Friends escrita por Miles


Capítulo 19
Fantasmas do passado sempre voltam


Notas iniciais do capítulo

Hoje a fic faz dois meses. Obrigada à todos!

Ficou apertado escrever esse Cap. mas como hoje era o niver da fic, eu precisei escrever. Espero que gostem. *-*



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Melany POV'S

Cai sentada na cama com o teste ainda em mãos. Não conseguia se quer pensar em estar esperando um filho dele. Deixei com que mais lágrimas caíssem, e nem percebi que alguém já me observava da porta. Subi meus olhos até lá, e pude ver Nico sem jeito me encarar.

– Nico? - Sequei as lágrimas com as palmas das mãos. - O que faz aqui? - Ele veio até mim e se sentou ao meu lado sem dizer uma única palavra. Começou a passar as mãos sobre o meu cabelo e logo então eu me encontrava abraçada a ele novamente. Ele deitado na cama e eu repousando minha cabeça em seu tórax, em quanto inalava quele cheiro tão viciante. Eu o amava, nada e nem ninguém mudaria isso.

As minhas lágrimas já estavam deixando marcas em sua camisa, no entanto, ele pareceu não se importar. Suas mãos afagavam carinhosamente o meu cabelo, e eu não fazia mais do que suspirar.

– Mel... você sabe que pode confiar em mim certo? - Permaneci calada, o escutando. - Me diz, o que te deixou assim? Podemos não estar mais juntos mas mesmo assim eu ainda me importo com você. - Não disse uma palavra - Foi o Steve? Ele tentou fazer alguma coisa com você? - Pude sentir a Ira em sua voz. - Se aquele canalha fez alguma coisa com você eu juro que...

– Nico, se acalme. Steve não fez nada comigo. - Minha voz soava embargada por conta das lágrimas que eu derramei a minutos atrás. - Bom... você fez. - Ele uniu as sobrancelhas em um ato de total confusão. - Sempre vi em programinhas clichês onde a mocinha não contava ao mocinho a verdade, e no final ela se dava mal por isso, então não serei assim. Ahn... Nico Di Ângelo, eu estou grávida. E o filho... você sabe que é seu. - Ele se endureceu na cama, parado, imóvel. Pude sentir vacilar, e olhar para o chão decepcionado.

Nico POV'S

Pai... como eu posso ser pai? Um mero garoto de dezessete anos que quer cursa advocacia na faculdade. Cara, eu só queria um carro bacana, um bom curso e uma namorada que eu amasse. É pedir demais? Pelo visto sim, já que agora ela espera um filho meu.

– Você está bem? - Me perguntou preocupada passando a mão pelo meu rosto. Fechei os olhos aproveitando a sensação que a pele dela em contato com a minha me causavam. - Eu sabia que não devia ter te contado, sinto muito, eu sei que isso estraga tudo o que você sempre quis. Nico, eu juro que posso ir em bora e não dizer a ninguém que... - Não a permiti terminar a frase, pois a calei com um beijo. Um beijo que me fez falta durante dois meses.

– Nunca, jamais, em hipótese alguma repita o que você acabou de dizer. - Nossas testas estavam coladas, e ela permanecia com os olhos fechados. -Seremos só eu, você e essa criança. Eu... eu te amo Melany Seyfild.

– Eu também te amo, Nico Di Ângelo. - Sorri mais uma vez para a mesma antes de encostar nossos lábios novamente. É engraçado, porque em tão pouco tempo de convívio eu já sentia como se minha vida dependesse dela. Eu sinto que ela foi feita para mim, e assim por diante.

Annabeth POV'S

Havíamos regressado a casa de Thalia e estávamos esperando Melany ligar para nos dizer o resultado do teste. Os quatro aparelhos de celulares (meu, da Thalia, da Silena e o da Katie), jaziam na mesinha de centro. Nós os observávamos esperando a ligação.

– Ah, isso é ridículo! - Disse Thalia irritada. Ela se levantou revoltada pegando seu celular e o enfiando de qualquer jeito no bolso da calça. - Não vamos ficar aqui sentadas de braços cruzados esperando uma ligação, vamos? Quer saber? Acho melhor irmos nós mesmas até a casa da Mel. O Steve disse que ela estava lá e prometeu fazer o teste, então vamos.

– Eu concordo com a Thalia. - Eu disse - Se nos importamos mesmo com a Mel devemos ir até ela. - Todas as meninas concordaram, e em menos de alguns minutos já estávamos acomodadas no carro de Silena, a caminho da casa dos Seyfild.

Devo confessar que, mesmo depois de morar lá por um tempo, eu ainda não conseguia tomar coragem para usar a chave extra que me deram. Acho que seria invasão de privacidade ou algo do tipo.

Subimos os degraus a passos lentos, tomando o devido cuidado de não fazer muito barulho. Ouvimos risadas vindo do quarto de Mel o que me fez estreitar os olhos. Será que Steve ainda estava aqui? Não podia ser, ele me disse que iria levar ao pai ao aeroporto (o dito cujo precisa ir na frente do filho para arrumar a casa em que ele e Melany irão morar, em Veneza).

– Quem será que está aí com ela? - Sussurrou Thalia. Dei de ombros confusa. Segurei a maçaneta (eu esqueci de bater, tá legal?), e me deparei com a cena mais estranhamente fofa que eu já vi.

