Cursed To Death escrita por anearlywitch


Capítulo 8
Fuga




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I never thought about the after life

Until I thought about the day you had to die

I hope I'll see you another time

In a place we never have to say goodbye

Eu também queria acreditar que tudo isso poderia ser verdade. Eu estava amaldiçoado, não por um fantasma, mas pela a culpa. Eu me odiava mais do que qualquer coisa, e tudo o que eu queria fazer era esquecer, longe daqui, de tudo o que eu passei. Eu queria ouvir um conselho que eu soubesse que é verdadeiro e honesto. Eu queria ajuda, por mais que eu não fosse admitir isso para ninguém.

O plano da Ana foi bem elaborado, e eu me admiro da capacidade dela de pensar. Ela pesquisou os horários de todos no lugar, turnos, locais, plantões. Ela criou uma rota, um horário, tudo planejado detalhadamente para dar certo, e era isso que eu esperava que acontecesse. Pelo o meu bem e pelo o dela.

Ela também odiava esse lugar. Ela tinha uma profissão, uma casa, uma família. Aqui ela não tinha nada, por mais que afirmasse que tinha a mim. Eu queria ajudar, e talvez seguir o seu plano seria uma ótima oportunidade. Eu precisava me concentrar muito e não desistir. Por ela, eu não poderia.

Um plano traçado em papel estava no meu bolso, pesado, como a caixa que eu encontrei na casa do Brendon. Ele parecia zombar de mim, me acusar. Me entregar. Eu precisava ser forte.

Eu olho no relógio, 13:40. Hora da primeira parte.

***

"Eu vou ser honesto com você, eu, uh, nunca fiz isso antes" eu digo e olho em seus olhos castanhos, sendo o mais honesto que podia.

Ele ri e pressiona seus lábios no meu peito. "Você pode relaxar? É justo, já que da última vez eu que tive que ficar de quatro"

Eu faço uma careta, mas por dentro eu estava apavorado. Ele estava com um tubo e uma camisinha em mãos, e eu não conseguia tirar os olhos dos objetos. Eu queria fugir, mas eu estava curioso, de certa forma, e eu também sabia que ele ia entender. Eu precisava me agarrar nessa crença.

Ele sorri mais uma vez, como se conseguisse ler meus pensamentos. "Eu juro," ele me beija nos lábios, "que vai dar certo"

Ele coloca o preservativo na cama e abre o tubo rapidamente. Ele coloca o gel nos dedos e olha para mim novamente. Eu assinto lentamente, como um sinal para ele prosseguir. Eu imaginava como a posição na qual eu me encontrava era ridícula: despido, com suor rolando pela a minha face, e o medo aparente transparecendo. Eu só queria que tudo isso acabasse logo.

Ele se aproxima, e eu sinto um calafrio correr pelo o meu corpo. A primeira sensação não era boa, nem ruim. Era intrusiva. Ele vai devagar, observando meus olhos, procurando algum sinal de fraqueza, mas eu não havia desistido ainda. Ele passa para o segundo dedo, e eu já tinha os olhos fechados. Eu não queria assistir, assim como eu não queria mais tudo aquilo, mas eu ainda não ia me entregar.

"Eu... posso, uh" Brendon aponta para sua mão, o terceiro dedo erguido, um sorriso estranho no seu rosto.

"Uhuh" é o que eu consigo dizer.

Ele pressiona os lábios na minha testa antes de continuar, e agora eu já sentia alguma coisa se formando dentro de mim. Ainda não era bom, e eu não sabia o que era, exatamente. Era diferente. Ele continuava um ritmo, e eu fecho os olhos novamente, pensando em como aquilo iria ser ruim só dessa vez, e que eu teria que me acostumar. Por ele. Por nós.

Ele remove os dedos, e eu sinto um vazio dentro de mim. Era estranho, mas eu não queria me sentir vazio. "Bren?"

