Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oie povão! E aí, tudo bem com vocês? Vamos lá, nayhachler, a ação infelizmente só vai dar pros próximos, porque na Capital não tem barraco. Mas depois vai dar tudo certo, ok? Clovely Fuhrman... Ai meu Deus, eu ainda estou xonada no seu Review, muito obrigada mesmo, te amo! CindyRiddle, sim, adorei a ideia da fic, mas só acho que quando eu for colocar a mão vai dar dar merda, eu só escrevo merda, melhor tomar cuidado comigo (ui ui ui). Valentina Kim, continua aqui, please. Não volte a ser fantasminha. Então, tenho agradecimentos á muitas outras pessoas lindas, amiga, divas e fofas, né não? Tenho sim, então AMO VOCÊS E MUITO OBRIGADA! Me aguentaram naquele meu dia deprê, very thanks. Torçam para eu passar em matemática, viu? Aí eu posto mais frquentemente! E sabem porque eu to falando isso aqui? Porque eu falei isso na última prova e deu certo! Então, a macumba/vodu de vocês deu certo kkkkkkkkkk.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/224499/chapter/32

Dessa vez acordo por vontade própria. Bocejo, estico os braços, checo Cato e vou tomar banho. Talvez essa minha lista de atividades dê certo de algum modo, penso quando estou penteando meu cabelo molhado de frente para o espelho. Grito a minha equipe com a porta entreaberta, esperando que eles me entreguem o vestido e me arrumem totalmente.

E assim eles fazem. Alexander não pára de tagarelar sobre como eu estou ainda mais magra do que quando voltei dos Jogos e sobre como eu sequer converso direito com eles.

–O.k, vou conversar com vocês agora. –digo, revirando os olhos e sorrindo. – O que aconteceu de interessante nos Jogos? Alguém morreu?

Olha, isso soa MUITO mesquinho. Falar de mortes como se fosse algo banal e rotineiro. Mas eu não conheci outra forma de referir á elas. São mortes. Escuras e dolorosas como sempre. Mas são mortes dos Jogos Vorazes. Doloridas para quem conheceu.

–Morreram a.... Ah!, quase ia me esquecendo, O Haymitch queria falar com você. Estava acordado aqui mais cedo, só que você não. Então ele disse para você andar logo.

–Ah, claro. Quem morreu?

–Gloss, Wiress e o cara do 10. E tinham aqueles outros que você sabe...

–Gloss? O Gloss morreu, como assim?! E a Wiress... –eu interrompo Flerwy.

–Eles descobriram que a Arena é um relógio.

Espera, eu não dormi tanto assim á ponto de descobrirem tanta coisa. Como tanta coisa pode mudar em menos de sete horas?

–O que? Como assim um relógio?

–A cada hora, como em um relógio, alguma coisa terrível acontece. Aquele gás, por exemplo. O raio, os bestantes macacos, a chuva de sangue...

Não, eu não estou entendendo. Talvez quando eu sair daqui Haymitch possa me esclarecer isso.

–E como eles morreram?

–Bom... Acharam eles. Eles, o Cato, a Katniss... São os Carreiristas, afinal! –prefiro não falar que Cato e Finnick também são. –Enfim, houve uma batalha. E eles acabaram morrendo.

–Então sobraram só Layran e Cashmere dos Carreiristas?

–Só. Cashmere está em uma espécie de depressão raivosa. Chora e rugi, como se lembrasse do Cato matando o Gloss.

–Foi... Foi o Cato que matou o Gloss? –eu pergunto, hesitante, coçando a bochecha, nervosa.

–É. Layran saiu correndo quando viram que iam perder. Cashmere ficou um pouco mais, encarando Cato, chorando e serrando os dentes. Depois saiu correndo.

–Gloss ainda estava com a perna ruim?

–Talvez. Mais ou menos. Fraquejava um pouco quando corria, mas nada alarmante.

–E a reação das pessoas? Como foi?

