O Melhor de Uma Briga escrita por Bê s2
Notas iniciais do capítulo
Minhas leitoras queridas, eu quero agradecer muitão pelos reviews. Eu estou imensamente feliz, ainda mais porque minhas escritoras preferidas estão gostando!
Quando eu pensei em começar a escrever sobre CSI, não pensei que fosse agradar assim. E vocês não sabem como eu to feliz com isso!
Bom, este capítulo foi o primeiro que eu pensei pra fic. Eu sonhei com essa cena, e no dia seguinte tive que colocar no papel. As vezes eu acho ela um pouco fora do normal, mas sei lá... sempre quis ver algo assim. Espero que continue agradando vocês :)
Boa leitura!
Uma semana depois de ter voltado para seu apartamento, Sara ainda mantinha distância de Grissom. Conversavam apenas o necessário no trabalho e não se viam fora do laboratório. O caso de Heather Kessler fora encerrado no dia seguinte à sua partida, e logo em seguida a equipe toda assumiu outro.
Por motivos maiores, a cena deste novo crime fora recriada em um galpão do laboratório. Era um quarto perfeito, exceto pela falta de uma cama – que no caso era demarcada por uma fita vermelha. A tinta vermelha pelo chão e paredes representava o sangue resultante de um aparente homicídio de uma jovem, na suíte máster do Tangiers.
Catherine, Sara e Grissom acabaram de montar a cena do crime e observavam tudo, tentando entender o que havia ocorrido ali. Os dois morenos rolavam seus olhos de maneira quase idêntica pelos móveis e depois de alguns segundos, um sorriso brotou no canto dos lábios de Sara, enquanto Gil tinha um brilho diferente no olhar.
--Vocês captaram algo que eu não vi. –Catherine afirmou. –O que é?
Os geeks trocaram um olhar cúmplice, mas que foi cortado rapidamente por Sara. Gil pigarreou e perguntou à morena:
--Está pensando o mesmo que eu?
Ela assentiu, tentando parecer indiferente. Catherine arqueou a sobrancelha para Grissom quando ele recolheu alguns marcadores de cena do crime e os reposicionou em locais estratégicos na réplica da cena, fazendo com que os sinalizadores amarelos representassem os objetos que estavam quebrados pelo chão.
--Pode me ajudar aqui, Sara? --Ele pediu, sem olhá-la.
--Não sei se é necessár...
Mas ela não pôde continuar, porque Catherine a empurrou na direção do supervisor. Logo ela tirou os sapatos e se posicionou na frente de Grissom.
--Com licença. –Ele pediu hesitante, e a segurou firme pela cintura. –Eu acho que eles começaram por aqui...
Gil, então, empurrou a morena contra desenho que indicava a porta. Em seguida, aproximou-a mais ainda de seu corpo e saíram abraçados rodopiando pelo lugar, derrubando alguns marcadores no chão. Depois a suspendeu no ar e com uma mão livre derrubou todos os objetos que estavam sobre a cômoda, sentando a perita no mesmo lugar.
Catherine, que no início olhava inocentemente para os dois transitando pelo quarto, começou a se sentir incomodada. Talvez tenha sido pelo olhar intenso que eles trocavam, ou pela maestria que Grissom conduzia sua colega... Como se já tivesse habituado a faz isso com ela. E quando Sara, ainda suspensa na cômoda, entrelaçou suas pernas o quadril do entomologista, ela não se conteve:
--Hum, isso está ficando estranho...
Porém, como se exercesse um efeito contrário ao que queria, o comentário de Catherine serviu como um combustível: Grissom juntou Sara ainda mais para perto de si, e com ela no colo e as pernas dela entrelaças em seu quadril, ele contornou a cama vagarosamente, enquanto a morena esticava o braço à procura de alguma coisa, derrubando os demais objetos.
