Pure Heart escrita por teffy-chan


Capítulo 3
Capítulo 3 - Flagrante


Notas iniciais do capítulo

Ohayou minna!
Tenho um aviso pra dar pra vocês: Esse capítulo contêm cenas yaois!!! Se alguém aqui não gosta, não leia a segunda metade, depois não digam que eu não avisei!! Mas se bem que, acho que se alguém aqui não gostasse de yaoi, não estaria lendo uma fic de Ouran né XP
Sem mais delongas, aí vai a fic! /o/
Boa leitura^^



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Ainda que Haruhi tivesse dito que não era necessário realizar uma festa para ela, Tamaki e os demais membros do Host Club continuaram organizando tudo, na esperança de que ela mudasse de idéia na última hora. Como os preparativos deixou todos muito ocupados, as atividades do Host Club foram suspensas temporariamente. E agora, os rapazes do Clube encontravam-se na cafeteria da escola, tentando decidir os últimos detalhes. Como o Host Club estava temporariamente fechado, Haruhi foi liberada de suas tarefas, e agora passava boa parte do tempo depois das aulas na biblioteca estudando, e depois ia direto para casa. A auto-nomeada gerente do Clube, Houshakuji Renge, também estava lá, já que fizera questão de ajudar na organização da festa. Até mesmo algumas clientes haviam se oferecido para ajudar os garotos com os preparativos, algumas realmente garotas prestativas que queriam ajudá-los, outras que só compareceram para poder admirar os belos rapazes, e acabavam atrapalhando mais do que ajudando.


– Precisamos decidir o cardápio final para o bufê da festa! - Renge exclamava, um tanto autoritária demais - O que vai ser afinal?
– Doces! Muitos sorvetes, doces, tortas e bolos! - Honey-senpai exclamou prontamente
– Não podemos ter apenas coisas doces na festa, senpai! - Renge gritou, assustando o menor, que se encolheu atrás de Takashi, amedrontado
– Não havíamos decidido que faríamos coisas simples, como sashimi, sukiyaki, misô, e coisas assim, já que Haruhi é uma plebéia, e não deve estar acostumada com o tipo de comida que nós geralmente consumimos? - lembrou Kyouya - Apesar de que, mesmo isso talvez seja um pouco sofisticado demais para ela...
– Tem que ter otoro! - exclamou Mitsukuni - Haru-chan sempre diz que adoraria provar isso, não é?
– É sim - confirmou Takashi
– Tudo bem, adicionarei otoro à lista - Renge falou, fazendo uma anotação no bloco de papel que carregava - Mais alguma coisa?
– Humm vejamos... - Mitsukuni levou o dedo aos lábios, pensativo - Doces!!
– Já disse pra parar de insistir nisso senpaaaai!!
– Waaaahh ela me dá medoooo!!! - Honey-senpai saiu correndo, como uma criancinha assustada, com Renge correndo atrás dele
– Francamente, assim não conseguiremos organizar nada - Kyouya suspirou cansado - Na verdade, nem sei se isso é realmente necessário, já que a própria aniversariante disse que não quer uma festa. Tem certeza de que predente levar isso até o final... Tamaki?
– Mas é claro que sim... já que começamos a organizar, não faz sentido cancelar a festa agora... - o loiro respondeu, embora não parecesse nem um pouco animado
– Se realmente pretende levar essa história de festa até o final, então ajude a organizá-la pelo menos. Dede que a Haruhi falou que não precisávamos dar uma festa que você não fez mais absolutamente nada! - - censurou o Vice-Presidente - Se a Renge-kun não tivesse assumido a liderança, e não estivesse cuidando dos últimos detalhes, seria impossível realizar essa festa à tempo!
– Ótimo, deixe que a Renge-chan cuide de tudo então. Ela é uma garota afinal, deve saber do que as garotas gostam em uma festa - Tamaki resmungou, sentado à mesa com a a cabeça apoiada nos braços - Eu tive todo o trabalho em preparar tudo pra Haruhi ter uma festa de aniversário perfeita, e até convoquei a ajuda de vocês, mas ainda assim a Haruhi me rejeitou friamente daquele jeito... que espécie de filha ingrata é ela que recusa o presente do pai de modo tão insensível?! Aquela mal-educada, nunca vi tanta ingratidão em toda minha vida!
– Ano nee Tamaki... por que você continua dizendo que a Haruhi é sua filha afinal? - Kyouya deixou escapar a pergunta que o incomodava há tempos - Quero dizer, ela mesma já pediu várias vezes para você não chamá-la assim, então por que você ainda insiste nessa história?
– Como assim "por que"?! - Tamaki repetiu, como se o amigo tivesse feito uma pergunta completamente irracional - É óbvio que é porque eu quero protegê-la, e cuidar dela! Ela é importante pra mim, mas é uma criança tão descuidada, e se distrai tão facilmente que precisa ter sempre alguém por perto para cuidar dela, para evitar que ela se meta em problemas, e para ajudá-la no que for preciso, não importa a situação! E eu quero ser essa pessoa que vai estar sempre ao lado dela, protegendo ela de tudo e de todos, como um pai faria! Por isso digo que ela é minha filha!


