Por Conta Do Destino escrita por Tania_Santos


Capítulo 11
Capítulo 11 - Pedindo desculpas


Notas iniciais do capítulo

E eu realmente preciso pedir desculpa pelo sumiço...
Mas aí está mais um capitulo.
Espero que gostem.
beijos



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Porque não haverá luz do sol


Se eu te perder, querida


Não haverá céu claro


Se eu te perder, querida


Assim como as nuvens


Meus olhos farão o mesmo


Se você se afastar, todos os dias irá chover


Chover, chover...

Apenas não diga


Adeus

Apenas não diga


Adeus


Eu vou recolher esses pedaços quebrados até sangrar


Se isso deixar as coisas bem

It Will Rain – Bruno Mars

                Finn já tinha se arrependido do que tinha feito assim que cruzou a porta da casa de Rachel, mas ele não poderia voltar lá naquele mesmo minuto. Ele voltaria para casa, esfriaria a cabeça e iria atrás dela mais tarde, implorar por desculpas se fosse necessário.

                Enquanto dirigiria devagar pelas ruas de Lima, ele pensava enquanto ele se odiava naquele momento. Odiava quando agia dessa forma, como se fosse um homem das cavernas, sem coração, sem sentimentos. Irônico, pois a avalanche de sentimentos que ele sentia neste momento era absurda. Sentia o coração bater apressado, as mãos suarem e um medo que o gelava por completo. Puro e simples medo de desta vez, ela não o perdoar.

                Ligou o rádio de sua antiga caminhonete, pensando em que talvez ouvir alguma musica o faria se acalmar, o que foi claramente um grande erro. A música que tocava, fez com que os olhos de Finn ardessem com a vontade de chorar, não era uma música qualquer, era Faithfully, a música deles. E ela representava muito para ele. Foi ao cantar essa música que ele percebeu pela primeira vez que a amava.

And being apart ain't easy

E estar separado não é fácil

On this love affair

Neste caso de amor

Two strangers learn

Dois estranhos aprendem

To fall in love again

A se apaixonar de novo

I get the joy

Tenho a alegria

Of rediscovering you

De redescobrir você

Oh girl, you stand by me

Oh garota, fique comigo

I'm forever yours

Eu serei sempre seu

Faithfully

Fielmente

                Enquanto Finn limpava as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos, resolveu trocar de estação, afinal ele sabia de tudo isso. Sabia o quanto doia ficar longe dela e acima de tudo, sabia que pertencia a ela, e que pertenceira para sempre. Bateu sua mão, agora fechada em punho, com força no voltante ao ouvir a musica que tocava na estação seguinte.

I can't rest, I can't fight

Eu não posso descansar, eu não posso lutar

All I need is you and I

Tudo que eu preciso é você e eu

Without you

Sem você

Without you

Sem você

Oh, oh, oh

You, you, you

Você, você, você


Without

Sem você

You, you, you

Você, você, você

Without you

Sem você

Can't erase, so I'll take blame

Não posso apagar, então eu vou assumir a culpa

But I can't accept that we're estranged

Mas eu não posso aceitar que não estamos distante

Without you

Sem você

Without you

Sem você

                Pensou que aquilo só podia ser uma brincadeira de mau gosto do destino, o torturando, ao fazer com que ele escutasse de várias formas que ele estava errado, que havia agido como um completo idiota. E só de pensar em ficar longe dela novamente, fazia com que ele sentisse um aperto tão grande no peito, que se ele não fosse jovem e saúdavel, poderia achar que estava a ponto de enfartar. Mas ele conhecia muito bem aquele tipo de dor. Era a dor da saudade que ele achava que não voltaria a sentir. Que era como uma grande sombra que o acompanhava, que não o deixava em paz.

                Desligou o rádio o mais rápido possivel, ele já se sentia muito mal para continuar a ouvir em cada música o que ele já estava cansado de saber. E então pensou em Rachel e em como ela estaria naquele momento.

               

                Rachel ficou um tempo que nem ela mesmo conseguia precisar, sentada em sua cama, olhando para o nada. Poderiam ser minutos ou horas, isso não importava naquele momento. Em sua cabeça, um unico pensamento: Ele a tinha deixado novamente.

