A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 3
A família Spencer




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Enchanted Forest, 17 anos após o nascimento da princesa Emma.


O tempo na terra dos contos de fadas pareceu ter se passado igual à Storybrooke. Rei James, mais conhecido como Príncipe Charming, e a rainha Snow White, mais conhecida como Snow, não haviam envelhecido quase nada em dezessete anos. James usava um traje vermelho sangue e conversava livremente com o rei Baelfire. Snow usava um lindo e delicado vestido roxo claro que combinavam com as flores delicadamente presas em seu longo cabelo. Sebastian desceu a escada levando Annabelle e eles pareciam que estavam mesmo em um baile indo dançar. Elizabeth, gêmea idêntica de Annabelle e noiva de Sebastian, estava ao lado do avô.

Rumplestiltskin parecia gostar da pequena reunião, Belle, sua esposa, conversava com Snow enquanto ambas se recordavam da vez que ajudaram Ariel a finalmente ter seu final feliz. James e Snow não pareciam incomodados com a presença do Senhor das Trevas no local.

– Rei James, rainha Snow. Esta é minha caçula, princesa Annabelle. E o duque Sebastian vossas majestades já conhecem, ele é o futuro marido de Elizabeth. – Baelfire sorriu.

Sebastian foi pro lado da noiva enquanto Annie se contentou em puxar conversa com o avô. Perguntou sobre os tios e o primo e tentou não olhar para os pais da mulher que destruiria a vida do irmão.

– Papa! – Derek chamou já ao fim da escada.

Ele havia trocado de roupa, usava uma mais formal em tons roxo e azul escuros. Os olhos castanhos mostravam a infelicidade, apesar do cabelo de mesma cor dizer que ele estava pronto.

– Rei James, rainha Snow White, conheçam meu filho, príncipe Derek! – Baelfire aumentou o sorriso.

– É um prazer finalmente conhecê-lo, príncipe Derek! – James disse apertando-lhe a mão.

– Ouvimos falar maravilhas ao seu respeito! – a rainha sorriu.

– É um prazer recebê-los em nosso palácio, vossas majestades! – Derek faz uma reverência.

– Agora que estão todos aqui... – James sorriu. – Emma! – o rei chamou em uma oitava a mais que sua voz habitual.

A porta do castelo se abriu. Rei James, rainha Snow White, Rumplestiltskin, Belle, Elizabeth, Sebastian, Annabelle, Rei Baelfire e Derek olharam para o casal que entrara. Pinocchio entrou trazendo a princesa, ele usava roupas brancas e cinzas, cores do reino de Snow Falls (mas não como criado e sim com honra, após a morte do pai, James e Snow o criaram como seu segundo filho). O homem era lindo, com cabelos negros rebeldes e olhos azuis como o mar, mas usava aliança. Porém o que chamava atenção era a linda e doce princesa.

Cabelos loiros como o pai, encaracolados como o da mãe. Tinha os olhos verdes dos dois, a pele branca como a neve, feições que brincavam com a genética, pois apesar de ser claramente parecida com a mãe, também lembrava bastante o pai. Usava um vestido lindo e delicado, na cor branca com detalhes verde bebê, o que ressaltava os olhos de mesma cor. Derek deu um passo à frente e beijou a mão da princesa, estava encantado com sua beleza.

– Príncipe Derek, alteza, é um prazer finalmente conhecê-la! – ele fez uma reverência.

Emma retribuiu a reverência, já estava hipnotizada pelos olhos cor de chocolate do rapaz.

– Princesa Emma. E o prazer é todo meu! – respondeu.

Derek ficou encantado com sua voz, era a mais linda e suave que ele já ouvira. Annabelle olhou para Sebastian que retribuiu o olhar. Eles sabiam que Derek não estava mentindo, havia mesmo ficando feliz em conhecer a princesa.


Em Storybrooke.

