Por Conta Do Destino escrita por Tania_Santos


Capítulo 5
Capítulo 5 - Perdendo a batalha


Notas iniciais do capítulo

Segue mais capitulo.
Desculpem qualquer erro.
Espero que gostem!
Beijos



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Finn já estava trancado naquele quarto há horas.

Kurt já havia pensando em bater naquela porta aproximadamente umas mil vezes, mas mudava de ideia o tempo todo. Mas ele não poderia deixar seu irmão lá sozinho. Só Deus sabe a que conclusões poderia chegar Finn do jeito em que estava. No inicio achava uma loucura eles se aproximaram novamente só para sofrerem tudo de novo, isso seria inevitável. Os dois passariam somente alguns dias juntos e teriam que se separar de novo.

Mas não estava aguentando mais ver o estado que Finn estava e Rachel também.

Ela havia ligado para Kurt há poucos minutos. Como Finn, queria saber o motivo dele não ter falado que estavam na cidade, lhe deu a mesma explicação que havia dado a Finn. Mas ela era Rachel Berry e não se conformava com as atitudes do amigo, neste momento ela achava que Finn não a queria mais.

Então tinha Kurt tinha chegado a conclusão que tudo aquilo era uma idiotice. Eles se amavam, precisavam aproveitar todo o tempo que tinham, por mais que fossem apenas alguns dias. Ele havia se decidido, faria de tudo para que esses dois se encontrassem.

Enquanto isso em seu quarto, Finn estava desolado.

De inicio chorou, chorou muito. Depois ficou com raiva, muita raiva e nesse momento ele estava incrédulo.

Não conseguia entender como as coisas tinham chegado naquele ponto. A quem ele queria enganar?

Tentar ficar longe de Rachel era uma batalha perdida. Então depois de muito divagar sobre o que era certo a ser fazer, mudou de decisão, em partes. Afinal ele era o Finn, a pessoa mais confusa que seus amigos conheciam.

Havia decido que não ainda não a procuraria, mas também não fugiria mais. Se alguém lá em cima estava empurrando um na direção do outro, ele é que não iria contestar, mas também não iria correr até na porta da casa dela. Eles ainda tinham pouco mais de uma semana naquela cidade e muita coisa poderia acontecer.

Depois de algum tempo se lembrou de seu caderno, completamente esquecido até então, fazia algum tempo que ele não escrevia nada em suas paginas e achou que aquele era um bom momento para fazê-lo.

O abriu e pensou no que ele gostaria de contar a ela naquele momento e começou a escrever.

Lima – Ohio, 22 de dezembro de 2012.

Minha querida Rachel,

Você não leu errado o inicio desta carta, sim, estou realmente em Lima. Sei que neste momento você já sabe sobre isso, então quero te falar algo que você ainda não tem conhecimento.

Eu já a vi. Duas vezes desde que cheguei a cidade. Você deve estar se perguntando, porque ele não falou comigo? E eu vou lhe explicar.

Na primeira vez que a vi, fiquei em choque, paralisado. Entenda, passei 06 meses da minha vida desejando isso todos os dias, desde quanto me levantava até a hora em que o cansaço me vencia e quando você estava bem diante de mim, a única coisa que pensei era de que você estava ainda mais linda. Queria tanto que minhas pernas me obedecessem ou que a minha voz pudesse dizer tudo o que eu pensei em te falar todo esse tempo, mas não consegui.

A segundo vez que a vi, foi ainda hoje. E confesso que fui um covarde e não me orgulho disso. E então, eu fugi de você. Fugi! Tem coisa mais madura que isso? Você deve estar pensando que eu perdi o juízo. Mas depois que eu te vi no dia anterior eu tinha decidido não procura-la. Tinha medo que você sofresse ainda mais quando me visse. Mas agora não sei se fiz certo. Neste momento não tenho certeza de mais nada.

A única certeza que ainda tenho é de o quanto eu amo você.

Espero que um dia você consiga me entender.

Com amor,

Finn.

