Quem eu não esperava ver tão cedo

Dirigi-me á sala e peguei um telefone.

– Estou?

– Olá, maninha.

Petrifiquei. Aquela voz, que eu não ouvia á muito tempo, talvez anos, esta agora no outro da linha.

– Jacob?

– Então? Tudo bem?

Não lhe respondi.

– Bem parece que há alguma coisa que não está bem.

– Como é que te atreves, Jacob?

– Desculpa?

– Como é que te atreves a telefonar para aqui, depois de tanto tempo? Hum? E… como é que conseguiste este número?

– Bem… eu só pensei que depois de tanto tempo, seria bom falar-mos um pouco. Desde aquele incidente que não tenho tido muito tempo para te telefonar. E como é que eu consegui este número? Tenho os meus contactos.

– Cretino! Aquilo de incidente é que não tem nada! Foste tu que provocas-te aquilo. Ainda bem que não somos do tipo de gémeos que sente e ouve o que o outro pensou ou teríamos o caldo entornado! – Rosnei.

– Então, mana? Não te esqueças de que também fizeste parte da festa.

– Sim tens razão. Envolvi-me no que não devia para ajudar o meu irmão. O que é completamente normal! E não voltes a chamar-me de mana. E isso irritamente vindo de ti.

– Sempre te tratei assim. O que é que queres?

– Que nunca mais me voltes a ligar, que não me voltes a chatear de qualquer outra maneira, que pares de me chamar mana… queres que continue? A lista é longa.

– Que seja! Vemo-nos qualquer dia.

– Não te atrevas. – Disse desligando o telefone na cara dele.

Suspirei.

– Bella? - A Esme tentou chamar-me a atenção. – Estás bem?

– Não. – Respondi grossa. – Ele está a preparar alguma coisa e não é boa.

Fui para o quarto e deitei-me. Fechei os olhos e pensei em telefonar á Storm. Alcancei o comunicador e entrei em contacto com ela.

– Olá, Bella.

– Olá!

– Posso fazer-te uma pergunta? – Disse-lhe que sim. – Sabes alguma coisa do Jacob?

– É por isso que entrei em contacto contigo. Ele acabou de telefonar aqui para casa e de certezinha absoluta que está a tramar alguma.

– E está. – Disse. – Por onde ele passa, deixa rastos de mortes por todo o lado. Já matou quatro dos nossos agentes e três alunos.

– Mas ele está assim tão perto?

– Sim. Infelizmente ainda não conseguimos descobrira sua localização. Na verdade achamos que…

– Eu pudesse encontra-lo.

– Sim. Vocês estão ligados de uma certa forma que nos pode ajudar.

– Eu sei. Entro em contacto contigo quando tiver noticias.

– Okay.

Desligou.

Pouco tempo depois o Edward chegou e consegui convencê-lo a ir tomar um banho e deitar-se um pouco.

Já passavam das três da manhã, quando ouvimos um estrondo. Levantámo-nos rapidamente e fomos ver o que era. Aquele cheiro… não pode ser…

– Edward. – Ele olhou para mim. Dei-lhe um comunicador de ouvido e o grande. – Põe isto no ouvido e assim que eu disser tu chamas os X-THEM.

– Bella, o que é que se passa? Que fedor a cão é este?

– Já vais ver.

Saí do quarto e fui para a sala em bicos dos pés. Eu sabia que ele estava na sala, então liguei as luzes e escondi-me, no alto das escadas.

– Maninha… Bellinha, eu sei que estás aqui.

Olhei para o corredor dos quartos e vi que estavam todos ali. Fiz-lhe sinal para que não fizessem barulho.

– Eu que é que estás aqui a fazer? – Rosnei-lhe.

– Ora… vim ver-te…

– Mentiroso.

– Sabes? Tens razão. Vou contar-te a verdade. – Ele fez uma pausa e enquanto isso, pedi á Alice para que fosse buscar as minhas armas ao escritório e á Roselie as do quarto. – Vim falar contigo.

– Então vamos conversar. Eu começo. Como é que descobriste que eu estava aqui?

– Aqueles alunos não sabia estar calados.

– Aposto que foste tu que os obrigaste a dizer.

A Alice e a Roselie trouxeram-me as armas e preparei-me.

– Sabes era mais confortável que tu aparecesses. Gostava de te ver. – Disse rosnando.

Vamos a isso!