"Só um pouco, eu já vou... uh, espera"

Ele coloca o preservativo rapidamente, beijando meus lábios lentamente enquanto voltava a colocar os dedos dentro de mim. "Eu prometo," ele diz, um pouco sem fôlego, "que eu nunca iria te machucar. Nunca"

"Eu sei"

Ele se afasta e começa com muito cuidado. Ele ia devagar, e a sensação era diferente, mas eu sabia que era apenas o começo. Depois de algum tempo, ele me pergunta se está tudo bem e começa um ritmo, e eu não sentia dor. Eu sentia um pouco de prazer, em algum lugar dentro de mim. Eu cuidava de mim mesmo enquanto o Brendon mantia seu ritmo, e eu adorava a imagem que eu via na minha frente. Ele estava quieto, e eu quase não o via assim. Ele era perfeito, daquela forma, daquele jeito.

Mais tarde ele começa a ir mais rápido, e eu solto um grunhido, não de dor, mas de medo, devo admitir. Ele segura a minha cintura e fecha os olhos, o suor escorrendo sua testa. Eu não podia parar de observar, e eu me sentia bem. Protegido, de alguma forma.

Minhas costas arquearam em algum momento, e ele sabia de alguma forma que aquele ponto era algo, então ele continua pressionando. "Bren, eu, ah" eu fecho meus olhos, finalmente, e me seguro nos lençóis. "Por favor" eu imploro.

Ele continua, um pequeno sorriso formando nos seus lábios. "Você é lindo, Ryan"

"Agora não" eu suspiro.

Seu sorriso se expande, e ele volta a se concentrar no que estava fazendo.

"Brendon, eu vou-"

"Sh"

"Br-"

Eu sinto-o me preencher, cada vez mais, então eu também me deixo levar e relaxo. Ele colapsa em cima de mim, nossos peitos unidos, compartilhando calor, e nesse momento eu não poderia desejar outra coisa. Ele se levanta vagarosamente, e o vazio toma conta de mim novamente, me fazendo grunhir mais um pouco. Eu enrolo meus braços nos seus, já que eu não conseguia ficar sem tocá-lo, sem senti-lo. Eu coloco minha cabeça no seu ombro e suspiro, minha cabeça ainda rodando um pouco.

"Viu, não foi tão ruim"

"Não" eu digo, sem fôlego.

Eu consigo sentir seu sorriso quando ele pressiona os lábios na minha cabeça.

***

"Ryan? Psht" o homem diz para mim, passando a palma da mão na frente da minha face.

"Ah, oi, Matt" eu retorno ao presente, sacudindo minha cabeça, como se aquilo fosse alguma forma de afastar os pensamentos.

"Meu Deus, talvez fosse esteja mesmo viajando de vez" ele diz e para do meu lado, observando o fluxo de pessoas dentro do prédio.

"Talvez, mas essa movimentação toda não é da minha cabeça, não é?" eu finjo da melhor forma que consigo.

"Não, não" ele ri. "Chegaram voluntários hoje, para ajudar com alguns idosos e tal"

"Ah, que legal!". Eu sabia disso. Eu sabia muito mais do que deveria. "Quantos são?"

"Vinte e cinco, mais ou menos. Eu tenho que cuidar de todos eles. Como eu odeio esse trabalho".

Matt era o gerente do RH. Ele cuidava de todos os funcionários, dos mantimentos, tudo. A Ana o escolheu porque ela sabia que eu o conhecia, e isso já era alguma coisa.

Eu cruzo os braços, procurando não ser óbvio. "Como você sabe o nome de todos eles?"

"Eu tenho meus truques" ele mostra sua prancheta, com nomes e fotos de cada um, tornando meu trabalho mais fácil do que parecia. Ele olha para o seu relógio e coloca a prancheta na sua mesa. "Eu preciso receber o estoque novo. Te vejo depois?"

"Claro". Ele nunca mais iria me ver novamente.

Ele vai embora e deixa a lista em cima da mesa. Para ele, não era grande coisa que alguém a achasse, já que não era nada secreto ou oficial. Claro que isso foi pensado sem cogitar todas as opções de acontecimentos futuros.

Eu pego discretamente a lista e caminho até o setor feminino.