                E isso era o que mais afligia Rachel, não saber exatamente o que estava acontecendo com Finn. Ela julgava a reação dele um pouco exagerada, não conseguia compreender o porque dele não ter deixado ela nem ao menos se explicar.

                Ela tinha acredito que ele havia mudado. Que todo esse tempo longe um do outro, poderiam te-lo feito crescer, amadurecer. Mas ela já devia estar “vacinada” contra isso. Namorar Finn sempre foi assim, em quase 3 anos juntos, eles já haviam passado por tanta coisa...e então ela pensou em Kurt.

                Pensou em seu grande amigo, que trouxe aquele caderno para ela com a intenção de ajuda-la e agora ela temia o que Finn pudesse falar para ele. Ela o conhecia muito bem para ter uma ideia do nivel da conversa que eles teriam. Achou que seria melhor avisa-lo, deixar que ele se preparasse para o que estava por vir. Pegou seu celular e discou o numero de Kurt, ele atendeu ao primeiro toque.

                - Alô.

                - Kurt, sou eu – sua voz soou estranha aos seus ouvidos – Rachel.

                - Ah! Oi Rachel eu por um momento não reconheci a sua voz, está tudo bem? Me diga como foi sua noite?

                - Oh Kurt,foi maravilhoso, pena que agora eu não possa dizer que está tudo bem.

                - Meu Deus! O que aquele cabeçudo aprontou dessa vez?

                - Bom Kurt, acho que desta vez a culpa foi minha – falou não conseguindo mais conter as lágrimas – ele...ele achou o caderno dele no meio das minhas coisas.

                - E o que ele te falou?

                - Nada Kurt, nada. Na verdade ele nem me deixou explicar o que tinha acontecido...acho que ele deve estar indo pra casa.

                - Deixe que ele venha Rachel, acho que está na hora de ouvir algumas verdades.

                - Kurt, eu não quero que voce brigue com ele por minha causa – ela se odiaria se permitisse que isso acontecesse.

                - Fique calma minha amiga, eu sei bem como agir com ele, bom acho que ele acabou de chegar, estou ouvido o barulho do carro dele lá fora.

                - Por favor Kurt... – mas ele não deixou que ela terminasse de falar.

                - Rachel, não vai acontecer nada. Depois eu te ligo, beijos.

                Kurt nem esperou a resposta de sua amiga e já tinha desligado o telefone. Naquele momento ele estava fervendo de raiva do seu irmão. Por mais que ele o amasse, só Finn tinha o dom de tira-lo tanto do sério daquela forma. E ele já estava cansado de aturar seu jeito de bebê chorão.

                Sentou no braço do sofá, balançando uma de suas pernas, somente à espera daquele que estava prestes a abrir a porta da sala, desta vez ele não mediria as palavras, seu irmão estava precisando de um choque de realidade.

                Finn estaciou na frente da garagem da casa de seus pais. Respirou fundo e ele tinha que admitir que esse simples gesto não foi tão facil de executar. Sentia mais uma vez aquele aperto no peito. Mas ele já havia feito toda aquela bagunça mesmo...agora era hora de arcar com as consequencias.

                Abriu a porta da sala e nem precisou se perguntar o que tinha acontecido a seu irmão. Estava escrito em seu rosto, como se fosse um grande letreiro luminoso, que piscava em cores vermelhas e verdes, sem parar. RACHEL BERRY. Ela devia ter ligado para ele, lhe informando de tudo que tinha acontecido. Pensar em sua garota fez com tivesse vontade de chorar de novo. Mas ele não faria isso agora. Ele tinha que enfrentar seu irmão, sentando a sua frente, braços cruzados e expressão furiosa.

                Resolveu que não falaria nada. Deixaria que Kurt falasse tudo o que pretendia dizer. E ele não o decepcionou. Assim que Finn olhou para Kurt o show começou.

                - Finn seu idiota! Mas o que foi que deu em você?! Hein?? - Finn fez menção de responder mais foi cortado por Kurt no mesmo instante – Não! Não responde! Eu já sei a resposta, você mais uma vez agiu como um verdadeiro homem das cavernas – Finn que mantinha seus olhos pregados no chão, não pode deixar de sorrir, ele tinha pensado a mesma coisa – e você ainda ri Finn! Eu estou falando sério com você!