–Ah, não sei, Clove. Não desci pra ver, mas imagino que não queria perder nenhum dos dois. Nós temos carinho pelos irmãos do 1. Ou tínhamos. Mas jamais esqueceremos os Carreiristas amantes do 2, também adoramos vocês.

–Então tem uma espécie de impasse? –eu pergunto, querendo esconder meu rosto nas mãos. Eu avisei para Cato, evite matar, não se dê ao luxo disso. Ele não podia, eu disse para ser amigo!

–É, quase isso. –ele fala, torcendo a boca e fazendo que sim com a cabeça. –Pronto né, meninas? Não, espera, Willen, prende mais essa parte aí.

Ela demora um pouco para entender onde Alexander quer que ela prenda mais meu cabelo. Finalmente ela compreende e eles acabam.

–Agora você vai tomar café e depois pode ir ver o Haymitch. –Alexander diz como se eu fosse um bebê, me oferecendo um braço que eu aceito.

Nós nos sentamos á mesa e eu começo a me forçar a colocar algumas coisas mais leves para dentro. Logo Justin chega, seguido da sua equipe, também arrumado.

–Ah, Clove. Bom dia. Há quanto tempo que não te vejo nessa mesa. Como vai? –ele diz, puxando uma cadeira e se sentando despretensiosamente.

–Hum, bom dia, Justin...

Antes que eu possa continuar ele me interrompe, sacudindo a cabeça e me irritando.

–Essa última pergunta foi bem idiota. Lógico que não está bem.

–Tem razão, foi idiota. –eu respondo sem expressão, pronta para ignorá-lo como sempre.

Ele sorri maldosamente.

–Viu o que Cato fez? Matou o garoto do 1. O que achou?

Trinco os dentes, mas respiro fundo e o encaro. Ele me olha com desdém e raiva.

–Eu sei o que Cato fez, obrigado por se preocupar.

–Eu não estaria tão seguro, você viu a confusão que um simples ato causa. –ele diz, sarcástico, de forma superior.

Sinto a tensão das pessoas restantes da mesa.

–Escuta, o que você quer? Apenas me fala.

–Nada, Clove. Só estou falando ué. –ele dá de ombros. Começo a xingar mentalmente.

–Tudo bem. E os Patrocinadores da sua mãe?

–Bem, também. Mais para Cashmere, mas estão gostando de ver minha mãe ajudando ela. E os do Cato?

–Muitos. Está tudo maravilhoso.

–Só não com você. Fala sério, você gritou a noite inteira. –então o objetivo dele ao sair da cama hoje foi me irritar. –Imagino que seja difícil quando há mais de um ano não passa uma hora separada do Cato, mas tem que aprender que nem sempre vai ter alguém vai te manter ocupada de noite. –ele diz, erguendo o rosto do prato para mim, com um sorrisinho. - A não ser o sobrinho do Snow, porque pelo que eu sei...

Minha mão passa instintivamente pela minha coxa, sabendo que não coloquei a faca. Apenas para que eu me lembre de sair para ajeitar a faca. Com os olhos nos dele, ergo a minha mão na mesa e pego a faca mais afiada. Não é grande coisa, mas é o que temos aqui na Capital. Quando vêem minha mão nela, a reação é coletiva. Todos suspiram e recuam, incluindo Justin, que arregala os olhos.

–Tem tanto medo assim? –pergunto, rodando a faca na minha mão. –Só estou vendo, não vou te esfaquear ainda. –embora não saiba o quanto adoro imaginar isso. –E engraçado essa coisa de “se manter ocupado de noite” e aquela menina dos cabelos coloridos? Deveria chamar ela pra ver se assim fica com menos medo. Está meio fora de forma, não é? Se surpreendendo fácil demais.

Eu empurro a minha cadeira e ando até o meu quarto, com a faca na mão, fechando a porta. Como ele pode fazer isso? Não é possível que até o começo desse ano eu confiasse nele. E ano passado eu cheguei a comentar com ele sobre Cato e agora... Agora ele além de me chamar de vadia com essa coisa de se manter ocupada de noite, joga sujo envolvendo os Snow.

