As Quatro Casas De Hogwarts - Ano 2 escrita por Larissa M


Capítulo 12
Capítulo 12 - Imprevisto


Notas iniciais do capítulo

Sorry o pequeno atraso, gente, mas ontem minha inspiração estava menor do que zero.
Eu acho que esse capitulo está meio sem graça, mas eu pretendo compensar no prox! Boa leitura!



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O plano estava todo traçado, nos menores detalhes. Não havia como dar errado. Albus havia sido um dos mais habilidosos e minuciosos naquele ofício, e parecia saber exatamente o exato a fazer para que tudo desse certo. Os amigos não puderem deixar de suspeitar que aquela “habilidade” vinha de prática, mas não ligavam muito para aquilo. Afinal, era responsabilidade de Albus se ele quebraria as regras ou não.

As semanas correram ligeiras. Independentemente de toda uma preparação, havia dúvidas por parte das garotas, Ellen, Alice e posteriormente Holy. A última apenas sabia do plano, mas não estava de qualquer modo envolta nele. Mantivera-se neutra no início, mas admitira para Ellen que não concordava com aquilo, por isso preferia não participar. Alice e Ellen, no entanto, estavam demasiado envolvidas com Ryan, Daniel e Nathan para poderem simplesmente sair dos planos.

A oposição, porém, não era só da parte feminina do grupo. Nathan também tentava surtir uma forte influência em Ryan frisando o quanto aquilo soava como loucura. Ele não poderia negar, e já até segredara isso a Ryan, que a ideia de ir para Hogsmeade lhe agradava, mas em hipótese alguma sob uma quebra no regulamento da escola. Nathan só estaria a favor a partir do momento que fosse completamente necessário quebrar uma regra. Esta parte não admitira, mas tinha medo de ser pego, e das consequências.

Por essas questões, o grupo se mantinha dividido. A maior parte votava a favor de não se arriscar, mas Ryan, Daniel, Mattew e Albus estavam tão convictos na decisão que era quase impossível de argumentar. Por essa razão, os outros preferiam não interferir de modo tão enfático, para não terminar em brigas. Já haviam provado o bastante dessa questão em particular.

- Dan, me ouça! – Ellen pediu mais uma vez, em mais um dos momentos em que o assunto de voltava para Hogsmeade. Costumava ser apenas nos momentos em que o grupo tinha mais privacidade, para não correrem o risco de serem ouvidos. Imagina se alguém de outra casa – se bem que, na situação dos seis, outra casa era sempre relativa – escutava o que estavam dizendo?

- Estou ouvindo, Ellen! – ele retrucou, num tom cansado, mas sobretudo paciente. Nunca havia levantado a voz uma vez sequer depois que discutira com Ellen. – E já sei: você se importa comigo, não é mesmo? Não quer que eu seja pego?

- Se você já sabe, então porque...

- Porque eu realmente quero. – ele a interrompeu, ainda no mesmo tom paciente e delicado. – El, fique calma, eu não vou tomar uma detenção.

Os dois estavam tomando o café da manhã juntos, num dos raros momentos em que estavam sozinhos.

- Então eu vou junto!

- De jeito nenhum! – ele respondeu indignado. – Você vai se arriscar por nós?

Ellen sorriu de um modo que dizia que ela ganharia a discussão.

- Está vendo só? Quando é contrário, você não deixa!

- Mas eu tenho um bom motivo pra ir, você não. – ele contra-atacou, sem desistir.

- Dan... Assim como você se importa com a minha segurança, eu me importo com a sua!

Ellen completou sua frase buscando a mão de Daniel e entrelaçando seus dedos nos dele. Com o olhar fixo nele, ela sabia que havia ganho a discussão, mas não o movera um centímetro mais perto de desistir.

Daniel retribuiu o aperto, grato por tê-la ali ao seu lado. Sorriu para ela e prometeu que pensaria. No entanto, a verdade que ele tentava omitir de si mesmo dizia que mal faria o prometido.

Charles Hunnigan sentava-se à mesa dos professores, entediado. Era raro vê-lo por ali, e todos sabiam disso. Recebera olhares confusos ao adentrar o local, mas não ligara. Fora direto para a mesa dos professores, tomar o seu lugar habitual.