                - Não estou rindo de voce Kurt e sim da situação. – ele tinha tentado se manter quieto, mas não era fácil para ele ouvir as pessoas gritarem com ele sem nem ao menos tentar se defender.

                - Pois não devia rir de uma coisa, nem outra e fique sabendo que foi eu levei aquele maldito caderno para ela e você deveria me agradecer e não fazer uma ceninha e não deixar ela se explicar.

                - Eu sei tá legal. Eu agi errado sim, mas eu fique doido na hora que eu encontrei o meu caderno lá no meio das coisas dela. E por mais que eu esteja agradecido pela sua atitude, isso não quer dizer que eu tenha que gostar, tudo aquilo era particular, eu escrevi tudo aquilo para que ela nunca lesse.

                - Mas foi justamente aquelas cartas que a levaram aos seus braços novamente. - Finn arregalou seus olhos, não entendendo o que Kurt queria dizer com aquilo e nem foi preciso verbalizar seus pensamentos – ontem quando eu fui falar com ela de manhã, logo após da gente conversar, ela também não queria ouvir nada o que eu tinha pra dizer em sua defesa. Ela estava certa de que você não a queria mais, que você tinha percebido que não a amava,  que não ligava para os sentimentos dela e então eu percebi que o unico modo dela perceber que o que ela dizia era uma loucura, era fazer com que ela lesse cada uma daquelas cartas, ela tinha que ver o quanto você estava sofrendo também, o quanto tudo aquilo estava sendo dificil para você. Mas como sempre você estragou tudo, eu juro que não entendo o que se passa na sua cabeça, do que você tem medo Finn? Porque age dessa forma o tempo todo? O que te falta?

                Neste momento Finn encarava o chão novamente, sem coragem para encarar seu irmão que esperava por uma resposta e pensou no que poderia responder para ele. Do que Finn tinha mais medo naquele momento? Levantou seus olhos para o rosto de Kurt, ele esperava calmamente que ele falasse alguma coisa. Respirou fundo, tentando colocar para fora tudo aquilo que se agitava dentro dele.

                - Eu não sei Kurt...não...pra falar a verdade eu sei sim, eu..eu tenho medo que um dia ela perceba que eu não sou tudo aquilo que ela pensa que eu sou entende? Que ela caia na real e veja que eu sou um atraso na sua vida e...então eu fico fazendo todas essas idiotices...e eu sei que tudo isso só contribui para cada vez mais ela enxergar isso...e....isso me assusta pra caramba Kurt. Eu amo tanto a Rachel, amo de uma maneira que eu nunca pensei se capaz, dói muito ficar longe dela e você realmente quer saber o que me falta Kurt? Me falta coragem para aceitar tudo isso e segurança para saber que ela também me ama e quer ficar comigo pra sempre, mas...eu não sei o que fazer.

                Os olhos de Finn praticamente imploravam a Kurt por alguma ajuda, algo que fizesse com que clareasse seus pensamentos que o jogassem na direção certa.

                - Meu irmão, você é o Finn Hudson! O cara que ela morreu de amores no primeiro momento que colocou os olhos em você. E ela sempre vai ver você da mesma forma, sempre vai esperar o melhor de você, não a decepcione de novo Finn... não a deixe esperar mais 06 meses até você perceber de novo, que não pode viver sem ela. Vamos! Levanta a bunda desse sofá e corre até lá para pedir desculpas e reze o caminho inteiro para que ela te escute.

                Ele olhou para seu irmão confuso por um momento e o viu balançar a cabeça, desaprovando sua atitude e indicado a porta com seu braço estendido, num convite para ele cair fora. E então Finn não pensou duas vezes, pegou a chave do carro e correu para a casa de Rachel novamente pensando “Deus, faça com que ela me perdoe, de novo” e ele odiava fato de que ele estava se tornando muito repetitivo.

