Quem Sou Eu? escrita por SarahRiot_, Daniella Rocha


Capítulo 1
Capítulo 1 — Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui estou eu de novo com uma nova fic. Particularmente eu espero que vocês gostem, em minha cabeça a história parece muito boa. xD
Feliz dia das Mães & HAPPY BIRTHDAY ROBERT PATTINSON ! (((:
Essa fanfic é mais um presente do meu aniversário (amanhã ~dançando~) para vocês! õ/
Deixe-me explicar uma coisa, bem no prólogo e no epílogo - talvez no meio da fic tbm - haverá dois tipos de narração, mas não é dificil de entender não. Quando tiver "***" é o final de uma narração e o começo de uma nova, porém quem conta a história mesmo é o personagem que começa narrando, os dois tipos de narração só muda o fato de que: em uma o personagem narra dando sua opinião na história e a outra narração é apenas o personagem relatando os fatos. xD
BOA LEITURA! ^^



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Eu andei refletindo sobre como começar isso. Bem, o demasiado isso seria a história que irei lhes contar... Achei que o típico “Olá, meu nome é...” seria apropriado, mas então decidi permanecer com o mistério. Gostaria de algo “não típico”, até porque a história que irei lhes contar não é nada “típica”, na verdade até pode ser, mas não na vida real, apenas em contos, em filmes, em novelas... Okay, okay, pensei em começar com algo engraçado, mas não tenho tal dom para possuir senso de humor tão grande como certas pessoas que conheço, e não dá para se dizer algo engraçado escutando OneRepublic – Come Home, digo, não é a música apropriada para a nossa história, mas a banda é realmente incrível e a musica em si nem se fala... Então decidi por fim começar com algo que realmente se encaixa no contexto de nossa história...

Era uma vez, por volta de 1994 em Leesburg, Estados Unidos, uma pequena cidade governada pelo Rei Henrique Luca Harvey e sua esposa, Rainha Madison Price Harvey. O palácio dos Harvey ficava localizado próximo ao lago Harris.
Talvez, creio eu, que se o Rei não possuísse uma linda filha de pele albina, cabelo castanho escuro até o meio das costas liso, um par de orbitas cor do céu em um dia ensolarado, um corpo desenhado com perfeição exagerada para uma pequena Princesa de apenas 18 anos de idade — sim, para o Rei ela ainda era sua pequena, talvez mesmo depois que ela ultrapassasse os 50 ele ainda a chamaria de pequena, assim como todos os pais, penso eu — ele não iria ter tantos fios de cabelo branco naquela cabeça que tramava 101 planos para que sua pequena Lisa — Marie Lisa Price Harvey — permanecesse no castelo fora às 8 horas de sono que ela tem em seu quarto revestido de tecidos como a seda, viscose, cetim, veludo... Pequena Lisa passava mais tempo na cidade do que no castelo, onde todos diziam que era seu lugar, mas ela não pensava assim. Oras uma cidade que possui tanta beleza e encanto e eu não podendo usufruir de tais maravilhas ficando 24 horas naquele castelo? Não que o castelo seja feio e sem graça, mas como já mencionei... a cidade tem seus encantos. Era exatamente desse jeitinho que Princesa Lisa pensava e eu não lhe tiro a razão, a cidade de Leesburg é realmente magnífica...
Pois bem, em uma dessas fugas para a cidade a Princesa conheceu um plebeu, Richard Campbell, pele clara com algumas queimaduras — trabalhava em uma padaria assando pão em verdadeira constância —, cabelo castanho avermelhado, olhos como o chocolate ao leite, alto e nem tão forte, mas também nem muito magro, ele era perfeito... para Lisa. Homem trabalhador, gentil, carinhoso... galanteador, mas não desses que cantava a todos as mulheres, galanteador no sentido de ter aquele charme no olhar e um sorriso que possuía o poder de derreter seu coração...

***

— Richard! — Corria pela ponte que separava a cidade do castelo, Marie Lisa. — Pare! — Olhava para trás e sorria para o homem que aparentava ter seus 20 anos de idade com cabelo castanho avermelhado.

— Não até você parar! — Avançava a cada passo dado em direção da Princesa que mais parecia uma garotinha de seis anos correndo na direção do lago Harris, seu vestido longo vermelho se destacava bem sobre sua pele albina puxada de sua mãe, a Rainha Madison.

