Por Conta Do Destino escrita por Tania_Santos


Capítulo 1
Capitulo 01 - Encarando suas escolhas


Notas iniciais do capítulo

Olá, segue mais uma historia finchel.
Acho que vocês perceberam o quanto eu sou apaixonada por este casal...
Ainda sob influência do ultimo capitulo de glee, resolvi escrever a fic contando os proximos passos de Finn para o seu futuro.
Espero que gostem.



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Junho /2012

Finn estava na porta de seu quarto, com as malas na mão, olhando para o interior dele se despedindo. Afinal ele passaria alguns meses longe dali.

Olhou tudo a sua volta, mas seus olhos pararam na parede a sua frente, onde estava o painel com as fotos dele e de Rachel. Ela havia o presenteado com cada uma daquelas fotos, uma para cada momento especial que os dois tinham vivido.

Tinha achado melhor não levar nenhuma foto, para ele seria muito difícil ficar olhando para elas sem sentir vontade de chorar, mas mudou de ideia.

Pegou a última que ela tinha lhe dado, a foto dos dois no baile da escola. Ela estava linda naquele dia e não conseguiu impedir a lágrima que caiu do canto dos seus olhos.

Ele tinha que se apressar, estava no próximo trem para o Fort Benning na Georgia, sua mãe o levaria até estação, mas estranhamente, ele não conseguia fazer com que seus pés se mexessem. Sentiu um leve aperto no ombro e se virou para ver quem chegava tão próximo a ele e tinha passado totalmente despercebido.

Era Burt.

- Finn, filho você sabe que não precisa fazer isso certo? Você pode ficar aqui comigo, sua mãe e seu irmão, tudo como era antes.

- Eu sei Burt, mas nada aqui pra mim é como antes.

- Finn, eu entendo, eu sei que você está sofrendo agora, mas vai passar. Tenho certeza que vocês iram se acertar...

- Não Burt não vai passar, ela foi embora e não vai voltar mais, ou melhor, eu deixei que ela fosse  embora e você não entende! Ninguém pode me entender! Falou um pouco alterado como ele sempre ficava ao tocar nesse assunto.

- Eu acho que entendo sim meu filho e sua mãe entende também, ou você esqueceu que nós dois perdemos as pessoas que amávamos? E as perdemos de forma definitiva, o que é bem diferente da situação de vocês, e eu tenho certeza que tudo vai se acertar, dê tempo ao tempo.

Finn ficou muito chateado por te falado aquilo, é claro que ele não tinha se esquecido de todo o sofrimento de sua mãe, mas toda aquela situação não estava fazendo bem pra ele. Tudo isso o impedia de  pensar com  clareza  e era justamente por isso que ele precisava de um tempo.

- Burt eu preciso mesmo de um tempo, eu preciso fazer isso agora...preciso sair daqui, voltar a ser eu mesmo de novo. Se eu ficar aqui eu não vou conseguir.

- Tudo bem meu filho, mas volte assim que se sentir melhor.

Burt disso isso abraçando aquele que ele considerava verdadeiramente seu filho, iria sentir falta dele, mas ele conseguia ver que isso seria bom para ele o faria crescer e definitivamente era isso que precisava acontecer na vida dele naquele momento.

- E me desculpe Burt, por ter falado o que falei agora a pouco.

- Não se desculpe meu filho, você está chateado eu compreendo, mas acho melhor você se apressar...

- Eu sei, já vou descer.

Assistiu Burt se retirar e o deixar ali sozinho de novo, guardou a foto na mala, olhou mais uma vez ao redor e saiu, fechando a porta atrás de si.

Desceu as escadas, sua mãe o estava esperando ao lado de Burt, ela o abraçou assim que ele ficou ao alcance dela.

Sussurrou em seu ouvido.

- Você tem certeza meu filho?

Ela se afastou um pouco para olhar para ele, que somente assentiu como resposta, fazendo ela o abraçar mais forte ainda.

Se soltou dos braços de sua mãe, andou até Burt o abraçando também e viu Kurt encostado na parede ao seu lado, respirou fundo. Se despedir do seu meio irmão estava sendo mais difícil do que ele imaginaria.

Iria sentir um falta absurda dele. Tanto quanto sentiria falta dela.

Ele tinha se acostumado a tê-lo por perto e tinha aprendido a amá-lo como ele fosse seu irmão de verdade, mas eles voltariam a ser ver logo, ou ele assim esperava.

Andou até ele. Kurt não estava feliz com a decisão que ele tinha tomado, mas tinha prometido a ele que o apoiaria. O abraçou forte.