Nunca fora costume de Hunnigan se relacionar muito com quem quer que fosse. Antigamente, em seu tempo de escola, chegara até a ser centenas de vezes mais popular entre os alunos, mas apenas por conta do Quadribol. Sua habilidade fora inegável. Porém, tornara-se retraído a medida que os anos passavam. Suas principais relações eram mesmo Margaret Norien e outros professores dali mesmo, sem contar em seu passado com Stuart, o que preferira esquecer.

Findo o seu café da manhã, se concentrava na leitura do Profeta Diário, mais relaxado. Uma coruja trouxera sua assinatura diário do jornal, mas como sempre não trazia notícias muito alarmantes. Apenas uma pequena nota chamou a atenção de Hunnigan na primeira página:

Conta relatos que houve vestígios de atividades na área de Magia Negra, na madrugada de quarta-feira, próximo a Bristol. Rumores constam que ainda é atividade remanescente dos antigos chamados Comensais da Morte, fiéis seguidores de Lord Voldemort até o fim de seus tempos, caçados incansavelmente por aurores. É pouco provável que isso venha a ser verdade, dado que há anos não é encontrado um mais Comensal sequer. Saiba mais detalhes do ocorrido de quarta-feira na página 5.

Hunnigan releu o fragmento, intrigado. Não ouvia falar em Comensais da Morte, e nem mesmo Magia Negra, em anos, assim como ressaltara o jornal. O professor não havia participado dos tempos em Hogwarts que envolviam as atividades de Lorde Voldemort e de Harry Potter, mais estava muito ciente de tudo o que havia acontecido, assim como das situações apertadas pelas quais alguns bruxos tiveram que passar.

Já ia começar a leitura da página 5 quando foi interrompido por uma voz feminina:

- Oh, que surpresa você aqui, Charles! Resolveu voltar? – Margaret Norien chegou de fininho, assustando Hunnigan.

- Maggie! – ele dobrou o jornal e o deixou de lado, a fim de conversar com a outra professora. – Eu nunca voltei, pois nunca fui embora.

- Ah, claro que não, esse lugar aí estava vazio à toa. – agora um tom inconfundível de sarcasmo pintava a voz de Margaret. Ela olhou para ele com seu olhar típico de “não minta para mim”.

- Okay, está certo, eu estive ausente... – Hunnigan admitiu.

Margaret tirou café forte e adoçou-o com um aceno de varinha. Vez ou outra, ela deixava transpassar sua preguiça através do uso quase desnecessário da magia. Hunnigan sabia que apesar de ter nascido puro-sangue, Margaret tinha inclinações a seguir certos hábitos trouxas, o que sempre a diferira de seus companheiros da Sonserina. A professora também era outro exemplo de que nem sempre Hunnigan fora limitado a Corvinal, apesar de só ter começado a amizade com Margaret depois de anos cursando Hogwarts. A diferença de idade entre dois era notável, também, mas não mais que sete anos.

- Sim, esteve, e eu notei. Caso não tenha percebido, Charles, eu prezo sua presença aqui. – ela lhe respondeu, tomando um gole de seu café.

- A única também. – ele comentou desgostoso, suspirando. De relance, olhou para o lugar ao seu outro lado, vazio. Usualmente, era ali que Stuart de sentava.

Margaret percebeu o que o professor queria dizer com aquilo, e comentou:

- Afinal, aquele encontro louco de vocês dois em Hogsmeade ainda vai acontecer? - ela sabia que já era o final de Outubro, e não tardaria para que a visita chegasse.

- Claro que vai. – ele respondeu inexpressivo. – Não é algo louco, Maggie, eu já lhe expliquei.

- Certo, Charles, finja que está tudo nos eixos. – mais uma vez, a professora recorreu ao sarcasmo. Não era algo que os alunos pudessem imaginar, mas Margaret era inclinada a usar o sarcasmo. – Falando em Scott, fiquei de te perguntar... Como está indo o time da Corvinal? – Maggie perguntara aquilo à contragosto. Não era fã de Quadribol, e sinceramente achava que Hunnigan deveria deixar aquilo de lado. Porém, sabia o quanto seu colega gostava, e o quanto necessitava de uma distração qualquer.

