Depois De Um Final Feliz escrita por Gabi Alves


Capítulo 1
Foi só um sonho


Notas iniciais do capítulo

Esse capítlo está meio vago( extremamente curto), mas dá para vocês verem como é meu jeito de escrever. Neste capítulo poucas coisas acontecem, o importante é entender a mente da personagem. Deixem comentários =) @Gabi_Robsten



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Eu não sabia exatamente onde estava. Talvez no paraíso, ou em um jardim qualquer. Na minha frente havia uma linda paisagem. Um gramado bem verde e centenas de flores silvestres, o sol estava alto e iluminava a grama lindamente.

Eu olhava atônita para a luz do sol que era linda, e, ao mesmo tempo, perturbadora. Talvez pelo fato de que a luz aumentava cada vez mais, me cegava, e tornava a bela paisagem em um clarão insuportável.

De repente a luz se apagou, como uma lâmpada. Mas, eu ainda não enxergava direito, minha visão era tomada por um clarão branco. Aos poucos, enquanto minha visão voltava ao normal, eu percebi que a paisagem mudara.

Eu não enxergava mais as flores, nem a grama, nem o sol. A paisagem fora tomada por uma figura assustadora, seu tamanho era o dobro do meu.

Fitei os olhos vermelhos, hostis e profundos que me encaravam com cuidado e perdi o fôlego.

– Aro – Sussurrei hipnotizada.

A figura sorriu amargamente para mim. Não fugi ao impulso de gritar.

– Renesmee! Acorde! È só um sonho... – Eu ouvi a voz da minha tia Alice enquanto ela me chacoalhava.

Sentei-me na cama, assustada, e parei de gritar.

Olhei para cima e vi meus pais, minha tia Alice e Jacob preocupados no meu quarto.

Tapei o rosto com as mãos e me deitei de novo. Era só um sonho.

Senti mãos geladas em minha testa.

Abri os olhos, era minha mãe. Seu rosto era tranqüilizador para mim. Olhei para o rosto do meu pai e uma pequena ruguinha ao lado de sua sobrancelha me dizia que ele estava lendo em minha mente, o meu sonho.

Toquei com a mão o rosto da minha mãe e pensei:

“Foi só um pesadelo, mãe” – pensei, levantando as sobrancelhas.

–Eu sei – Ela beijou minha testa e saiu do quarto com meu pai. Ele a olhava, preocupado.

– Que susto garota! Nunca mais grite tão alto! – Minha tia Alice disse ironicamente colocando a mão em seu suposto coração. Eu ri.

–Estamos te esperando para o café. – Disse Alice.

Minha tia também se retirou e Jacob se sentou ao meu lado na cama.

– Pesadelo de novo, Nessie? Eu sei que aquele filme de terror te deixou com medo, mas isso já faz um mês! – Jacob disse rindo, zombeteiro.

–Não é isso! – Dei um soco em seu braço, rindo. – Como se um mísero filme de terror pudesse me assustar...

Ele riu.

– Eu sei, mas toda vez que você grita, sua mãe parece que vai ter um ataque! – Ele disse gargalhando.

– Você não fica muito diferente disso. – Eu disse olhando para ele. De repente, Jacob ficou em silencio. Olhei-o fixamente, esperando ele dizer algo.

–Impressão sua. – Ele disse e saiu do quarto. Olhei para frente confusa, balançando a cabeça negativamente. Era melhor eu me arrumar rápido.

Levantei-me e fui até o banheiro me trocar, escovei os dentes e desci para tomar café. Hoje eu teria o dia cheio. Eu prometera á tia Alice que a ajudaria a organizar a minha festa. È... Amanhã eu faria 12 anos.

Sentei-me na mesa e ela já havia sido posta – Só para mim e Jacob, é claro. Já que o resto da família não comia – E comecei a comer, devagar, pensando.

Minha mãe passou pela mesa e beijou minha testa.

– Bom dia, filha. Sente-se melhor? – Ela acariciou minha testa de leve.

–Claro, foi só um pesadelo. – Dei de ombros

Tia Rosalie me desejou um bom dia, e ficamos comentando sobre os preparativos da festa. Na verdade, eu não estava tão envolvida para preparar minha festa, o que me deixava empolgada era a festa surpresa que estávamos preparando para minha mãe daqui a quatro dias. Ela não era uma pessoa que gostava de comemorar aniversário, acho que puxei isso dela... Mas eu queria a festa mais linda de todas para minha mãe... Ela merecia.

E claro, a tia Alice era a mais empolgada de todas. Ela preparara laçinhos e florzinhas cor de rosa para decorar a minha festa. Esforcei-me para não fazer uma careta. Era tão infantil...

Olhei para meu pai, preocupada.

“Não diga nada a ela... Finja que eu gostei.” – Eu pensei severamente para meu pai. Ele acenou levemente com a cabeça e eu sorri, satisfeita... Qualquer coisa para deixar tia Alice feliz.

– Está ótimo, tia... É bem... Rosa – Eu sorri para convencê-la.

– Perfeito! – Ela disse saltitante, indo preparar as bonequinhas de mesa.

Terminei de tomar café enquanto ria das caretas de tédio do Jake.

Minha idade era um pouco complicada. A idade fisiológica – contando desde o dia que eu nasci – eu completaria 12 anos amanhã. Fisicamente, eu aparentava ter doze mesmo – Já que meu crescimento super acelerado fora diminuindo com o passar do tempo. – E psicologicamente... Eu podia dizer que meu quociente intelectual era maior do que de um adolescente de 16 anos.

Passei o dia, sentada em uma poltrona, apenas observando o trabalho de minha tia. Eu não precisava levantar, só precisava dizer “está bom” “está lindo” nas horas certas.

Pensei em meu pesadelo de hoje. Aquela face me perturbava desde quando eu era bebê. Aquela pequena batalha para salvar minha vida. Senti um arrepio. Eu sentia os olhos ele em mim como se ainda estivesse naquele dia, quando ainda morávamos perto de Forks. Agora, morávamos no Alasca, numa cidade pequena no sudeste de Houston – nos mudamos fazia uma semana apenas – era um lugar frio, bom para caçar e uma casa longe o bastante de Denali. Eu não queria relações com os vampiros de lá. Sei que me ajudaram, mas não só porque eu tanto quanto minha mãe, não gostávamos muito de Tania, a perda de Irina fez com que as irmãs se rebelassem, elas ainda estavam em uma espécie de depressão.

Senti algo quente tocando no meu braço, reconheci o cheiro de Jake se sentando ao meu lado. Agora eu estava reconfortada. Abracei-o pela cintura e encostei minha cabeça em seu peito. Jake era meu porto seguro, eu nunca sentia medo perto dele. Eu me sentia protegida. Ele era como meu irmão mais velho. Ele era o meu lobo.

– Porque está tão quieta? Isso não é normal, você não para de falar... – Jacob disse de bom humor.

– Não é nada, eu só estava pensando...

– Pensando em que? – Ele semicerrou os olhos.

– Eu não preciso dizer o tempo todo o que estou pensando – eu ri – Coisas aleatórias.

Observei meu pai encostado na parede, ele nos olhava com uma expressão disfarçada. Eu sabia que ele se sentia incomodado quando eu abraçava Jake. Devia ser ciúmes, talvez ele pensasse que eu tratava Jake como meu pai também.



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Notas finais do capítulo

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