Faço o que vim para fazer e prendo a faca na minha coxa. O que eu gostaria de ter feito? Esfaquear até o sangue dele manchar a toalha branca da mesa. Como ele pode trair o 2 assim? Escolher a Capital ao invés de mim? Certo, até nas mais bonitinhas declarações de amor eu sou tida como sarcástica e geniosa, mas nunca fiz nada além disso para ele. Algumas brincadeiras maldosas, talvez, mas não insinuei que a mãe dele era uma vadia, como ele insinuou para mim, nem brinquei com coisas sérias como os Snow.

Eu de certo tenho pouco tempo até eles perderem a paciência e cansarem dos meus joguinhos. Honestamente, não sei como ainda estou aqui ilesa. Nem sequer faz sentido, mas não é sobre isso que vou questionar, não é?

Hoje meu cabelo está preso em um rabo de cavalo cheio de ondas. Escovo meus dentes e rumo para a sala, onde todos continuam comendo.

–Alexander, onde Haymitch está?

–Ah não sei, talvez no andar do 12, querida.

–Aonde você vai, Clove? –Justin fala. Já comentei o quanto é difícil para mim ter alto controle.

–Isso não é da sua conta. –falo, sem olhar para ele, olhando fixamente para o botão do elevador e o apertando com força repetidamente.

–Me espera, então. –ele fala, sem expressão, ainda comendo.

–Não! Qual o seu problema, você é doente?! Porque está fazendo isso?! Alguém te pagou para me perseguir é isso?! –eu berro, fazendo todos se virarem para mim. –O que estão olhando?, é só mandar esse doente mental calar a boca e eu paro!

O elevador chega e eu aperto o botão do 12 com brutalidade, respirando de forma descompassada e apertando a faca. Pressiono meu lábios e tento me forçar a pensar em outra coisa. Mas tem coisa errada aí. Justin não é um doente mental, está fazendo isso com algum propósito.

Quando chego lá finalmente pareço alguém normal, sem estar vermelha de raiva. Minha mão sobre a faca relaxa e eu rumo para a porta. Quando chego, Haymitch está sentado no sofá, conversando com Plutarch de forma séria.

–Ah, Clove! Só faltava você! –Plutarch fala, erguendo os braços e sorrindo. Sorrio discretamente e me junto á eles. –Estávamos apenas te esperando para que possamos dar uma volta, quero lhe mostrar direito os monumentos da Capital. Na Turnê tudo é muito corrido, não é mesmo?

–Ah... É, é sim, será um prazer. –eu falo, sem expressão, sabendo que vamos para algum lugar tratar do assunto que tanto me incomoda. –E os Patrocinadores, Haymitch, devemos mesmo ir, deixá-los sem ninguém?

–Ah sim! Plutarch conseguiu com que um amigo dele tomasse as rédeas caso alguma coisa acontecer. –ele me responde.

–Bom, então vamos. Mas eu me arrumei á toa?

–Ah não. Ainda temos um dia inteiro pela frente...

Fazemos o mesmo caminho de volta ao térreo e seguimos Plutarch para um bar da Capital. Aquele mesmo das plumas cor de rosa. Talvez minha expressão não ajude, mas poucas pessoas vêem falar comigo. Ou talvez tenha sido a morte de Gloss.

Assim que nos sentamos, eu abordo esse assunto com Haymitch.

–O que aconteceu direito? Estão com raiva do Cato ou coisa assim? –eu falo diretamente para ele.

Haymitch suspira e olha para Plutarch.

–Bom. Não. Com raiva não, mas...

–O que aconteceu, então?!