Emma e Cody seguiram com o corpo de Olivia até a casa dos Spencer. Era uma mansão de madeira que ficava nos limites da cidade, a parte difícil foi colocar Olivia na parte de trás da coisa amarela que era o carro da xerife. Ao descerem do fusca, Emma quase quis engolir o vômito que vinha a sua garganta, a última vez que estivera ali foi um pesadelo, havia jurado desde que voltara a Storybrooke que não voltaria àquela casa nem que Henry tenta-se obrigá-la. Cody ficou no carro por precaução, caso o corpo resolvesse dançar thriller.

– Já vai! – Derek gritou do outro lado da porta quando Emma tocou a campainha.

A loira engoliu em seco. Havia se passado quase onze anos que não o via, ele devia ter uns trinta e um anos. Mas ela se lembrou da maldição, então ele ainda teria vinte e um. Mas não, um Derek de trinta anos abriu a porta, ele não envelheceu muito, mas suas lindas feições haviam ficando perfeitas.

“Agora é que ele está mais parecido com Henry” pensou.

– Emma! – Derek exclamou surpreso em vê-la após dez anos. – O que faz aqui?

Ela mostrou o distintivo.

– É xerife Swan, agora. Gostaria de falar com Aria Spencer. – disse.

– Xerife? Sério?

– Aria Spencer, Derek!

Ele voltou-se para dentro de casa e gritou o nome da irmã caçula. Em menos de um minuto, parecia que Olivia havia voltado à vida, Emma e Sebastian sempre foram os únicos que conseguiam distingui-las, mas ainda assim, a semelhança entre as gêmeas era assustadora.

– Pois não. – disse Aria.

– Aria Spencer?! – perguntou.

– Sim.

– Emma Swan, xerife de Storybrooke. – disse mostrando o distintivo. – eu gostaria de fazer algumas perguntas sobre sua irmã, Olivia Spencer.

– Liv não está aqui xerife, ela foi ao hospital, disse que queria visitar nosso pai. – respondeu Derek.

– Com todo respeito, eu quero ouvir Aria Spencer, não Derek Spencer. – Emma respondeu com todo o rancor guardado.

Derek revirou os olhos.

– Ela disse para mim que ia se encontrar com o namorado. – Aria respondeu.

– Namorado? – Emma levantou uma sobrancelha. Não por surpresa, mas por lembrar que havia ficado de ligar para o cara que ela estava saindo.

– Sim, nosso primo, Cody. Eles estão namorando há um ano.

– Estranho, Cody me disse que ela foi encontrar você. – Emma disse pensando alto.

– Você se encontrou com o Cody? – Derek perguntou demonstrando ciúmes.

– Nada de você! É xerife Swan! E eu não tenho que dar satisfações da minha vida para ninguém, senhor Spencer.

– Se incomoda se eu perguntar o porquê de querer saber tanto onde minha irmã está xerife? – Aria cruzou os braços, a expressão traquina nunca sumia de seu rosto.

Emma encarou o chão, nunca teve que dar uma notícia tão pesada, ainda mais para a família Spencer. Teve que contar a David sobre Katheryn e a Mary Margaret sobre as digitais na caixa com o coração, mas nunca teve que dizer real e diretamente.

– É melhor vocês se sentarem. – Emma sugeriu.

Na casa de Mary Margaret e Emma (que agora é casa da mamãe Snow e filhinha cabeça dura), Henry bebericava o chocolate com canela que a avó havia feito, David encarava a mesa tentando colocar suas duas vidas em ordem em seu cérebro e Snow falava com o "namorado" de Emma no telefone, informando que ela não estava em casa. Emma havia começado a sair com um dos médicos do hospital poucas semanas antes do sumiço de Katheryn. Pelo que Mary Margaret sabia, os dois estavam pegando leve, apesar de que os olhos de Emma brilhavam toda vez que ela falava de Killian Jones.

– Vou ligar para ela! – Henry disse quando a avó desligou o telefone.

– Querido é melhor não. Aqui, beba seu chocolate quente antes que ele esfrie. – ela respondeu alisando o cabelo do neto. - David? – chamou.

– Hum...

Charming desviou os pensamentos e olhou para a esposa. Ela deu um meio sorriso e ele retribuiu com um completo.

