Dream. escrita por Mika G n Manda B


Capítulo 2
The only thing that I got.


Notas iniciais do capítulo

Hey, aki esta o primeiro capitulo, não esta no capitulo 1 pq o nyah ta doidooo. Leiam e Enjoy It



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Miley POV

Me lembro como se fosse ontem, eu estava sentada sozinha em um canto do pátio. Eu estava assustada eu não conhecia aquelas pessoas, eu queria minha mãe, minha casa, meu quarto... Todas aquelas crianças brincavam felizes, mas ai eu me perguntei como elas podiam estar felizes? Onde estavam os seus pais? Por que estavam ali?

Ei, menina nova! - um garotinho me chamou. Eu não o conhecia, tudo aquilo me assustava, não só o garoto mas tudo... Eu me encolhi ainda mais no meu canto.

Não precisa ter medo de mim. Eu só queria te perguntar se você quer brincar. - disse ele. Brinca? Eu não o conhecia e minha mãe sempre me ensinou a não conversar com estranhos, o garoto até que não parecia ser ruim, mas... Eu só queria voltar pra casa.

Qual é o seu nome? - perguntou o garoto se sentando do meu lado.

Miley - disse baixo. Ele deu um meio sorriso, acho por eu finamente ter o respondido.

Me chamam de Bob. Quantos anos você tem ? - disse o tal Bob, acho que eu podia conversar com ele, ele me parecia um tanto quanto confiável. Endireitei-me e respondi.

Tenho 6 e você? - o garoto abriu mais um sorriso, ele me olhava estranho, mas me parecia uma boa pessoa.

Tenho 8. Por que você esta aqui? - perguntou-me. Era isso que eu também gostaria de saber: Por que eu estava ali?

Eu não sei, que lugar é esse? - perguntei, eu ainda não conseguia distinguir que ligar era aquele, era semelhante a uma escola, mas só haviam crianças correndo e pulando e outras choravam em silencio.

Como assim? Você... - ele parou e fez uma expressão pensativa. - Você não sabe que lugar é esse? - perguntou-me.

Não, eu não sei. Nao me lembro o que aconteceu, só sei que eu estava com a minha mãe no carro quando tudo ficou escuro e eu acordei no hospital. Depois me trouxeram pra cá. - disse me lembrando destes últimos acontecimentos em que eu estava consciente. Bob fez uma cara estranha.

Aqui é um orfanato. - disse ele cabisbaixo.

Tudo começou a fazer sentido, eu comecei a ligar as pecas do quebra cabeça. Orfanato... Minha mãe... Carro... Hospital... Eu... Tudo fez sentido e pude sentir meus olhos começarem a marejar, mas segurei o choro, uma coisa que minha mãe me ensinou foi nunca chorar em publico pois as pessoas podem se aproveitar de sua fraqueza. Olhei para Bob e ele anda estava cabisbaixo, me levantei e sai dali correndo, corri até uma grande porta que toda vez que era aberta uma criança entrava. Comecei a bater nela no intuito de que alguém abrisse, mas nada.

Me sentei no chão e me entreguei as lagrimas, naquele momento não importava nada, eu só queria minha mãe, só ela.

A porta foi aberta mais uma vez e outra criança entrou, era uma garoto da minha altura, aparentemente confuso, ele olhava para os lados talvez procurando uma resposta. Nossos olhares se encontraram e pude ver que os olhos caramelos dele também estavam marejados e vermelhos. Abaixei meu rosto e voltei a chorar em paz.

Ali foi onde tudo começou...

Eu estava em um quarto, o de haviam varias beliches umas do lado das outras, algumas crianças já se aconchegavam em algumas enquanto eu o tal garoto dos olhos caramelos ficávamos só observado. Comecei a andar pelo corredor que o alinhamento das beliches formavam, todas as camas já estavam ocupadas só achei uma vazia, no final do corredor perto de uma janela velha de madeira, fui até nem me preocupei em subir a escada para a cama de cima, eu não gostava de altura então decidi ficar na cama de baixo.

Me sentei naquela cama, super desconfortável e velha, que chegava a fazer alguns rangidos quando eu me movia, me deitei agarrada com Sparta, a minha tartaruga de pelúcia que eu nunca largava, era uma das poucas coisas minhas que haviam ali comigo.

