Pov. Bella:

Sábado. Tem dia melhor que sábado? Bem pra este dia é ótimo, meu pai nunca trabalha e sempre me faz compania o dia inteiro.  Desde que minha mãe se foi eu e meu pai ficamos mais próximos ainda... Falando nisto hoje é dia 20 de setembro de 2010 um sema de20 anos de idade e exatamente cinco anos que ela se foi após o acidente do avião que ela estava abordo vindo para casa... Mas nada de tristeza, sei que de onde ela está ela está contente por mim e meu pai. Nestes últimos cinco anos coisas poucas mudaram, eu me formei no ensino médio, a empresa de meu pai cresceu, eu entrei para a faculdade de administração, fiz alguns amigos e perdi amores...

-Bella?

Meu pai estava na soleira da porta de meu quarto. Charlie sempre estava alegre os sábados. Eu sorri para ele.

-Pescar?-Eu perguntei já sabendo a resposta.

A vida em Payson é tranquila, menos agitada do que em Phoenix onde morava há cinco anos, e desde que nos mudamos nosso programa de fina de semana era a pesca. Quando minha estava viva não dávamos muita importância para isto. Levantei-me de minha cama tentando afugentar pensamentos mais profundos sobre minha e peguei meu par de tênis que estava encostado na parede alva de meu quarto.

-Vamos nessa. -Disse meu pai enquanto eu calçava meus tênis.

Arrumamos tudo o que precisávamos para nossa pesca tradicional e claro uma cesta farta de pães geleia biscoitos e tudo quanto é coisa gordurosa.

-Vai chamar Jake e Jess para ir conosco?-Perguntou meu pai enquanto saíamos de casa.

Fiz uma careta, Jake e Jess estavam ficando, não ia ser muito legal ficar de vela.

-Acho melhor não pai. -Eu disse rindo.

Charlie me olhou confuso e riu.

-Tudo bem se você diz... Vamos apenas eu e você Bells. -Ele disse abraçando meu ombro.

Meu pai é um homem espetacular, eu torço para ele encontrar alguém para amar novamente. Entramos no carro e meu pai deu partida. Sempre íamos pescar no mesmo parque que ficava há uma hora e meia mais ou menos da cidade.

-Hey Bells por que não põem uma música?

Quanto mais velho meu pai fica mais animado ele fica também. Revirei os olhos, mas tenho que admitir era divertido cantar com Charlie. Liguei meu pen drive no som do carro e pus de propósito uma de nossas músicas favoritas para tocar.

 I’m Yours Jason Mraz (http://www.vagalume.com.br/jason-mraz/im-yours-traducao.html)

Logo um sorriso que lhe provocou rugas brotou em seu rosto, não demorou muito e começamos a cantar juntos.

Well you done done me and you bet I felt it
I tried to be chill but you're so hot that I melted
I fell right through the cracks, now I'm trying to get back

Before the cool done run out, I'll be giving it my bestest
And nothing's going to stop me but divine intervention
I reckon it's again my turn to win some or learn some

Aos poucos Payson ia ficando para trás.

But I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm yours

Well open up your mind and see like me
Open up your plans and then you're free
Look into your heart and you'll find love love love

Listen to the music of the moment people dance and sing
We just one big family and
It's your God-forsaken right to be loved love loved love loved

So I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm sure
There's no need to complicate, our time is short
This is our fate, I'm yours

I've been spending way too long checking my tongue in the mirror
And bending over backwards just to try to see it clearer
My breath fogged up the glass
And so I drew a new face and I laughed

I guess what I be saying is there ain't no better reason
To rid yourself of vanity and just go with the seasons
It's what we aim to do, our name is our virtue

I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm sure
There's no need to complicate, our time is short
It cannot wait, I'm yours
I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm sure
There's no need to complicate, our time is short
This is our fate, I'm yours

Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find that the sky is yours

Please don't, please don't, please don't
There's no need to complicate
Cause our time is short
This oh this this is out fate, I'm yours!

Essa era nossa música “final de semana feliz” sempre que estávamos felizes cantávamos esta música. Meu pai dizia que ela lembra minha mãe... Após a música acabar o celular de Charlie começou a tocar. Ele olhou para o visor e dizia que era da empresa. Ele me olhou com um olhar de desculpas nos olhos, ele sabia que eu odiava que ele atendesse ao telefone enquanto dirigia. Virei à cara e fiquei olhando pela janela.

