Accidentally In Love escrita por MissLerman


Capítulo 6
Capítulo 6 Por que não me ama?


Notas iniciais do capítulo

Heeey sweeties, estou postando mais cedo hoje porque terei que sair mais tarde e amanhã provavelmente eu não vou postar, então, para não deixar vocês na mão, dei um jeito e entrei mais cedo. Espero que gostem (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/223571/chapter/6

Percy parou o carro na frente do laboratório, mas que pudéssemos descer, vimos uma moça de cabelos castanhos com um vestido cor-de-rosa deixar o lugar. Olhei para Percy e arqueei a sobrancelha. Vi que ele segurava a risada. E não era para menos. Acho que agora entendi o que Grover estava fazendo no laboratório naquele horário. Demos risada e saímos do carro.

– Não vai judiar do Grover, não é? - perguntei ainda rindo para Percy.

Ele riu mais ainda e disse:

– Não, eu sou inofencivo. - ele disse com um sorriso maroto.

Eu conhecia Percy tão bem quanto qualquer um, sabia que ele iria curtir com a cara de Grover até não querer mais. Afinal, o que Grover estava pensando? Tudo bem levar a namorada para um motel, mas um laboratório? Aquele lugar era cheio de coisas estranhas, partes de corpos de pessoas mortas, substâncias tóxicas... não era o lugar ideal para uma noite romântica.

Entramos pisando forte, e encontramos Grover lendo uma folha de papel ao lado do computador.

– Parece que a noite não saiu como você queria, não é mesmo, Grover? - Percy disse quando chegamos perto.

Ele corou até a raiz dos cabelos.

– Hã... Júniper e eu só... nós não... não aconteceu nada porque, quando estávamos quase... bem, vocês sabem... essa máquina apitou. O que queria dizer que a análise estava pronta. E como me lembrei que vocês iam para a festa dos Stoll, pensei que poderíam ver o resultado agora. - ele disse e entregou para Percy a folha. Depois de ler um pouco, ele não fez uma cara muito boa.

– O que diz ai, Percy? - perguntei.

Ele continuava apreensivo, como se aquilo fosse algum engano.

– Aqui diz que é soro fisiológico misturado a extrato de um plante, Dieffmbachia Seguime.

Torci o nariz. Não ideia de qual planta era aquela. Grover gostava de herbologia, entendia muito dessas coisas. Talvez ele pudesse nos explicar.

Ele percebeu que eu estava confusa, então se adiantou:

– É a famosa "Comigo-ninguém-podem". Ela parece ser um matinho qualquer, mas se ingerida, mesmo em pequena quantidade, causa parada respiratória. Acho que não foi coincidência vocês terem encontrado isso na casa dos Olimpius.Talvez Thalia... não sei...

Senti um aperto no peito porque entendi o que Grover queria dizer. Talvez Thalia pudesse estar morta. Aquilo tinha soro fisiológico, então poderia ser facilmente aplicado como uma injeção. Talvez fosse isso o que Zeus tivesse feito. Ele, o maior empresário de Nova Iorque, tem uma filha rebelde, que vive dando escândalos, vai ver ele pensou que, usando aquilo, poderia se livrar daquele "fardo". Estremeci ao pensar naquilo.

Mas não tínhamos um corpo para provar aquilo, o que queria dizer que ela ainda poderia estar viva.

– Tudo bem, Annie? - Percy perguntou.

Só então me dei conta que estava com lágrimas nos olhos. Eu iria salvar minha amiga, custe o que custasse. Assenti, mas Percy e Grover ainda me encaravam.

– Percy, me leva pra casa? Não estou me sentindo bem. - eu disse.

Ele assentiu e se despediu de Grover. Mas antes de saírmos pela porta, Grover gritou:

– E Percy, a flor está no vaso, assim como você pediu!

Olhei para Percy e vi que ele estava um tanto vermelho. Não gostava desses segredinhos que ele tinha com Grover, mas é coisa de meninos, e ele não me contava por nada.

Entramos no carro e ele dirigiu até minha casa. Fora uma noite e tanto. Invadimos uma casa, quase fomos pegos, reencontrei Luke depois de anos, Percy se zangou comigo por isso, descobrimos o que aquele líquido era... Agora tudo o que eu queria fazer era dormir.

Percy continuava quieto, não disse uma palavra sequer. Então, eu decidi quebrar o gelo:

– Então, o que a Rachel queria? - perguntei.

Ele me deu uma olhada rápida mas voltou a prestar atenção na estrada.

– O que você acha? Queria pedir mais uma chance. Eu disse que iria pensar.

Revirei os olhos involuntariamente e Percy riu.

– Não sei porque não gosta mais dela, você eram tão amigas...

– Colegas, nós éramos colegas. Mas então vocês começaram a namorar e... bem... acho que ela só queria você, e não minha amizade. - eu disse com pesar.

Me lembrei novamente da sétima série. Uma vez, um dos garotos mais velhos, Dylan, escondeu meu estojo e eu fiquei desesperada. Procurei em todos os cantos, mas não o encontrei. Thalia, ao ver o quanto eu estava preocupada, batei no garoto até que ele contasse onde estava. Foi apartir daí que viramos amigas. Ela era corajosa, e eu era apenas uma garotinha assustada. Acho que era por isso que eu fazia tanta questão de encontrá-la, queria ajudá-la, assim como ela me ajudou anos atrás. Não iria desistir tão cedo.

Percy ainda dirigia, mas então ele começou a se mexer a tatear os bolsos. Tirou o celular e o entregou para mim.

– Atenda, estou diigindo agora.

Olhei para seu celular e vi era um número desconhecido. Se fosse Rachel...

– Alô? - eu disse.

– Annabeth? - uma voz grossa disse. A reconheci imediatamente.