Escutei rangidos e vi que alguém subia as escadas em direção a cama superior. Me sentei novamente e vi que era o garoto dos olhos caramelos, nos olhamos e ele voltou a subir. Tinha algo naquele garoto que me chamava atenção, ele era diferente. Acho que pode ser só uma impressão mas ele era diferente.

De repente todas as luzes se apagaram e a escuridão invadiu o quarto. E uma voz grossa e assustadora gritou:

Hora de dormir pestinhas! - as crianças que ainda falavam se calaram no mesmo instante e se deitaram e eu fiz o mesmo.

[...]

Estávamos todos sentados em uma enorme mesa, comendo o que eles chamavam de café da manha, mas para mim era somente um pão duro e um copo de leite, as crianças comiam como se fosse sua ultima refeição, comiam como animais, aquilo era estranho.

Eu ainda ao havia comido nada, até que Bob me cutucou e apontou para o pão.

Não vai comer? - sussurrou ele. - O pão esta duro e o leite esta quente, eu odeio leite quente! - disse no mesmo tom de voz dele. Não era frescura de minha parte mas eu não gostava de leite quente por causa daquela nata nojenta que se criava encima.

Acho melhor você comer, porque não sabemos que horas iremos comer de novo. - avisou-me, aquilo particularmente me assustou, como assim não sabe,os que horas iremos comer de novo eles tinham que nos alimentar.

Tudo naquele lugar me assustava, as pessoas que ficavam circulando por entre as mesas, as crianças, aquele lugar me dava medo, eu só queria ir embora, eu queria minha casa, minha mãe.

[...]

Eu estava sentada em um banquinho que havia naquele pátio onde cheguei, estávamos em uma espécie de recreio, pois logo em seguida teríamos aula. Bob havia me chamado varias vezes para brincar com as outras crianças, mas eu nada queria.

O garoto dos olhos caramelos veio em minha direção e se sentou ao meu lado.

Olá, você tem comida? - perguntou para mim. - Não, eu não tenho, você não tomou o café da manha? - perguntei, o garoto tinha uma expressão triste e insegura.

Tomei, mas é que ainda estou com fome... - admitiu ele meio envergonhado, dei um pequeno riso disso.

Qual o seu nome? - perguntou-me. - Miley, Miley Ray e o seu ? - perguntei.

Me chamo, Justin, Justin Drew. - disse e sorriu. Desde que ele havia entrado aqui eu não tinha visto o quão bonito era o sorriso dele, ele era doce e era diferente.

Quantos anos você tem Miley? - perguntou curioso e sem graça ao mesmo tempo.

Tenho 6 e você? - perguntei olhando pra ele que só fitava o chão. Até que ele olhou pra mim.

Tenho 6 anos... - um barulho alto e irritante soou e todo o barulho que as crianças que corriam e gritávamos faziam cessou e todas olharam para a porta. Eu e Justin olhamos também e vimos de lá sair uma velha gorda usando um vestido azul com as mangas brancas e o cabelo em um coque apertado, ela calcava um sapato fechado de salto quadrado e usava meia calcas.

Todos pra dentro, agora! - gritou a tal velha, todos correram para dentro, eu olhei para Justin que olhou para mim e fomos até a parte de dentro daquele lugar horrendo.

[...]

Justin era o meu único amigo, já havia se passado dois anos que estávamos aqui. Gostar, eu ainda não gostava mas, já havia me acostumado com essa vida. Por um lado aquilo tudo era horrível, mas por outro era bom.

Nos estudávamos, brincávamos e ajudávamos a fazer os trabalhos do orfanato ( que não eram poucos ). Eles nos davam um lar, nos alimentavam e nos davam educação, o que mais eu poderia querer? Uma família. Era isso que eu mais sentia falta, de uma família. Eu não me recordava de muitas coisas da minha mãe, acho que nem lembrava mais do rosto dela, e isso era horrível muitas vezes eu mediava chorando por não conseguir lembrar da pessoa mais importante da minha vida, mas Justin sempre estava lá para secar minhas lagrimas.

O único e o melhor lado bom desse lugar, é Justin, ele é meu melhor amigo. Vocês devem estar se perguntando e Bob? Ele foi adotado a dois meses atras . Ele era meu amigo e me defendia das garotas mais velhas que queriam pegar o meu lanche mas Justin... Ele era especial...

Eu e Justin havíamos prometido um ao outro de que nunca iríamos nos separar nem abandonar um ao outro, pois Justin era a única coisa que eu tinha e eu era a única coisa que ele tinha.


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Notas finais do capítulo

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