POV Jade.                                                        

- Não olhe para mim. – Eu falei, tentando colocar a minha blusa.

- Eu estou apenas certificando de que você está bem... – Ele deu de ombros.

- Não você está certificando o meu sutiã. – Eu rosnei. Ele riu.

- Preto com estrelas cinzas, babados na alça.

Olhei com terror para ele. – Como que você sabe?

- Eu certifiquei.

Ele riu, e eu meio que sorri. Me sentei no colo dele, ouvindo o som da TV no fundo.

- Beck...

- Oi? – Ele perguntou suavemente.

- Eu ainda... Eu ainda não entendi muito bem, o fato, de eu ter um bebe e ter perdido ele também. – Suspirei.

Ele me deu um beijo na bochecha.

- Ei querida, não fique assim... Você sabe, foi melhor o que aconteceu... Eu adoraria ter um filho com você, mas agora não...

Assenti enquanto fechava os olhos. -... Agora não.

Ficamos em silêncio por um tempo, nos dois gostávamos disso...

- Faça café para mim? – Pedi. Ele sorriu.

- Pensei que nunca mais pediria. – Ele se levantou do sofá, eu sentei novamente.

- É que eu havia esquecido. – Cocei a cabeça, rindo.

- Palavra mágica?

- Vai buscar o café, Oliver! – Gritei de brincadeira.

- A palavra é loção. E eu vou apenas te dar café pelo seu braço dodói, West. – Ele disse, me fazendo rir.

Assim que ele saiu da sala, voltei minha atenção a TV. Não muito tempo depois, alguém tocou a campanhia. Quem seria?

Argh, eu odeio visitas.

Bom, deveria ser a Cat, ou o Sinjin. Eu não me importo com isso. Fui andando preguiçosamente até a porta e a abri.

- André? – Eu perguntei, chocada quando vi quem estava em minha frente.

- Eh... Olá Jade. – Ele disse, nervoso. – Bom como você já deve ter visto... A Tori te ligou, hoje... Não foi?

- É, antes de eu sair do hospital. Por que? – Eu levantei minha sobrancelha.

- Bom... –Ele hesitou, dava para sentir o medo em sua voz. – Eu... Você sabe... O que ela te disse... E...

- Que as coisas entre mim e você não estão dando certo. – Dei de ombro. – E você quer terminar comigo.

- É! – Ele gritou. – Oh... Espere, é... Bom, você não é ruim... Nem nada. É que, a Tori ela é ... Você não é pior que a Tori, e ela não é melhor que você... E, bom, você sabe... Você é linda, mais eu não quero que ... Eu gosto da Tori, não que eu prefira ela ao invés de você, na verdade, ambas são muito bonitas, e eu gostaria que...

O interrompi, revirando os olhos. – Tudo bem, por mim.

- O que? – Ele pareceu pasmo, e aliviado.

- Tudo bem, por mim. – Disse um pouco mais alto. – Fique com ela, André...

- Mas... Mas você não vai me destruir socialmente, ou me... Me matar? – Ele tinha uma voz trêmula; Sorri.

-  Não. – Suspirei. – Eu te respeito... Só não se importe de ver eu e Beck nos beijando na escola.

- Claro que não. – Ele riu. – Bom, eu realmente não quero atrapalhar... Então estou indo... Embora.

Ele acenou. E então eu dei de ombros e fechei a porta.

O que foi? Hm, ele havia me traído... Não é? Eu não sou obrigada a dar tchau a ele.

Ouvi o som de um motor de carro se distanciando, sorri. Acho que ele entendeu o recado.

Me sentei no sofá, ainda digerindo o que tinha acabado de acontecer. Estava muito chocada com essas coisas que haviam ocorrido nessas duas últimas semanas. Eu fico feliz por que finalmente, estamos voltando ao normal...

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Assim que André saiu, rapidamente o Beck voltou. Eu contei tudo o que ele me disse ao Beck, e ele ficou bastante feliz... Dizendo que poderíamos agir como namorados novamente, em público.

Eu decidi fazer uma comemoração com alguma coisa mais quente, ele disse que eu havia acabado de sair de um hospital e ter perdido um bebê, e que isso não era coisa para se fazer agora. Mas eu falei algo no ouvido dele, o que o fez esquecer de tudo.

Finalmente eu estava livre de novo.

Ficar longe do André, isso me deixa feliz... Mesmo com o fato, de que eu ainda, posso ou não, sentir alguma coisa por ele.

NÃO JADE!

Você ama o Beck, e pronto.

É isso. Eu amo o Beck.