–Os Carreiristas deram de cara com eles, começou uma luta. Beetee e Peeta não participaram, claro, por isso Cato teve que ajudar Katniss, que queria matar Cashmere, porque ela matou a Wiress. Só que Gloss entrou no meio deles e ia enfiar uma espada em Cato, ele teve que agir. Johanna conseguiu abater o 10 e foi para Layran. Quando Cato matou o Gloss, tudo parou. Sobraram os cadáveres e as que sobraram saíram correndo.

Gostaria de saber para que o Conquistador serve. Fazer a Katniss dormir? Droga, uma pessoa não pode ser tão inútil assim o tempo inteiro. Nem Glimmer era assim! O cara tem força, é enorme, não há porque não agir nunca, ficar dependendo da Katniss pra tudo! Beetee nunca foi grande coisa, entendo, mas chega a ser exagero essa coisa do Peeta!

–Defesa? Ele matou o Gloss por defesa, então? –já que Peeta é incrível demais para salvar a própria vida.

–Foi. Só estão chocados. Até eu fiquei, ele era forte. –Plutarch comenta.

–E essa coisa do relógio? Como assim?

Eles devem achar muito irritante uma mentora não estar assistindo os Jogos nos momentos mais importantes, mas sempre que assisto não acontece nada relevante e não posso madrugar na televisão. Entretanto me explicam direito e é a explicação de Alexander na essência.

–Isso é terrível, é... –eu fico se palavras. Com alguém pode pensar nisso assim, do nada? Se eu estivesse nessa Arena ano passado, sequer me preocuparia em matar, o lugar em si é um assassino potencial.

–É, é, tudo isso mesmo. Mas agora vamos conversar sobre o assunto principal. –Haymitch me interrompe, se curvando sobre a mesa, para abafar ao máximo a conversa. – O dia do resgate. Temos que acertar tudo.

–Tudo bem. Podemos conversar.

O combinado será agirmos com pães enviados como dádivas. Finnick foi instruído sobre o esquema, que contará a hora e o dia do resgate. Contando com quantidade, número do distrito e etc. Beetee deve cuidar da explosão da Arena, que será o principal sinal do início da Rebelião. O plano é salvar o máximo de tributos possíveis.

–Olha. Eu espero que consigam salvar todos. Mas eu não me importo realmente se conseguirem salvar o Cato. E ou é isso, ou nada feito.

–Então é isso. Saberemos que ele é essencial para isso. E quanto á você, Clove, não vai ser possível sair dois minutos antes da explosão. Você tem uma multidão do 2 para convencer antes deles decidirem acabar com ele. –Plutarch diz.

–O que? Como assim?

–Você vai sair mais cedo, uma hora, talvez, secretamente. Vamos cortar a luz do 2 e colocar na TV um anúncio para seguirem para a praça, onde você estará. Convencerá eles e rumarão para o aerodeslizador que levará para o 13. Todo mundo do 2, sem exceção. Desconfiamos que eles não pouparão ninguém que já teve contato com você ou com Cato e precisamos do povo de lá.

–Tenho minutos para convencer a maior multidão de Panem de trair a quem eles confiam e assim escapar da morte, é isso?

–Isso mesmo. Tem que ser bem feito, a evacuação deve ser precisa. Armas de grande potencial serão levadas com a ajuda dos nossos homens do 13.

–E então o pessoal da Arena chegará lá no 13 em quanto tempo?

–Pouco tempo depois, isso é certo. Talvez 1 ou 2 minutos.

E existe apenas 2 dias para tudo isso. Dois dias para Panem nunca mais ser a mesma.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Povão, sacaram que essa fic já tá quase no fim né? E aí, sugestões para a próxima? A gente podia seguir a linha e colocar o nome com relação ao último, que nem foi feito com a outra né? Saibam que mesmo a crise (??) tendo passado, ainda não estou satisfeita com os fantasminhas que teimam em não aparecer. Bora meu povo, vergonha pra quê?, I love vocês e cês sabe, fala aê (caipirox)! A ameaça do hiatus da fic, ainda paira, não parem de comentar, não. Então é isso, beijos sabor Nutella, my babies.