Little Things escrita por Deh Cullen


Capítulo 3
Capítulo Três - Angel


Notas iniciais do capítulo

Ei, girls ♥ Vim aqui trazer mais desses fofos para vocês. O penúltimo, é D:
Mas enfim... Espero que curtam acompanhar a gravidez da Bella... e se divirtam um pouco com o Edward, haha.
A gente se fala mais na N/A!
Divirtam-se ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/226585/chapter/3

“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.”

(Clarice Lispector)

Os dedos batiam ansiosamente contra o volante do carro, ao ritmo de uma música qualquer que tocava ali por perto. Seus olhos fitavam os carros à frente, para logo em seguida voltaram para o belo relógio que ocupava o pulso esquerdo.

Sete e quinze.

Seu terno já se encontrava fora do seu corpo, jogado de qualquer jeito no banco ao lado. Sua camisa tinha os dois primeiros botões desabotoados, a gravata jazia frouxa em torno de seu pescoço e as mangas enroladas cuidadosamente até os cotovelos. Seus cabelos se encontravam ainda mais bagunçados do que o costume e de minuto em minuto, um suspiro pesado escapava dele.

Bufando pela demora e pelo trânsito intenso, Edward deitou a cabeça no banco do carro, desejando que o trânsito andasse logo.

Seus olhos se fecharam por um segundo, enquanto ele deixava que a melodia calma de um restaurante bem ali perto, tomasse conta dele. Bocejou levemente e chegou a acreditar que tiraria um bom cochilo ali, quando seu celular tocou.

Um sorriso imediatamente tomou conta de seu rosto, seus olhos se abriram rapidamente e ele puxou o celular apoiado no painel.

Porque para tocar Maroon 5 só podia ser sua esposa, Isabella.

- Ei, gatinha – cumprimentou-a.

- Olá! – Ele a escutou rir e imediatamente riu também. Como podia resistir àquela risada contagiante? – Você já está chegando?

Edward se inclinou um pouco e tornou a olhar o trânsito. Suspirou de alívio quando percebeu que começara a fluir, mesmo que de um modo ainda um pouco lento.

- Preso no trânsito – disse-lhe. – Começou a andar agora, então devo chegar em no máximo meia hora, ok?

Ele escutou o suspiro dela e imediatamente desejou estar ao seu lado.

- Tudo bem – disse por fim. – Vou esperar. Dirija com cuidado, senhor Cullen.

Ele riu um pouco.

- Pode deixar, gatinha.

Edward desligou a chamada e logo pôs movimento ao carro, torcendo para que chegasse em casa o quanto antes. Mesmo tendo visto a esposa naquela manhã e na hora do almoço, ele realmente já estava com saudades.

Depois de passarem duas semanas no México, Edward e Isabella haviam voltado há três semanas. Sua esposa agora estava com quinze semanas de gestação e, de acordo com o obstetra, na próxima consulta – dentro de dois dias – eles poderiam descobrir o sexo do bebê.

Edward já havia decidido que queria surpresa. Queria esperar até o momento que seu filho ou filha saísse da barriga da mãe. Porém, Bella não queria esperar. Ficou decidido, então, que sua esposa seria a única que saberia do sexo do filho deles.

Ele sorriu abertamente ao se lembrar do que ocorrera nas últimas semanas. Sua esposa vivia com as revistas Mamãe & Bebê de cima a baixo e era realmente bom ler tudo aquilo. Acompanhar as mudanças do seu corpo, ler sobre tudo o que acontecia com os filhos deles...

Era incrível.

Isabella tinha enjoado bastante até a décima primeira semana, que foi quando as coisas acalmaram um pouco. Sua barriga ainda parecia reta demais, ninguém que não soubesse podia, de fato, afirmar que ela estava grávida.

Só que quando a décima segunda semana chegou, tal coisa mudou. Eles ainda estavam no México e tinham decidido dar uma saída. Isabella fora tomar banho primeiro e logo em seguida Edward. Quando ele saiu do banho, observou a esposa tentando colocar uma calça jeans.

Ela não fechara.

- Acho que estou enxergando uma saliência aqui – murmura a esposa. – Ou será que estou vendo demais?

Deixando a toalha na cama, Edward se aproximou, se abaixando diante da barriga da mulher. Definitivamente, uma pequena bolinha começara a se formar ali.

Os sutiãs dela também aumentaram um número e Bella começou a reclamar de os seios estarem um pouco doloridos.

De volta à Nova York, na décima terceira semana eles voltaram ao obstetra e fizeram o primeiro ultrassom. Mostraram os exames que o médico pedira na primeira consulta e se certificaram de que tudo estava ocorrendo como deveria. A próxima consulta foi marcada para o mês seguinte, dali a três semanas.

E eles poderiam tentar descobrir o sexo do bebê.

Bella foi às compras por volta da décima quarta semana, já que sua barriga começara realmente a crescer e ela perdera boa parte de suas roupas.

E agora, bem, 15 semanas.

- Até que enfim – suspirou Edward, voltando ao presente e virando já na rua da casa deles.

Puxou o controle do portão da casa deles e apertou o botão. Estacionou e saiu do carro, levando o terno, a pasta e o celular consigo.

