Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Hum... Oi! Então, desculpa. Não postei no domingo, como eu prometi. Foi mal, foi péssimo. Sabe o que é? Tentei escrever, mas não tive inspiração e nem vontade. Mesmo porque estou muito, muito chateada. Eu sei que ninguém tem obrigação de deixar Review, mas eu realmente não entendo o motivo de não deixarem. Eu já disse que podem me dizer o que está errado, eu nunca respondi ninguém mal, cara. E acolheria com facilidade a ideia ou a crítica. Educada. Porque se for barraquear, barraqueio de volta. 4 Reviews, mais 1 de uma leitora nova. 5 Reviews para 65 leitores, esses são os números do último. Review não é tão importante quanto uma Recomendação, ou uma favoritação. É só um Review falando sua opinião(Pra você. Pra mim importa muito). E marcar pra acompanhar é só uma forma de facilitar pra todo mundo, porque um tanto de gente que deixa Review não marcar pra acompanhar que eu sei. Eu vi. E aí complica não acha? Ah, não estou inspirada então está bem marmota e meloso.



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Passo mais um tempo olhando aquela cena estranha. Com todo esse liquido semelhante á angue se espera que ela estivesse quase morta.

Aproximo meu rosto do relógio para escutar melhor.

–Então eu peguei Pancada e Faísca pra ela. –Johanna fala, apontando com a cabeça para Katniss que cuida de Wiress de um modo estranho.

–Hum. –Cato responde. –E porque estão desse jeito? E Blight?

–Começou a chover sangue! A gente não conseguia ver nada com toda aquela coisa vermelha caindo em cima da gente, então ele saiu andando feito um tonto e atingiu o campo de força.

–Sinto muito, Johanna. –Finnick diz.

Ela fala alguma coisa sobre como ele não era grande coisa e tenho que concordar. Não era mesmo. Se não peguei nenhuma informação sobre ele é porque nada relevante ele fez.

Eu sei, isso vai soar egoísta, mas estou ficando entediada. Veja bem, ficar o dia inteiro vendo pessoas se degradando e morrendo no calor não é tão divertido quando parece, embora eu continue preocupada.

Estou em um impasse na decisão de querer continuar entediada ou não, já que nos Jogos ação significa morte. O que me leva a questão principal de querer ou não querer mortes. Seria cruel desejar a morte de conhecidos, mas tudo ficaria mais limpo e fácil para o 13. E Cato estaria aqui mais rápido.

Suspiro e volto meus olhos para a janela mais próxima. Já é noite. E eu realmente preciso descansar. Sei que parece injusto Haymitch ficar o tempo inteiro aqui enquanto eu já saí várias vezes. E é. Mas ele é veterano nisso e aposto que do jeito que vai nem faz ideia de que horas são agora. Fora que ele nem dorme a noite.

–Haymitch. –eu o chamo, o cutucando levemente. Ele estava conversando com uma mulher e se virou para mim com uma cara de... de ressaca. A cara de sempre.

–O que foi bonequinha? Me incomodando de novo hã? –ele diz, apontando um dedo para mim com um sorriso. Devo levá-lo para cima e o tirar dessa situação absolutamente constrangedora, porém não aposto fichas em quem não aposta em mim. Portanto, ele continua cuidando do tributos, bêbado ou não. Katniss ficou viva e pelo visto ele é realmente inteligente com essa coisa de dádivas. Bêbado ou não.

–É, eu... –recuo um pouco e pigarreio. –Vou ter que sair. Você pode assumir agora á noite?

–U-hum... Eu posso sim, agora me deixe conversar, querida.

Olho para os lados para ver se alguém viu isso. Não, ótimo. Realmente não agüento mais ficar aqui. Eu não posso ficar vindo pra cá, não consigo. Talvez se eu ficasse sozinha lá em cima, mas...

Tudo aqui me faz sentir culpada. Toda vez que um canhão soa, eu passo a acreditar que essa coisa do 13 é idiotice. Eu só não sei mais o que pensar, como agir, como reagir a isso tudo. Eu arranhei o rosto do presidente, ele prometeu vingança. Meu noivo está na Arena, ele vai sofrer. Minha família não sabe de merda nenhuma, vai pagar. E eu... Pagando mais do que eu estou... Não sei não.

Tenho certeza que não deveria ter feito isso. Eu não sou confiável, não tenho firmeza alguma. Uma pessoa que praticamente cospe na cara do maior assassino que não está nem aí pra ele não deveria estar encolhida no quarto de pijama, no lugar em que praticamente todos a querem morta. Eu deveria estar agindo. Mas eu não quero agir. Estou cansada disso tudo. Eu queria saber pensar um pouco mais.

Estou mais perdida do que nunca e só tenho 17*. Quando eu era mais nova, sabia que eu tinha que aprender a matar pessoas. Eu tinha que ser uma Carreirista, tinha que saber me defender. E sabia que eu não gostava e nem concordava com isso. Mas estava lá, fazendo o que eu sabia. Depois soube que eu ia ganhar os Jogos e começar com essa estória de amor. Deu certo pra mim, venci. Deu certo pra eles, me apaixonei.

