Talking To A Moon escrita por Rach Heck


Capítulo 2
More Than This


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu não sei o que vocês vão achar, e acho que não preciso citar o fato de que eu não sei muito bem o que se passa na cabeça desse meu neném, pois temos de ter cuidado ao descrever pessoas perfeitas como ele, e sabemos que somos diferentes quando narramos a nossa própria história ou falamos consigo mesmos, é como se uma alma poeta tomasse conta de nós, então... Ah vamos, pelo menos tentei, espero que não esteja tão ruim assim D.D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/224361/chapter/2

Eu estava com fome. Harry tinha prometido que traria comida. Mas, e se ele esquecesse? Droga, não acho meu celular... Acho que se eu comer alguma coisa não vai ter problema se ele esquecer minha comida... Ah, olha, o meu celular. Dentro da geladeira. Parabéns Niall, se superou desta vez. Mas vejamos, o que eu posso comer...
– Mãos para cima! Devolva esta cenoura onde encontrou, vamos, vamos! - Louis gritou atrás de mim. Ele sempre grita.
– Ele só está brincando. - Zayn riu e colocou as sacolas que trazia no balcão. - Já está assaltando a geladeira? Mas não falamos que voltaríamos logo?
– Eu disse que ele não aguentaria esperar.
– Ah, cala a boca, Liam. - Fechei a geladeira de mãos vazias... Espera, meu celular! - Trouxe minha comida?
– Desimpede a cozinha rápido, ou não vai comer tão cedo. - Harry trazia mais sacolas.
– Quando estiver pronto me chamem. Estou com fome.
– Você sempre está com fome. - Liam gargalhou enquanto eu saía da cozinha, o aplicativo do twitter carregando.

Nossas fãs são as mais lindas, mais atenciosas, eu sinceramente me casaria com todas elas... Só tem um problema. São muito ciumentas. Não podemos aparecer com uma garota, seja uma amiga de infancia, uma prima, ou apenas uma garota que estava na mesma festa, que elas logo se irritam, vão xingar a garota... De inicio era bonitinho, sabe, mas foi se tornando um pouco sufocante. Talvez sufocante seja a palavra errada, mas é a única que consigo pensar com o estômago roncando. Já sei, guardei barrinhas de proteínas debaixo do colchão... Espero que o Louis não tenha achado... Ah, ainda estão aqui... Santa Batatinha, como comer é bom...

Às vezes eu queria poder dizer às minhas garotas o quanto as amo, mas que também sou humano, que também preciso me apaixonar, namorar... Mas se elas maltratarem toda garota com quem tiro uma foto ou apenas estou por perto, como poderei sentir-me humano? Quem sabe eu não conheça uma delas, será que elas maltratariam uma directioner apenas por estar comigo? Não consigo entendê-las completamente... Mas tudo bem, eu ainda não me apaixonei por ninguém, por mais que eu queira, ou precise... O amor é meio estranho, meio necessário...

Quando percebi, estava com um caderno e caneta nas mãos e compunha como se meus sentimentos vazassem e borrassem o papel. A lua refletia em mim seu brilho pálido, sentia como se minha dor fosse chegar ao fim, como se o vazio fosse ser preenchido.
– Ah lua... Até quando vou me sentir assim? Até quando vou compor sentimentos que...
– A comida está pronta! - Harry gritou da cozinha.


POV Mariana
– Filha, tem alguém no telefone querendo falar com você. - Minha mãe abriu a porta sorrindo, o telefone em mãos.
– Alguém quem? - Tirei os olhos da notícia sobre os meninos, Harry, Louis, Liam e Zayn tinham ido ao mercado, mas e o Niall? Em todo o caso, meus meninos estavam lindos, como sempre.
– Dá pra pegar a droga do telefone Mariana? - Disse séria, mas depois riu.
– Desculpa Fernanda, me passa essa droga de telefone então. - Tentei falar com a minha cara mais séria, mas era difícil com a minha mãe rindo daquele jeito cínico. Tinha de ser minha mãe. - Alô?
– Oi minha pequenininha! Lembra-se de mim? Sou sua tia Karla. - Não sabia o que responder. Minha tia... Ela... Minha mãe... Não... - Então, sua mãe me disse que você adoraria passar uns dias conosco, aqui em Londres, e eu realmente acho uma ótima ideia. Estamos todos aqui morrendo de saudades e... acho que amanhã acaba sua semana de provas, e logo depois vem um feriado que vai ser emendado né? O que você acha de vir nos visitar?
– Você... Você... - As palavras agarraram no fundo da garganta, respirar se tornou a tarefa mais impossível da qual eu já tentara realizar. Os olhos da minha mãe brilhavam como se ela estivesse com quarenta graus de febre. - Você. Está. Falando. Sério? - Falei pausadamente, tentando encher os pulmões de oxigênio a cada palavra, minha cabeça girava. Eu ia desmaiar.
– Claro! Vá arrumar as malas menina, daqui a dois dias você estará a caminho de Londres!
– Eu... Mãe... Toma. - Praticamente joguei o telefone para minha mãe. Meus Nialls pareciam sorrir para mim, mas não o sorriso de sempre, e sim um sorriso orgulhoso, esperançoso.
– Eu nunca a vi tão feliz, ela está desnorteada de felicidade! - Ouvi minha mãe tagarelar ao telefone enquanto fechava a porta.
– Eu vou encontrá-lo meu amor. Dois dias nos separam. Dois dias e... - As lágrimas vieram. Quentes ainda em meus olhos, como se meu âmago fervesse de esperanças.

Levantei e fui em direção à janela, minha fiel amiga tinha de saber as novidades. Eu iria encontrá-lo! Minha vida, que sempre girara entorno disso, finalmente faria sentido, meu maior sonho iria se realizar.
– Eu vou para Londres. - Sussurrei para o satélite natural da Terra, que na verdade era a minha melhor amiga. - Eu vou encontrá-lo! Eu... E se ele não gostar de mim? E se eu não for o tipo dele... E se eu for apenas mais uma fã, e se... Eu sei, eu sei. - Respondi. - Comigo será diferente, né. Ai Lua... - Peguei meu celular em cima da cama, e deixei as lágrimas rolarem quentes em minha face e serem congeladas pelo vento noturno ao som da musica que ele compôs.  - Mas e se não der certo? - Fechei os olhos, tentando me acalmar. Daria certo. Eu sei que sim. - Faz um favor esta noite? - Sussurrei novamente, as lágrimas voltando a caírem no parapeito da janela. Sussurrei como todas as noites. - Cuida dele? Guarde seu sono por mim? Enquanto eu não posso guardá-lo... - E todas as noites estas palavras me doíam. Mas era uma dor agridoce, pois, mesmo que eu ainda não pudesse cuidá-lo, era como se fosse menos um dia, menos um dia que me distanciava dele...

Será que ele também estava conversando com a lua?
- And as you close your eyes tonight I pray that you will see the light that's shining from the stars above... - Sussurrei junto com a música, o coração gritando toda a verdade daquela frase. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse post enrolou hein. Estou desde as três da tarde, e só fui terminar agora, meia noite e meia... Caramba!