- Está ótimo! Lavoisier realmente sabe o que está fazendo... O time está dando perfeitamente certo, embora eu suspeite que eles não simpatizem muito comigo... – Hunnigan parecia refletir profundamente sobre a resposta daquela questão. – De qualquer modo, são gratos pelas vassouras, especialmente o Lavoisier. É o que ao menos tenta ser simpático comigo. No entanto, eu nunca tinha notado que esse garoto tem capacidade.  

- Você nunca nota nada; eu disse isso para você ano passado!

- Bem, eu não poderia confiar muito em seu julgamento, não é? – Maggie fechou o rosto para Hunnigan, que depressa acrescentou – Não se sinta ofendida! O garoto tinha muita fama, e ainda tem. Mas é tão famoso quanto é talentoso.

- Se você diz. – ela respondeu.

- Mas aqueles garotos me preocupam, Margaret. – Hunnigan só a chamava pelo nome completo quando era algo muito mais importante do que o usual. Geralmente, a Prof.ª Norien era Maggie para ele.

- Quem? – ela perguntou curiosa. Vez ou outra bebericava seu café ou comia algumas torradas, mas sua atenção estava fixa em Hunnigan.

- Aqueles que andam com o Lavoisier, é claro! – ele exclamou. – Sempre parecem estar tramando alguma coisa, com aqueles olhares fugazes, aqueles cochichos...

Enquanto dizia aquilo, Hunnigan olhava através do salão para onde o grupo se sentava. Não sabia, porém, o quanto estava certo sobre o que estava afirmando. O assunto na mesa era mais uma vez Hogsmeade.

- Deixa de bobeira, Charles, isso é cisma sua com eles!

O mês de Novembro levou mais tempo, na concepção dos amigos, para chegar. Daniel já estava começando a reparar o quanto o tempo parecia mudar dependendo do que ele ansiava ou temia... De fato, o tempo é relativo. As tardes de conversa e brincadeira, de jogos de Quadribol ou de alguma aula inusitadamente interessante, passavam depressa. Olhava-se no relógio num minuto, e quando virava para ver de novo, duas horas já haviam escorrido! Por outro lado, as longas e gélidas tardes de outono em que ficava preso numa aula eram uma tortura a Daniel.

Todavia, não conseguia compreender o tempo, nem a si próprio. O tempo passava devagar e rápido, ao passo que ele ansiava e temia o fim de semana em Hogsmeade. Não podia evitar que o sentimento de ansiedade logo se transformasse num receio de ser pego: Ellen fazia questão de frisar o perigo que eles estavam correndo.

Num desses momentos de dúvidas, em que também era pressionado pela amiga, resolveu desabafar. Já estava cheio de ficar guardando tudo dentro de si:

- Ellen, eu estou confuso! – ele exclamou. – Eu quero ir num momento, no outro não... Por favor, você pode parar de dizer tanto que nós podemos ser pegos? Eu não aguento ouvir isso, mesmo porque a mensagem já penetrou tanto na minha mente que agora quem está com medo sou eu!

A amiga olhou surpresa para ele. Não esperava por essa reação.

- Tudo bem. – ela concordou logo, ao ver a expressão do amigo, que transpassava tudo o que ele havia dito. De súbito Ellen se pôs a pensar em tudo o que viera dizendo para ele. Não pôde, porém, evitar ficar um pouco chateada com aquela reação. – Eu vou evitar mencionar isso, Daniel.

O garoto suspirou aliviado depois que ela afirmou aquilo, e até se animou o bastante para sugerir outro assunto:

- Que tal nós falarmos de Quadribol? – ao ver o sorriso de Ellen, continuou – Como vão os seus treinos? É uma pena que agora estamos bem mais ocupados e nem possamos treinar juntos... – o garoto interrompeu a fala por um crise de tosse.

Ellen olhou preocupada para ele, que logo se recuperou e tornou a andar, assegurando-se de que estava bem. Ellen respondeu a pergunta que ele havia feito antes.

- De fato... – ela concordou. – Mas eu estou indo bem, de acordo com Sarah.

- A capitã que te enganou quando foi te dizer os resultados? – Daniel perguntou, já rindo por se lembrar da cena contada por Ellen.

- Não ria! É essa mesma. – Ellen respondeu, mas também riu de si mesma.

Logo depois, a dupla encontrou com Ryan e Nathan, nos jardins.