Agora não tenho mais certeza se deu tão certo pra mim assim. Agora sei que querem me matar e mais todo mundo que tem a mínima relação comigo. E eu não posso fazer nada a não ser contar com o 13. E essa sensação de impotência, de garras me prendendo, me sufoca mais do que as mãos do presidente. Não sou tão forte á ponto de me ouvirem. Não sei manipular ninguém.

Eu não fui programada para isso. Eu só uma Carreirista do 2. Não fui criada para desafiar governantes nem para liderar rebeliões. Se eu pensava nisso tudo quando eu era mais nova? Sim. Mas não sei colocar em prática, não trabalho com armas na cabeça.

E isso tudo é uma droga. Porque eu sou dramática demais para colocar os pensamentos em ordem e parar isso tudo.

O.k, primeiro passo, dormir. Amanhã conseguir patrocinadores e combinar com Haymitch o resgate. Depois continuar aguardando. Não provocar Snow. Esperar.

Fecho meus olhos e logo imagens de Cato na Arena perpassam pela minha mente. Ele está correndo de bestantes com Katniss e Peeta. Eles alcançam uma árvore que serve de abrigo e Finnick está lá em cima, chorando no cadáver de Mags. Porém quando os vê estende a mão. Peeta sobe primeiro, depois Katniss. E quando Finnick estende o braço para Cato, Katniss o impede, prendendo seu braço.

Abro os olhos xingando Katniss terrivelmente, ao ponto que minha mãe diria que iria lavar a minha boca com sabão se eu continuasse desse jeito. Mas é só um pesadelo, mesmo eu não me recordando de dormir. Por garantia, ligo a televisão. Um pouco sombrio ver os Jogos no escuro no meio da madrugada.

Mostram os outros tributos, insignificantes para mim e voltam para Cato. Agora está de noite lá também. Mas não tão tarde quanto aqui, visto que ele acabou de assumir o primeiro turno de vigia.

Todos estão dormindo, perto da praia. A aliança aumentou consideravelmente. Temos Johanna, Wiress e Beetee. Ele está apoiado em uma árvore próxima, um pouco distante dos outros, com a cabeça virada para cima. Deve estar pensando em alguma coisa. Ou talvez... Exercendo o papel que combinamos, pensando em mim.

Anda Cato, vamos lá, faça alguma coisa melosa ao extremo. Grite que me ama, fale sobre mim com alguém, desenhe meu rosto na areia. Porque é o único jeito que conheço para durarmos até o fim disso, querido.

E ele puxa da gola da camisa o meu colar. O desabotoa e fica o olhando por um tempo. Por um instante achei que ele fosse tirar e o jogar longe. Mas o que eu estava pensando? Ele não faria isso comigo. Bom, pelo menos comigo não.

E permanecemos assim. Ele do outro lado, olhando para o colar e eu olhando para ele daqui. Bonitinho o suficiente não é? Uma onda particularmente forte aparece e eu tremo pensando do que Snow disse “Dois passos e uma enchente vem e Cato morre”.

Mas só o que ela faz antes de se desfazer é acordar Finnick.

Ele abre os olhos assustadoramente verdes lentamente, e como se tivesse se assustado levanta. Olha para os lados por um tempo e sua expressão brilha em reconhecimento quando vê Cato sentado na árvore.

Ele cambaleia por causa do sono até Cato e se senta do seu lado, sem sequer fazer barulho. Ele vê o brilho do colar e se vira.

–O que é isso? Sua lembrança, você trouxe?

Cato finalmente parece perceber a presença de Finnick e acena afirmativamente com a cabeça, olhando para o outro.

–É. É o colar da Clove.

–Posso ver? –Finnick diz, estendendo a mão. Cato ergue as sobrancelhas e o passa. Ele coloca na luz da lua e o analisa.

–Ela me deu quando eu estava vindo pra cá.

–Imagino que sinta falta dela. –Finnick diz, o devolvendo o colar.

–Muita.

–Eu sei como se sente. Há tempos, eu... –ele desiste de falar o que quer que seja e sacode a cabeça, com um sorriso cansado. –Esqueça. Eu já comentei a coisa sobre a Clove me lembrar alguém que eu gosto muito não é? Mas como ela é na personalidade?

E o porque disso? Por algum motivo, Finnick Odair está nos ajudando. Olha, Cato não poderia ficar falando sobre coisas românticas sozinho. Precisávamos de alguém para puxar o assunto. E ele por algum motivo quer ser esse alguém, que nos ajuda muito.

Cato parece pensar nisso pela forma que ergue as sobrancelhas e estreita os olhos. Sabemos que ele sabe do resgate, mas não lembro de ter pedido ajuda explicitamente para ele. Não sobre isso.

–Ah... A Clove era... É. É incrível. Ela é bem geniosa e sarcástica. Não são características de alguém legal, mas ela é bem doce. E é generosa também, mas é só quem ela gosta. Quando não gosta ela é de geniosa para pior. Ela é engraçada, é... Todo mundo sabe que ela é linda.

