Greeting cards have all been sent

Os cartões de cumprimento todos foram enviados

The Christmas rush is through

Os pedidos de natal já foram feitos

But I still have one wish to make

Mas eu tenho ainda um desejo a fazer

A special one for you

Um especial para você

Merry Christmas darling

Feliz Natal, querido

We're apart that's true

Nós estamos separados, isso é verdade

But I can dream and in my dreams

Mas eu posso sonhar e nos meus sonhos

I'm Christmas-ing with you

Eu estou comemorando o natal com você

Holidays are joyful

Os feriados são alegres

There's always something new

Sempre tem alguma coisa nova

But every day's a holiday

Mas cada dia é um feriado

When I'm near to you

Quando eu estou perto de você

The lights on my tree

As luzes na minha árvore

I wish you could see

Eu queria que você pudesse ver

I wish it every day

Eu queria isso todos os dias

Logs on the fire

Os registros no fogo

Fill me with desire

Me enchem de desejo

To see you and to say

De te ver e te dizer

That I wish you Merry Christmas

Que eu desejo um Feliz Natal e

Happy New Year, too

Feliz Ano Novo também

I've just one wish

Eu tenho apenas mais um desejo

On this Christmas Eve

Nessa véspera de Natal

I wish I were with you

Eu desejaria estar com você

                Rachel olhava para a tela da TV, para as cenas de Um Amor para Recordar, sem realmente prestar a atenção aquela historia. Ela já sabia tudo o que acontecia nesse filme, ela já o havia visto muitas vezes. Era um filme triste, muito triste. Tão parecido com a historia dela...o garoto mais bonito e popular que se apaixona pela menina mais esquisita e miserável da escola, ele tenta resistir a esse amor, mas o amor acaba vencendo, ele sempre vence. Tudo bem que a historia não acaba muito bem para a mocinha, mas foi eterno enquanto durou, não é assim que todos dizem? Mas essa não era a razão da tristeza de Rachel, das lágrimas que insistiam em cair de seus olhos.

Passou a mão rapidamente pelo rosto, tentando esconde-las de seu pai Hiram que acabava de entrar na sala. Tentou sorrir para ele, mas soube que não causou o efeito que ela esperava, pois seu pai a olhou com aquele olhar que ela odiava ver no rosto dele: preocupação. Ela sabia que eles estavam preocupados com ela, desde o dia anterior, desde que Finn saiu de sua casa e ela se trancou em seu quarto. Ela o observou enquanto ele se sentava ao seu lado no sofá, esperando que ele iniciasse a conversa.

- Olá princesa, está tudo bem?

O que ela iria responder? Que não? Só para preocupa-lo ainda mais? Sem poder confiar em sua voz, ela apenas balançou a cabeça em afirmativo e mais uma vez, tentou fazer com que seus lábios se curvassem numa espécie de sorriso, mas logo isso se mostrou impossível, pois sua expressão fez com que seu pai, passasse seus braços em sua volta e a puxasse para ele, fazendo com que as lágrimas que ela tentava segurar explodissem de dentro dela.

Ele a deixou chorar por tanto tempo fosse preciso, quando ele percebeu ela estava um pouco mais composta, a afastou delicadamente.

- Rachel, querida, você não pode continuar assim.

- E-eu sei pai, eu prometo que vou tentar melhorar – parou um instante para respirar, doía somente de pensar nas palavras que ela sabia que seria necessário ser dita – vou tentar esquecê-lo de uma vez por todas, eu preciso tirar esse sentimento de dentro de mim...como pai, me responde...como um dia eu pude pensar que eu seria feliz...que eu iria ficar com Finn pra sempre...que ele iria me esperar...

- Rachel – ouviu a voz de seu pai a chamando, mas ela não conseguia parar de falar e colocar par fora tudo o que a estava atormentando.

- ...que ele iria mudar, que eu iria mudar. Eu vou ser sempre aquela garota mimada, egoísta....

- RACHEL! – ela parou enquanto olhava assustada para seu pai, eu nunca, nunca tinha levantado a voz para ela. – eu quero que você pare com isso agora! Pare de se menosprezar e de falar essas bobagens. Quando eu disse que você não poderia continuar assim eu não estava me referindo ao seu amor por ele Rachel, eu estava querendo te dizer que você não pode simplesmente ficar sentada aí chorando e deixar que seu amor se perca, que ele vá para longe novamente.

Ela olhava sem entender, não conseguindo compreender as palavras dele.

- Mas o que você quer dizer com isso, pai?

- Eu quero que você vá atrás dele querida, se não for eu sei que você irá se arrepender.

- Mas vocês não queriam que eu ficasse com ele antes, o que mudou?