                Finn chegou a casa de Rachel em tempo recorde. Bateu na porta ansioso, esperando que ela mesma abrisse a porta, para enfim poder abraça-la apertado e pedir perdão por tudo que ele tinha feito. Mas como no dia anterior, quem a abriu foi um de seus pais, só que desta vez Finn não teve a sorte de ser recebido por Hiram. Quem o encarava com uma expressão nada amigavel no rosto era Leroy e Finn pensou que talvez ele nunca tivesse gostando dele afinal. Leroy nunca apoiou seus planos de se casar com Rachel e sempre entre uma coversa e outra fazia com que Finn nunca esquecesse das vezes que tinha a feito infeliz.

E apesar de não querer falar com ele, Finn lhe devia explicações.

- Bom dia Sr. Berry.

- Bom dia Finn – respondeu Leroy, ainda com uma expessão carrancuda no rosto.

- Eu...err...eu quero pedir desculpas ao senhor pelo meu comportamento hoje mais cedo e também falar com a Rachel.

- Bem Finn,não é a mim que você tem que pedir desculpas por algo que tenha feito e sim para uma garota que está há horas trancada naquele quarto.

- Eu sei Leroy, eu sei. Mas eu preciso de mais uma chance para provar o quanto eu amo sua filha.

- Mas nós nunca duvidamos disso Finn, do seu amor por ela. Eu não sei e não quero saber exatamente o que se passou entre vocês dois hoje, a unica coisa que eu quero é que você se certifique de que ela não tenha que passar por isso de novo. Agora suba lá e resolva isso.

- Obrigada! Finn estava meio que assustado com o modo que Leroy tinha falado com ele, mas sabia que ele tinha razão e estava certo em agir com ele daquela forma.

Parou em frete a porta do quarto dela. Respirou fundo para tentar se acalmar e bateu, aguardando que ela o chamasse para entrar. Ouviu a voz fraca dela de dentro do quarto. Abrindo a porta devagar, ficou ainda mais chateado ao ver como ela estava. Chamou por ela com a voz baixa e ficou paralisado ao ver seus olhos.

Ela tinha uma expressão dura no rosto e olhos distante e por um momento Finn temeu ter perdido aquela conexão que os mantinha unidos. Rachel o encarava, sem dizer nada e ele não tinha ideia se aquilo era um bom sinal.

- Rachel eu...eu...quero te pedir desculpas – Finn falou dando passos largos em sua direção, colocando as mãos em seus ombros. A vontade que ele tinha era de puxa-la para sues braços, mas achou melhor ir devagar. Rachel por sua vez se desvencilhou de suas mãos, andando sutilmente para longe dele. – eu sinto muito, por tudo, por te agido daquela forma com você, por ter sido um idiota, e...

- Finn, pára por favor –cortando-o no meio de sua frase – eu posso até desculpar você por não ter me deixado explicar o que tinha acontecido, mas acho que neste momento eu não sei se eu consigo perdoar você por ter me deixado aqui sozinha após ter passado a noite toda na minha cama. – Rachel disse tudo isso, sem desviar o olhar dos olhos assustados de Finn que a encarava naquele momento, suspirou profundamente – e sabe o que mais esta me matando Finn? É saber que apesar de tudo o que nós passamos nestes ultimos meses e de tudo o que vivemos juntos ontem, você ainda perde tempo com coisas pequenas, sendo o que mais importa é o que sentimos um pelo outro e eu não sei se eu posso conviver com isso agora.

- Mas Rachel, eu estou aqui te pedindo perdão, assumindo o meu erro. É natal, pelo amor de Deus, época de perdoar as pessoas.

- Sim Finn você tem razão, mas como você disse uma vez, eu não posso e você deveria pedir isso para o Papai Noel... – após de terminar de falar Rachel se encaminhou até a porta a abrindo, olhou para Finn novamente, o que ela estava prestes a fazer poderia acabar com qualquer chance de eles ficarem bem, mas era extramente necessário – e Finn, eu gostaria que você saisse agora.

Finn percebendo que não haveria nada que mudaria a decisão dela, andou em direção a saída, com o coração apertado e uma lágrima ameçando cair de seus olhos, talvez agora tudo tivesse terminado.


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Notas finais do capítulo

E então?
Me digam se estão gostando...