Zayn:

-Zayn... Zayn... Zayn! - Manuela corria no andar de cima gritando, olhei para os meninos e corremos para a escada. - Zayn! Zayn! - Desceu correndo, mais se esqueceu do ultimo degrau e eu a segurei antes que ela caísse.

-Obrigada Malik! - Sorriu.

-Pra quem não enxerga se arrisca demais não é? E por que esta feliz?

-Vem. - Me puxou. Contando baixinho os passos até o balcão da cozinha. Tateou um pouco o ar até conseguir tocar o balcão. Colocou o celular em cima.

-Espere. Espere. Espere. Espere. - Então o celular dela tocou. 

-Eu já disse que tenho medo dela? - Niall perguntou baixinho.

-Já. Muitas vezes. - Louis sussurrou.

-Alo? É ela... Estava sim... Claro, ainda quero... Estarei lá. Obrigada senhora Danker... Nos encontramos lá. - E desligou.

-Então... Pode nos dizer agora por que está tão feliz?

-Uma vez o Niall me levou para fazer os exames semanais, se lembra duende?

-Sim. Aquela que ele...

-Shii, me deixa terminar. Então o médico me fez um convite. Eu aceitei. Agora, digamos que eu tenha feito uma espécie de curso que a minha mãe me obrigou a fazer nesses dois anos pra faculdade.

-Psicologia? - Eu sabia que o sonho dela era fazer faculdade de psicologia.

-Exatamente. Acontece que eu acabei de ser contratada pra fazer trabalho psicológico em crianças com doenças no melhor hospital da cidade.

-Quem contrata um cego pra trabalhar com crianças doentes?

-Acontece Loui que eu tenho o básico de psicologia e isso pode me dar pontos para uma boa faculdade. E um médico me colocou lá. E eu vou receber auxilio.

-Isso é incrível! - Eu a abracei.

-Começo depois do feriado.

-Então... Sobre o feriado... Eu vou ter que resolver uns problemas em Bradford, mais pode ficar aqui com o Harry e o Liam. - Se ela pudesse me matar com certeza seria agora, de sugerir ficar praticamente sozinha com Liam por quatro dias.

-Ou ela pode ir para a Irlanda comigo. - Niall falou sorrindo.

-Sério? Eu posso? – Perguntou animada.

-Claro, minha mãe vai adorar te conhecer.

-Ótimo.

-Vai logo. Vamos sair de madrugada.

-Hoje?

-Isso mesmo. Hoje. Então corre.

-Zayn! - Gritou já na escada, só ai eu me toquei que tinha que ir ajudá-la.

Niall:

Eu e Manuela fomos de taxi para o aeroporto, já que os preguiçosos não quiseram acordar. Logo estávamos na porta da casa dos meus pais. Toquei a campainha.

-Niall! - Minha mãe me abraçou forte.

-Oi mãe. - Ela olhou para Manuela. - Mãe essa é a Manuela.

Peguei a mão da minha mãe e a coloquei de encontro com a de Manuela, elas se cumprimentaram e minha mãe me olhou curiosa.

-Prazer senhora Maura. - Minha mãe sorriu.

-É um prazer Manuela, mais só Maura, por favor, ou tia Maura. - Manuela sorriu. - Vamos, seu pai está lá dentro.

-O que ele faz aqui?

-Ele veio te ver. Agora vamos. - Nós entramos. Manuela se segurava no meu braço.

-Relaxa. - Cumprimentei meu pai. - Pai essa é a Manuela. - Fiz a mesma coisa que fiz com a minha mãe, coloquei a mão do meu pai com a de Manuela e elas se encontraram.

-Olá Manuela, seja bem vinda.

-Obrigada senhor Horan. - Ela sorriu.

-Onde está o Greg?

-Foi viajar com uns amigos.

-Ah. – Dei de ombros. – Manu... – A puxei pela mão e coloquei a mesma de encontro com o balcão da cozinha. – O de sempre?

-Claro. – Rimos.

-Essa é a cozinha. Vai me encontrar sempre aqui. Agora, Um... – Ela contou e eu a guiei até o meu quarto.

-Pronto. Você vai ficar aqui.

-Então são... Quarenta passos e vinte e dois degraus até...

-O meu quarto.

-Mais...

-Não se preocupe. Eu vou ficar no quarto do meu irmão. Agora, mais dez passos para frente você vai chegar ao banheiro.

-Obrigada Niall. – Sorriu.

-Vem. – Nos sentamos na cama, e eu peguei um violão e comecei a tocar.

-Niall posso falar com você? – Vi meu pai aparecer na porta do quarto.

-Claro.

-Manuela querida vamos me ajudar lá na cozinha. – Eu ri.

-Ah... Claro. – Eu fui com o meu pai até o quarto de Greg.

-O que foi?

-O que houve com ela?

-Ela não enxerga. Mora comigo e com os meninos há dez meses e é uma irmã para o Zayn, e ela já namorou o Liam, mais ele é um idiota.

-Entendo. E vocês...

-Somos amigos pai, obrigado.

-Que pena, ela é um amor de pessoa.

-Eu sei. Agora vamos? – Ele riu e fomos logo para a cozinha. – Buu! – Manuela pulou de susto.

-Que droga Niall, quer que eu pare de falar também?

-Desculpa. – Falei tentando parar de rir.

-Não tem graça.

-Tem sim. – O feriado passou rápido, quando vi já estávamos nos despedindo dos meus pais.

-Foi mesmo um enorme prazer conhece-la Manuela, apareça sempre que quiser.

-Foi um prazer também Maura e eu vou. – Elas se abraçaram, me despedi deles e fomos embora, na manha seguinte Manuela começaria a trabalhar. Foi dormindo o voo inteiro.