- Não é que nós não queríamos que você ficasse com ele Rachel, nós só achávamos cedo demais para se casarem...eu sei o quanto ele ama você e o quanto ele deve estar sofrendo com tudo isso. E eu tenho certeza que foi muito difícil para ele vir até aqui e nos pedir ajuda para te convencer a ir para NY sozinha, ele sabe o que era melhor para você. Então minha querida, não deixe passar as oportunidades que a vida está te dando. É Natal, apesar de nós não comemorarmos, é época de perdoar, demonstrar o quanto as pessoas são importantes para nós.

- Mas e se agora ele não querer me ver? – disse de cabeça baixa, ela não poderia deixar se animar, somente pelas palavras de seu pai, ela conhecia bem o Finn para saber que as coisas poderiam não ser tão simples assim.

- Eu tenho certeza que ele vai querer te ver, meu amor. Vamos levante e vai se arrumar, você tem uma festa de Natal para ir.

- Como assim? – ela falou com um pequeno sorriso aparecendo em seu rosto.

- Carole acabou de ligar nos convidando, eu disse que já tínhamos compromisso, mas tinha certeza que você ficaria feliz em aceitar o convite.

Rachel pulou nos braços de seu pai em um abraço apertado, se sentindo muito mais feliz do que ela poderia imaginar naquele dia.

****************************************************************

                Finn olhava através da janela, para a neve que caía lá fora. Ele estava nessa mesma posição já havia algum tempo, tentava desesperadamente se sentir animado, afinal era Natal. E ele adorava esta data, era o dia do ano preferido dele, sempre foi assim, desde que ele era pequeno. Mas, ele pensava, em que momento isso mudou? No fundo do seu coração ele sabia a resposta. Mudou porque hoje ele sabia como era ter um Feliz Natal de verdade e o que ele estava vivendo e sentindo neste dia, não era exatamente o que ele poderia julgar como feliz. Suspirou pesadamente, resmungando baixo para si mesmo.

               

- É isso aí Finn, nada de Feliz Natal para você este ano...

               

Colocou as mãos no bolso de sua calça e olhou ao redor da sala. Estranhando que sua mãe ainda não tinha vindo falar com ele. E ele estava perfeitamente vestido, aguardando os convidados dela chegarem. Mas ele não tinha nem ideia de quem viria esta noite. Para falar a verdade, ele queria estar em seu quarto agora, enrolado debaixo de seu edredom com sua tristeza. Mas ele tinha prometido a ela que estaria presente e era isso o que ele tentava fazer, se manter firme até que tudo isso acabasse.

                E não pode deixar de pensar em Rachel. Será que ela estava se sentindo do mesmo modo que ele? Se lembrou do Natal passado e olhou para o céu, a procura de sua estrela. Sorriu. Um sorriso cheio de tristeza e saudades. Este ano ele não teria como dar a ela o seu presente. Talvez, ele guardasse o presente que ele tinha comprado para ela, esse seria só mais um presente de Natal que seria entregue atrasado, ou até mesmo, pediria para Kurt que o entregasse, assim que ele deixasse a cidade.

E pensar em presente, ele se lembrou do que ela havia dito uma vez, o que para ele parecia ser a mil natais, que ela tinha pedido ele de presente para o Papai Noel e o quanto ele tinha sido insensível com ela sobre isso. Bom, talvez tivesse chego a hora dele, fazer esse pedido. Fechou seus olhos, pensou em como ele daria tudo para que as coisas fossem diferentes e o quanto ele queria que o bom velhinho o presenteasse com o amor da sua vida. Ele queria que ela estivesse com ele agora mesmo.

Ouviu ao longe a campainha tocar. Logo ele não poderia mais ficar ali no canto da sala, sozinho com seus pensamentos. Não demorou muito para ele perceber quem era que tinha chego. Era Blaine e a sua família. Ele ouvia a conversa deles, mas não queria sair de onde estava, quem sabe se ele ficasse ali quietinho, eles nem o notariam? Mas isso seria mal educado de sua parte. Com resignação saiu de seu lugar para cumprimenta-los, somente para voltar a mesma posição, minutos depois.

Ouviu a campainha soar no novamente. Desta vez era um dos funcionários de Burt que ele não conseguiu se lembrar do nome. Repetiu o mesmo processo e voltou ao seu cantinho. Percebeu que Kurt e Blaine comentavam sobre ele, mas nem se importou em questiona-los. E ele já começava a se sentir incomodado com tudo isso.

Algum tempo se passou. Tempo que Finn não conseguia precisar, ele começava a se sentir a cada minuto mais inquieto. A campainha soou uma terceira vez, mas a irritação de Finn havia alcançando um nível muito elevado, fazendo com que desta vez ele nem tentasse se mover do seu lugar. Pensou que seja lá quem fosse desta vez, seus pais que teriam que dar conta de receber. Ele não estava mais conseguindo controlar a vontade de sair dali, sua angustia fazia com que seu peito se apertasse e doesse mais do que ele podia suportar.

Fechou seus olhos tentando manter a calma. Ele precisava tanto dela ao seu lado.