Estava assinando a carta quando ele ouviu uma leve batida em sua porta, na pressa de guarda-lo o colocou de qualquer jeito embaixo de seu travesseiro e pediu para entrar seja lá quem fosse.

Kurt entrou em seu quarto a passos lentos, tinha no rosto um olhar estranho, o olhar de quem espera encontrar alguém muito pior do na verdade ele estava naquele momento. Ele tinha conseguido se recuperar um pouco de todo aquele choro e não imaginava como estava seu rosto neste momento. Ele viu Kurt suspirar um pouco aliviado e pensou que não deveria estar tão mal assim.

- Oi Finn, como você está?

- Estou bem Kurt.

- Mesmo?

- Mesmo.

Silêncio. Finn não vez nenhum comentário adicional e isso incomodou um pouco a Kurt, pensou que talvez ele não quisesse tocar no assunto para não voltar a se sentir mal e achou que seria bom não falar nada também, pelo menos por hora.

- Já que você diz estar bem, não pense que eu esqueci que tinhas planos para esta noite.

- Ah não Kurt, não. Eu não seria uma boa companhia....

- Você sairá conosco sim, já combinei tudo com Blaine e passaremos para pega-lo em – parou um minuto para olhar em seu relógio – meio hora, portanto se apresse.

- Mas Kurt...

- Sem mais Finn, ande se apresse, mas será possível que com você é sempre assim, eu tenho que ficar o tempo todo pegando no seu pé.

Finn riu e pensou que Kurt era realmente impossível – Tá bom, tá bom eu vou, mas você vai ficar me devendo uma.

Ele se levantou indo para o banheiro que havia em seu quarto a fim de tomar um banho e se arrumar, deixando Kurt ali, sentado em sua cama, que neste momento se encontrava totalmente bagunçada. Se incomodando com a situação em que se encontrava o quarto de Finn, Kurt começou ajeitando a colcha de sua cama, o travesseiro e parou ao se deparar com um caderno.

Kurt tinha certeza que nunca tinha visto aquele caderno antes, pensou em abrir e ver o que continha em suas paginas, mas não o vez, achou que seria uma invasão a privacidade de seu irmão, o colocou de volta no lugar. Nem um minuto depois ele estava o abrindo, verificou se Finn ainda não havia terminado o seu banho, e leu o que havia em sua primeira pagina.

E ele não poderia estar mais surpreso. Ali havia cartas e mais cartas direcionas a Rachel. Não houve tempo de terminar de ler nem a primeira pois Finn já demonstrava ter acabado e a qualquer momento sairia por aquela porta. Ponderou por um momento o que faria com aquilo e achou melhor leva-lo consigo. Ele poderia usar aquelas cartas para fazer com que aqueles dois se entendessem.

Finn saiu de seu banheiro já trocado, tinha achado melhor levar a roupa até lá, não sabia se Kurt estaria o esperando em seu quarto e achou que poderia com isso, evitar constrangimentos. Calçou seus sapatos, alisou seu suéter.  Olhou em volta, verificando se não havia esquecido nada que iria precisar naquela noite, como carteira e o celular e desceu pelas escadas a procura de Kurt.

O encontrou próximo a porta, demonstrando sinais de irritação pela possível demora dele e ele achava que nem tinha demorado tanto assim .

- Vamos, vamos, Blaine já deve estar desesperado com todo esse atraso.

- Deixa de ser exagerado Kurt, a gente ainda está no horário.

- Mas gente não tem ideia do que podemos encontrar pelas ruas, podemos esbarrar em um desvio que nos faria nos atrasar por horas, Finn, horas.

Despois te todo esse comentário dramático, Finn sorriu pensando que definitivamente Kurt tinha passado muito tempo ao lado de Rachel e não pode fazer nada a não ser acompanha-lo até seu carro.

Chegaram na casa de Blaine pontualmente na hora combinada. Este por sua vez já se encontrava fora, batendo impacientemente o pé na calçada, como se já estivesse naquela posição a muito tempo. Mal pararam e viram ele respirar aliviado já indo em direção ao carro.