Kyouya ajeitou os óculos, pensando no melhor jeito de dizer ao loiro o quanto o ponto de vista dele estava distorcido. Sabia muito bem que o sentimento que o amigo nutria por Haruhi era diferente de um sentimento paternal, aliás, todos no Host Club sabiam disso, menos o próprio Tamaki, é claro. Ah, e também Haruhi, ela devia ser mais "distraída" para esse tipo de assunto do que o próprio Presidente, se é que isso era possível.
Kyouya suspirou, tomou coragem, e disse:


– Tamaki, você é mesmo um idiota, sabia? - o moreno disse por fim - Tirando a própria Haruhi, todos no Clube já devem ter notado isso, por que só você não percebe?!
– O que foi que você disse?! Mas do que está falando afinal??
– Tudo aquilo que você falou antes tem um fundo de verdade. Pais realmente querem proteger seus filhos de tudo e de todos, principalmente se for uma filha mulher descuidada como a Haruhi - Kyouya continuou, escolhendo as palavras com cuidado - Mas acontece que você não é o pai da Haruhi. Ranka-san é o único que pode assumir esse papel, afinal, ele contribuiu para o nascimento dela, e você não fez isso. Você nunca sequer conheceu a mãe dela, e é apenas um ano mais velho do que ela, então é óbvio que você não pode ser considerado pai dela
– Mas então.. v-você quer dizer que... que eu.. e-eu não sou... não sou...
– Acalme-se, não vá se refugiar naquele cantinho deprimente dos cogumelos porque eu ainda não terminei! - Kouya interrompeu o gaguejar do amigo - Olhe, eu não sei se sou a melhor pessoa para te dizer isso, mas vou dizer assim mesmo: Você nunca pensou que... o sentimento que você tem pela Haruhi pode ser diferente de um sentimento paterno?
– Como assim?! - o loiro exclamou confuso - Quer dizer, como um sentimento fraternal? Não, não mesmo, aqueles gêmeos problemáticos já se dizem irmãos dela, se fosse assim, eu teria que ser irmão daqueles dois também, e isso eu não aguentaria de jeito nenhum!!
– Não, eu não quis dizer um sentimento fraternal - Kyouya respondeu, com uma enorme gota na cabeça. Como Tamaki chegava à essas conclusões absurdas?! - Vejamos... quando você se dizia pai dela, o que você mais temia que acontecesse com a Haruhi?
– Que algum homem à levasse embora! - Tamaki respondeu prontamente - Com certeza, meu maior medo é que um dia a Haruhi se apaixone por algum outro homem, e ele à leve para longe de mim!
– Isso, exatamente - Kyouya apontou um dedo para o amigo - Você não pode ser o pai dela porque esse papel é de Ranka-san. Então, nunca passou pela sua cabeça que... você pode ser esse homem que os pais tanto temem que acabem levando suas filhas embora?
Eu, ser esse homem?! - Tamaki repetiu, apontando para si mesmo - Mas isso significaria que eu estou apaixonado pela... ahhh...


Tamaki largou-se na cadeira, os olhos vidrados mirando o nada, e a boca entreaberta, lhe dando um semblante meio tolo. Kyouya esperou alguns segundos, até ele se recompor. Quase dois minutos depois, ele sacudiu a mão na frente do rosto do loiro, e o chamou, tentando tirá-lo do transe. Não obteve nenhum resultado, Tamaki nem sequer piscou.


– Bem... acho que vou te deixar sozinho por um tempo, você deve ter muito no que pensar afinal - Kyouya falou, desistindo de tentar trazer Tamaki de volta à realidade, e voltando aos preparativos da festa - Mas, sem ele, teremos menos uma pessoa para ajudar na organização. E aqueles gêmeos também, nem sequer deram as caras hoje... aonda será que eles foram?!