— Então terás que correr atrás de mim até o anoitecer e talvez, até mesmo além dele. — Olhou para trás novamente e se distraiu e quando notou Richard já enlaçava sua cintura com os braços a trazendo para trás e a prendendo contra seu peito, não com força e malicia, mas de uma forma confortante que a deixou imobilizada pela hipnose que o toque dele exerce sobre ela.

— Correria atrás de você pelo resto de minha existência, minha Princesa. — Disse com tal entonação de voz que arrepiou lhe até a alma de Marie Lisa.

Ela se virou graciosamente ficando de frente para o plebeu e segurou seu rosto entre as palmas de suas mãos e o trouxe para mais perto, com os braços ainda envoltos da cintura dela ele a puxou para frente e a distancia entre eles diminuiu permitindo lhes assim que selassem os lábios famintos um pelo o outro.

***

Eu gosto de poder contar essa historia por alguns motivos como, por exemplo, se fosse eu a telespectadora da história eu iria gostar de saber de coisas que provavelmente outras pessoas poderiam chegar a ocultar, coisas realmente interessantes de se saber, coisas... Logicamente você percebe como Lisa e Richard se gostavam, digo, realmente. Não era apenas diversão, uma curtição como hoje em dia passa a ser, mesmo que lá fossem seus anos 90 as pessoas já costumavam apenas curtir, não com a freqüência de hoje em dia, mas já possuíam esse hábito. Eles se gostavam não por Lisa ser uma Princesa ou por Richard ser apenas um plebeu diferente dos tão costumeiros nobres que ela conversa com freqüência, eles se gostavam pra valer. Como em todo conto onde existe uma Princesa e um plebeu sempre há e sempre haverá algo, algo não, alguém para atrapalhá-los, mas como já mencionei isso aqui não é um conto, é uma história onde as coisas são realmente reais, onde o sofrimento é mais intenso, pois não é fictício. Bem, ninguém gosta de ter um casamento preconcebido, certo? Certo. Lisa teria que se casar com um nobre por causa de toda essa coisa de “sangue real” não que ela ligasse para isso, ela realmente não ligava, porém seu pai acabou descobrindo seu romance com o plebeu e todos sabem que quando se descobre uma coisa dessas a situação nunca fica boa para você ou para quem está envolvido... Enganam-se quem pensa que apenas Marie Lisa e Richard estavam envolvidos nessa situação, então é ai que eu abordo sobre uma pessoa que apesar de seu pequeno aparecimento teve um enorme papel, talvez sem ele, sem Steven Bailey, essa história não teria tanta emoção.

***

Oito meses longe do castelo, naquela cabana feita de madeira distante de tudo e de todos, escondida entre as árvores, por trás de alguns riachos e mais árvores se sobre colocavam para escondê-la, era como se a própria natureza estivesse ao seu favor. Aqueles oito meses não foram fáceis. Após o Rei ter descoberto que sua filha saia às escondidas com o plebeu a proibiu de sair do castelo, mas então sintomas de uma gravidez começou a importunar Lisa e ela conseguiu fugir — pela última vez — do castelo e foi ao encontro de Richard ao qual a levou a um velho amigo, Steven Bailey, um velho aposentado médico que vivia a alguns metros da padaria na qual Richard trabalhava. Não demorou muito para o velho Steven dá a confirmação da gravidez de Lisa, ela e Richard não sabiam o que fazer, pois se o Rei descobrisse seria uma tragédia, eles estavam com medo, porém o velho os ajudou, e durante a gravidez de Lisa ele cuidou dela em uma cabana afastada do palácio e de Leesburg, ele e Richard.

Todos do castelo estavam perturbados com o desaparecimento da Princesa e logo no primeiro estante o Rei mandou soldados e mais soldados até os povoados e às aldeias que existiam próximos do reino. O Rei prometeu a Rainha e a si mesmo que não descansaria até trazer sua filha sã e salva para o castelo, idéias até de matar o plebeu passou por sua cabeça, mas esse último também estava desaparecido, o que fazia o Rei ficar mais infeliz e perturbado ainda, pois era obvio que tinham fugido juntos. Talvez se ele não a tivesse proibido de ficar com Richard, ela ainda estivesse aqui, mas era o cumulo ele a deixar ficar com o plebeu, isso não existia, ele simplesmente não poderia ter permitido... Mas e se ele tivesse permitido? Ele não estaria tão amargurado como agora, ele teria poupado muitos sofrimentos, sofrimentos a sua Rainha que estava em depressão e a si próprio.