Assim que colocou os pés dentro de casa, escutou o barulho do piano. Trancou a porta, ativou o alarme, colocou suas coisas no sofá e seguiu em direção ao som do piano.

Apoiou-se contra o batente da porta, vendo sua esposa de costas para ele, tocando e cantando ao mesmo tempo.

Depois que descobrira que o bebê podia ouvir, sua esposa estava sempre cantando. Mais ainda do que antes. E Edward simplesmente amava isso.

- Never alone, never alone. I’ll be in every beat of your heart, when you face the unknown. – Ele suspirou, feliz, simplesmente por estar perto dela. – Wherever you fly, this isn’t goodbye. My love will follow you, stay with you. Baby, you’re never alone.

Edward permaneceu ali, sorrindo. Não interrompeu sua música, porque ele simplesmente adorava isso. Adorava ouvi-la cantar. Comprara o piano como um presente de casamento, assim que descobriu – através de Renée e Charlie –, que Bella não tocara há anos.

- I have to be honest, as much as I wanted, I’m not gonna promise, that cold winds won’t blow. So when hard times have found you and your fears surround you, wrap my love around you, you’re never alone

Então, ele simplesmente não aguentou mais.

Caminhou até o banco do piano e se sentou ao lado dela, arrancando-lhe um gritinho. Isso o fez rir.

- Boa noite, gatinha – piscou. – Cantando para o nosso bebê de novo?

Ela fez um bico.

- Você adora me assustar – murmurou. – E você sabe que sim.

Edward pousou um braço em seu ombro, adorando o modo que seus lábios se juntavam, o modo que seus olhos brilhavam...

Quando ele achava que não era mais possível se apaixonar pela esposa e amá-la a cada dia mais, se via cada vez mais envolvido e se surpreendia com a intensidade de seus sentimentos.

- Desculpe-me por te assustar – depositou um beijo em seu nariz e outro no biquinho que ainda estava em seus lábios. – E como está o nosso bebê?

Ela cedeu, rendendo-se aos beijos do marido e sorrindo.

- Está tudo bem – riu suavemente. – Estou ansiosa para a consulta, louca para saber o sexo do nosso bebê.

Edward bufou.

- Eu vou esperar até que ele ou ela esteja aqui – disse. – Não vá me contar, ok? Respeito sua decisão de saber, mas quero que a senhora guarde esse segredo.

Bella riu e revirou os olhos.

- Claro, papai. – Pôs-se de pé e estendeu a mão para Edward. – Vamos comer, ok? Eu preparei o jantar e um filme para vermos.

Edward se levantou também, ignorando a mão da esposa. Foi até ela e a puxou para seu colo, depositando beijos por todo seu rosto e pescoço.

- Não quero ver filme – resmungou. – Quero jantar e tomar um banho bem gostoso e quente de banheira com você.

Bella riu.

- Oh, Deus – suspirou teatralmente. – Dentro de alguns meses terei duas crianças para criar e cuidar.

- Hei! – protestou ele. – Sou um homem crescido, ok?

Ela revirou os olhos, tentando fazer com que ele a colocasse no chão. Não funcionou.

- Claro – disse. – Um homem muito crescido, que resmunga como uma criança.

Edward bufou e colocou a esposa no sofá, deitando seu corpo sobre o dela.

- Vou te mostrar quem é a criança aqui, senhora Cullen – grunhiu, mordendo seu pescoço.

Bella riu no começo, feliz com aquela brincadeira deles, mas logo seus risos foram se tornando gemidos, enquanto ela se entregava a Edward mais e mais uma vez.

Encontrava-se cada vez mais apaixonada pelo homem que, agora, era seu marido. O pai do seu filho. O homem que a fazia amá-lo todos os dias, sempre mais.

- O nosso jantar... – Bella gemeu por entre o beijo. – A gente tem que...

- Usamos o micro-ondas depois – sibilou ele, voltando seus lábios para o pescoço da esposa, suas mãos já procurando retirar sua roupa.

- Boa ideia... – murmurou ela, puxando-o para outro beijo.

Jantaram bem tarde naquela noite, partindo para o banho de banheira logo em seguida. Horas mais tarde, Edward contemplou o rosto adormecido de sua esposa, com um sorriso no rosto.

Logo se aconchegou contra a cama, puxando-a para si e suspirando.

Ele mal podia acreditar que eles haviam chegado ali. Mal podia acreditar que estavam casados, que seriam pais em breve.

- Eu quero que você seja igualzinho a sua mamãe, ok? – sussurrou, enquanto acariciava o ventre de Bella. – Papai aqui quer muito que você tenha os olhos e cabelos castanhos.

Sorriu para o nada e fechou os olhos, ainda acariciando a barriga de Bella. Por fim, deixou que o sono tomasse conta de si, querendo que a consulta chegasse logo.

Não queria saber o sexo do bebê, mas queria muito ver o bebê novamente, mesmo que por enquanto fosse só aquela imagem que ele não conseguia entender muito bem.

Quando o dia enfim chegou, Bella era a que mais se encontrava ansiosa. Prometera a Edward que não contaria a ele e nem a ninguém sobre o bebê e cumpriria tal promessa.

Mas ela realmente queria planejar o quarto do filho ou filha.