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Ao mesmo tempo em que os preparativos aconteciam na cafeteria, Haruhi havia voltado à sala do Clube para pegar um livro que esquecera ali, quando ouviu vozes vindo da pequena sala que geralmente usavam para se trocar. Estranhou, pois, tinha certeza de que a sala do Clube ficaria fechada pelo resto da semana, de modo que não deveria ter ninguém ali. Imaginou se seria algum funcionário da escola limpando o local, quando reconheceu as vozes: Elas pertenciam aos seus colegas de classe, Hikaru e Kaoru. Pelo rumo da conversa, parecia muito com uma das encenações que eles sempre faziam para agradar suas clientes, porém, mais exagerada dessa vez. Haruhi imaginou se eles estariam ensaiando alguma nova atuação e, sendo vencida pela curiosidade, resolveu escutar mais de perto.
E dentro da sala...


– N-Não, Hikaru, aqui na escola não! Alguém pode nos ver... ahh!
– Não se preocupe, a sala do Clube não estará sendo usada essa semana, lembra?
– Mas mesmo assim, nós... e-estamos na escola agora, é... ahn... é p-perigoso...
– Perigoso nada, não tem ninguém aqui. Além do mais, não acha que o fato de estarmos na escola torna as coisas muito mais excitantes?
– Ahn... n-não diga isso, Hikaru... é embaraçoso...
– Você diz que é embaraçoso, e me pede pra parar, mas você bem que está gostando, não é Kaoru?


Ok, aquilo já estava indo longe demais pra uma encenação, tinha alguma coisa errada aí. Vencida pela curiosidade, e como rosto estranhamente quente, Haruhi abriu minimamente a porta e, colocando apenas um dos olhos pela fresta, enquanto fechava o outro, começou a espiar os amigos.


Viu Kaoru deitado em um futón, como uma espécie de cama improvisada. O garoto estava sem camisa, suando como se estivesse com uma febre de 40ºC, o rosto inteiramente rubro, e uma estranha expressão facial, que misturava a de alguém que estava sendo molestado e a de uma mulher que estava prestes a fazer coisas muito indecentes com seu namorado. Hikaru estava em cima dele, a camisa aberta e a calça desabotoada, as mãos percorrendo velozmente o corpo esguio do irmão, aparentando possuir uma vasta experiência que não se fazia idéia daonde ele havia adquirido, enquanto que os lábios concentravam-se em beijar o pescoço de Kaoru, fazendo o garoto produzir ruídos estranhos, cada vez mais altos. Depois de deixar escapar um gemido particularmente alto, Kaoru afastou um pouco o irmão de si, ainda arfando, tentando inutilmente se recompor. Hikaru afastou um pouco o rosto de sua outra metade, de modo que pudesse encarar sua bela face. E depois que Kaoru recuperou um pouco do ar que faltava em seus pulmões, Hikaru tomou-lhe os lábios, beijando-o com carinho.


– Peeeeraí que isso já é demais!!!


O choque foi tão grande que Haruhi não aguentou, e acabou soltando um berro enquanto escancarava a porta, revelando sua posição. Ao ver a amiga, os dois separaram-se mais do que depressa, ambos assustados. Hikaru levantou-se rapidamente, enquanto Kaoru tentava recuperar o controle sobre seu corpo, que não parava de tremer, olhando da garota para o irmão, e de volta para a garota, um tanto atordoado.


– O que... o que é isso? O que vocês... q-que estavam fazendo?? - Haruhi gaguejou, tão nervosa e atordoada quanto eles, apontando de um gêmeo para o outro
– Haruhi! Você... v-viu o que estávamos fazendo?? - Hikaru perguntou, embora a resposta fosse óbvia
– Vi! - ela admitiu, esquecendo-se completamente de que não deveria estar espiando os colegas - O que era aquilo?! E-Eu vim aqui pra buscar um livro, quando ouvi o Kaoru fazendo uns barulhos estranhos, e depois a voz do Hiraku falando... c-coisas mais estranhas ainda... d-daí pensei que vocês poderiam estar treinando alguma nova atuação para as clientes do Clube e dei uma olhada, mas vocês estavam... v-vocês estavam... s-sem roupa, e se agarrando, e... vocês se beijaram!!!
– Ahh droga... não adianta, Kaoru, ela viu tudo mesmo - Hikaru falou, dando um tapa na própria cabeça, enquanto Kaoru parecia que ia explodir de tão vermelho que estava - Ok, se acalme, vamos explicar tudo... sente aqui - ele indicou o futón onde os dois estavam há minutos atrás
– Eu não vou sentar ali! E querem fazer o favor de se vestirem, pelo amor de Deus?! - Haruhi gritou, apontando para o futón como se ele fosse um filme proibido para menores de dezoito anos, enquanto desviava os olhos dos gêmeos. Ao invés disso, largou-se em uma cadeira próxima. Depois que os dois garotos ajeitaram suas roupas, ela disse - Muito bem, podem começar. Aquilo... não era uma atuação né?
– Não, não era - Hikaru admitiu
– Então... se não era atuação... o que raios foi aquilo que eu vi afinal?? Vocês estavam... s-se agarrando, e se tocando, como se fossem namorados ou coisa parecida...
– É porque é isso que nós somos - Hikaru respondeu simplesmente.