- Animado? – Ryan perguntou para Dan, como cumprimento. De cara o garoto sabia a que ele estava se referindo.

- Mais ou menos... – Daniel respondeu sem muito emoção.

- Podemos rever o plano? – Nathan perguntou. Estava igualmente na mesma situação que Ellen: preocupado com Daniel e Ryan, que aparentemente seriam os dois que iriam debaixo da capa para Hogsmeade. Albus dera certeza que na capa cabiam três, no máximo quatro.

- Podemos. – Ryan respondeu, revirando os olhos para Nate.

Naquele momento, Alice chegou com Holy, e se juntou a eles.

- Olá gente! – ela cumprimentou alegre.

- Oi. – falou Holy. As duas se ajeitaram na grama, enquanto os meninos explicavam que estavam prestes a repassar o plano outra vez. Alice assentiu, preferindo ficar quieta, e assim também fez Holy.

- Bem, então vai só o Ryan e o Daniel, não é?

- Isso mesmo, nós dois. – consentiu Ryan. – Assim como Albus falou, nós temos que pegar a passagem secreta do terceiro andar, – Ryan mantinha a voz em um tom normal, pois ali não corria risco de ser ouvido – aquela da bruxa corcunda de um olho só.

- E dizer a palavra “Dissendium” – completou Daniel – logo em frente a ela, agitando a varinha.

- Segundo Albus, ele, Nathan e vocês duas - continuou Ryan, apontando para Ellen e Alice – estarão vigiando os corredores adjacentes, para o caso de algum professor ou o zelador Greenford aparecerem. Sabe, não gostaríamos de ser flagrados por um professor estando supostamente enfeitiçando uma estátua e sabe-se lá como passando por ela.

- Exatamente. – Daniel completava Ryan, e vice-versa, formando um ciclo. – Por isso vocês vão funcionar de vigílias, cada uma de um lado do corredor, e se por acaso vocês virem algum professor...

- Ou mesmo aluno... Mandem um sinal. Nós vamos parar na hora, e disfarçar. – continuou Ryan. – Se não for esse o caso, o que eu espero que não seja, nós pegamos a passagem subterrânea a rumamos diretamente para Hogsmeade.

- Mais precisamente, a Dedosdemel. – disse Daniel. – Estou curioso para saber como é lá... bem, isso não vem ao caso.

- De modo algum, não vamos lá para comprar doces! Erick pode fazer isso por nós. – Ryan, desde que ouvira dos amigos que seus pais estariam por lá, sem contar em Hunnigan, fixara a ideia de ir para Hogsmeade primordialmente para espionar tanto seus pais quanto o professor. Coincidentemente, estariam todos no Três Vassouras quase ao mesmo tempo.

- E ainda tem o Mattew. – Ellen lembrou.

- Você acha mesmo que meu irmão vai gastar tempo dentro de uma lojinha de doces? – Ryan retrucou.

- Um lojinha de doces? – Alice questionou o amigo, corrigindo-o logo em seguida. – Não é só uma “lojinha”, Ryan. É uma das maiores loja de doces bruxos existente, e ainda temos a sorte de estar no povoado adjacente a Hogwarts. Mesmo que não queira admitir lá é um dos lugares que mais estou curiosa para visitar...

- Exatamente! – concordou Ellen. – Eu também estou morrendo de vontade de ir, sem contar que poderemos provar a tão famosa cerveja amanteigada.

- Que feio, garotas, uma quer comer doces e a outra beber algo alcoólico. – Nathan brincou com as duas, gerando protestos veementes de ambas.

- O que? Que absurdo, cerveja amanteigada nem tem álcool direito! – Ellen se defendeu.

- E duvido que vocês também não queiram doces. – Alice retrucou, indignada com a brincadeira de Nathan.

- Relaxem, sabemos que suas intenções são puras. – Holy entrou na brincadeira, rindo-se das amigas.

As risadas duraram alguns minutos, porém depois Daniel retomou o tom sério, dizendo:

- Mas nós ainda temos que rever o resto do planejamento... Não é só em Hogwarts que precisamos tomar cuidado.

- É principalmente fora de Hogwarts que as coisas complicam. – Ryan falou. – Primeiro, tem a Dedosdemel. A passagem vai dar no porão nos fundos, no estoque, temos que tomar cuidado ao sair dali.