Manteve-se ansiosa durante todo o caminho, balançando a perna de um lado para o outro. Edward sorria ao fitar a esposa pela visão periférica, mas não comentava nada; ela já estava nervosa demais.

Ligou o som do carro, pensando que talvez um pouco de música fosse acalmar a mulher. Não deu certo, porém; ela continuou a balançar a perna de um lado para o outro, respirando fundo.

- Amor... – Chamou-lhe atenção quando estacionaram em frente à clínica. – Respira.

Ela suspirou pesadamente, mordendo o lábio inferior com força.

- Essa ansiedade toda não te faz bem. – Ele acariciou o lábio inferior dela com cuidado, até que os dentes o soltaram. – Então, respire fundo e fique calma, ok?

Ela assentiu.

- Desculpa – murmurou. – É que o bebê pode não colaborar, sabe? E eu realmente quero saber se teremos um menino ou menina.

Edward riu suavemente, afastando uma mecha do cabelo dela para trás da orelha.

- O bebê vai cooperar, você vai ver – piscou. – Mas caso não consiga saber hoje, na próxima consulta você descobre. Ficar ansiosa não vai fazer nosso bebê ser menos tímido, ok?

Isabella tornou a assentir. Edward saiu do carro e deu a volta, abrindo a porta e a ajudando a sair. Bella sorriu de forma nervosa para ele e arrumou a roupa que usava.

- Você está linda – disse. – Vamos?

De mãos dadas eles adentraram a clínica. Eles falaram com a secretária e logo se sentaram. Bella puxou uma revista e começou a folhear sem realmente ver. Só queria que o tempo passasse logo.

Quase meia hora depois, eles enfim foram chamados. Isabella passou por todo aquele processo que já começara a se acostumar: pesar, medir pressão, checar tamanho da barriga. Depois disso, eles se sentavam diante do obstetra e tiravam algumas dúvidas.

- Então... – Dr. Gerandy começou. – Prontos para saberem o sexo do bebê?

Bella sorriu.

- Eu quero saber – disse. – Meu marido não.

O médico riu.

- E como vocês vão fazer? – indagou, ainda sorrindo.

Pelo visto, não era nada incomum os pais terem essas opiniões diferentes.

- Nós vamos ver um pouquinho do nosso bebê juntos. – Edward sorriu só de pensar em ver seu filho. – Depois, se já tiver como saber do sexo, eu vou dar licença da sala e o senhor conta a Bella.

Dr. Gerandy riu mais uma vez, assentindo e se levantando.

- Vamos lá, então – disse.

Edward ajudou a esposa a se deitar e a subir a blusa. Seus olhos de repente se tornaram atentos ao monitor virado para eles e a mão buscou a da esposa, apertando de forma gentil.

Ele se viu com lágrimas nos olhos enquanto o médico ia mostrando cada detalhe do filho deles. Mal podia escutar enquanto ele ia dizendo, somente desviando os olhos para sorrir para a esposa que tinha um sorriso enorme no rosto.

- Oh, acho que alguém aqui não está nada tímido hoje – comentou o médico. – Hora de dar uma saidinha, papai, caso não queira mesmo saber se terá um filho ou uma filha.

Edward hesitou por um momento, mas depois assentiu. Depositou um beijo rápido no rosto da esposa e saiu da sala. Lá, andou de um lado para o outro, até que o médico tornou a chamá-lo.

- Vou dar um minutinho para você e sua esposa – murmurou, sorrindo.

Bella estava com a blusa já abaixada, sentada na maca. Os olhos não desviaram nem por um segundo da tela, enquanto Edward se aproximava. Somente quando ele tocou a mão dela, entrelaçando os dedos, que ela se voltou para o marido.

- Feliz por descobrir o que teremos? – indagou suavemente, enxugando as lágrimas que ela derramara.

Bella assentiu.

- Não vou falar nada, prometo – disse. – Mal posso esperar para preparar o quartinho.

Ele sorriu.

- Só descobrirei quando nosso bebê estiver aqui – murmurou. – Vou esperar, você vai ver.

Bella riu.

- Vai sim – assentiu. – Não contarei para ninguém.

Eles permaneceram ali durante mais alguns minutos antes do médico voltar. Depois de mais algumas dúvidas tiradas, agradeceram pela consulta e marcaram o retorno para dali a um mês com a secretária.

- Você vai voltar para o trabalho também? – Edward indagou.

- Vou sim – suspirou. – Tenho uma reunião daqui a pouco e depois estou livre...

Ele suspirou.

- Você está trabalhando muito, gatinha – disse de forma gentil. – Por que não tira férias e já entra de licença?

Bella negou imediatamente.

- Só consigo tirar licença mais para o fim da gestação – disse. – E eu pretendo tirar férias depois que o bebê nascer... Assim eu fico com ele em casa durante seis meses.

Ele assentiu.

- Só não se esforce muito – pediu. – Quero que tenha uma gravidez tranqüila e saudável.

A reunião de Bella até que fora rápida e ela se viu livre do trabalho faltando duas horas para Edward ir embora. Dirigiu-se, então, até a sala dele e informou que começaria a planejar o quarto do bebê.

- Eu passo para te pegar quando sair daqui – ele disse. – Não compre nada rosa ou azul, gatinha. Eu realmente quero uma surpresa.