Felizmente havia uma testemunha que afirmava ter visto o rapaz da padaria correndo para a floresta, além de um riacho, e tal informação logo chegou aos ouvidos do Rei que mandou seus soldados na direção oeste da floresta, área na qual ainda não haviam procurado por Marie Lisa. E qual foi à surpresa dos soldados ao encontrarem uma cabana afastada naquela direção e gritos da Princesa brotar-se de dentro dela?

Eles não estavam preparados para o parto naquele estante, por favor, ela ainda estava de oito meses, mas essas coisas ninguém pode se previr não é mesmo? Não teria mais jeito de se adiar aquilo, Steven teria que fazer o parto da Princesa agora e Richard segurava a mão dela com força enquanto essa soltava gritos agudos.

— Vamos Lisa! Empurre! — O velho ordenava, e quando mais um grito escapou dos lábios de Lisa, o choro de uma criança soou pelo local. — É uma menina! — Anunciou e na mesma hora a porta da cabana foi aberta pelos soldados.

— Termine com a Princesa e fuga! Eles não poderão fazer nada de ruim a ela e a nossa filha, mas a você sim. Fuja! — Richard se jogou contra os três soldados os jogando para fora da cabana.

— Richard! — A Princesa gritou com lágrimas nos olhos. Ela olhou para o velho e para sua filha nas mãos dele. — Steven. — Ela sussurrou com as lágrimas banhando seu rosto angelical.

Steven cortou o cordão umbilical e enrolou a pequena em uma toalha e a entregou para Marie Lisa.

— Minha filha. — Um pequeno sorriso se brotou em seus lábios, a pequena ainda chorava em seu colo, mas não foi o choro de sua filha sobre seu colo que chamou sua atenção, mas sim o disparo de um tiro ao lado de fora. — Richard! — Ela gritou e o velho se levantou.

— Eu o ajudarei. — Pobre velho, pobre e corajoso velho, mas sua saída da cabana foi impedida por mais um dos gritos agudos de Lisa. Ele se voltou para a Princesa e notou algo que o deixou perplexo. — Princesa. — Sua voz era descrente. Ele tirou a garotinha dos braços dela e a colocou deitada sobre a mesa coberta por uma manta e voltou sua atenção para a Princesa.

— Que dor é essa? — Ela perguntou mordendo o lábio inferior.

— Eu preciso que você empurre mais uma vez e com mais força. — O velho disse se colocando entre as pernas dela.

— O que?

— Marie Lisa, você teve gêmeos! — Anunciou. — Empurre! — O velho ordenou.

A Princesa apenas assentiu com a face em uma expressão de dor e surpresa e empurrou com toda a sua força, força na qual pensara estar esgotada, mas pensou em tudo pelo o que já tinha passado, pensou em Richard que lutava bravamente ao lado de fora, pensou em sua filha deitada sobre a mesa ainda chorando, assustada provavelmente e pensou em sua outra filha ou filho que estava prestes a nascer e puxou forças que não imaginara ter e sentiu o bebê sair, porém dessa vez não houve choro.

— Steven... — Ela estava ofegante.

O velho nada disse, apenas cortou o cordão umbilical e olhou para a criança em suas mãos desgastadas e confirmou que a pequena, sim era uma menina, era, pois ela não respirava. Ele a enrolou em outra toalha e olhou para a Princesa.

— Eu sinto muito. — Lamentou.

— Não. — Sussurrou com mais lágrimas saindo de seus olhos, o velho apenas abaixou a cabeça.

— Steven! — Gritou Richard em uma situação decadente — roupas rasgadas e sujas de sangue, o rosto com hematomas e cortes, alguns chegavam a ser profundos — deitado com a metade do corpo dentro da cabana e a outra metade fora. Ele gritara para avisar ao seu amigo sobre o perigo do soldado inclinado sobre a janela, ele mirava uma espingarda em sua direção, mas já era tarde demais... a bala havia pegado próximo ao seu coração, o velho primeiro caiu de joelhos e depois tombou para frente com o bebê ainda nos braços, ele possuía pouco tempo até seu coração parar de bater completamente.