***

"Aqui, mantimentos. Procure magrinhos e adolescentes"

Eu passo os olhos pela a lista, as fotos das pessoas na frente de um fundo azul parecendo fotos de identidades. Eu avisto uma adolescente loira. "Essa parece você, e parece ser indefesa"

"Vou levar isso como um elogio, Ross"

Eu rio e continuo a olhar pela folha, até achar um nome familiar. Eu olho para a foto para confirmar. "Aqui. Ele pode ser útil"

"Ele não é parecido com você"

"Eu conheço ele e, pelo o que eu saiba, ele é novo no grupo, então ninguém o deve conhecer tão bem assim"

"Por que ele?" ela pergunta, apontando a foto na lista.

"Ele pode ajudar. Eu acho"

"Tudo bem. Meu nome é Elizabeth e o seu é Pete Wentz"

"Yep"

"Agora, Sr. Wentz, vamos para a parte menos glamurosa".

Ela pega uma tesoura e vai até o banheiro. Ela suspira antes de cortar seu cabelo na altura da orelha, justo como a menina na foto. Ela pega o cabelo na mão e depois o joga no vaso sanitário. Eu entro devagar dentro do banheiro, reconhecendo produtos de beleza que eu uma vez já utilizei. Eu não tinha o que falar como conforto. "Você não precisa fazer tudo isso, sabe"

"Preciso. Isso não é só sobre você" ela pega a tesoura e anda na minha direção. "Pronto?"

Eu olho para o espelho, meu cabelo ondulado quase alcançando os ombros. "Sim"

Ela começa a cortar meu cabelo, sem me deixar ver o processo, e depois faz a minha barba. Eu me sentia um bebê, e fazia tempo que eu não sentia nada no meu rosto. "Tá. Acho que eu fiz um bom trabalho"

Ela me vira para o espelho, e eu sorrio ao ver que eu não parecia mais um mendigo qualquer. Eu parecia alguém bem cuidado, alguém que não vive em um sanatório. "Ótimo. Vamos ao trabalho?"

"Espera" ela pega algo no seu bolso. "Em caso de seu amigo não ser tão confiável quanto parece" ela me dá um spray de pimenta, e eu recuso no começo, mas depois de ponderar eu pego o pequeno frasco e coloco no bolso do meu jeans.

***

O sol está se pondo, e alguns voluntários já organizavam suas coisas para ir embora. Eu tinha combinado com o Pete de encontrá-lo no mesmo banco da outra vez, então a minha parte não iria ser tão complexa assim. O problema era a doppelganger da Ana, que eu precisava ajudar a derrubar.

Ela estava colocando algumas caixas em uma pilha, caixas verdes de plástico. Eu me aproximo um pouco, um sorriso nos lábios. "Quer ajuda?" eu pergunto, tocando levemente seu ombro.

Ela se assusta, mas vira para trás, sorrindo para mim. Ela analisa meu rosto um pouco antes de assentir e apontar para uma pilha de caixas. "Pode me ajudar com esse carregamento? Só… levar até a outra sala"

"Claro" eu pego duas caixas, e elas pareciam extremamente pesadas nos meus braços. "Qual o seu nome?"

Ela sorri. "Elizabeth, mas pode me chamar de Z"

Eu coloco a caixa na outra sala, algum tipo de depósito, e assovio, um como-essas-caixas-são-pesadas assovio. Esse era o sinal. A Ana entra e sorri para a mulher, se aproximando um pouco. "Adorei seu brinco!" ela diz e aponta para a orelha- desprotegida da moça.

"Obrigada!" ela diz, e eu já estava atrás dela, e rapidamente eu seguro seus braços ao mesmo passo em que coloco uma mão em sua boca, e ela começa a tentar se soltar. Eu faço o sinal, e Ana começa a tirar o vestido da moça, que era bem simples, para falar a verdade. Ela usava um vestido sem mangas, tomara que caia. Ele era incrivelmente curto, e logo já revelava a sua roupa íntima e seus seios nus. Eu não consegui deixar de observar a brancura da mulher. Ela tinha proporções perfeitas, e seu corpo era exatamente como qualquer homem iria querer. Eu não poderia deixar de achá-la atraente, mas eu ainda não conseguia pensar em muita coisa, então a viro para olhar nos meus olhos.

