A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 4
Beijos e amores trazem problemas




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Enchanted Forest, 17 anos após o nascimento da princesa Emma.

Emma e Derek passaram, no mínimo, uma semana conversando e se conhecendo após o baile que ocorrera na noite em que a princesa chegara ao castelo. Eles dançaram da primeira até a última música e não precisava ser a Blue Fairy para saber que eles estavam apaixonados. Annabelle temia por sua vida a cada dia, porém, começara a se contentar com o fato de que Derek aparentemente amava mais Emma do que amava Regina. Sebastian tentava consolá-la, mas era impossível; ele terminou tendo que voltar com os avós para seu castelo, onde os pais e o irmão o aguardavam em casa.

– Annie? – Elizabeth a chamou.

As gêmeas estavam estudando na biblioteca do palácio. Lisa odiava estudar e preferia correr livre pela floreste; Annie amava os livros e gostava de admirar a natureza, não correr por ela.

– Hum... – a caçula disse distraída.

– Livros, lembra? Aquelas coisas chatas que você gosta.

– Ah sim... livros... certo... hã... geografia, estávamos estudando geografia do reino.

– Ok... os rios...

– Hidrografia Elizabeth, o estudo dos rios, mares e lagos se chama hidrografia, que quer dizer estudo das águas.

– Que seja... íamos falar sobre o Lago dos Cisnes. O que diz o livro?!

– Aqui diz que o lago tem propriedades mágicas e que é o único lago que percorre todos os mundos.

– Como assim, todos os mundos?

– Sei lá. Deve ser todos os reinos...

– Altezas! – o rei disse adentrando no local.

– Papa! – as gêmeas sorriram.

– Estudando, que lindo. Espero que a Lisa não esteja lhe dando trabalho, Annie. – ele disse abraçando a gêmea errada.

– Papa, eu sou a Elizabeth. Ela é a Annabelle.

O rei olhou para as gêmeas, de fato, eram mais do que idênticas, pareciam à mesma pessoa. Ambas tinham os mesmos olhos verdes e o cabelo loiro da mãe. Ele mal podia imaginar que uma das filhas iria matar a outra em apenas dez anos e meio.

– Claro que é Lisa. – ele disse beijando a testa da filha. – Vamos Annie, nos ensine. – brincou.

– Sério? – a princesa levantou uma sobrancelha, mas sorria.

– Sério, vamos lá filha! Quero passar o resto do dia com vocês! – disse o rei.

Ambas sorriram, Annie voltou ao assunto e não demorou muito para que um cavaleiro entrasse a procura do rei (não demorou mesmo, Lisa não havia nem começado a reclamar da vida ainda).

– Majestade, é melhor o senhor vir ao jardim de entrada! – o cavaleiro exclamou, ele estava pálido.

– Fiquem aqui meninas! – o rei disse dando um beijo na testa de cada uma delas. – Cuide para que elas não saiam.

O cavaleiro confirmou com a cabeça. O rei saiu apressado, Annie não tardou em correr para a janela da imensa biblioteca que dava vista para o jardim de entrada, seguida por Lisa e o cavaleiro que ficou o tempo inteiro tentando tirá-las de lá por sua própria segurança, mas de nada adiantou. Regina estava discutindo com Derek no jardim de entrada.

– Regina... – disse Derek.

– Não ouse a dizer meu nome, você me traiu! – gritou.

– Eu disse que teria de me casar com a esposa que meu pai escolhesse! – ele respondeu quase gritando.

– Não me importo com o casamento!

– Então por que está fazendo essa cena?!

– Por que você a ama!

– Regina...

– Não me venha com Regina!

– Derek! – o rei gritou furioso. – Regina... o que significa essa discussão?!

– Ele ama a futura esposa! – a megera esperneou.

– E isso não é bom? – o rei perguntou.

Na biblioteca, as gêmeas olhavam atentamente para a briga.

– Meninas?! –Emma as chamou.

Elas viraram e deram de cara com a princesa.

– Isso aqui tá pior que os livros de drama que eu leio...– Annie disse sem pensar.

– Vossas altezas... – o cavaleiro começou a dizer, mas Lisa o cortou a levantar a mão.

– Tá vendo aquela ali, é a namorada do Derek. Ela a ama! – exclamou.

– ELIZABETH! – Annie se alarmou. Ela sabia que a irmã era “malvada”, mas já estava passando dos limites.