***

Conseguem compreender o pequeno papel que Steven Bailey teve nessa história? Conseguem compreender a importância de seu pequeno papel? Sem ele talvez o nascimento das gêmeas tivessem sido diferente, diferente ao ponto de tornar o futuro duma delas totalmente inesperado ao que aconteceu.
Após os soldados terem ido embora e levado a Princesa Marie Lisa, o plebeu Richard Campbell e a pequena filha deles, eles deixaram o velho Steven jogado ao chão com o bebê em seus braços — ninguém a vira, ninguém a notara, ninguém, além de Marie Lisa que pensava que ela estava morta — sabia de sua existência... ninguém até eles chegarem.

***

— Eu disse que era uma má idéia virmos dá um volta pela floresta sem um guia, eu disse, mas você me escuta? É claro que não. — A mulher queixava-se com o homem que provavelmente era seu marido. — Estou preocupada com o nosso filho, o deixamos sozinho, você compreende? Sozinho. Temos que voltar.

— Eu sei querida, e vamos voltar, não estamos perdidos. — O homem deu mais algumas passadas até uma cabana ficar visível aos seus olhos. — Veja uma cabana, talvez tenha alguém lá que possa nos indicar a nossa localização. — Disse contente caminhando em direção ao local recém encontrado.

— E ainda diz que não estamos perdidos. — A mulher revirou os olhos e aguardou até que o homem de cabelos negros retornasse, mas ao invés dele voltar ele gritou por ela e ela saiu correndo na direção da cabana e ao chegar lá ficou paralisada. — Ele estar morto? — Conseguiu perguntar depois de assimilar o velho homem caído ao chão com sangue por toda sua camisa.

— Eu não sei. — Ele se aproximou do velho ensangüentado.

— Charlie. — A mulher sussurrou e Charlie a olhou. — Cuidado. — Ele assentiu e moveu o ombro do homem o virando, fazendo-o com que ficasse de barriga pra cima.

— Oh, meu Deus. — Charlie deu um pulo para trás ao notar em uma toalha sobre o peito do homem um bebê. — Renée, veja. — Disse e a mulher se aproximou mais.

— Eu não acredito nisso. — Renée caminhou até o homem e se agachou pegando o bebê.

— Está vivo? — Charlie.

— Não se... — E antes que ela pudesse finalizar a frase a pequena em seus braços mexeu as mãos e começou a chorar.

— O que vamos fazer? — Franziu o cenho.

— Não podemos a deixar aqui. — Disse Renée como se fosse obvio.

— Concordo, mas e o que faremos com ele? — Charlie gesticulou para Steven.

— Quando conseguirmos voltar à aldeia nós avisamos sobre ele. — Renée disse saindo da cabana e Charlie estava logo atrás dela. — Talvez não tenha sido uma má idéia virmos passar esse fim de semana em Leesburg. — Disse ninando a garotinha nos braços.

— Talvez não tenha sido uma má idéia eu ter feito nós nos perdermos. — Charlie rebateu fazendo graça e Renée riu.

— Pelo menos você admiti que estamos perdidos. — Charlie sorriu e passou o braço sobre os ombros da esposa.

— É uma menina? — Perguntou olhando a bebê que ainda estava suja de sangue, mas que já cochila no colo de Renée.

— Não sei, deixe-me ver. — Depois de retirar um pouco a toalha do bebê conferiu ser uma menina. — É uma menininha sim. — Sorriu.

— Como ela deve se chamar?

— Eu não sei, ela é recém nascida, talvez nem tenha um nome ainda. — Refletiu.

— Poderíamos lhe dar um nome. — Sugeriu Charlie.

— Sim, poderíamos. Tem alguma sugestão? — Ela parou de caminhar e o olhou.

— Que tal... Isabella?


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Notas finais do capítulo

Então, difícil de entender? Não, né? xD
Pessoal eu preciso saber mesmo da opinião de vocês, então não deixem de comentar me dizendo o que acharam da fic, okay?
Obg por terem lido & uma ótima semana a todos. xD
Até mais. ^^