-Margareth, qual é a emergência?

Meu pai ficou alguns segundos em silêncio e logo voltou a falar ao telefone. Resolvi olhar para frente e ver se estávamos próximos ao parque. Então foi ai que meu coração pareceu gelar e meu estomago e outros órgãos vitais também. Havia uma enorme carreta em nossa frente. Os olhos de Charlie se arregalaram como os meus ele largou o celular que cai no chão no carro. Olho para mim uma última vez e sussurrou um “Eu amo você Bells” tentou desviar do imenso veículo a nossa frente.  Então tudo ficou escuro.

Pov Edward:

Eu andava tranquilamente pelo hospital de Payson, estava ocupando a vaga de meu pai que tinha acabado de sair de seu plantão. Chegando a minha sala sorri ao ver a foto de Rachel na parede. Tão nova... Suspirei fundo e fui me sentar em minha cadeira, logo eu sairia pelos corredores vendo meus pacientes. Nada como um sábado de trabalho para distrair minha cabeça. Após a morte de Rachel há um ano em um acidente de avião enquanto ela voltava para Payson eu não fazia outra coisa a não ser trabalhar. Só minha mãe entendia a falta que minha noiva me fazia. Fiquei analisando umas fichas que havia em cima de minha mesa até que meu telefone tocou.

-Sr. Cullen?

-Diga Angella. -Eu disse fitando o vazio;

-Temos uma paciente em estado grave que sofreu um acidente de carro, precisamos do senhor. -Disse Angela tensa.

-Ok Angela estou indo. -Eu disse desligando o telefone enquanto corria para a ala de emergência.

Chegando lá encontrei os paramédicos que estavam com a jovem.

-Edward precisamos de sua ajuda ela parece ter tido sérias lesões na coluna. -Disse Tyler.

Aproximei-me rapidamente da maca onde a jovem estava enquanto corríamos para sala de cirurgia. Ela era linda mesmo com os arranhões em seu rosto de boneca, os lábios rosados, carnudos, aparentavam ter uns 20 anos, seus cabelos da cor mogno estavam bagunçados sua testa vincada ela parecia preocupa mesmo inconsciente. De certa forma a jovem me lembrava... Rachel.

*Algumas horas depois.*.

Eu estava sentado ao lado da cama de minha mais nova paciente Isabella Swan. Durante sua cirurgia descobri que ela havia fraturado gravemente sua coluna e que infelizmente poderia ter perdido o movimento de suas pernas. Ela era filha de Charlie Swan importante empresário da cidade que infelizmente havia falecido no acidente. Isabella graças a Deus não sofreu nada além da fratura na coluna, poderia ter sido bem pior como havia sido com seu pai que teve traumatismo craniano e hemorragia interna o que o levou a falecer. Já fazia umas 6 horas que havíamos acabado de operar Isabella, eu a esperava acordar para poder ampara lá. Havia alguma coisa que me prendia aquele quarto e não me deixava ir resolver outros problemas.  Então Isabella emitiu um gemido agoniado pareci chamar pelo nome do pai.

-Isabella?-Eu perguntei segurando sua mão frágil.

Ela gemeu novamente desta vez mais audível. Sua mão apertou a minha. Um choque pareceu atravessar entre nossos corpos. Eu apertei sua mão em resposta.  Levantei-me da cadeira que havia ao lado e sua cama para observa-lá melhor. Lentamente ela abriu os olhos. Seus olhos eram de um verde intenso facilmente impressionável. Sua expressão se tornou confusa. Ela apertou minha mão novamente e olhou para mim mais confusa ainda.

-Não... Sinto minh. as... Pernas. -Disse com a voz rouca e cortada.

Meu coração se apertou era o que eu temia.

-Como você se sente Srta. Swan?-Perguntei com a voz contida.

Ela respirou fundo e soltou o ar pesadamente.

-Tonta. -Disse com a voz um pouco mais forte.

Eu apenas fiquei a olhando, ela continuava segurando minha mão.

-Onde está meu pai?-Perguntou Isabella com o cenho franzido.

Minha respiração pareceu parar. Como eu a diria tudo sem machuca lá? Eu queria protege lá, eu sentia que este era meu dever.