Dont Ask Me, Ill Never Tell escrita por Letícia Aguiar


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey! Essa é minha segunda fanfic, espero que gostem. Eu parei de escrever 'Everything about you' quando tive ideia para essa, tomara que vocês não queriam me matar D: enfim, boa leitura :3



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-Scorpius! Deixa eu explicar!

-Não.

-Scorpius... – chamei de novo, quase soluçando.

-Olha, Rose – Scorpius suspirou, se virando para mim com desprezo – É simplesmente impossível que meu pai tenha gostado de uma sangue-ruim como sua mãe. Meu pai nem mesmo aceita nossa amizade.

Deixei uma lágrima cair em meu rosto. Nem mesmo Scorpius me entendia. Meu coração parou de bater por um segundo quando ele disse ‘amizade’. Eu sempre esperava mais.

-Eu tenho provas, Scorp...

-Você está inventando isso. Por favor, não fala mais comigo.

-Scorpius!

Scorpius se virou e foi furioso para o salão comunal da Sonserina. Comecei a chorar desesperada. Eu apenas tinha falado a verdade! Porque era tão difícil de se entender?

Flashback

-E então, descobriu de quem é a caligrafia? – perguntou Lily nervosa.

-Calma, Lily – resmunguei comparando a letra com a do nosso professor de Herbologia, Neville – Está difícil achar...

-Eu quase não acredito que o tio Ron tinha um concorrente! – Lily disse rindo.

-Ah, cala a boca – suspirei, mesmo que rindo.

Analisei outra vez o papel. Inacreditável! Um garoto do tempo de escola dos meus pais e do ‘tio Harry’ gostava da minha mãe. Pedi para a diretora, Minerva Mcgonagall, alguns trabalhos de antigos alunos para comparar a letra de cada um até descobrir quem era o dono da letra.

Peguei um papel. Dono da letra: Draco Malfoy.

Ah... Malfoy. O pai de quem eu queria muito chamar de ‘namorado’. Devo ter feito uma cara de sonhadora, pois Lily começou a rir na hora.

-O que foi? – perguntei zangada.

-Você não sabe disfarçar sua paixãozinha.

-Eu não gosto do Malfoy! – menti encarando minha prima.

-Sei... – Lily falou com cara de riso – Ok, agora continua isso ai.

 Li de novo o papel que encontrei na floresta Proibida. O papel estava muito desgastado, mas ainda dava para distinguir o que estava escrito:

Hermione Granger, saiba que eu te amei, e provavelmente não estarei mais vivo quando ler isso.

Suspirei, desanimada. Mas quando fui comparar a letra...

-Bingo!

Perai... Bingo?

-Ah, não – Lily gemeu olhando os papeis em minhas mãos – O nojento Malfoy pai poderia ter sido apaixonado pela tia Mione?

Pensei direito. Era muito estranho. Sorri de leve.

-Preciso contar para Scorpius.

-Não, Rose! – pediu Lily segurando meu braço – ele não vai aceitar muito bem! Você sabe como são sangues-puros...

-Mas é o pai dele! E é a minha mãe!

-Rose – falou Lily, agora séria até demais – Você vai se magoar. Ele não sabe lidar nem com uma mosca com educação.

-Você não conhece ele! – resmunguei correndo para fora do Salão comunal.

(...)

-Olha isso! – eu disse animada mostrando os papeis para Scorpius.

-Que merd...?

-Seu pai era apaixonado pela minha mãe, aparentemente – expliquei.

-Boa piada, Weasley.

Parei de sorrir. Ele nunca me chamava de ‘Weasley’, só quando brigávamos.

-Malfoy, estou falando a verdade.

-Meu pai é sangue puro. Sempre disse para ficar longe de traidores de sangue e sangues-ruins. Ele seria o ultimo no mundo a se apaixonar por uma sangue-ruim sabidinha, e você também sabe disso.

-O que você quer dizer com isso?

-Você é uma mentirosa, Rose.

Fim do Flashback

Fui para o salão comunal chorando. Tapei meu rosto, tentando disfarçar, mas logo Lily veio ao meu encontro com a cara de ‘eu te avisei, bobona’.

-Hoje confirmamos duas coisas – Lily disse sorrindo com dó de mim – Que existe um Malfoy que poderia ser romântico e outro que é um idiota total.

-Scorpius não é idiota – tentei defende-lo – Ele apenas não se conforma...

-Shiu! Ele é um idiota e ponto final.

Sorri fracamente. Eu queria poder entrar no salão comunal da Sonserina e pelo menos falar com meu primo, Albus. Ele era meio lerdo, mas era o melhor amigo de Scorpius.

-Lily – chamei-a, com um pouco de raiva – Eu vou provar para Scorpius que um sangue puro pode muito bem se apaixonar por uma nascida trouxa. Ele vai quebrar a cara.

-É assim que se fala!

Acordei muito mal no outro dia. Meus olhos estavam inchados de tanto chorar. Eu já nem sabia se sentia raiva ou tristeza. Ainda bem que era Domingo.

Me levantei, tomei banho e coloquei  minhas roupas preferidas. Nem comi nada. Minha cabeça estava muito ocupada pensando apenas no Malfoy.

Fui cedinho entrar na floresta Proibida. Eu sempre conseguia ir ali, pois minha mãe e o tio Harry me ensinara cada atalho para ir pra fora do castelo. Fui me embrenhando para dentro da floresta, até que achei o local exato da onde eu tinha achado o bilhete.

Eu me lembro exatamente... Estava bem preso dentro de uma árvore. Eu estava sozinha no dia, mas agora eu estava solitária.

As palavras de Scorpius começaram a ecoar na minha cabeça...

‘Você é uma mentirosa, Rose. ’

Cai de joelhos na grama maltratada. Eu odiava como Scorpius me tratava às vezes! Muitas vezes eu ficava magoada, mas eu sempre perdoava. Mas agora, ele que tinha que se desculpar. É a letra do pai dele, tenho certeza! 100% compatível!

Eu tenho que falar com minha mãe. Talvez ela já soubesse que Draco gostava dela. Mas... E se não? Senti um aperto no coração. Meu pai odiava profundamente os Malfoy, mesmo que Harry tivesse explicado milhões de vezes que sem a avó de Scorpius ele não estaria vivo.

Prendi meu cabelo, desajeitada. Me levantei e quase bati de cabeça na árvore.

Estou precisando de um café.

Mas eu não tive muita vontade de ir para o salão principal encarar a mesa da Sonserina. Me encostei naquela árvore mesmo, onde tudo começou.


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