempo e fazer a escolha certa, eu fui realmente idiota em escolher o Stefan, só lamento ter demorado tanto para perceber isso.

Dizem que só percebemos que amamos alguém quando perdemos esse alguém, agora eu entendo bem isso.

–Eu senti tanto sua falta nesses dois anos. –Finalmente admiti, e aquilo saiu mais natural do que deveria.

–Pode ter certeza de que eu senti mais. –Respondeu de uma forma carinhosa.

–Se tivesse sentido minha falta não teria me deixado.

–O Stefan não te contou sobre o combinado não é? –Perguntou.

–Do que você está falando? –Perguntei olhando-o confusa.

–Eu e o Stefan combinamos de que o irmão que não fosse o escolhido teria que deixar a cidade para que o outro pudesse viver em paz com você. –Falou dessa vez um pouco frio.

Fiquei literalmente chocada com o que ele acabara de me falar. Ele estava falando sério? Não acredito que o Stefan nunca me contou isso.

–Ele nunca me disse isso, e por que você não atendeu minhas ligações? Por que não tentou falar comigo?

–Eu estava magoado Elena, você foi e ainda é o grande amor da minha vida, mas você escolheu o meu irmão, quando você me ligou aquele dia me contando sobre a sua decisão, todo o meu mundo desabou, passei um ano em Las Vegas, a cada noite eu dormia com uma mulher diferente, mas sempre levava um tapa na cara, pois acabava de uma forma ou de outra as chamando pelo seu nome. –Falou com uma dor óbvia na voz.

Foi a minha vez de sentir todo o meu mundo desabar, ele sofreu por minha causa, tudo o que eu menos quero nesse mundo é causar qualquer dor nele, eu sou uma idiota, porque eu não o escolhi? Droga de destino. Senti uma lágrima escapar em meus olhos.

–Por que está chorando? –Perguntou colocando uma das mãos em meu rosto.

–Porque eu sou uma idiota, Damon, eu não te mereço. –Falei deixando mais lágrimas caírem.

–Você não é uma idiota. –Falou limpando as lágrimas dos meus olhos. –E nunca mais repita isso. –Continuou.

–Eu sou sim, sou uma grande idiota!

–E porque você está falando isso? –Perguntou carinhoso.

–Porque eu escolhi o Stefan! –Respondi, eu já não estava nem aí para as consequências disso, eu precisava contar.

–Tudo bem Elena, eu entendo que você ama meu irmão e...

–Não Damon, você não entendeu, eu escolhi com a razão e não com o coração.

–O que você está querendo dizer Elena? –Ele parecia bem confuso e surpreso com minhas palavras.

–Lembra quando nos conhecemos pela primeira vez e você apagou minha memória?

–Claro que eu lembro.

–E se lembra de que você disse que eu queria um amor que me consumisse? –Perguntei.

Ele pareceu pensar um pouco.

–Você quer um amor que te consome, quer paixão e aventura. Até mesmo um pouquinho de perigo. –Falou e sorriu me olhando.

–Exatamente. –Sorri de volta.

–Mas o que tem isso? –Perguntou.