Bella riu alto, revirando os olhos. Deu um beijo no marido e saiu da sala. Pegou um táxi e se dirigiu ao shopping. Andou por várias lojas, conversando aqui e ali, tirando ideias, olhando catálogos. Ela queria tudo pronto o quanto antes.

- O pai do bebê não vem ajudar? – Uma das atendentes perguntou de forma gentil, enquanto ajudava Bella a pegar alguns brinquedos e olhar a faixa etária.

- Ah, ele não quer saber o sexo – sorriu. – Ele quer que seja surpresa, então eu organizarei o quarto e ele só verá no dia que eu sair da maternidade.

A mulher sorriu, assentindo.

- É uma boa ideia – disse.

Bella também escolheu as cores do quarto e dos móveis naquele dia. Combinou de se encontrar com a decoradora no sábado, na casa deles, apenas para que ela olhasse o tamanho do quarto e desse algumas ideias para Bella.

- Vou dar um jeito de meu marido ficar fora durante a tarde de sábado – disse. – Eu te ligo assim que combinar tudo, ok?

A mulher, Leah, assentiu, sorrindo. Ela também gostara da ideia de Bella de fazer uma surpresa para o marido.

Por fim, depois de tudo organizado, ligou para Edward e avisara que já tinha terminado. O marido a pegou alguns minutos, surpreso por ela não estar carregando nada.

- Por que não comprou nada? – indagou, quando ela entrou no carro.

- Primeiro quero que o quarto esteja pintado e com os móveis – deu de ombros. – Tenho tempo.

Ele assentiu.

Conforme os dias foram passando, Bella foi mergulhando de cabeça no projeto do quarto do bebê que chegaria dentro de alguns meses. No sábado Edward tinha sido mandado para a casa dos pais e Bella ficou sozinha com a decoradora. O quarto que ficava em frente ao do casal, era de um bom tamanho e caberia tudo o que Bella planejava.

Decidiu praticamente tudo naquele sábado. As cores já haviam sido escolhidas, assim como os móveis. Ela só teve que decidir onde ficaria o berço, o trocador, os brinquedos... A decoradora ajudou, dando sugestões, mas sempre deixando que tudo no final fosse escolha da mamãe.

Quando a visita terminou, Bella voltou ao shopping com Leah e pegou as coisas que encomendara. Os móveis seriam entregues e montados dali a duas semanas, em um sábado, quando a pintura estaria finalizada. Bella teria de mandar Edward novamente para a casa dos pais, já que ele não queria saber o sexo do bebê.

Edward chegou em casa à noite. Passara o dia na casa dos pais, quando tudo o queria era curtir um pouco a esposa. Entendia, porém. Ele fizera a escolha dele, Bella a dela. Teria de esperar alguns meses para descobrira se teriam um filho ou uma filha.

- Amor? – chamou, assim que ativou o alarme da casa.

O primeiro andar estava muito escuro e silencioso. Ele subiu então, sorrindo ao ver a luz do quarto deles acesa. Bella estava ali, um pote de sorvete não mão, os olhos atentos à televisão.

- Ei, gatinha – cumprimentou-a. – Como foi o dia?

Ela desviou a atenção da TV por alguns instantes, sorrindo para o marido. Aceitou o beijo dele de bom grado e se aconchegou em seu abraço forte.

- Foi bom – riu. – Quase tudo pronto. O quarto começará a ser pintado enquanto nós dois estivermos trabalhando, assim eu não sinto tanto o cheiro da tinta e você não fica espiando, os móveis chegarão daqui a duas semanas... Depois de tudo isso pronto, começo a comprar o que falta.

Ele assentiu.

- Tenho certeza de que o quarto vai ficar lindo – sorriu.

Ela riu suavemente.

- E como foram as coisas na casa de seus pais? – indagou. – A gente podia ir almoçar lá amanhã...

- Mamãe está reclamando um pouquinho – riu. – Quer saber por que ela não pode saber se vai ganhar um neto ou neta... Meu pai disse que acha que também não vai agüentar... E Alice, bem, está um pouco emburrada por você não ter contado a ela e pedido ajuda com o quarto.

Bella revirou os olhos.

- Sua família... – suspirou. – Meus pais também não entendem por que eu não posso contar. Mas decidimos assim e assim será. Eles agüentam esperar alguns meses.

Edward riu.

- Claro, gatinha – piscou. – Por que não vem tomar um banho comigo? Depois podemos comer algo e ficar aqui, deitadinhos o resto da noite.

Bella corou. E Edward simplesmente não conseguia deixar de achar tal coisa adorável.

- Tudo bem – disse por fim. – Ah, e temos que começar a pensar em nomes, ok?

- Mas... – começou. – Se escolhermos o nome, eu saberei o sexo do bebê, Bella.

Bella riu, levantando-se da cama. Ela usava apenas um camisão, que mal cobria suas pernas. A camisa era muito larga, então não dava para ver sua barriga de quase 16 semanas ainda.

- Vamos escolher dois nomes – disse, parada em frente da cama. – Um para uma menina, outro para um menino.

Edward assentiu.

- Tudo bem, então.