Haruhi os encarou vários segundos, os olhos arregalados e a boca entreaberta, dificilmente processando a frase que o amigo disse.


– Você disse... que são... n-na-namorados?! - ela repetiu meio incrédula - Mas vocês... vocês não são irmãos?!
– Somos isso também - Kaoru respondeu, agora um pouco mais calmo, sorrindo sem graça.


Novamente Haruhi os encarou boquiaberta por vários segundos. Conforme foi absorvendo a informação, ela abriu e fechou a boca várias vezes, sem saber o que dizer.


– Então você está me dizendo que são irmãos, e que também são namorados? - ela disse por fim
– Isso mesmo - os dois falaram ao mesmo tempo
– Tá... então, vocês são dois irmãos, gêmeos ainda por cima... e são dois garotos, que também são namorados? - ela repetiu novamente, querendo ter certeza de que ouvira direito
– Sim... até quando vai fazer essa pergunta?! - Hikaru respondeu, ficando cansado de repetir a mesma coisa várias vezes
– Etto... os pais de vocês sabem disso?? - Haruhi perguntou, sem saber mais o que dizer
– Eles provavelmente não se importam. Passam tanto tempo ocupados com negócios que mal prestam atenção em nós, então... isso realmente não deve importar pra eles - Kaoru respondeu com um sorriso meio triste
– Err... certo... e por acaso mais alguém sabe disso??
– Não, você é a primeira a descobrir - Hikaru respondeu
– Nossa, que sorte a minha - Haruhi falou meio irônica - Mas isso... não tem problema? Quero dizer, vocês são dois garotos que são irmãos, afinal... ter esse tipo de relacionamento não é...?
– Ah sim,com certeza é problemático, provavelmente enfrentaremos muitos obstáculos por causa disso no futuro - Hikaru confirmou - Mas não importa. Enquanto tivermos um ao outro, mesmo que o mundo inteiro fique contra nós, ainda assim seremos felizes tendo apenas a companhia um do outro... certo, Kaoru? - ele segurou a mão do irmão
– Sim... tem razão, Hikaru - ele entrelaçou seus dedos nos do garoto, corando levemente
– Então tá né... quem sou eu pra julgar os outros, olhem só pra mim, sou uma menina tranvestida afinal - Haruhi murmurou para si mesma, com uma gota na cabeça. Ela se levantou e já ia dar meia-volta, quando os dois a seguraram, cada um de um lado
– Espera, Haruhi! - Hikaru exclamou, segurando o braço esquerdo dela
– Não pode contar sobre isso pra ninguém! Nem para os outros membros do Clube, entendeu?! - Kaoru gritou, segurando o braço direito dela
– Tá bem, tá bem, eu não conto! Ninguém acreditaria mesmo... - ela concordou, fazendo os dois soltarem um suspiro de alívio ao mesmo tempo - Mas, posso perguntar uma coisa? Como foi que vocês chegaram a... sabe... a ter... e-esse tipo de relação?
– Bem, simplesmente percebemos que nos amávamos - Hikaru respondeu como se aquilo fosse muito fácil de se perceber - Quero dizer, sempre nos amamos, mas, um dia nos demos conta de que o nosso amor era muito mais profundo do que sempre imaginamos... e então nos demos conta de que estávamos apaixonados um pelo outro
– Claro que, no começo, isso foi difícil, e terrivelmente doloroso, por causa da nossa condição... quero dizer, somos da mesma família afinal - Kaoru continuou, sorrindo sem jeito - Tentamos resistir à isso o máximo possível, mas, quando percebemos que ambos sentíamos a mesma coisa, não teve outro jeito, não havia mais como negar nossos sentimentos
– Sei... então vocês dois perceberam que estavam apaixonados... - Haruhi repetiu pensativa - E como se percebe isso??
– Por que está perguntando sobre isso, Haruhi?? - Hikaru indagou desconfiado
– Não, é que... não é nada sobre vocês, não estou querendo criar nenhum problema para vocês por causa disso nem nada, mas... outro dia Honey-senpai me disse uma coisa estranha, sobre o Tamaki-senpai, e... bem, eu fiquei pensando nisso desde então, mas não consigo entender o que ele disse... e, não sei porque, mas, acho que, se eu entender como se descobre que uma pessoa está apaixonada, vou conseguir chegar à uma conclusão
