Quem eu não esperava ver

Vamos a isso!

– É preciso teres muita lata para apareceres aqui depois de tudo o que fizeste. – Rosnei-lhe.

– E o que é que eu fiz, exatamente?

– Assassinas-te os meus pais! Destruis-te tudo o que restava deles! Eu nunca te vou perdoar. NUNCA!

Ele suspirou.

– Nunca digas nunca! – Gozou.

– Não me provoques! – Rosnei.

– Diz a híbrida. – Gozou novamente.

– Diz o fedorento.

Ele começou a tremer. Eu teria de o tirar de dentro de casa e atraí-lo para o prado. Eu conhecia bem o meu irmão. Seria difícil tirá-lo dali. Tinha de o afastar dali… tinha de o afastar do Edward.

– Uma vez uma certa pessoa disse-me que no dia em que o Charlie e a Renée os libertassem, seria o dia em que deixaria tudo para trás e viajaria por todo o mundo até encontrar paz… uma paz que apenas alguns conseguem encontrar…

– Bem… uma certa pessoa disse que me seguiria e que seriamos os únicos após muitos anos de procura… disse também que se fosse preciso, deixaria quem mais amava e seguiria com a pessoa misteriosa em busca dessa paz…

– Vai-te embora.

– Senão?

– Quatro palavras: AR! FOGO! TERRA! ÁGUA!

Com quatro berros, chamei os elementos e preparei-me para fazer o que lhe fiz na última vez que nos encontrámos. Faria qualquer coisa para que ele se fosse embora e me deixasse em paz de uma vez por todas.

Olhei nos olhos dele.

– Estou a ver que ainda não recuperas-te do trauma da última vez.

– Como se te achasses muito poderosa. – Rosnou.

– Eu sei que sou. – Gabei-me. – Não queiras saber o quanto.

Avancei para cima dele e vi o quão ágil ele tinha ficado desde a última fez. Guardei as armas e avancei lentamente, novamente. Ele já se tinha transformado e agora corpo contra corpo.

– Onde é que está a Annabeth?! – Indagou.

– Achas mesmo que eu te vou dizer?! – Indaguei.

– Se eu descobrir por mim, será pior – aviso-te já.

– Eu não te vou dizer onde é que ela está nem que me tortures! – Berrei.

Ele saltou para cima de mim e dei-lhe um ponta pé que o atirou para fora da casa. Praticamente a murros e a ponta pés, consegui levá-lo para o prado. Ele estava desmaiado por causa das dores, quando fiz a pior coisa que fiz em toda a minha vida: baixei a guarda. Comecei a andar na direção da nave quando o senti a morder-me.

– Diz-me onde é que ela está!

– Já disse que não!

Nesse preciso momento, os X-THEM chegaram e conseguiram tirá-lo de cima de mim. Os Cullen… foram eles que os chamaram…

– BELLA! Bella! Bella! Oh, meu deus! Querida, meu amor, nunca mais faças isto!

O Edward abraçava-me com força. Todos os Cullen me abraçavam. Sentia-me a desfalecer…

– Para te manter a salvo… faria qualquer coisa…

– Mas tu não te cansas de estar quase sempre á beira da morte?

– Emmett!

– Bella. – Chamou-me o Edward. – Quem é a Annabeth?

Sentia os meus olhos a fecharem-se e a última coisa que ouvi foi a sua doce voz.