Mel e Nico estavam na cama abraçados. Então vem você e me pergunta: Por que a cena mais estranhamente fofa que você já viu? Até que a resposta é bem simples. Digamos que Melany e Nico estavam brigados e até ontem, eles mal se olhavam na cara. Então hoje, eu vou visitá-la e me deparo com os dois abraçados na cama dela? Isso foi um tanto quanto... surpreendente.

– Hãm.... - Me pronunciei - Sinto muito, não queríamos incomodar vocês. - E, antes que eu pudesse sair, Melany nos convidou a entrar no quarto. Fomos, mais confesso que me senti uma entrometida afinal, eles estavam se acertando e nós só atrapalhando.

– Viemos aqui para saber o resultado do teste. - Disse Thalia após um breve período em silêncio. - Sabe Mel, você ficou de nos ligar e nada. Achamos que estava precisando de alguma coisa ou tinha se suicidado, sei lá. - Todos presentes sorriram, inclusive Melany que fora o motivo da piada.

– Bom, se querem saber o resultado do teste sim, ele deu positivo. Não vou mentir pra vocês e dizer que estou extremamente feliz porque francamente não estou. Eu queria fazer faculdade, morar em Nova York e conseguir um bom emprego. Só então pensaria em construir uma família. - Respondeu de cabeça baixa.

–Mesmo assim você poderá fazer faculdade.Espere o bebê nascer, e então retome os estudos. -Silena completou- Sabe, quando eu comecei a namorar Charlie, pensei que talvez não fosse a hora certa para isso.Eu pensava como você, queria construir minha vida primeiro. Contudo, com o passar do tempo, eu meio que soube que ele era feito pra mim e que não havia necessidade em desistir dele se fôssemos devagar.

– Ér... nós vamos te ajudar, Melany. - Thalia afirmou-Mesmo você sendo um tanto quanto imatura as vezes - Todos demos risadas - A gente ama você. Agora é sério, vamos falar de coisas mais divertidas! Melany como vai a mudança?

– Que mudança? - Nico perguntara confuso. Thalia arregalou os olhos e lançou um olhar de desculpas para Mel, em quanto ela tentava formular uma frase coerente para respondê-lo.

Melany POV'S

– Nico... eu vou me mudar para Veneza em menos de duas semanas.Meu pai está morrendo, você sabe. Eu iria me tornar orfã, mais felizmente, o pai de Steve, Dan gosta bastante de mim. Ele tinha uma casa em Veneza que não estava dando fins lucrativos para ele, então concordou em nos deixar morar lá em quanto fazíamos faculdade. Steve já sabe que estou grávida e prometeu passar um ano a mais lá até eu me formar.

– E quando você iria me contar isso? - A ira estava evidente em sua voz.

– Estávamos brigados esqueceu? Eu não pretendia te contar, até você vir aqui e me pedir desculpas. Sinto muito, não posso voltar atrás.

– Melany, não podemos ficar juntos. - Meu coração se apertou ao ouvir essas palavras. - Com você longe por tanto tempo, morando com um cara eu não iria... me sentir bem. - E então, sem hesitar, deixei mais algumas lágrimas caírem. Estava tudo dando errado, como previsto.

Sábado -14/07/2012 - 14:58

Eu estava no aeroporto a espera de Steve. Meu pai havia falecido ontem mesmo, e eu ainda estava triste.A minha barriga ganhou forma nos últimos dias, e já era percebível a minha gravidez.

– Vamos? - Uma voz rouca me perguntou, assenti contendo as lágrimas.

Em quanto eu me acomodava na poltrona do avião com Steve ao meu lado, pensava em todas as coisas que eu havia vivido ali. As festas, as palhaçadas e tudo o que eu sempre quis: Uma família. Pensei em meu pai e em como o fim de sua vida havia sido arrancado. Não consegui mais aguentar e derramei todas as lágrimas que um dia eu guardara. Não valia a pena aprisionar essa dor dentro de mim.

[Seis anos depois...]

Eu estava com vinte e três anos, e arrumava tudo as pressas. As minhas malas e a de Maggie, minha filha. Vou tentar contar a vocês tudo o que aconteceu nos últimos anos: Steve eu viemos morar em Veneza (obviamente), e no primeiro ano apenas ela fazia faculdade. No ano seguinte eu entrei na universidade, o que de certo modo fora complicado já que não tínhamos ninguém de confiança para tomar conta de Maggie que tinha um ano somente. Mas felizmente tudo isso mudou quanto Steve começou a namorar uma Universitária que estudava a noite e tinha o dia livre, Katarine era o seu nome.

– Cuide bem dela, Mel. - Kat me dizia e eu assenti. Maggie estava hoje com cinco anos, faria seis mês que vem. Era uma menina saudável e linda, com cabelos negros (que me lembravam Nico) e olhos castanhos (como os meus).

– Não esquece de me ligar assim que chegar lá, Melany. - Ressaltou Steve eu assenti novamente. Eu estava retornando a Nova York.

Depois de nos despedirmos, conseguimos embarcar. Maggie não parou quieta um segundo, sempre correndo para lá e para cá. De certo modo, eu amava isso na minha filha. O motivo de eu estar voltando era até bem simples: Apresentar Mag ao pai dela. Eu sempre soube que um dia eu teria que voltar e os apresentar.

Devo confessar que também estava ansiosa em rever Annabeth, Thalia, Katie, Kat e Silena.Eu gostaria muito de saber o que aconteceu com elas.

Assim que a aeromoça avisou sobre o pouso, senti um bolo se formar em minha garganta. É "Chegou a hora" Pensei aflita.


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Notas finais do capítulo

Não. Me. Matem!

Postarei... em breve. Beijos.



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