O toque era suave, calmo e cheio de amor. Não precisava de palavras, apenas gestos e sorrisos para que não tivessem dúvidas do seu amor.

- Acho que eu não sobreviveria sem seu toque no céu - Rachel falou de olhos fechados.
- E eu acho que não sobreviveria sem você me lugar nenhum no mundo - Quinn sorriu para sua morena.
- Você é linda e é minha e eu te amo tanto - Rachel finalmente abriu os olhos e Quinn se perdeu naquela imensidão do mar castanho. Se inclinou e beijou Rachel com toda sua paixão, deixando as lágrimas se misturarem no beijo. Rachel a olhou preocupada.
- Eu só não saberia o que fazer sem você - Sussurrou nos lábios da morena - A dor e o medo são maiores e conseguiriam me vencer. Só de pensar que eu ia olhar para nossa filha e ver uma réplica sua lá, meu corpo e coração dói, porque eu ia fugir e deixá-la sozinha. Eu não saberia viver com isso ou lidar com essa situação.
- Eu estou aqui agora - Rachel deu um beijo casto nos lábios rosados - Vou cuidar de vocês duas. Como ela está?
- Muito quieta e posso até dizer que triste por sua mãe estar no hospital - Quinn sorriu enquanto ajudava Rachel a se sentar na cama do hospital.
- Porém, mamãe acordou e quer falar sua pequena - Rachel botou a mão na barriga de Quinn e logo sentiu um chute - Yeah baby!
- Nós sentimos sua falta - Quinn sorriu e deu um beijo na testa da morena.

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Um carro estava parado do outro lado da rua em frente ao hospital, mas ninguém notara ele ou dava atenção. Apenas estava ali porque alguém largou ou estava muito bêbado para voltar dirigindo.

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- Santana, que tal você descansar? - Sam perguntou botando ambas as mãos nos ombros da latina e os apertando.
- Nem pensar! - Santana tentou parecer firme. Mas, juntando seu cansaço, quase 24 horas sem dormir e Sam fazendo massagem nos seus ombros, ela não conseguia.
- Isso. Agora relaxe que eu e Puck cuidamos de tudo! - Sam sorriu vendo a latina fechando os olhos e ele quase conseguiu, mas o celular da latina tocou, acordando-a do seu torpor.
- Alô? - Perguntou meio grogue.
- Eu quero saber que dia, que mês e que ano a senhorita vem me ver! - Santana sorriu, um sorriso muito grande.
- Rae amor! - Santana sabia que ela estava com aquele sorriso que ela tanto amava.
- Nada de Rae pra você, latina ingrata - Rachel falou irritada.
- Meu amor, é que eu estou resolvendo um caso! - Santana coçou a nuca visivelmente envergonhada e Rachel gargalhou.
- Sei! - Santana bufou irritada.
- Estou indo para aí, me aguarde! - Santana não esperou a resposta e desligou.

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- Estou atrapalhando o momento troca de saliva de vocês duas? - Santana entrou no quarto e interrompeu um beijo regado a muitas carícias e pequenos gemidos.
- Claro que sim! - Quinn se fez de ofendida.
- Não me importo! - Santana deu de ombros e foi direto abraçar Rachel, que retribuiu o abraço com força - Nunca mais faça isso comigo.
- Não farei - Rachel afundou a cabeça nos fios negros de Santana e depois beijou seu pescoço.
- A mulher é minha - Quinn falou enciumada e as meninas se separam rindo.
- Hormônio da gravidez! - Santana reclamou e revirou os olhos.
- Calada Lopez! - As meninas riram, mas um som de carro cantando pneu foi mais alto que as vozes delas e um som de paredes caindo foram ouvidos.
- O que foi isso? - Rachel se agarrou a Quinn.
- Fiquem aí!

Santana abriu a porta do quarto e foi andando pelo corredor a sua frente com cautela e ia escutando barulhos de gritos e gente correndo. Ela virou mais um corredor se assustou com o que viu. Pessoas correndo, uma ajudando as outras e muita poeira. E claro! Um carro que invadiu a porta da frente do hospital e deixou vários feridos. 

Tomando consciência das coisas, Santana notou que não era apena um cara doido que entrou no hospital e que foi intencional. Um grupo de quatro pessoas armadas pesadamente. Um gritava com a assistente do hospital para lhe dar infromações, outros dois tinham várias pessoas como reféns e outro dobrou no mesmo corredor que a latina estava.Em um movimento rápido, Santana sacou a arma presa na sua cintura, mas não foi tão rápida assim. O ladrão mirou e acertou o braço esquerdo da latina. Santana urrou de dor e cambaleou para trás, o ladrão passou por ela e nesse momento os seus olhos se encontraram e a latina estremeceu.