Finn vez menção de sair de seu lugar para dar espaço a Blaine, quando o mesmo disse não ser necessário, se sentou no banco de trás e ficou bem próximo aos dois como faz toda criança quando entra no carro, aquilo tudo para Finn era hilário.

Conversaram todo o caminho até chegaram ao shopping, sair com aqueles dois fazia com que Finn esquecesse por uns minutos todo aquele drama que ele julgava estar vivendo no momento. Kurt os havia deixado na porta de entrada para procurar um lugar para estacionar, então neste momento Finn e Blaine estavam sozinhos.

Blaine por sua vez, queria muito falar com Finn na tentativa de tira dele algumas informações, tudo isso a pedido de Kurt, que havia falado com ele pouco antes dos dois saírem de casa, contando o que havia encontrado. Precisavam saber o que Finn estava pensando em fazer.

- Então Finn, me desculpe se estou sendo intrometido, mas...Kurt me contou...

- É claro que contou.

Notou o embaraço de Blaine, não queria soar rude, mas não conseguiu se conter, ele não gostava quando falavam de sua vida, mas Kurt e Blaine eram sua família.

- Me desculpe Blaine, eu...eu nem sei mais o que pensar.

- Tudo bem, sem problema, mas o que você está pensando em fazer?

Neste momento Kurt já se aproximava dos dois, pensou em diminuir o passo e escutar da conversa o máximo que conseguisse antes de ser visto pelo dois, mas achou melhor tentar participar do que eles falavam.

- Eu..eu decidi que não vou fugir mais, se ele encontrar com ela... deixou a frase no ar, mas todos sabiam o significado delas.

Kurt sorriu aos dois – É assim que se fala meu irmão.

Os dois retribuíram o sorriso e entraram.

Mas neste momento o destino que havia colocado Rachel duas vezes no caminho de Finn, resolveu que já estava mais do que na hora de brincar um pouco com aqueles dois jovens.

Finn, Kurt e Blaine haviam decidido que veriam a um filme. Mas para chegar até o cinema os três precisariam cruzar pela praça de alimentação, mal começaram a andar por ela avistaram em uma mesa próxima alguns de seus antigos amigos de escola.

Artie, Sugar, Mike e Tina conversavam animadamente enquanto lanchavam, ao verem os três, acenaram para que eles se juntassem a eles. Assim que todos tinha se cumprimentado, começaram a falar de como tinha sido os últimos meses de cada um e em um determinado momento Tina falou alto, ganhando a atenção de todos.

- Gente eu estava esquecendo, vocês não vão acreditar que estava conosco aqui até agora pouco.

- Quem? Perguntou Blaine.

- A Rachel, se vocês tivessem chego uns minutinhos antes teriam esbarrado com ela.

Todos voltaram seus olhos a Finn. Kurt e Blaine claramente esperavam uma reação dele. Ele por sua vez estava paralisado, de novo. Consegui ouvir ao longe alguém perguntando se isso tinha acontecido a muito tempo e se ela iria direto para o carro.

Kurt o olhou com os olhos suplicantes. Ele esperava do fundo do coração que Finn pudesse se mexer e sair a correndo atrás dela naquele mesmo instante, assistiu esperançoso quando ele mexeu sua cabeça para os lados, como se estivesse a procura-la. Mas esse momento passou logo.

- Kurt, acho melhor irmos, senão perderemos a sessão – disse Finn se mostrando incomodado com a atenção que seus amigos estavam lhe dispensavam.

- Nossa é mesmo, estava até me esquecendo disso.

Todos percebendo o clima que acabava de se instalar ali, trataram logo de se despedirem para que cada um pudesse seguir o seu caminho.

Finn por sua vez, voltou ao estado de quietude que se encontrou o dia todo, pensando em quanto as coisas eram esquisitas, agora que ele estava disposto a encontra-la, ele temia que eles continuassem se desencontrando. Não conseguiu prestar a atenção em nada que se passou durante o filme, se alguém o perguntasse sobre o que falava o mesmo e nem saberia dizer.

E pensou que neste momento a razão havia perdido a batalha e ele teria que fazer o que seu coração o estava pedindo.


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Notas finais do capítulo

até o proximo, e então?