–Ah, alguém está terrivelmente apaixonado. –Finnick ri, sendo pouco discreto e colaborando com a claridade denunciadora de posições da lua na Arena. –É, deve gostar muito dela.

–Cara, eu amo ela. Fico admirado quando penso que nem ia conhecer ela se não fosse tudo isso. Conhecer eu conhecia, mas...

O que penso disso tudo?... Legal. Quer dizer, é legal saber que... Bom, eu.. Nem sei o que falar, na verdade. Ah, é bonitinho, pronto.

–Talvez elas não se pareçam tanto assim. Ano passado eu assisti os Jogos de vocês. A Clove era bem dura na queda. E mantive essa impressão dela até o dia do desfile, quando vocês desceram. De início eu tinha dito só por causa do cabelo, pra puxar assunto, mas aí... Aí eu fiquei impressionado quando vi ela de canto de olho e achei que era outra pessoa. Quando ela veio correndo e pulou no seu pescoço.

–Ah, aquele dia... Do vestido rosa com os babados não é?

–U-hum.

Acabo ficando confusa. Finnick contou daquela coisa da Annie. Mas tecnicamente ele está jogando, e como falar de coisas assim quando...

Suspiro pesadamente. Mais confusão. Pelo menos sei que Cato não me esqueceu. E porque exatamente estou falando isso? Como soou ridículo, céus...

–Bom, eu realmente sei como se sente. E ela também. Sinto muito.

–Ah, ela tá bem. Sempre dá um jeito, deve estar o.k.

Finnick já foi mentor de Annie. Se já gostava dela naquela época deve saber mesmo. E, bom, Cato... Não estou tão o.k assim não, sinto informar.

Quando bocejo pela quarta vez decido desligar a televisão. Amanhã posso ver algum jornal e eles contarão tudo o que aconteceu nos Jogos.

Rastejo lentamente para a cama e me encolho até me sentir suficientemente aquecida. Embora saiba que isso não vai acontecer.

                                                           ***

–Clove! Clove, acorde, querida!

Abro os olhos como em um susto e recuo na cama, sentada, me assustado com o homem sentado na beira da minha cama. A mão dele sobre meu rosto cai no colchão, mas é só Alexander.

–Hum... o que foi?

–Eu achei que você gostaria de ser acordada mais cedo. Você acordou com pesadelos á noite inteira, Clove. Gritou muito, mas depois parava. Como se dormisse de novo. Queria que parasse logo com isso.

–Ah, eu... Eu não dormi direito. Preciso ficar mais um tempo. Depois prometo que chamo vocês. Pra me arrumarem. –digo, deitando de novo e jogando a coberta até a orelha.

–Coitadinha, tão abatida. Clove, hoje eu vou te obrigar a comer. Eu prometi que não ia deixar você ficar desse jeito. –ele diz, me olhando com pena, como se eu fosse um filhotinho encolhido no meio da multidão.

–Prometeu é ? Pra quem?

–Pra Cato. Tive que ajudar a equipe dele e ele me fez prometer. Não contrariei, sabe? Vou te dar mais uma hora, ok? Depois eu volto.

–U-hum. Obrigada. –eu falo, aninhando a minha cabeça em algum travesseiro, provavelmente o de Cato, e torno a fechar os olhos.

A noite foi ridiculamente difícil para mim. Mas o primeiro passo foi concluído e vou encaixar mais um: Tenho que ficar forte para a guerra. Vou me alimentar direito agora. E bom... Tentarei dormir.

Adormecer é mais fácil agora que tive que abrir os olhos por cinco minutos. Não sei o que é, mas acordar no meio do “sono” sempre parece dar ainda mais sono. Fazendo uso dessa lógica pouco convencional adormeço novamente.



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Notas finais do capítulo

Bom gente, o que tenho a anunciar é que essa fic me fez bem menos pirracenta. Quer uma pessoa marrenta, me chama. Quem me conhece da Entre Doces e Amargos sabe que eu já fui pior. Era altas implorações por Reviews. Eu era bem apelona com avisos, indiretas e pá. Então não vou pressionar nem obrigar ninguém a nada. Mas essa fic corre um risco enorme de... De parar. Vocês nem fazem ideia do quão ela é importante pra mim, mas tá difícil desse jeito. De uma forma ou de outra estou trabalhando em prólogo bem explicativo pro caso de piorar e não vim nenhum Review. Realmente espero que nesse apareçam mais Reviews. Uma boa hora para fantasminhas, viu? Espero que não me odeiem muito depois dessa minha crise de seriedade, mas é a verdade, ok? Sem ressentimento. E pra descontrair, beijo sabor pé de moleque. (WHATA?, ISSO DESCONTRAIU ADONDE, ANIMAL? Ah, esqueci de falar da estrelinha no 17. É porque me lembrou de Dezesseis da Legião Urbana. Bye, Bye Jhonn <-- Retardis)