"Nós não queremos te machucar, de jeito nenhum" eu digo, segurando seus ombros. "Nós só queremos sair daqui. Você vai ficar aqui até que alguém te ache, e depois vai poder ir para casa. Nós não queremos causar nenhum dano"

Ana pega um pano a amarra a boca da mulher, Z, e começa a se trocar ali mesmo. O vestido vestiu, e ainda ficou largo, já que ela era extremamente magra – culpa desse lugar, eu penso - enquanto ela passa o seu sutiã para mim. "Coloca nela, daí ela não fica tão… vulnerável, sei lá"

Esse foi a maior falta de camadas que eu tinha presenciado desde muito tempo atrás, e eu ainda estava um pouco transtornado. Muita informação. Muita nudez. Mas eu tinha prática com sutiãs, e eu rapidamente coloco na moça, e depois a amarro com algumas cordas – que os pacientes usavam para se exercitar – me sentindo extremamente culpado. "Desculpe. Se serve de consolo, o próximo horário de carregamento é daqui a meia hora. Desculpe, mesmo"

Ela tinha lágrimas escorrendo por seu rosto, e eu sinto meu coração se despedaçar. Eu saio rapidamente da sala, porém, deixando as duas até eu voltar com o meu crachá.

***

"Você cortou o cabelo? Tá bonito!" Pete passa os dedos pelo o meu cabelo, e eu os afasto com meu braço. Eu tinha o levado para uma sala mais afastada, perto de onde eu tinha acabado de prender a outra mulher, e nós estávamos sentados em pequenos bancos de madeira.

"Eu preciso falar com você". Eu digo e ele me fita. "Eu preciso da sua ajuda"

"Em que eu posso te ajudar? Você quer bebida do mundo exterior? Cigarro? Camisinha?"

"Não, Pete! Porra!" eu respiro fundo e volto a me concentrar antes que eu bata cara do meu amigo. "Eu preciso que você me dê seu crachá"

Seus olhos se arregalam instantaneamente. "O quê?"

"Eu preciso sair daqui, e eu preciso do seu crachá. Por favor"

"É por isso que você mudou assim" ele adiciona, me olhando de cima a baixo, mas depois volta ao seu olhar sério, "mas eu não posso fazer isso"

"Por favor. Vai demorar meia hora a mais pra você ir embora, só isso"

"Eu me importo com você, não comigo. Eu não sei se você tem condições de sair daqui"

Eu suspiro profundamente. "Eu vou ficar louco aqui dentro, se eu não sair. Eu não estou melhorando, e eles aumentaram o número das minhas sessões de choques. Eu não quero, Pete, e eu peço isso como um favor enorme"

Ele olha para o crachá que pendia no seu pescoço. "Não posso"

"Eu faço qualquer coi-"

"Não. Ryan, você precisa de ajuda" ele se levanta, a cabeça baixa. "Você precisa esquecer"

Eu levanto e rapidamente coloco a mão no seu ombro. "Não vai"

E, quando ele se vira, eu faço o que eu nunca pensei que fosse fazer na minha vida. Eu aperto o pequeno frasco e ele coloca as mãos nos olhos, e quando ele estava prestes a começar a gritar, eu bato no lado do seu rosto, e ele cai no chão, inconsciente.

***

Nós andamos quietamente, logo depois de colocar Pete no quarto junto com a Z, para perto de onde estava a saída do hospital. Nós parecíamos tão diferentes, que o homem da portaria nem considerou suspeitar de algo. Ele olha os crachás uma vez e nos faz um sinal para prosseguir. Eu me sinto aliviado, então nós andamos pela parte interna do prédio, seguindo um caminho escuro até a porta de saída.

Eu conseguia ver a saída, eu conseguia ver a rua e alguns carros através da porta de vidro, então eu começo a caminhar mais rápido e, nesse instante, eu ouço alguém atrás de nós.

"Ryan Ross? Ana Gray? Parem onde vocês estão! Agora!"

Eu sinto a mão dela puxando meu pulso, e então eu começo a correr. Eu abro a porta rapidamente, então eu já estou na rua, escura e quase deserta, quando eu começo a procurar o carro do Pete, a chave já em mãos. Eu o encontro, apontando o mais rápido que eu podia, e nós nos dirigimos para lá, a Ana entra e se põe no banco do motorista, e quando eu tento entrar no carro, eu sinto algo bater, forte, na minha perna. Não dói, no início, mas depois de eu entrar no carro, no banco de trás, e olhar para minha perna, eu vejo o sangue. Ele era escarlate, mesmo sob a luz da lua, e eu começava a sentir uma dor excruciante. Minhas mãos estavam totalmente cobertas pelo o líquido, e minha cabeça começava a girar.