E então ele ouviu a voz dela. De Rachel. Como se tivesse sido conjurada por seus pensamentos.

 - Oi – a voz dela soava apreensiva, virando-se rapidamente Finn se deparou com ela, parada na entrada da sala, seus olhos ansiosos, esperando a reação dele.

- Oi – ele respondeu cautelosamente, ele não poderia deixar seu coração se animar desta forma, mas neste momento ele batia descontroladamente em seu peito.

Ela deu dois passos na direção de Finn, que ainda a encarava, sem conseguir desviar os olhos dela, sem conseguir nem a o menos se mexer.

- Finn, eu...eu vim aqui te pedir desculpas. Eu agi errado com você ontem, mas entenda eu estava magoada e você me conhece bem, sabe que quando estou assim e eu sempre me arrependo depois. E eu amo você e quero que tudo fique bem entre a gente de novo. É Natal Finn...

Mas ele por sua vez, continuava a olhar para ela. Seus pensamentos e sentimentos totalmente incontroláveis. Quantas vezes ele desejou que ela estivesse aqui na ultima hora? Só Deus sabe o quanto ele a queria do lado dele...mas porque então ele não conseguia fazer com que suas pernas se movessem em direção a ela? Ou, que sua voz saísse para que pudesse dizer a ela que SIM? Que ele também queria isso, mas do que tudo em sua vida.

Enquanto ele continuava em seu debate mental, Rachel o olhava sem entender o porquê dele continuar parado a sua frente, sem dizer uma palavra se quer. E consequentemente as piores conclusões passavam pela sua cabeça. Após vários minutos daquela espera angustiante, ela decidiu que estava na hora de ir. Ele claramente não estava interessado nas suas explicações e ela ainda tinha um pouco de amor próprio. Ela não ficaria em um lugar onde ela não era bem vinda. Pensou que desta vez ela tinha conseguido. Tinha acabado com tudo que havia entre eles. Esse pensamento quase a fez chorar, mas ela se segurou. Deixaria para chorar tudo quando ela estivesse longe dali. Longe dele.

Caminhou novamente ao seu encontro, mas só para colocar no sofá ao lado dele o presente que ela havia comprado para ele. Ela queria deixar algo com ele, que a lembrasse dela, de todo tempo que conviveram juntos e do quanto eles tinham sido felizes.

- Finn, eu...eu já estou de saída. Vim aqui somente para te dizer o que eu estava sentindo e para te entregar o seu presente. Vou deixar aqui... – parou por um minuto, pois estava ficando cada vez mais difícil segurar suas lágrimas – no sofá...Feliz Natal Finn...espero que você seja feliz...

Virou-se rapidamente para tentar sair daquele lugar, mas parou ao ouvir a voz dele, chamando por ela.

Enquanto Finn a assistia se afastar, algo despertou dentro. Mas que diabos ele estava fazendo? Era a Rachel que estava ali, seu amor, a mulher que ele amava. Ele não poderia deixa-la ir desta forma, como ele a conhecia bem, tão dramática como só ela poderia ser, deveria estar pensando nas piores possibilidades e ele não deixaria isso acontecer.

- Rachel, espera!

E antes mesmo que ela se desse conta do que estava acontecendo, ela já estava nos braços de Finn. Ele tinha se movido tão rápido, num movimento tão atípico dele e logo seus longos braços a apertando em um abraço caloroso e a boca dele estava sobre a dela, em um beijo apaixonado, cheio de saudades.

Finn afastou sua boca da de Rachel por alguns segundos, só para continuar com pequenos beijos por todo o rosto dela, em adoração. Encostou sua testa na dela, tentando fazer com que sua respiração voltasse ao normal.

                Depois de um tempo ele conseguiu falar.

                - Eu também te amo Rachel e também quero que tudo fique bem entre gente, mais do que você possa imaginar.

                - Ah, Finn! Eu te amo tanto. Fiquei com tanto medo... – Disse Rachel, sem conseguir conter as lágrimas que caiam de seus olhos.

                - Shh, agora está tudo bem – disse Finn, agora com os lábios próximos ao seu ouvido, falando baixando, fazendo com que arrepios passassem por todo o seu corpo. – Feliz Natal meu amor....

                Rachel sem conseguir conter o sorriso bobo que se espalhava em rosto o beijou novamente. Ela nunca se cansaria de beijar Finn.

                - Feliz Natal Finn! Acho que agora posso disser...O melhor Natal de todos! (Best christmas ever).

                - Sim Rachel, eu acho que sim. – disse Finn sorrindo, se aproximando novamente para beija-la.

                E

Enquanto ele a beijava ele pensou no porque que as pessoas deixam de acreditar em Papai Noel, pois naquela noite ele não tinha dúvidas de que ele o havia presenteado com o presente mais esperado de todos. E que sim, ele com certeza existia.