O tempo parecia passar tão rápido e devagar. O projeto do quarto do bebê ia a todo vapor e duas semanas depois já se encontrava pintado e com os móveis montados. Bella estava com quase dezoito semanas de gestação e não via a hora de ter o bebê nos braços.

No domingo, um dia após os móveis terem sido montados, ela se dirigiu ao shopping mais uma vez, comprando as coisinhas que faltavam para o bebê. Sabia que nesses meses que restavam, voltaria ao shopping muitas vezes para terminar o enxoval, mas já queria começar de uma vez.

No decorrer das semanas, foi comprando uma coisinha aqui e ali, montando o quarto do bebê. Manteve tudo escondido, sempre no quarto que ficava trancado. Edward era responsável por comprar coisas que não era necessário saber o sexo, como fraldas, cadeirinha para o carro...

Eles também escolheram dois nomes para o bebê. Um para uma menina, um para um menino. Bella sorriu com as escolhas, já sabendo qual seria usado dentro de alguns meses.

No quinto mês ela já tinha praticamente tudo aquilo que precisava. Naquele final de semana decidiu ficar em casa, com Edward. Almoçaram fora, foram ao cinema, passearam um pouco. Voltaram para casa no fim da tarde e subiram para o quarto.

- Está fazendo um frio demais... – comentou Bella, se escondendo entre as cobertas.

Edward sorriu, a puxando mais para si, de modo que pudesse esquentá-la.

- Estava com saudades de ficar um tempinho só com você – comentou. – Muita saudade...

Bella ergueu o rosto e os dois começaram a se beijar. Edward a girou na cama com todo o cuidado, passeando a mão pela lateral de seu corpo até chegar a barriga. Ele simplesmente adorava o fato de a barriga de Bella estar cada vez maior, o fato de estar cada vez mais visível que ela carregava o filho deles...

- Hmmm... – gemeu ela, infiltrando as mãos no cabelo dele.

- Temos que aproveitar – sussurrou. – Daqui a pouco nosso bebê vai estar aqui e não teremos todo o tempo do mundo.

Bella riu.

- E depois diz que não é igual uma criança...

Edward riu também, mordendo seu queixo de leve, as mãos subindo de leve pela barriga de cinco meses dela.

Suas mãos subiram, levando a camisa que ela usava junto. Estava prestes a tirá-la quando sua esposa de repente congelou.

- O que foi? – indagou ele, sentando-se na cama. – Está se sentindo mal?

Os olhos dela se encheram de lágrimas, um sorriso nasceu em seu rosto, as mãos tomaram conta da barriga redonda.

- O bebê... – sussurrou. – O bebê se mexeu.

Um sorriso tomou conta do rosto de Edward. Ele cobriu as mãos de Bella com as suas e de repente sentiu; o bebê de fato se mexera.

- Oh... – Ele aproximou a boca do local e depositou um beijo ali. – Você está gostando de ficar aí, bebê? Aposto que sim...

Bella ria enquanto lágrimas escorriam de seus olhos, emocionada demais enquanto o marido conversava com o bebê deles.

- Acho que estamos fazendo a mamãe chorar – continuou, acariciando a barriga gentilmente.

Eles conversaram durante alguns minutos, até que o bebê parou de se mexer. Edward voltou sua atenção para esposa, de repente querendo muito saber o sexo do bebê. Senti-lo se mexendo tinha mexido com ele – e muito.

- Gatinha... – murmurou, deitando-se ao lado dela e fazendo com que ela o olhasse. – Eu acho que não vou agüentar esperar até o nascimento para saber se teremos um menino ou uma menina.

Bella riu alto.

- Não, não, não. – Afastou-se imediatamente. – Fiz uma promessa e vou cumpri-la até o final. Você terá que esperar até o nascimento.

Edward fez um biquinho, mas não discutiu.

Iria ter que convencê-la aos poucos.

Levantou cedo no dia seguinte, um plano montado. Iria pegar a chave que Bella guardara em sua bolsa, espiaria o quarto, trancaria novamente a porta e deitaria, como se nada tivesse acontecido.

Caminhou até a bolsa que a mulher deixara depositada em cima da poltrona e a abriu, com todo o cuidado do mundo. Seus olhos se fixaram na cama e ele suspirou, aliviado; Bella ainda dormia profundamente.

Puxou as chaves dela, sem saber ali qual era a certa, e saiu do quarto, caminhando a passos lentos. Foi colocando as chaves, uma por uma, na fechadura, até que enfim, achou a certa.

Seu coração batia extremamente acelerado enquanto ele girava a chave duas vezes. Estava prestes a girar a maçaneta e acabar com a dúvida que aumenta a cada vez mais, quando ele ouviu um barulho ao seu lado.

- Posso saber o que está fazendo, senhor Cullen?

Virou-se imediatamente, quase derrubando a chave no processo. Isabella tinha um sorriso no rosto e a sobrancelha erguida, o pé direito batendo delicadamente no chão.

Ela caminhou até o marido, a sobrancelha ainda erguida, e estendeu a mão.

- Minhas chaves, por favor – pediu.

Edward suspirou pesadamente.

- Nem uma espiada? – indagou.

Bella riu.

- Não, amor. – Tomando as chaves de sua mão, ela tornou a trancar a porta. – Você que preferiu assim, não foi? Então, trate de esperar os quatro meses que restam.