– Namorada? – Emma Emma com uma voz cabisbaixa.

Ela se posicionou na janela para ver a mulher, enquanto Annie reclamava com Lisa e o cavaleiro desejava silenciosamente que não tivesse que apartar mais uma briga entre as gêmeas, seria a segunda do dia.

– Vocês sabem quem é ela? – Emma perguntou em choque.

– Regina, filha do marquês Henry do reino de Snow Falls. – disse Lisa.

– Ou melhor, Regina a madrasta de minha mãe! – Emma exclamou.

– Espera aí, aquela Regina é a Evil Queen que foi derrotada pelos seus pais? – Annie quase engasgou com a própria saliva.

– Se ela foi derrotada, então como é que ela ainda tá viva? – Lisa perguntou.

Annabelle levou às mãos as têmporas e as massageou, Lisa não usava o cérebro que tinha! Se usava, era para pensar em como humilhar as pessoas, por que no sentido de inteligência ou retenção de histórias e fatos...

– Sério, você é burra ou se faz de idiota? – Annie disse sarcástica.

As meninas começaram uma briga, o cavaleiro e Emma tiveram literalmente que se meter no meio delas para que não saíssem tapas. Já no jardim, a discussão cessou.

– Tudo bem Derek, entendi, você a escolheu. Princesa Emma do reino de Snow Falls! Pois saiba de uma coisa meu bem, eu fiz o que pude para matar a mãe dessa... princesa! Infelizmente não consegui, mas guarde minha promessa Derek, eu a matarei! – Regina disse em seus melhores momentos Mama Regal.

– Evil Queen! – Baelfire quase teve um ataque cardíaco.

– Você terá até o fim do outono com ela, aproveite! Pois quando o inverno chegar, Emma e seu filho pertencerão, definitivamente, ao reino Swan! – gritou e desapareceu em uma névoa roxa.

– Não entendi nada. – Derek disse após se recuperar do choque.

– Não precisa entender filho. Precisa aceitar. – disse o rei.

– Aceitar o que papa? Regina não disse coisa com coisa!

– Derek, Emma foi amaldiçoada.

– E o que isso tem demais?

O rei levou a mão ao rosto, Elizabeth não era a única naquela família com a inteligência comprometida.

– Filho, seu avô é muito poderoso! Mas Regina, essa Regina, é tão poderosa quanto ele! – o rei exclamou.

– Pai, ela não pareceu ameaçadora em nada.

– Filho, lembra da Evil Queen?

– Lembro do senhor falando sobre como ela tentou destruir a felicidade da rainha Snow White e do rei James.

– Derek, essa é a Evil Queen! – exclamou.

– Pai, o senhor já conhece a Regina há tempo. Ela não é a madrasta da mãe da Emma. Pelo menos não com aquela aparência.

– Derek, ela é uma bruxa! Ela seduz as pessoas e as engana. Eu não a reconheci antes por que a vi com outro rosto, mas hoje vi como ela realmente é! Ela deve ter usado um feitiço para mudar de aparência durante todos esses anos. Derek, Emma corre risco de vida.

Ele encarou o pai, mas não acreditou. Não podia ser verdade. Ele conhecia Regina, ela não era velha nem ruim e a “ameaça” não foi tão ameaçadora. Emma apareceu na porta do castelo aos prantos. Logo, a expressão de zoação do rosto do príncipe, deu lugar a uma expressão de medo e terror.


De volta à Storybrooke.

Emma saiu da casa dos Spencer após dar a péssima notícia sobre a morte de Oliva e acabar com umas brigas entre Derek, Cody e Aria. Não foi nada fácil, na verdade, foi exatamente o oposto disso. Ela conseguiu acalmar a família e eles foram para o hospital ver o que conseguiam na autópsia (apesar da xerife dizer que não ia adiantar de nada); o estranho é que nenhum dos deles foi afetado pela maldição, tinham até envelhecido. Ela terminou voltando para o loft, afinal, todos deveriam ter voltado para o mundo da Enchanted Forest e não voltaram, então, talvez, à maldição estivesse com defeito.

Ela havia acabado de estacionar o carro em frente ao Granny’s e estava caminhando até seu apartamento, quando viu Killian. Ela estava completa e perdidamente apaixonada por ele. Sabia que se uma das fadas os visse iria dizer que eles eram true love. Mas tinha que colocar Henry, sua família e as necessidades da cidade em primeiro lugar. Além do mais, a última coisa que ela precisava no momento era admitir que estava apaixonada.

