Era uma chuvosa manhã de quinta-feira, Catherine estava deitada na cama olhando para o teto enquanto pensava, Grissom não estava em casa, ele nem avisou a ela que iria sair, ela não sabia dizer se ele ouviu alguma coisa do que ela havia dito na noite passada, ela queria muito saber se ele havia ouvido, mas tinha medo de perguntar para ele.

Ela não podia deixar de pensar em Sara, cada vez que fechava os olhos era a imagem da morena que vinha em sua mente, ela não sabia como Sara estava no momento, mas tinha muita curiosidade em saber, ela se perguntava se Sara estava falando sério quando disse que iria embora... Talvez estivesse afinal ninguém ali estava para brincadeiras, apesar do coração de Catherine sangrar ao pensar na possibilidade de nunca mais ver Sara, era a coisa certa a ser feita.

Catherine ouviu a campainha tocar, levantou-se preguiçosamente da cama odiando quem estava tocando a sua campainha a essa hora da manhã, colocou um casaco e foi atender a porta.

Ao abrir a porta se deparou com um lindo arranjo de Lírio que continha um envelope no meio, ela olhou ao redor para ver se tinha algum indicio de quem deixou aquilo em sua porta, mas ela não encontrou nada. Catherine pegou os Lírios e entrou. Seu coração estava acelerado, ela tinha uma ideia de quem poderia ter feito aquilo... Ela estava muito curiosa para ver o que tinha dentro do envelope, mas ao mesmo tempo tinha medo, mas dominada pela curiosidade resolveu abrir.

  " Catherine...

Resolvi mandar-lhe esses Lírios porque sei que são suas flores favoritas, e por mais que eu nunca tenha dito isso antes, eles são minhas flores favoritas também.

Eu amo você Catherine, não devia estar dizendo isso agora, mas é a única coisa que eu sinto, eu desisti, desisti sem lutar, talvez essa vida não seja para nós, tudo o que passamos juntas... Eu nunca vou esquecer disso, você pode até pensar que eu estou errada... Mas aquilo era amor, isso que eu sinto dentro do meu coração é amor, mas agora estou sentindo uma dor que não consigo controlar, aprendi que as pessoas podem ficar viciadas a um certo tipo de tristeza, como uma submissão ao fim, eu só peço que você não finja a si mesma que nada aconteceu, e que não éramos nada. Nem tudo na vida é como a gente quer, querendo ou não pessoas vêm e vão, mas você... Espero conseguir prosseguir sem o seu amor, queria que você fosse para mim apenas uma pessoa que eu ousei conhecer, mas não é tão fácil assim. Desejo a você toda a felicidade, para mim você sempre vai ser minha alma gêmea... Amo você.

 Sara Sidle."

Catherine já chorava muito, ela vinha fazendo isso com bastante frequência nesses últimos dias, agora ela tinha certeza que Sara estava mesmo indo embora, mesmo que a morena não havia escrito isso claramente na carta, mas Catherine sabia, assim como ela sabia que Sara também era sua alma gêmea, ela amava a morena, agora via isso com bastante clareza, mas é como Sara mesmo disse “Não é tão fácil assim”.