Tudo pareceu em câmera lenta. Primeiro ela olhou para a perna do ladrão e o viu mancando. Segundo, ela conhecia aqueles olhos. Terceiro, seus batimentos cardíacos aceleraram, assim como tudo a sua volta e Jade Smith saiu em disparada no corredor.  Santana entrou em desespero e correu o quanto pôde, ignorando a dor no seu braço esquerdo. Santana entrou no quarto das meninas afoita e fechou e trancou a porta atrás de si.

- Santana! - Quinn correu para a latina, olhando seu braço ensanguentado - O que aconteceu?
- Jade está aqui! - Santana falou em um fôlego só.
-  Como?! - Rachel pareceu assustada.
- Explico a vocês mais tarde - Santana gemeu de dor quando tentou movimentar o braço - Precisamos pedir reforços e eu quero vocês duas bem quietas aí.

 Enquanto Santana fazia a ligação, Quinn e Rachel estavam abraçadas falando uma para outra que tudo ia ficar bem. A marçaneta girou, as meninas prenderam a respiração, mas a porta não abriu. Um chute na porta, mas ainda sim ela não cedeu. Santana ficou de costas para as meninas e de frente para a porta com a arma erguida. 

Finalmente a porta foi aberta e Santana desferiu dois tiros certeiros matando o cara, ao mesmo tempo que corria e o chutava na barriga, fazendo o recém morto cair por cima do seu parceiro. Santana pisou no pescoço do parceiro vivo, olhou para os lados verificando se não vinha mais alguns e se abaixou o suficiente para ficar quase perto do rosto assustado e tirou a máscara dele.

- Onde ela está? - Santana afundou a arma na testa do cara.
- Não sei - O cara estava com dificuldades de falar por causa do peso do pé da latina no seu pescoço.
- O ela pretende fazer? - Tentou de novo apertando a pistola na testa dele.
- A Berry! - Era tudo o que ela queria. Santana atirou bem na testa dele, fazendo o sangue voar no seu rosto. Porém, ela não se importou.
- Venham comigo! - Santana berrou para as meninas. Rachel chorava e Quinn parecia que ia desmaiar, afinal, ela estava grávida.

As três iam tomar o caminho do elevador para ir até a garagem, não queriam se encontrar com mais cúmplices de Jade em frente ao hospital. Onde sabiam que iam ter gente lá a esperando. Assim que viraram o corredor, um estrondo foi ouvido e as paredes do hospital estremeceram, fazendo as meninas caírem, a poeira subir e passagem para o elevador ser bloqueada.

- Vocês estão bem? - Santana estava coberta de sangue e poeira.
- Pior que isso não fica - Quinn falou, levantando-se do chão com dificuldade e puxando Rachel que parecia assustada de mais para falar. - Estamos perdidas... - Rachel murmurou em pânico e Quinn a abraçou de lado.
- O que fazemos Santana? - Quinn perguntou. Santana olhava para os lados pensando no que fazer. A latina viu duas máquinas de refrigerantes no corredor. Uma ainda em pé mais à frente e a outra na vertical mais perto delas.
- Me ajude aqui Rachel - Santana puxou a morena pelo braço - Aquela vadia!  

As duas morenas puxavam a máquina para a horizontal com dificuldade, mas conseguiu fazê-lo e puxar para trás. Agora elas só precisavam derrubar a outra e fazer o mesmo, como se fosse uma barricada ou um muro de proteção. Santana estava de um lado e Rachel do outro, a máquina já estava caindo quando uma saraivada de tiros atingiu elas, richicoteando na máquina fazendo a mesma cair e as meninas se separarem.

Santana correu para trás se escondendo com Quinn atrás da máquina de refrigerente e Rachel se jogou para o lado e foi engatinhando para a máquina recém caída, arfando. A latina respirou fundo e se levantou atirando, Jade foi forçada a se esconder no outro corredor. Santana avançou, ela podia ver o desespero de Rachel e prórprio sendo refletido no rosto da morena. Quando estava no meio do caminho, Jade atirou nas lâmpadas o que causou escuro e vidros voando em sua direção. Ela foi obrigada a se abaixar e cobrir o rosto com a mão.

Mais uns disparos e um grito apavorante.

- SANTANA!