Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 45
Karaokê


Notas iniciais do capítulo

To com vontade de abraçar vocês, leitores. *abraça* Pronto u_u
Eu fiz a ilustração desse cap, mas eu n gostei dela então hoje não tem ilustração >...<'



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─ E-Está tudo bem? ─ Sarah perguntou, mas parecia mais que queria rir do que qualquer outra coisa.

─ Sim... ─ Massageei minha bochecha ─ Por quê vocês estava jogando no pátio? ─ Me dirigia ao cara na minha frente.

─ Desculpa, eu estava quicando a bola no chão, mas o Chad tentou roubá-la e eu acabei atirando em você sem querer. ─ Ele coçava a nuca, meio envergonhado. Me levantei e tirei a poeira da calça.

─ Cara-de-criança, não era você quem devia seguir as regras mais estritamente? ─ Cruzei os braços.

─ Exato, garoto-problema. ─ Ele levou um dedo à minha testa, me cutucando. ─ Estou arrumando a sujeira do clube de basquete.

─ Você também está no clube, Robs? ─ Sarah perguntou, curiosa.

─ Você conhecia ele? ─ Interrompi.

─ Todo mundo sabe quem é o presidente do grêmio estudantil. ─ Sussurrei um "eu não conhecia" e fingi não saber de nada.

─ Hahaha, estou sim. E pode me chamar de Alex. Bom, eu vou indo. Até outra hora! ─ Ele saiu acenando e sorrindo, era uma pessoa cheia de energia.

─ Ser presidente deve ser muito chato. ─ Sentei-me no banco mais próximo, e Sarah fez o mesmo.

─ É, mas alguém tem que fazer. ─ Ela se virou para mim. ─ Seu rosto não está mais vermelho. Dói?

─ Não... ─ Respondi. Olhei no relógio do celular, faltavam poucos minutos para o fim do intervalo. Senti meu bolso tremer com o aviso de mensagem. Dei uma olhada rápida e logo o escondi "Você não vai nos deixar em paz, não é...?"

Quem é? ─ Sarah olhou curiosa.

─ Operadora. ─ Menti, observando o horizonte. ─ Hoje só vou precisar trabalhar uma hora, então às 16:30 eu estou livre, quer ir em algum lugar?

─ Claro! Onde quer ir? ─ Ela tinha ficado animada com a ideia, seu sorriso cobria seu rosto.

─ Qualquer lugar está bom... Quer ir na sorveteria? ─ Sugeri.

─ Sim, vamos sim! ─ E então se agarrou no meu braço. Virei o rosto, constrangido.

Mais tarde, como disse que faria, fui até o telhado para almoçar. Ela foi também. Ainda bem que não nos encontramos com o Robs, não estava afim de ser enxotado de lá.

Na saída, seguimos juntos até metade do caminho, onde supostamente eu seguiria aquela rua até a loja de informática. Mas não... Precisava ter uma última conversa com alguém. Na verdade, eu teria folga o dia todo, mas menti para ter tempo de ir até a casa da Sarah.

*toc toc*

─ Quem é? ─ Uma voz grave soou do outro lado da porta.

─ David Bekner. ─ Respondi, tentando parecer o mais educado possível (o que seria um desafio com aquele homem).

─ O que quer? ─ A mesma voz grave soou novamente, ríspida.

─ Precisamos conversar.

─ Não tenho assuntos com você. ─ Depois pude ouvir passos no chão, de dentro da casa.

─ Ao menos esteja lá amanhã! ─ Gritei, sabendo que ele ouviria, e caminhei embora. Talvez eu tenha calculado mal o tempo. Bom, eu tinha uma hora para vagar por aí.

"Mas o que eu poderia fazer...?" Olhei em volta, procurando onde ir. Avistei um daqueles karaokês pagos por hora. "Hm... Posso chamar a Sarah pra vir aqui ao invés do sorvete...". Procurei mais um pouco, comprei uma lata de refrigerante e fiquei olhando um pequeno rio com carpas, de cima da ponte. Estava uma brisa agradável, e o lugar estava relativamente calmo.