– Sim, Zeus, o que deseja?

Era quase 3h da madrugada, o que ele iria querer?

– Acho que você e Percy precisam ver uma coisa, mas não agora, venham para minha casa amanhã as 9h, estarei esperando. - dizendo isso, ele desligou.

"Educação é bom e todos gostam" pensei. Devolvi o celular para Percy e disse:

– Zeus quer nos encontrar amanhã, as 9h.

Percy me olhou por um tempo, parecia confuso.

– Por que? Será que encontraram o corpo de Thalia?

– Thalia não está morta! - eu disse com raiva.

Não, ela não estava morta, não podia estar. Eu iria encontrá-la viva.

Percy me olhava assustado.

– Desculpa. - eu disse.

Assim que ele parou o carro, avistei minha bela casa. Meus olhos começaram a ficar pesados, necessitava de minha cama, rápido.

– Até amanhã, então? - perguntei e Percy assentiu sorrindo.

Sorri para ele também e resolvi fazer algo que eu nunca fazia. Lhe dei um beijo no rosto. Notei que ele corou instantaneamente e abriu um sorriso. Também podia sentir que meu rosto estava queimando, mas não liguei. Me despedi dele e fui para minha casa.

Tirei a chave de meu bolso e, assim que a destranquei e entrei, me deparei com um pequeno papel cor-de-rosa ao lado de um girassol, minha flor preferida. Abri o pequeno paple e quase não acreditei nas palavras contidas dentro dele:

"Olha, eu não consigo acordar. Estou vivendo em um pesadelo, que parece ficar se repetindo. Preso em um quarto, tão perto de você e você bem com nós apenas sendo amigos. Estou esperando a minha vez, só não consigo entender, por que você não me ama? Não me toca. Diga-me que sou seu tudo, o ar que você respira. E por que não me ama? Abra seu coração esta noite, porque eu posso ser tudo o que você precisa.

Ass: alguém que está completamente apaixonado por você, Annabeth."

Minhas pernas ficaram bambas instantaneamente. Quem seria tão louco a ponto de me mandar uma coisa dessas? Quer dizer, eu não sou nada, sou apenas uma nerd sem sal que ama ler, quem iria me amar? Aquilo era ridículo! Poderia ter sido apenas uma brincadeira de mal gosto, alguém querendo me ver feliz e depois me fazer quebrar a cara. Dobrei o papel e o guardei dentro de uma gaveta. Não poderia ser verdade!

Fui até minha cama e só me dei ao trabalho de tirar meus sapatos, dormi com a mesma roupa que havia ido na festa dos Stoll. Então meus pensamentos voaram até Luke. Eu quase o havia beijado naquela noite, se não fosse por Percy... Quase fiz uma bobeira.

Sorri involuntariamente.

Não, eu estava sorrindo? Por que eu estaria sorrindo? Annabeth, pare de ser idiota! Será que Luke poderia estar mandando aqueles bilhetes? Não sei se fiquei feliz ou triste com aquela ideia.

Não demorou muito, dormi e sonhei com meu admirador secreto.


POV Percy

Annabeth tinha me dado um beijo! Voltei para casa sorrindo como um idiota. Ela não era uma pessoa muito amável, muito menos daquelas que demonstra seus sentimentos, mas foi inevitável não ficar feliz com o beijo que ela me deu. Foi na bochecha, mas mesmo assim, me senti o cara mais sortudo do mundo.

Mas ainda tinha Luke, e eu percebi que Annie tinha ficado mexida quando o viu na festa dos Stoll. Como não me lembrei que eles eramm irmãos? Travis e Connor, assim que me viram chegando com Annie, vieram me perguntar se tínhamos algo. Respondi, com pesar, que não. Connor ficou um tanto feliz, e não teve vergonha de demonstrar, ele sempre achou a Annie "pegável", mas eu nunca deixaria que ele encostasse um dedo sequer nela. Não queria vê-la magoada novamente.

Cheguei em casa e, assim que entrei na garagem, liguei para Grover. Depois de vários toques, ele atendeu?

– Alô... ? - ele parecia sem fôlego.

– Cara, não precisava ter dito aquilo na frente da Annie, ela não é boba, ficou desconfiada.- eu disse.

Então escutei uma risada aguda ao fundo. Júniper, deduzi. Me senti constrangido por ter ligado um um momento tão... inoportuno.

– Foi mal... Percy... Mas tudo deu certo... agora é... esperar... - ele dizia tomando respirando pesadamente.

– Obrigado então, hã... outra hora a gente se fala. - eu disse e desliguei o celular, nem o esperei responder.

Ao entrar em casa, fui direto para o meu quarto. Só queria dormir e sonhar. Sonhos sempre me intrigaram. Eles são como se fossem a mistura de tudo o que você viu e ouviu durante o dia, as vezes são até mais do que isso. Eles nos transportam para um outro mundo, um mundo sem sentido e diferente deste que vivemos. Eu gostava de sonhar, principalmente quando meus sonhos eram com Annabeth. Tantas vezes eu já havia sonhado que a beijava... Mas eram apenas sonhos, e eu acordada frustrado toda vez que eles acabavam.

Acho que o motivo pelo qual acordamos sempre na melhor parte dos sonhos, é para poder correr atrás deles. E era isso o que eu estava fazendo. Um dia eu contaria para Annie tudo o que eu sinto, mas no momento, achei melhor seguir o plano de Grover.

Não demorou muito até que eu pegasse num sono. Algo me dizia que o dia que estava por vir seria surpreendente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem será que mandou aquele bilhete, não? HEUHEUHEUHEUHE próximo capítulo reserva uma grande surpresa, e isso tem a ver com o chamado de Zeus, por enquanto é só isso que posso lhes dizer. Até amanhã blueberries NHAC ;3