- Me promete que vai ficar bem Finn?

- Prometo Kurt, e você também viu? Vai conseguir ficar longe dos problemas sem ter seu irmão por perto para te ajudar?

-Claro que sim, pode ficar despreocupado com relação a isso.

- Ótimo, e Kurt...

Parou para pensar por um segundo para ter certeza e se ele pediria aquilo mesmo a seu irmão.

- Pode me fazer um favor?

- Pode falar.

- Se você a ver ou falar com ela, diz que eu sinto muito e que estou com muitas saudades dela, sim?

Viu a duvida nos olhos dele, assim como sabia o que ele pensava sobre ele ir para o exército, Kurt o havia aconselhado a não procura-la por um período, insistia que ele precisava se acostumar com a distância e que para ela também seria bom, mas resolveu ignorar aquilo.

- Por favor?

 - Eu falo Finn, pode deixar se eu falar com ela eu dou o seu recado.

- Muito obrigada mesmo.

Olhou na direção de sua mãe que estava com os olhos cheios de lágrimas.

- Vamos mãe, está na hora.

- Vamos sim.

Se despediu mais uma vez dos dois e se dirigiu até o carro.

O caminho todo foi feito no mais absoluto silêncio. Ele havia feito aquele mesmo caminho duas semanas atrás e ele poderia dizer que não estava sendo diferente, ainda doía nele pensar naquele dia.

Ao chegar ali naquela estação, conseguia se lembrar de todos os detalhes daquela despedida. Ela implorando para ele acompanhá-la, insistindo em dizer que faria tudo por ele, que ele estava louco em se alistar, ele segurando em suas mãos o máximo de tempo possível e ele correndo atrás daquele trem para poder vê-la por mais um minuto...mas o que mais o atormentava era lembrar a dor nos olhos dela.

E ele odiava a ver sofrendo. A amava tanto que ele não conseguia imaginar a sua vida sem ela, mas ele faria isso por ela, por seu futuro, para ela ter o que mais sonhava na vida.

Mas ele nunca deixaria de amá-la.

Não havia mais nada que ele pudesse fazer naquele momento. Ela já havia ido e ele estava seguindo o seu caminho também.

- Finn, chegamos meu filho.

A voz de sua mãe o despertou de suas lembranças. Desceu do carro, retirou a sua mala do porta-malas  e andou abraçado a ela até chegar na plataforma de embarque.

- Finn, me liga assim que chegar lá?

- Ligo sim mãe.

Quando ela foi falar com ele novamente não conseguiu conter o choro e o abraçou. Choraram ali abraçados por um momento.

- Vai com Deus meu filho, eu te amo.

- Eu também te amo, fica bem.

Se afastou dela antes que perdesse a coragem de embarcar.

Procurou seu lugar, se sentou e fechou os olhos encostando a cabeça no vidro. Olhou mais uma vez para sua mãe que acenava para ele enquanto o trem se afastava.

Se acomodou melhor na sua poltrona e procurou por seu iphone e seus fones de ouvido, localizou a playlist feita especialmente para esta ocasião, apertou o play.

Fechou os olhos novamente, ao ouvir a primeira musica da lista Withou you e se permitiu chorar novamente.

Aquela seria uma longa viagem.

Horas depois ele estava desembarcando na cidade de Columbus. Estava cansado pela longa viagem de quase 1000 km, doido para tomar um banho e descansar.

Pegou um táxi, a procura de um hotel para passar a noite, ele teria que se apresentar  somente no dia seguinte.

Entrou no quarto do hotel deixando sua mochila escorrer pelo seu ombro e cair no chão ao lado do seu pé, ele se sentia exausto. Havia chorado a maior parte da viagem, tinha conseguido dormir um pouco, mas não tinha sido suficiente.

Ligou para sua mãe, tomou um banho, programou o relógio para despertar às 06h30 da manhã e caiu na cama, adormeceu rapidamente.

Quando abriu os olhos pela manhã ficou grato por ter conseguido dormir a noite toda, isso deveria ter acontecido devia ao cansaço que ele sentia, pois tinha dias que ele não dormia bem.

Arrumou-se para sair, tomou seu café da manhã, pegou um táxi e seguiu até a Fort Benning onde ele passaria os próximos 12 meses.

Ao se aproximar da base, percebeu que sua vida estava para mudar de uma forma que ele nunca teria imaginado. Tudo aquilo era muito diferente do que ele tinha vivido até agora.