Killian era lindo. Cabelos negros, olhos azuis como o mar, cheirava a maresia. Era ótimo com as crianças e com todo mundo, tinha um sorriso capaz de iluminar o coração mais escuro do mundo. Sua voz era uma belíssima melodia, quase como o canto de uma sereia. Emma não sabia qual era sua verdadeira identidade, apesar de que ele só tinha uma mão, a outra era protética. Usava roupas formas e segurava o jaleco com a mão falsa, ele sorriu ao vê-la. Mas era um sorriso diferente do que ela estava acostumada a ver. Parecia que ele estava sofrendo. E muito. Emma foi até ele como quem não quer nada.

– Killian, tá tudo bem? – ela forçou um sorriso.

Killian parecia que carregava o peso do mundo. O olhar estava pesado.

– Emma. – havia dor em sua voz . – Eu tentei seu telefone, mas você não atendeu... Mary Margaret disse que você não estava em casa... nós... er... nós... precisamos conversar... - a expressão em seu rosto fez com que o coração dela acelerasse.

Provavelmente ele diria que era casado, tinha oito filhos, um cachorro, um papagaio e uma vida muito feliz na Enchanted Forest. Claro que era isso! Onde já se viu! Emma Swan ter um final feliz? Não. Isso nunca iria acontecer! Ela era a Salvadora! Esse era o preço da sua magia. Ela só havia se apaixonado por duas pessoas em sua vida. Uma era um ¨*&T¨$%%$( que não merecia o filho que tinha e o outro era o cara mais perfeito, sensível, compreensivo e amoroso de todos os mundos e estava ali para acabar o que poderia ser seu happy ending.

– Quer terminar comigo. – ela falou. Seu coração parecia estar do tamanho de um grão de feijão. Estava perdidamente apaixonada por ele, por mais que não quisesse admitir. E agora o havia perdido.

– Eu... – ele segurou o rosto dela com a mão verdadeira. – Eu queria que pudéssemos ficar juntos. De verdade. – uma lágrima caiu. – Mas... – a cada sílaba, parecia que o nó em sua garganta aumentava. Ele beijou a testa dela. – Não posso fazer isso com você.

– Já está fazendo. – os olhos dela seguravam as lágrimas.

– Você... é a pessoa mais maravilhosa... incrível... gentil... perfeita que eu já conheci. – mais lágrimas caíram de seus olhos. – Por isso mesmo que merece alguém descente. Alguém que preste.

– O que quer dizer com isso? – Emma engoliu em seco, temia a resposta.

– Quero dizer que não perdi a mão em um acidente de trabalho. – ele ainda continuava segurando o rosto dela com a mão verdadeira. Se aproximou e deu um leve beijo em seus lábios, dizendo adeus. Se afastou uns passos. – Eu só tenho uma mão porque... sou o Capitão Gancho.

Ao fundo, ela viu Snow, Charming e Henry indo em sua direção. Emma preferiu a versão onde ele era casado, tinha uma família e já tinha encontrado seu final feliz. Uma coisa era ser filha da Branca de Neve, outra era estar apaixonada pelo Capitão Gancho. Emma só conseguiu piscar, incrédula, mas não conseguiu disser nada.

– Minha história não é a que você conhece. Estou mais perto de ser um mocinho do que Peter Pan. Mas... você merece alguém melhor do que um pirata. – Havia tanta dor nos rostos dos dois, tantas lágrimas sendo presas... – Perdão, my love. – e caminhou em direção as docas.

Emma ficou ali parada, no meio da calçada, encarando o nada. Tentando entender como diabos havia se apaixonado pelo Capitão Gancho! Não sabia o que sentia, só sabia que queria beijá-lo novamente.

– Você está bem, querida? – Snow disse chegando perto da filha.

A mulher continuou encarando o vazio, tentando entender porque seu coração doía tanto. Já havia sofrido diversas desilusões amorosas, mas nenhuma havia lhe deixando com tanta dor como aquela.

– Quer nos contar algo?! – Charming cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, protetor.

Emma olhou para os pais e abriu a boca para respondê-los, mas não saia som.

– É Emma, quer nos contar algo que não saibamos?! – Henry perguntou com raiva. – Por exemplo, por que você mentiu sobre o meu pai! Eu sei que ele está vivo.




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