Limite Do Amor... escrita por ScissorsandCoffee, BeckandJade FC


Capítulo 2
Descobertas Irritantes.


Notas iniciais do capítulo

Eu amei meus primeiros dois reviews aqui, *U*. Foi tanta alegria que eu decidi postar outro hoje... Haha.



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- Ei cara... – André me cumprimentou, na medida em que eu entrava na casa dele.

- Ei André. – O cumprimentei.

- Como esta a Jade? – Ele me perguntou, estranho. Por que ele queria saber como ela estava? Eu nunca o vi fazendo essa pergunta antes, mas tudo bem...

- Ah, ela está meio emburrada por não conseguir achar um final que feche com sua nova peça. – Eu falei, jogando minha mochila no sofá.

- Ah, que pena... – Ele pareceu pensativo e ao mesmo tempo aborrecido. André é emotivo?

- Porque tem pena da Jade, você não tinha medo dela? – Eu perguntei. Ele ficou com um olhar nervoso.

- É, mas não achar um final para a peça... Sabe? É,... É difícil. – Ele falou ainda nervoso.  – Hã, vamos começar a ensaiar?

- Uh, pode ser... – Eu concordei indo pegar nossos roteiros. Eu não me lembro de algum dia que eu passei sem ler um roteiro para alguma peça... Ok, eu exagerei! Mas, é parecido com isso...

O celular de André começou a tocar no momento em que íamos começar a ensaiar. Ele suspirou quando viu o visor.

- É a minha avó, ela está fazendo compras sozinha, eu pedi para me deixar levá-la, mas ela... – Ele suspirou em negação. – Beck, pode ir até o meu quarto e pegar minha mochila? Lá tem o meu roteiro...

Ele disse apontando para a porta a direita no corredor, concordei. Fui até o quarto dele, enquanto ouvia sua avó gritar com ele pelo celular. Suspirei, ele tinha sérios problemas.

Passei pelo quarto que já havia entrado algumas vezes, conheço André desde os meus 11 anos de idade. Somos melhores amigos. Peguei sua mochila que estava jogada ao pé da cama. No momento em que a puxei, ela veio arrastando uma caixinha do tamanho de uma mini calculadora. A caixinha estava aberta, e tinha um papel desdobrado nela. Era uma canção.

Minha curiosidade aumentou, enquanto eu abaixava para ler melhor. Era a canção que ele havia cantado ano passado, para o... Seu cachorro. 365 Days. Reli a música, apenas para me lembrar daquela noite com a Jade, um dos momentos mais doces que eu tive com ela... Minha Jade. Jade. Espere! Jade? JADE?

COMO ASSIM A JADE? O QUE ? POR QUE DIABOS O NOME DELA ESTÁ ESCRITO EM TODOS OS VERSOS DA LETRA?

E  por que tem uma linha sublinhando os nomes, e colocando em cima deles a palavra “você”?

Me lembrei de André cantando a música, olhando para a Jade ... Eu não me importei na época, eu não achava nada... Mas a raiva percorreu meu corpo, num instinto, peguei o papel com força, não me importando se ele havia amassado ou não. Corri em direção ao André.

- Você é um homem morto! – Eu gritei com ele, enquanto corria em sua direção. Os olhos dele se arregalaram.

- Calma, Beck! Calma! – Ele tentou dialogar, enquanto eu o segurava pelo colarinho da camisa. – O que aconteceu, cara?

- COMO ASSIM O QUE ACONTECEU? ME EXPLIQUE ISSO! – Eu parecia a Jade gritando agora. Mas,isso não era relevante. O mostrei o papel.

- Ah... Oh, Jade... – Ele sussurrou um palavrão, enquanto olhava para baixo. Eu o empurrei.

O dei um soco. Sim, um soco com tanta força que eu pude. Ele caiu no chão. Uma pequena, minúscula, quase nada parte de mim sentiu pena e arrependimento por isso. O restante, não.

Ele havia escrito uma canção para a Jade. Para a minha e só minha Jade. Ele ainda vai apanhar muito.

-  Q-Qual é o seu problema, homem? – André me perguntou, com a voz rouca, enquanto se erguia do chão e se afastava de mim sutilmente. – Por que me deu um soco?

- Porque você mereceu! POR QUE VOCÊ ESCREVEU UMA CANÇÃO DE AMOR PARA MINHA NAMORADA? – Eu gritei. André já estava em pé.

- C-Calma, Beck... Calma! – Ele continuou se afastando para trás. – E-Eu, eu fiz para você dar para ela.

Ele pareceu nervoso. André não conseguia mentir.

- Não minta, as coisas vão apenas piorar. – Falei sem remoroso, sem pena. Cruel, frio e maligno.

- Beck, olha só... Eu meio que – Eu levantei um punho, pronto para o machucar novamente. Como ele havia agido assim? André é (era!) o meu melhor amigo,e a Jade é a minha namorada. Ele sabe que eu a amo mais do que tudo... Como ele poderia escrever uma canção de amor para ela?

- Explique. – Falei. Ele suspirou, tremendo.

- Cara, eu ... Isso, isso foi meio que no ano passado. E-Eu escrevi uma, essa, eu escrevi essa canção para a J-Jade. Sim, a Jade. Eu, eu estava a-apaixonado p-por e-ela! – Ele falou. Eu iria dar outro soco nele. Eu sentia tanta raiva.

- E VOCÊ AINDA É? – Eu perguntei.

- Ah... Eu, eu não... Eu não sei! – Ele engoliu seco.