Homens andavam de um lado para o outro carregando armas, caminhões estacionado por todo o pátio com soldados entrando e saindo da carroceria, parecia que ele estava em um jogo de vídeo game. Tempos atrás ele ficaria empolgado com tudo aquilo diante de seus olhos. Hoje a historia era complemente diferente.

Olhou em volta e viu mais alguns jovens como ele chegando para se apresentarem, se dirigiu até o portão e foi autorizado a entrar.

Foi acompanhado por um soldado até uma sala onde iriam conferir sua documentação, entregou o envelope para ele que o abriu olhando o seu conteúdo.

- Bom dia senhor...- abaixou os olhos até os documentos -  Hudson. Eu sou o  soldado  Tyree e vamos ver o que você trouxe aqui.

- Bom dia. Ele estava se sentindo nervoso com aquilo, muito mais nervoso do que se sentiu ao fazer o seu teste de admissão para a escola de atores.

- Sua documentação está tudo em ordem recruta Hudson, aqui está o uniforme que você irá usar durante o seu tempo aqui, suas botas e vou acompanhá-lo até o alojamento.

Saíram em direção ao conjunto de alojamentos, ali havia vários quartos, um ao lado do outro. No quarto que ele ficaria havia somente mais um cama, o soldado explicou onde ele poderia guardar as suas coisas e lhe informou que logo traria seu companheiro de quarto.

Assim que ficou sozinho, escolheu uma cama e se sentou. Achou que era melhor começar a ajeitar suas coisas. Guardou suas roupas, seus sapatos, seu celular e tudo o que havia trazido pra lá. Pegou a foto sua com Rachel e colocou no criado mudo ao lado de sua cama. Estava olhando para ela quando seu companheiro de quarto chegou.

- Recruta Hudson – disse o soldado – Este aqui é o Recruta Sulivan. Vou deixar vocês arrumarem seus pertences, o programa começa amanhã ás 05h da manhã, não se atrasem.

Logo que terminou de falar o soldado Tyree saiu nos deixando a sós.

- E aí cara, como vai? Falou me cumprimentando - Sou o Jacob Sullivan, mas pode me chamar de Jake.

- Tudo bem cara e eu sou o Finn.

- Finn, que diferente.

- É sim, já me acostumei com as pessoas estranharem o meu nome...

- E então, está animado com tudo isso?

Pensei no que responder,  e achei melhor mentir, eu não admitiria para um desconhecido que eu não estava nem um pouco feliz com a escolha que eu tinha feito.

- Estou sim. – Mas não saiu nem um pouco convincente e Jake não se deixou enganar.

- Você não me parece aminado....mas me conta, de onde você é?

- Sou de Lima, Ohio. E você?

- De Saryville, New Jersey.

- Me desculpe perguntar, mas quando entrei você estava olhando para uma foto, de quem era? Sua namorava?

Ele não queria entrar neste assunto logo no começo da conversa, o que eu iria falar  “ah essa? É a minha ex-noiva que eu deixei ir embora sem mim, mas a qual eu sou perdidamente apaixonado.” Eu pareceria  um louco, resolveu mentir, de novo.

- É sim, na verdade é minha noiva.

- Sério?! Legal, posso ver?

Pensou em falar que não, mas seria estranho, ele não queria admitir para si mesmo que estava com ciúmes só de imagina-lo olhando para a foto da sua garota.

Entregou a foto para Jake a contra gosto.

- Cara, tenho admitir que você tem bom gosto, ela é muito gata.

- É sim, a Rachel é linda.

- E ela ficou na sua cidade?

- Não, ela está em New York agora.

- E você não está doido de pensar que ela está naquela cidade sozinha? Eu moro próximo e posso te dizer que lá é demais.

- Eu sei, mas estou tranquilo com relação a isso.

Mas ele não estava. Já tinha pensando na possibilidade de ela sem empolgar com a cidade e acabar se esquecendo dele. Mas esse risco ele teria que correr, afinal, ele nem sabia se eles ainda eram um casal.

Resolveu mudar de assunto, passou o resto do dia e o jantar  evitando as conversar com os outros recrutas, logo disse que precisaria descansar para conseguir acordar muito cedo no outro dia.

Tentou ficar de olhos fechados apesar da pouca vontade de dormir, não queria ficar de olhos abertos e correr o risco de iniciar uma nova rodada de perguntas.

No outro dia as coisas seriam pra valer.

E ele sentia que aquela conversa com seu companheiro de quarto no inicio do dia seria a mais longa que ele teria em seu período naquele lugar.


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Notas finais do capítulo

E então, continuo a postar?