Edward não soube respeitar tal coisa. A dúvida e a vontade de saber foram tomando conta dele e ele começou a pedir a Bella, todos os dias, que deixasse vê-lo o quarto do bebê.

- Para de pedir, Edward! – Isabella retrucou um dia, começando a ficar estressada. – Você me fez prometer, então para!

Não adiantou.

Ele tentava espiar pelo buraco da fechadura, debaixo da porta, mas não conseguia nada. Nem mesmo um vislumbre do quarto.

Vendo que tal coisa não estava funcionando, ele tentou entrar em contato com a decoradora, disposto a conseguir informações com ela. E não deu em nada também. Ao que parece, sua esposa tinha se preparado para tudo.

- Por que você não me conta? – indagou. – Não é justo eu ter que esperar!

Isabella suspirou pesadamente, deitada na cama. Estava cansada e tudo o que queria fazer era dormir. A reunião que tinha tido naquele dia e tudo o mais tinham a cansado mais do que esperava.

- Por favor, Edward – pediu baixinho. – A gente pode falar sobre isso depois?

Ele imediatamente se sentiu culpado por estar perturbando tanto a esposa. Aproximou-se da cama e se sentou ao seu lado, acariciando seu rosto.

- Eu estou sendo um chato, não estou? – murmurou.

Bella sorriu, depositando um beijo na palma de sua mão.

- Eu sei que está ansioso – sussurrou –, mas eu te conheço. Sei que assim que souber, vai se arrepender. Tenta relaxar, ok? Por favor.

Ele assentiu.

- Vou tentar – prometeu. – Mas eu não garanto nada.

Bella riu, revirando os olhos.

Se ela conhecia bem o marido, ele ainda tentaria descobrir mais algumas vezes o sexo do bebê.

E ele realmente tentou.

Em um final de semana chegou ao cúmulo de pegar uma escada e levar para o lado de fora de casa. Bella pegou Edward subindo os degraus, pronto para espiar a janela do quarto do bebê.

- Edward Cullen! – gritara.

Ele se desculpou durante várias vezes naquela noite, até que Bella enfim parou de ignorá-lo. Seu humor andara oscilando muito e ele se sentiu, mais uma vez, mal por não estar sendo capaz de cumprir sua promessa.

Nos dois meses que se seguiram, Edward fez várias tentativas para adentrar o quarto do bebê. Tentou convencer o médico também a contar a ele sobre o sexo, mas ele somente riu. Quando enfim Bella completou oito meses, ele foi se acalmando e percebendo que sua mulher estava certa.

Se ele tivesse descoberto o sexo antes da hora, acabaria se arrependendo depois.

Aquele mês pareceu ser um pouco mais longo, talvez pelo fato de eles estarem ansiosos. O bebê chutava mais do que o normal e Isabella se cansava mais facilmente. Acabou tirando sua licença maternidade um pouquinho antes do que pretendia, já que todos pareciam estar pedindo que ela fizesse isso.

Ela quase nunca ficava sozinha em casa. Edward estava sempre ligando, Esme, Alice ou Rosalie estavam sempre indo vê-la e passar um pouco da tarde. Conforme os dias foram passando, seu apetite diminuiu e a azia voltou com força total.

Ela preparou a bolsa maternidade e manteve escondida no closet, já que as coisas lá dentro entregavam qual era o sexo do seu filho. A bolsa era branca com detalhes em verdes e amarelos, então quando chegasse a hora de pegá-la, Edward estaria tão nervoso para chegar à maternidade, que não inventaria de abri-la.

E ele também já tinha desistido de descobrir o sexo do filho.

As visitas ao obstetra se tornaram mais freqüentes, assim como as idas ao banheiro. Ela se tornou mais ansiosa, Edward se tornou mais ansioso.

Procurava dar uma volta pelo quintal todos os dias e comer coisas mais leves agora. Não via a hora de seu bebê nascer, não via a hora de tê-lo em seus braços.

E enfim, com quase quarenta semanas de gestação, o grande dia chegou.

Era dia 15 de maio, a tarde, e ela estava se sentindo mais cansada do que nunca. Dormir com uma barriga daquele tamanho parecia impossível, ficar deitada muito tempo na mesma posição sempre lhe dava dores. Então, enquanto Edward estava trabalhando e nas poucas vezes que Esme, Alice e Rose lhe deixavam sozinha, ela ficava no quarto do bebê.

Balançava-se suavemente na poltrona que havia ali, olhando tudo ao redor. As mãos acariciavam a barriga enorme, seus olhos analisavam cada detalhe.

Naquele dia, não fora nada diferente. Encontrava-se no quarto, dando uma volta, quando as primeiras pontadas surgiram. Respirou fundo e continuou a andar, certa de que logo passaria.

Trancou a porta do quarto do bebê, desceu as escadas com cuidado e logo voltou a sentir dor. Sentou-se um pouco, marcando o intervalo entre as contrações. Estavam diminuindo bastante.

Ouviu o barulho da chave na porta e respirou fundo, um pouco mais aliviada. Esme tinha saído a pouco, quando Edward ligara falando que estava vindo para casa.

Escutou a porta se fechar e o marido assoviando alegremente. Ela suspirou, se preparando para uma nova dor. Apertou o sofá com força, mordendo os lábios.