Eles estavam tão concentrados naquela espécie de encenação dançante pelo quarto, que nem perceberam quando Warrick, Nick e Greg se aproximaram com alguns resultados em mãos; e também não se deram conta dos olhares curiosos e chocados dos três.
--Mas o que é isso? --Warrick perguntou baixinho à Catherine.
--Era para ser uma simulação do que aconteceu no quarto. –A loira respondeu no mesmo tom. –Mas agora eu não sei.
Grissom terminou de dar a volta na cama, ficando de costas para os colegas, e a morena que estava de frente parecia que não conseguia enxergá-los. Ela voltara seu braço para o pescoço do supervisor depois de bater a mão no que seria o interruptor, e estava com seu corpo grudado no dele.
--Vocês querem que a gente saia? --Catherine perguntou mais alto, maliciosamente.
Grissom, então, se lembrou dos amigos, mas não parou. Com mais um passo, que levaria os dois para a cama – que estava demarcada por uma fita suspensa – ele acabou tropeçando em um dos objetos que a morena derrubara a procura do interruptor e caiu de frente, por cima dela, mas com uma mão ele amortizou a queda.
Os dois ficaram dois segundos apenas se observando, mas parecia uma eternidade ao ver deles. Por fim, Gil olhou profundamente nos olhos castanhos dela e perguntou:
--Qual a melhor parte de uma briga?
Ela sorriu de lado, vencida. Com um bico característico, respondeu:
--A reconciliação.
--Exato. –Ele confirmou.
Com cuidado, Gil se levantou e indicou que ela continuasse na mesma posição. Virou-se então para a equipe que estava embasbacada e assumiu seu costumeiro tom professoral:
--Segundo o depoimento das testemunhas, eles escutaram gritos entrecortados e abafados, intercalado por barulhos pontuais de coisas se quebrando. –Ele indicava o percurso que acabara de fazer. –Os dois discutiram, e quando ela resolveu atirar aquele vaso nele, o homem a empurrou contra a porta e a reconciliação começou.
--Os barulhos condizem, mas e os gritos abafados? --Greg indagou.
--Gemidos. –Nick respondeu com malícia.
A equipe acompanhava o raciocínio, mas dividia os pensamentos com a cena inusitada que haviam acabado de presenciar.
--Correto. –Gil aprovou. –Com isso, ele andou com ela pelo quarto, e ao apoiá-la nos móveis acabaram por derrubar alguns objetos, como o abajur.
Grissom indicou com a mão os cones amarelos que dividiam o lugar os as fotos dos objetos quebrados. Tudo se encaixava.
--Então, ele a guiou para a cama, mas não enxergava direito porque ela lhe tapava a visão, e tropeçou no tapete. –Ele se abaixou diante de Sara. –Olhem a fita presa no pescoço de Sara: ela caiu e deslocou o osso occipital, morrendo imediatamente. Levante-se, Sara.
A morena obedeceu, e segurou na mão dele para levantar-se. Depois Grissom a virou de costas novamente para a equipe e ergueu seu cabelo com cuidado, mostrando uma marca de tinta que a faixa que representava a cama marcara em sua nuca.
--Viram? Mesmo lugar de impacto. –Ele sorria satisfeito. –E se encaixa melhor do que uma pancada por objeto não cortante.
Os meninos e Catherine o olhavam espantados. Tinham observado provas e evidências por horas a fio, e não conseguiam ver com clareza o que acontecera no quarto. Estavam tão confusos que até recriaram a cena do crime com perfeição, mas ainda assim precisavam da visão mais ampla de Gilbert Grissom.
Entretanto, mesmo satisfeita com a conclusão do amigo, a loira não poderia perder a oportunidade:
--E não bastava explicar? Precisava de toda a agarração?
Grissom rolou os olhos para o alto e recolocou seus sapatos, saindo em seguida. Sara, por sua vez, ficou no lugar aguentando as chacotas dos amigos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, gostaram? Se sim, ou se não.. deixem um review! *-*