– Ehhh... então Honey-senpai agiu antes de nós? Quem diria hein, não esperava isso dele - Hikaru comentou com o irmão
– Então vocês podem me ajudar a entender o que ele disse?? - ela pediu
– Pode deixar que faremos nosso melhor! - Kaoru exclamou, um tanto empolgado - Agora, voltando à sua pergunta: Não sei se é assim com todo mundo, mas, eu percebi que estava apaixonado quando me dei conta de que havia uma pessoa que tomava conta dos meus pensamentos o tempo todo. Mesmo estando sempre ao lado do Hikaru, eu estava pensando sempre nele. E até nas raras ocasiões em que nos separávamos, como na sala de aula, em que não podemos ficar tão próximos devido aos nossos assentos serem separados, ou na hora do banho, ou quando nos divídiamos para realizar alguma atividade do Clube individualmente... enfim, mesmo nessas raras ocasiões em que nos separávamos, eu passava o tempo todo pensando nele. Sentia meu coração bater mais forte quando ele segurava minha mão ou me tocava, e sentia meu rosto esquentar sempre que ele me olhava nos olhos. Esses são os "sintomas" básicos de uma pessoa apaixonada. Mas estar apaixonado é bem mais do que isso. É você se preocupar com a pessoa amada o tempo todo, mesmo quando estão separados, pensar nela todos os dias, querer ajudá-la e protegê-la de tudo e de todos, amá-la incondicionalmente e desejar a felicidade dessa pessoa acima de tudo... mesmo que essa felicidade não seja estar ao seu lado. Essa última frase é bem cruel e triste, eu mesmo pensei assim durante muito tempo, pois acreditava que a felicidade do Hikaru seria estando ao lado de alguma garota por quem ele se apaixonaria futuramente, mas... felizmente esse não era o caso. Mas é isso que é estar apaixonado
– Uau... que definição incrível, vocês podiam escrever um livro sobre isso, sabiam? - Haruhi comentou por fim, e os dois deram ridasa
– Hahahaha eu acho que ele não venderia muito... mas espero que tenha ajudado você - Kaoru disse por fim, forçando-se a parar de rir
– Se tiver alguma outra coisa que possamos fazer para ajudar nossa linda irmãzinha é só dizer! - Hikaru acrescentou, dando uma piscadela
– Depois de ver o que vocês fazem, não sei se quero ser considerada como uma irmã para vocês - Haruhi comentou, com uma gota na cabeça - Mas eu preciso pensar nisso com cuidado... com muito cuidado, e muita calma, geralmente sou péssima nesse tipo de assunto
– Ahh não se preocupe, "ele" também é! - Hikaru exclamou
– Ele quem? - ela perguntou
– Nosso senhor - Kaoru respondeu
– E o que o Tamaki-senpai tem a ver com... ahhh....
– É, parece que agora chegamos à algum lugar! - Hikaru exclamou, vendo a expressão de choque no rosto da amiga - Isso merece uma comemoração, vamos dar uma festa!
– Acalme-se Hikaru, a festa é só no sábado, lembra? - Kaoru falou, tentando não rir da perplexidade óbvia refletida nos olhos de Haruhi - Bom, acho que nossa irmãzinha tem muito no que pensar, então vamos deixá-la sozinha um pouco.


Ainda rindo da enorme demora da garota para perceber algo tão simples, os dois se retiraram da sala do Clube, deixando Haruhi sozinha com seus pensamentos desordenados.





         *** Próximo Capítulo: Festa ***


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Notas finais do capítulo

Olá de novo pessoas!
Espero que tenham gostado dessa cena Hikaru X Kaoru, eu queria ter caprichado mais, só que infelizmente esse não é o tema central da história... e é a primeira vez que escrevo uma cena romântica entre os gêmeos de Ouran, então por favor, peguem leve comigo e me digam o que acharam, estou super ansiosa pra saber a opinião de vocês!!! *-* Bom, pra mim esse foi o melhor capítulo até agora, mas quem se importa com isso, no final o que conta mesmo é a opinião dos leitores, e não da autora XP /levatapa
Leiam minhas outras fics também onegai!!!
Fanfic Tadashiko (de Shugo Chara):
https://www.fanfiction.com.br/historia/223745/Kizuna
Oneshot de Minami-ke:
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