- Gatinha?

Edward a encontrou em meio a uma contração, sentada no sofá da sala. Imediatamente ele largou a pasta e o terno no chão e correu até ela.

- O que foi? – indagou. – O que está sentindo?

Ela respirou fundo assim que a dor da contração passou, fitando o marido com um leve sorriso no rosto. Os olhos de Edward estavam arregalados, as mãos ora na barriga ora no rosto dela.

- Acho que temos que ir para o hospital – sussurrou, não querendo assustá-lo mais do que já estava.

- Hã? – Edward a encarou, o pânico mais do que vidente em seus olhos.

Bella riu, revirando os olhos.

Ela realmente o conhecia bem.

- O bebê, amor – tornou a sussurrar, acariciando o rosto dele de leve.

Edward deu um pulo no sofá, andando de um lado para o outro; suas mãos estavam apertadas no cabelo em puro desespero.

Isabella tornou a abrir a boca, pronta para dizer ao marido que ele poderia surtar depois, já que ela realmente não podia ter o filho deles ali, na sala, mas uma nova onda de dores tomou conta dela, fazendo com que fechasse os olhos e mordesse os lábios com força; um gemido alto escapou de seus lábios.

E isso pareceu ter acordado o marido.

- Oh, querida... – sussurrou. – E agora?

Bella respirou fundo.

- Vá até o quarto – murmurou – e pegue a bolsa branca com verde e amarelo que está no closet. Pegue as chaves do carro e vamos para o hospital.

Edward assentiu, correndo até o andar de cima e adentrando o closet. A bolsa se encontrava ali e ele a pegou rapidamente, já correndo para o primeiro andar novamente.

Com a bolsa no ombro, a chave do carro no bolso, ele ajudou a esposa a se levantar, levando-a com todo o cuidado para a garagem. Ajudou-a a adentrar o carro, colocando o cinto de segurança, colocou a bolsa no seu colo e deu a volta, tentando passar a força e a confiança que ele havia perdido no momento.

Respire, se mantenha são, pensou, tirando o carro da garagem.

Pareceu impossível, porém, dirigir devagar e rápido ao mesmo tempo. Agradeceu ao fato de o hospital só ficar a dez minutos dali de carro.

- Oh, meu Deus! – disse, parado no sinal. – Não avisamos ao médico, Bella, e...

Ela riu, para a surpresa dele.

- Enquanto você foi ao nosso quarto eu avisei ao médico e a seu pai, Edward – disse. – Trate somente de dirigir, por favor?

Ele assentiu rapidamente, as mãos se fechando com força no volante.

Conseguiu respirar de forma aliviada quando parou no estacionamento do hospital, saindo do carro e pegando a bolsa e Bella. Ele por fim a pegou no colo, ignorando seus protestos e adentrou a recepção, pedindo por uma cadeira de rodas.

- O Dr. Gerandy já os espera – disse uma enfermeira a eles, assim que perguntou o nome da mulher.

As próximas horas pareciam ter se arrastado e ao mesmo tempo passado rápido demais. Edward infelizmente teve que se afastar da esposa por alguns momentos, para fornecer todos os dados que o hospital precisava. Sua família foi chegando logo e ele foi informado de que Renée e Charlie estavam a caminho.

Quando enfim Isabella teve dilatação suficiente, foi levada a sala de parto, querendo que toda aquela dor passasse logo, querendo seu bebê logo nos braços.

- Respire, querida, isso. – Edward ia instruindo, quando o médico pedia que parasse de empurrar.

Ela ofegava, respira fundo, apertava a mão que Edward lhe oferecera para apertar.

- Vamos lá, Bella. – O médico disse. – Estou vendo a cabeça. Quando a próxima contração vier, quero que empurre, ok?

Ela assentiu, apertando a mão de Edward com mais força. Ele, com o coração mais acelerado do que nunca, esperou que a nova onda de dor tomasse conta da esposa.

Talvez tenha sido rápido demais, mas ele guardaria aquele momento consigo para sempre. A contração veio, Isabella empurrou e logo ele estava escutando o choro do bebê, alto e forte.

- É um menino! – O médico anunciou, sorrindo através da máscara que tomava conta de quase metade do seu rosto.

Edward se pegou sorrindo e chorando ao mesmo tempo, sem saber o que fazer. O médico teve que chamar sua atenção duas vezes, até que se movesse e largasse a mão da esposa, somente para poder cortar o cordão umbilical.

Ele pegou o filho nos braços, já sendo enrolado em uma manta branca com detalhes azuis e caminhou até a esposa, ainda incapaz de dizer alguma coisa.

Ele era pai. Ele tinha um filho. Um menino.

- Um menino... – sussurrou, sorrindo imensamente e aproximando o filho do rosto da esposa.

Isabella levantou a mão direita e, usando apenas o dedo indicador, acariciou o rostinho do bebê que acalmava o choro aos poucos.

Eles trocaram um olhar apaixonado e trocaram um singelo beijo. O bebê logo teve que ser levado para ser examinado, enquanto o médico terminava de atender a mamãe.

