I am The Death escrita por LauraCastellan


Capítulo 3
May not be today or tomorrow, but I'll still kill


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem....
Quero reviews!



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Após um dia INTEIRO de ensaio, eu estava meio rouca, e nada como uma boa/má festa para beber e afogar as coisas que eu ainda quero dizer à Jake. Argh!, aquele menino é bonito demais pra mim e...

Chegando ao meu quarto, eu me deparo com uma cena muito nojenta e... meio estranha. O que diabos Camille estava fazendo com o travesseiro de Emma?

– Camille! Zarpa do quarto! Xô sua nojenta e... leva o travesseiro da Emma junto! – eu gritei, fazendo Camille sair de seus pensamentos e olhar pra mim. Seus olhos estavam vermelhos, as olheiras embaixo deles estavam muito aparentes. Seus cabelos estavam sem brilho, suas pupilas? Totalmente dilatadas.

Ótimo. Tenho uma garota drogada no meu quarto...

– Venha Camille! A festa vai começar e nós temos que pegar as bebidas com o Tadeu! – Tadeu é um nome muito feio e... ah! Eu já disse qual ser eu tive que chamar pra arrastar Camille do meu quarto? Lais! Sim, a vadia. Segundo ela, Camille estava trancada num quarto fechado com uns garotos e... bem, o resto você deve saber. Muuuitas folhinhas verdes e felicidade pra ela, e nada de transa, o que fez ela querer fazer sexo com o travesseiro de Emma. OK. A minha escola é louca, cheia de novidades nojentas e... essa, com certeza, vai ficar um tempo pairando sobre os pensamentos de todos da escola.

O problema é que ela deixou a marca dela no colchão de...

– Oi Emma! – eu a cumprimentei, assim que ela chegou. Limpei a garganta e fingi indiferença diante a situação que estava ‘caminhando’ na minha frente.

– Que porra é es... o que é isso no meu colchão? Quem foi a idiota que fez isso? – OK. A Emma tava me assustando.

– Pega a Camille. Foi ela! – disse Lais, saindo correndo do quarto. Meio tonta, Camille tentou sair correndo, mas Emma pulou no chão e agarrou o pé dela. E ali, na porta do quarto, começou uma briga entre vadia e nerd.

Pulei por cima delas e corri pelo corredor com meus saltos, esbarrando em alguém. PUFT. Eu cai no chão. Oh... mais eu esbarrei em um deus grego?

– Jake! Ajuda... briga... quarto... ai... Jesus...

– O que?! – ele tentava entender minhas palavras ofegantes.

– Tá tendo uma briga no meu quarto e eu não consigo separar então me ajuda! – eu disse, correndo de novo pro quarto.

– Como você consegue correr de salto? – ele me perguntou.

– Sou uma garota. Consigo fazer mais coisas do que você imagina – eu murmurei, e sai correndo mais rápido. Chegando a porta do dormitório, eu achei uma Lucy muito nervosa e um Josh muito cansado.

– Há! Meninos, é com vocês! – dissemos eu e Lucy juntas, então, Josh puxou Emma, que arranhava a cara de Camille e Jake puxou a vadia que se contorcia de dor. Ela então, tentou abraçar ele, mas ele não deixou, segurando brutalmente. Ela então, se soltou, com os olhos ainda mais negros. Nenhuma fresta de seus olhos castanhos mel aparecia. Então, algo muito horrível aconteceu: ela começou a espumar pela boca, e então saiu correndo pelo corredor da escola, indo em direção a saída, para o pátio. Todos corremos em direção à janela do nosso dormitório, prontas para ver o que iria acontecer. Vimos Camille, caindo inerte no chão, de joelhos. Logo após, um trovão retumbou no céu e a energia da escola acabou.

– Somente eu estou com medo? – perguntou Emma, quase se sentando em sua cama, mas logo ela se levantou e sentou na minha.

– Eu também estou – disse Lucy, abraçando Josh.

– Tenho que admitir, eu também estou com medo – disse Josh.

– Eu também – disse Jake, e assim, a chuva começou a cair.

Eu tentei me imaginar, inerte no chão, em meio as poças d’água que se formavam dentro de meus ouvidos e... não. Inacreditavelmente eu...

– Eu não estou com medo de morrer – eu disse, olhando para baixo, e assim que eu levantei meu rosto, todos me encaravam.

– Ninguém falou em morrer – disse Jake.

– Mas é isso o que vai acontecer – disse uma voz. Sim. Essa voz vinha dos autofalantes do colégio inteiro.

– Como ele consegue nos escutar? – perguntei sussurrando.

– Eu posso fazer coisas que nenhum de vocês imaginam – a voz disse, e eu senti que a pessoa por trás daquele microfone sorria. Automaticamente, eu olhei para a parede branca do meu quarto.

Corri até ela e peguei uma caneta e entreguei à Jake.

– Desenhe.

– Desenhar? Agora? O que?! – ele perguntou, olhando incrédulo para a caneta.

– Desenhe Camille deitada no chão – eu disse. Meus pés pareciam muito interessantes naquele momento.

– Por que?

– Eu quero lembrar. Vamos Jake. Desenhe! – eu disse brava. Ele logo pegou a caneta e foi até a parede. Eu escutava a caneta deslizando rapidamente pela parede, e logo ela parou.

– Quem é você? – perguntou Jake, olhando para a porta.

Uma silhueta estava na porta. Mal dava-se para olhá-la, já que a noite chegava e a chuva não ajudava. Logo, o mesmo estendeu uma faca em direção ao peito de Jake e eu avancei.

– Não! – ele mudou a faca de posição, agarrando meu pulso. A última coisa que eu senti antes de desmaiar foi uma pancada na cabeça.

Ele estava correndo.

Eu estava molhada. Como ele.

Eu sentia o sangue escorrer pela minha cabeça.

– Quem é você? – grunhi, e ele me deu uma cotovelada certeira na boca, já que eu estava em seu ombro.

Ele não respondeu. Fiquei quieta, deixando o gosto de sangue na minha boca confundir meus pensamentos até eu estar semiconsciente.

Eu não conseguia abrir os olhos. Eu não conseguia mexer minhas pernas, por que elas doíam demais, assim como os meus braços, que pareciam ser feitos de chumbo. Lembro-me de entrar na floresta, por que o cheiro das folhas entrava nas minhas narinas e me deixava tonta. De repente, ele parou bruscamente, me jogando contra o chão. Uma lufada de ar chegou aos meus pulmões, me trazendo o alívio que eu queria sentir. Tentei, forcei meus olhos a se abrirem e eu só vi escuridão. De repente, sinto uma pontada e alguma coisa sendo injetada em meu braço.

– Isso é só pra te confundir. Você tem medo de morrer? – uma voz começou a falar. Eu não sabia quem era, por que ela estava sendo distorcida – Hein? Diga! – ele me chutou. Assim, meus sentidos voltaram.

– Nã-não – eu consegui dizer.

– Pois devia. Por que eu não vou te matar hoje, posso não te matar a manhã, mas eu ainda vou te matar, e você vai ser pega – ele soprou no meu rosto -, quando menos esperar!

Então eu me senti em uma montanha russa. Tudo, a escuridão, o nada, girava, e então eu não me lembro de mais nada.



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Notas finais do capítulo

Mereço reviews??