"Merda! Eles tinham que te dar um tiro?" Ana diz na parte da frente do carro, antes de começar a acelerar por meio dos carros estacionados. "Tá tudo bem?"

Eu não consigo responder, a confusão do sangue com as luzes da rua me deixando tonto. Eu tento cobrir o ferimento com as duas mãos, mas eu conseguia sentir o líquido quente escorrer por meio dos meus dedos.

Eu conseguia sentir o carro correndo, e sirenes atrás de nós. Provavelmente a ambulância do St. Andrews, mas eu não tinha a mínima ideia. O barulho era alto, e eu já tinha uma forte dor de cabeça. Minha visão estava borrada, as luzes se confundindo dentro da minha cabeça.

"Esses idiotas! Merda!" ela grita.

Eu encosto minha cabeça no vidro, e eu não conseguia sentir as pontas dos meus dedos. O sangue escorria para todo o lugar que eu olhava, e eu estava totalmente apavorado, minha visão sendo atrapalhada por toda a adrenalina. Eu escuto algum barulho ensurdecedor, e tento cobrir meus ouvidos, os sujando com sangue, então retorno a segurar a minha perna. Eu fecho os olhos e tento respirar, pousando a cabeça na parte de trás do banco.

Ryan

Eu olho para o lado, e vejo, com dificuldade, o Brendon me observando. Eu estico minhas mãos em sua direção, mas eu não consigo alcançá-lo. Eu colapso no banco novamente, minha visão borrada e meus sentidos desaparecendo lentamente.

Ryan… O que você foi fazer?

"Eu não consigo despistá-los, Ryan!" ela grita da parte da frente do carro.

Você não pode sair de lá, você não pode.

"Eles estão muito perto! Se segura!"

Eu preciso de você, e você não pode sair de lá.

Se você me ama, você vai ficar.

"Porra!"

Sangue escorria por todo o carro.

Eu sinto a sua falta.

Eu não quero mais ficar sozinho.

"Puta que pariu, eu estou ficando sem opções aqui"

Eu só quero você comigo, Ry.

Eu quero te sentir novamente.

Eu não quero mais me sentir solitário.

O escarlate era tudo o que era visível.

"Eu… desculpa, mas eu preciso ir, Ryan. Eu não queria te abandonar, mas-, merda"

Eu não quero que você vá, eu quero você pra mim.

Só pra mim.

Você não pode ir.

Você não pode pertencer a mais ninguém.

Uma mão abre a porta do carro, e eu me sinto arrastado. "Brendon! Eu não quero ficar longe de você também, eu quero ir com você! Me leva! Eu preciso de ajuda! Me solta, seu filho da puta! Eu preciso dele novamente. Eu preciso dele"

Eu confio em você.

Eu quero voltar a como tudo era antes.

Eu quero o passado de volta.

Eu quero te pertencer.

"Aplica logo! Ele tá quase desmaiando!"

"Isso vai ser um problema para nós"

"Aplica logo!"

Eu nunca vou te esquecer.

"BRENDON"

Subitamente tudo fica mais turvo ainda, e eu não consigo ficar em pé. É então que eu sinto meu corpo ser arrastado para um local branco, onde parecia ser uma mesa, cheio de tubos e luzes. Eu só enxergava relances de cor.

"BRENDON"

"Dá pra me ajudar logo?"

Ryan…

"Injeta logo, Tom!"

"Brendon…"

Eu te amo, Ryan.

Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Hola só queria comentar que tem mais leitores do que reviews e isso me deixa meio magoada (??) eu gosto de opiniões (por favor)
Desculpa a demora, é que foi difícil de compilar tudo isso, não sei se dá pra compreender.
Eu também acho que comecei a gostar desse lance de colocar música no início do capítulo.
Ah e desculpa se a minha sex scene não ficou boa. Iniciante culpada.
Gracias e see ya later!



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