Continuei andando, sem olhar para frente, e sem querer esbarrei em alguém. Dei um passo para trás, e olhei para cima.

─ Hey! Joe! O que faz aqui? ─ O reconheci imediatamente.

─ Epa! Como vai David? ─ Apertamos as mãos, em cumprimento.

─ Faz um tempo que eu não te vejo. ─ Sorri, e coloquei as mãos nos bolsos.

─ É verdade, eu nunca pensei que chegaria o dia em que você se livrasse das minhas consultas hahahaha ─ Ele riu, e eu acabei rindo junto ─ Mas e então, tem progredido ou regredido?

─ Ah... Acho que regressão não foi.

─ Conte-me os detalhes! ─ Sentamos em um banco e, mesmo que hesitante e recusando-me a falar algumas coisas no início, o expliquei tudo o que acontecera nos últimos tempos, resumidamente. Sua cara de surpresa estava evidente.

─ Nunca pensei que evoluiria tanto em tão pouco tempo. Vou ter certeza de recomendar a Sarah para uma faculdade psicológica... ─ Comentou, pensativo.

Como tínhamos muito assunto, conversamos por um bom tempo. Tempo até demais, pra falar a verdade.

─ Droga, tenho que ir! Vou me atrasar! Até mais Joe, vejo você por aí! ─ Me despedi às pressas, e fui correndo para casa. Atravessei a rua correndo, quase causei um acidente, mas detalhes à parte...

Cheguei em cima da hora. Cansado e ofegante, mas em cima da hora. Fênix veio logo me saudar com lambidas, e um arranhão acidental. Entrei e subi as escadas, para tomar uma ducha rápida. Sarah também aproveitou para fazer o mesmo, no banheiro do andar de baixo.

─ Então vamos na sorveteria mesmo? ─ Sarah perguntou, para confirmar, um pouco antes de sairmos pela porta.

─ Eu passei por um karaokê. Era bem barato, não quer ir lá?

─ Uhuuu! ─ Ela levantou os braços para o alto. ─ Fazia tempo que eu não ia num desses! Vamos vamos vamos!

A garota saiu em pulinhos alegres, feliz, e eu fui logo atrás. Eu havia lido em algum lugar que era educado o fazer, então acabei pagando tudo. Ficamos lá por um bom tempo, só fomos sair depois das 8 ─ Minha voz que o diga, no dia seguinte eu estava completamente rouco.

Mesmo que fosse perto de casa, era de noite, e para prevenir qualquer coisa, pedi para o meu pai vir nos buscar. Dá pra imaginar, né? Ele ficou com todo o seu papo de querer nos juntar(ele ainda não sabia de nada, mas eu sabia que iria descobrir mais cedo ou mais tarde).

─ Tô te falando, Sarah, você deve ser muito especial. A última vez que esse cara aí foi em um karaokê foi aos 5 anos, um pouco antes da mãe ir embora. Depois disso, ele ficou birrento e nunca mais quis ir em um. Estou surpreso de, por livre arbítrio, ele querer ir com você. ─ O homem falou, e eu gelei imediatamente. Senti minhas bochechas corarem levemente, e fiquei encarando a janela do carro.

─ Sério? Gostei de saber disso, fiquei feliz. ─ Ela afagou minha cabeça, e ajeitou-se no banco, com um sorriso e também corada. Meu pai sorriu. Maldito, sempre planejava esses momentos.




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Notas finais do capítulo

E OMG, ACABEI DE VER, OUTRA RECOMENDAÇÃO! GENTE, 8 RECOMENDAÇÕES!!!! AMO VOCÊS, DO FUNDO DO CORAÇÃO!
Ainda vou te fazer um cap especial, viu, Rachel Sales? Recomendação super linda *-* Você também comentou bastante, valeu mesmo!
Viu, meu pressentimento do início do capítulo estava certo. Eu estava com vontade de abraçar vocês, e quando terminei de escrever tinha uma recomendação lá.
OBS: E a média de reviews tá em 5,3!
Obrigada mais uma vez! o/
~Aya