- Isso mesmo. Albus falou que essa parte depende mais é da nossa sorte. Porém, vamos cedo, para não chegar no horário que a Dedosdemel fica lotada, mal dando espaço para a gente passar. – falou Daniel, retomando o ciclo entre ele e Ryan.

- Porque uma dupla passando com uma Capa da Invisibilidade não é a coisa mais discreta do mundo numa loja onde nem tem espaço, não é mesmo? – Ryan acrescentou. – Quero dizer, fora o fato de que estaremos invisíveis.

- Depois, nos encontramos com Erick, logo do lado de fora da loja.

- “Encontramos”, entre aspas. – frisou Ryan. – Só vamos mostrar a ele que estamos ali, e depois vamos seguir para o Três Vassouras.

- Mas o Erick vai estar sozinho? – interrompeu Alice. – Não seria estranho ele entrar no pub sozinho?

- Tecnicamente, ele estará com a gente, mas, para todos os efeitos, Albus pode acompanhá-lo, sei lá...

- Eu iria sugerir algum amigo do próprio Erick, mas sei que ele não deposita confiança o suficiente em nenhum deles. – Alice falou, e acabou por concordar que Erick iria “sozinho” ou com Albus.

- Então sentamos e esperamos até meus pais ou Hunnigan chegar...

- Beleza até aí. – Daniel falou, interrompendo-se numa nova crise de tosse. Ellen, dessa vez, fez questão de perguntar:

- Está bem, Dan?

- Estou ótimo. – ele respondeu. – Não é nada de mais.

- Trate de melhorar, hein! – Ryan exclamou. – Não vou ficar sob a mesma capa com alguém tossindo desse modo!

Para a infelicidade de todos, porém, a tosse não melhorou.

Ellen aprendera a conviver com a ideia imutável dos amigos, e no dia anterior a visita a Hogsmeade, já estava quase completamente conformada com tal fato. Conversara com Daniel diversas outras vezes, das quais não mais mencionavam a visita. Ela, assim como Alice, manteve-se fora dos planos, a não ser a parte de vigiar os corredores, para não acabarem se metendo em encrencas. Porém, ao conversar com a amiga francamente outro dia, Ellen viu que não era a única que se sentia mal por deixar os amigos irem numa missão que teria mais de 40% de chances de dar errado.

- Você também se sente um pouco egoísta demais por deixarem eles irem? – Ellen perguntara, naquele caso.

- Sim, eu me sinto. – Alice respondeu. – Mas o que podemos fazer?

Ela estava certa. A verdade era que as garotas também gostariam de ir, mas a despeito de todos os perigos já antes citados por elas próprias, não iriam.

Relembrando desses momentos, estava Ellen, andando por um corredor de Hogwarts, carregando pesados livros, a caminho da biblioteca. Ficara de encontrar os amigos para colocarem os deveres de casa em dia.

Porém, não espera por Holy, vindo literalmente correndo pelo mesmo corredor, parando de supetão em frente à Ellen. Ela viera correndo de onde quer que fosse, aquilo estava claro. Além do tudo, ainda parecia nervosa. Ellen se sobressaltou quando notou que era ela ali, dizendo:

- Holy! O que houve? Você está bem?

- Eu? – a garota respondeu, ofegante. Estava um pouco temerosa da reação de Ellen, mas prometera que iria dar a notícia. – Estou, mas o problema não sou eu...

- Então o que é?

- É o Dan! – ela exclamou. – Ele está na Ala Hospitalar, contraiu uma doença que não me recordo do nome, mas não é nada grave...

- Na Ala Hospitalar?! – Ellen repetiu atônita. – Por Merlin, já me basta esse garoto receber um balaço na cara por mim, ainda contrai uma doença! Eu não acredito!

- Venha, eu te levo lá... – Holy olhou preocupada para Ellen. Sabia que toda aquela fúria se devia ao fato de que a amiga na verdade estava morrendo de preocupação. Costumava transpassar seus problemas com altas exclamações raivosas ou indignadas, sempre que podia.

- Isso, vamos, vamos...

Sem perder tempo, Ellen virou na mesma hora e rumou para a Ala Hospitalar, carregando Holy consigo, ambas apreensivas.


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Notas finais do capítulo

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