- Fale a verdade André, você nunca foi bom em mentir. – Suspirei. Meu melhor amigo estava apaixonado por minha namorada. - Como pode esconder isso de mim? Eu sou seu melhor amigo!

- E-eu, Beck! Eu ... Não tive com evitar. Ela cantou de uma maneira tão dócil, e eu me apaixonei... Mas... – Ele tomou fôlego, sua voz saiu mais segura e confiante. – Eu estou lutando contra essa paixão, Beck. Por você e todo seu amor por ela! Eu estou tentando esquecê-la para o bem de todos.

- Como você pode tentar esquecê-la? André, não era nem para ter se apaixonado por ela! – Eu gritei, passando as mãos pelo meu cabelo. Tentado a achar uma arma e dar um tiro no meio da cabeça dele.

- Cara! Eu sinto muito! Eu  não tive como evitar... – Ele pareceu desesperado.

- Não olhe mais para ela... – Eu disse, o dando um olhar com raiva.

Ele respirou fundo. Eu não poderia mais ficar aqui.  

Peguei minha mochila, e fui em direção a porta. - Fique longe dela! – Eu gritei enquanto passei para a varanda, indo em direção ao meu carro.

Ele iria pagar por isso. Ele iria se arrepender de ter se apaixonado por minha garota.

-- Quebra de Linha.

POV Jade.

Eu estava em minha casa, meu pai tinha acabado de sair para algum negócio urgente no trabalho e que eu não tive nem a mínima ideia de saber qual era. Sentei me no sofá, enquanto passava Bones na TV e eu estava pintando as minhas unhas.

A campainha tocou. Suspirei. – Se for o vizinho, não tem ninguém em casa! – Gritei alto o suficiente para quem estivesse atrás da porta ouvisse. Eu o odiava.

- Vamos, Jade. Abra a porta! – Ouvi a voz de Beck pedir, respirei fundo enquanto me levantava.

Caminhei emburrada para a porta. Abri, e ele parecia frustrado e irritado... Ele poderia estar naqueles dias, mas ai eu percebi que esse não era o caso.

- O que aconteceu com você? – Eu perguntei. Enquanto ele entrava.

Beck não me respondeu nem nada. Apenas passou a mão pela minha cintura, me puxando. Rapidamente senti seus lábios se apertando contra os meus. Ele começou um beijo tenso e necessitado,eu correspondi até ficarmos sem ar.

- Nossa! O que aconteceu com você em? – Eu perguntei gostando disso. Beck nunca havia me beijado assim. Eu fiquei pasma, uh... Esse beijo era bom!

- Ah... Nada. – Ele passou a mão pelo cabelo, eu o puxei para se sentar no sofá.

- Como assim nada, Beck?– Me sentei em seu colo, dando um selinho em seus lábios.Eu deveria estar doce de mais hoje ... Lamentei.

- Uh... André. – Ele falou, enquanto eu observava seus olhos castanhos entristecerem.

- O que tem ele? – Eu perguntei, preocupada. Isso o fez ficar mais tenso ainda. – O que tem ele, Beck?

- E-Ele... André gosta de você! – Ele falou rapidamente. Eu juro que caíra no chão se as mãos do Beck não estivessem ao meu redor.

- Ele o que? - Eu perguntei indignada.

- Ele gosta de você Jade. Ele é apaixonado por você. – Ele falou bastante preocupado. Ah! Beck com ciúmes,eu amo isso...

-  Uh, isso é maravilhoso! É tão bom ser correspondida depois de um tempão esperando... – Eu falei, em um tom sonhador. Os olhos de Beck se arregalaram.

- O QUE? – Ele gritou. Eu comecei a rir.

- É brincadeirinha. – Sorri como uma criança de cinco anos. Ele pareceu se aliviar. – Mas, ele te falou assim do nada, na cara de pau?

Beck negou. – Não. Meio que por acidente eu descobri que ele havia escrito uma música para você Jade, 365 days. A música foi feita para você! – Ele cobriu o rosto com as mãos,suspirando.

- Hmm... Acho que eu vou trocar você pelo André, ele me escreve músicas. Coisa que você não faz. – Eu comecei. Ele pareceu tenso novamente.

- Jaade! – Ele gritou, meio resmungando.

- O que? – Eu comecei a rir. Aquilo era único e hilário, eu tinha que aproveitar. – Uh, é brincadeira.

- Eu espero. – Ele voltou a colocar as mãos no rosto.

- Por que está tão tenso assim, Beck? – Eu perguntei, gentil.

- Porque você pode sair a qualquer momento por aquela porta, e me trocar por ele. – Beck me olhou com aqueles olhos tristes e inocentes. Eu suspirei.

- Beck, eu gosto dele como um amigo. Apenas isso. Você não, é  diferente. Eu amo você. – Eu falei todo esse clichê de uma vez só, senti os braços dele me puxando para um abraço.

Ele escondeu seu rosto na volta do meu pescoço. – Prometa-me que não vai me trocar...

Eu sorri, normalmente, era para eu estar pedindo isso... Mas hoje, era tudo diferente. – Eu nunca faria isso, Beck. Nunca.

Ele pareceu sorrir, enquanto se inclinou para me beijar.

André gosta de mim, não é? Talvez eu possa, não. Não! Eu não faria isso... Eu acho que não. 


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Notas finais do capítulo

E o que sentiram lendo isso?
"Who Said I Stopedd?" Terá uma atualização daqui a um tempo,kay kay?
Espero ansiosamente ao seu maravilhoso review.