– Emma vai ficar bem, ela sabe se cuidar. Além do mais, ela é a Salvadora. – ele respondeu.

– Talvez antes ela se desse bem, mas agora uma arma não poderá deter magia alguma. – disse Henry.

– Querido, Emma não precisa de arma para aguentar uma hora fora de casa. – Snow disse abraçando o neto.

– É, mas hoje é lua cheia. Agora entendi por que Red e Granny estavam desesperadas pela capa! – disse Henry.

Snow limpou o “bigode” de chocolate do neto com o guardanapo.

– Henry, a lua cheia é amanhã! – ela disse dando-lhe um beijo na bochecha.

Apesar de tudo, o menino estava gostando da situação. Viu no avô o que queria para si, ser um herói, ficou admirando ele enquanto se posicionava para proteger a família. Estava gostando de como era tratado por uma avó, apesar da senhorita Blanchard ser um amor de pessoa, ele gostava mais dela como avó. Emma estava mais amorosa com ele, apesar de ter ficado mais cabeça dura que antes. Naquele momento, ele pensou em algo que nunca havia parado para pensar: Ele também fazia parte do mundo que ajudou a salvar. Passou meses tentando enfiar na cabeça da mãe que ela era a Salvadora, que nem lhe ocorrera que ele também pertencia ao mundo da Enchanted Forest, apesar do pai não pertencer.

– E a Evil Queen, vovó? – Henry perguntou.

Ela parou de abraçar o marido e virou-se para o neto.

– O que tem a Regina?

– Minhas coisas estão lá! – disse o menino. – Não que elas sejam mais importantes, mas é só que... eu não tenho roupas aqui.

– Eu vou comprar roupas para você Henry, agora vá para o banho. – David deu um sorriso amarelo.

David se levantou, mas Henry continuou sentado.

– Henry? – Snow o chamou.

– Eu vou ter que voltar a morar com ela? – ele perguntou com culpa na voz.

– Er... bem... eu não sei querido. – disse Snow.

– Eu não... é que... ela é a Evil Queen, mas... ela nunca me machucou fisicamente... e... eu amo a amo... mas também amo vocês e a Emma... – disse prendendo o choro.

– Henry...

Mas o menino não escutou; o que havia acontecido horas atrás voltou a ocorrer. Novamente ele viu um clarão, tudo ao seu redor parecia em câmera lenta. Ele ouvia uma música alegre, porém clássica, lembrava aquelas músicas de filmes que retratavam a era medieval, as músicas dos grandes bailes. Viu uma Emma mais nova dançando em um lindo vestido branco com detalhes azul bebê, estava dançando com um homem que ele conhecia, porém era uma versão mais nova dele. Era um dos Spencer! Só podia! Lembrava-se do homem em sua festa de dez anos, Regina havia convidado às pessoas mais ricas da cidade. O rapaz foi representando a família já que o pai estava em coma e as irmãs tinham prova na faculdade no dia seguinte. Pela primeira vez ele notou a semelhança entre si mesmo e o homem da “visão” e "versão adulta" que compareceu a sua festa. Ouviu na “visão” Emma chamá-lo de Derek.

– HENRY! – David gritou em pânico.

Ele e Snow estavam tentando acordá-lo.

– Estou bem. – respondeu.

– Henry, que susto! – Snow o abraçou.

– Já é a segunda vez, você precisa ir a um médico. – disse Charming.

– Não, não estou doente. – ele disse levantando do colo da avó.

– Não está doente? Henry, você quase desmaiou duas vezes! – ela disse.

– Não foi um desmaio, foi outra coisa! – Henry disse sentando na cadeira.

– Outra coisa? Que outra coisa? – Charming perguntou.

– Não sei, mas acho que eu também tenho magia. – respondeu.

– Como assim, magia? – David perguntou.

– Vi o passado. Mas não o passado aqui. Vi o passado da Enchanted Forest! Acho que vi meus pais se conhecendo! – exclamou.

Charming e Snow se entreolharam. Seria mesmo verdade? Henry era capaz de tal poder? De ver o futuro de uma terra sem ele, mas que naquele tempo, era passado?!


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