Depois de algum tempo, ela foi levada de volta ao quarto e tomou um banho com a ajuda das enfermeiras. Logo se viu deitada no quarto, o cabelo preso em um rabo de cavalo, o sono tomando conta de si.

- Ei... – Edward adentrou o quarto, sorrindo imensamente ao ver a esposa. – Como está se sentindo, mamãe?

Ela riu suavemente.

- Ei, amor – murmurou.

Edward se sentou na cadeira ao lado da cama, acariciando o rosto de Bella, seu coração cheio de um amor e orgulho tão grandes que ele simplesmente perdeu a voz.

- Você já foi ver nosso filho? – indagou a esposa, seus olhos abrindo e fechando de forma lenta.

- Já sim – sorriu. – Ele é lindo, Bella... Ele é...

Ela tornou a rir, bocejando logo em seguida.

- Eu quero vê-lo – sussurrou.

Edward se levantou, inclinando-se um pouco e depositando um beijo nos lábios de Isabella. Foi um beijo calmo, doce.

- Dorme um pouco, gatinha – disse. – Quando você acordar estarei aqui e você poderá vê-lo, ok?

Ela assentiu.

- Eu te amo demais, Edward. – Os olhos dela já estavam fechados, o corpo relaxando na cama. – Obrigada pelo presente maravilhoso que você me deu.

Ele riu.

- Eu te amo tanto, gatinha. – Beijou-a mais uma vez. – E obrigado a você. Eu não consigo nem explicar o que estou exatamente sentindo agora...

Edward se calou quando percebeu que sua esposa adormecera e depositou um beijo na sua testa, arrumando as cobertas ao seu redor. Observou-a durante alguns segundos, o amor que sentia por ela cada vez maior.

Sorrindo, ele saiu um pouco do quarto, fechando a porta atrás de si. Foi caminhando pelo corredor, sem conseguir parar de sorrir por um minuto, e logo chegando ao berçário.

Quase toda a família estava ali, os rostos grudados no vidro. Renée e Charlie ainda não haviam chegado, mas Edward teve a certeza absoluta de que chegariam logo e estariam também admirando o novo membro da família.

Ele se pôs ao lado do pai, que sorriu para ele e passou um braço nos ombros do filho. Edward acenou para a enfermeira e apontou para um dos berços, para um bebê vestido de branco e azul.

A enfermeira sorriu para ele e ergueu o bebê nos braços, aproximando-se do vidro um pouco. Os olhos do filho estavam fechados, a boquinha se mexendo levemente, uma touca cobrindo sua cabeça.

- Ele é tão lindo... – Sua mãe sussurrou, lágrimas tomando conta de seu rosto.

Edward sorriu ainda mais ao ouvir tal coisa. Seu filho. Seu bebê.

- É mesmo – disse a irmã. – Olha a boquinha dele se mexendo!

Ele sorriu.

- Então, querido... – Esme se virou para Edward, que ainda observava o filho que a enfermeira acabara de devolver ao berço. – Vai ou não nos contar o nome dele?

Edward assentiu ao sentir todos os olhares em si.

- Matthew – disse, gostando de como o nome soava. – Matthew Thomas Cullen.

A família sorriu ao ouvir tal coisa e todos se voltaram para o vidro. Fitar aquele bebê meio adormecido parecia ser a melhor coisa do mundo.

Edward se viu estendendo a mão para o vidro, querendo o filho em seus braços. O amor que sentia por ele já era algo tão grande que ele sabia que faria qualquer coisa por aquele pequeno ser.

O ser que mudara a sua vida. Sua e de sua esposa.

Pegou-se desejando que as horas passassem rápido. Queria que Bella acordasse logo, queria vê-la amamentando o pequeno Matt. Queria ter seus braços ao redor dela enquanto a assistia fazer tal coisa.

Suspirando, ele fechou os olhos por um momento, conseguindo visualizar a cena.

E sinceramente não via a hora de estar junto de sua esposa e seu filho.

Sua família. Ele junto de sua família.

As coisas poderiam ficar mais perfeitas? Edward, sinceramente, achava que não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Ei, ei! E então, o que acharam? Gostaram?
Eu realmente espero que sim, porque eu amei-amei escrever essa coisa linda e fofa ♥ Menino Matt chegou para trazer alegria ao casal. Me diverti escrevendo, principalmente as tentativas do Edward de descobrir o sexo do bebê e no final, quando surtou ao saber que estava na hora de ir para o hospital, hahahaha.
Não me canso nunca de escrever a LT, por ela ser tão levinha e romântica. Mas uma hora tem que acabar, né? Por isso acho que o próximo é mesmo o último, ok? Comentem bastante que logo logo ele chega.
Beso para vocês, suas lindas!
Até o próximo!
N/B: As coisas podem ficar mais perfeitas? Claro que sim, se a Déborah postar essa fic eternamente, tudo vai ficar lindo e maravilhoso.
Enfim, estou tendo que me preparar psicologicamente pra me despedir dessa fic. Amo ela, mas é como a própria Deh fala, nada é eterno. E todas as fics tem que chegar ao fim.
Não concordo, mas enfim (risos).
Não quero falar muito.
Acho que vou escrever mais no próximo, que, pelo visto, vai ser o último. Mas espero que comentem e curtam, porque essa fic merece ser apreciada! ♥
Kisses, Flá