Ties Of Power escrita por Heatville


Capítulo 9
Castle


Notas iniciais do capítulo

HI PESSOAS QUE LEÊM MINHA LINDA OBRA! XD
Esse capítulo foi bem cheio de ação ' - '
Espero que gostem e desculpe os erros!!!!!!!! :]



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Nenhum membro do grupo realmente queria entrar naquele castelo, mas eles sabiam que teriam de entrar. Apesar de o medo tomar conta de seus corações, um mínimo desejo de entrar no castelo também compartilhava o coração dos garotos. Era um lindo castelo típico de conto de fadas, o jardim de estatuas de gelo somente transformava tudo aquilo mais encantador.

- Por que gelo? – Sophi indagou.

- A sorte é fria Sophi, hora ela está lá, hora não. – Heather respondeu, exibindo um semblante preocupado.

- Eu quero muito entrar, é tão lindo. – Kess deixou as palavras escaparem de sua boca, era difícil ela demonstrar afeição por algo.

- Não deixe a beleza te enganar, isso é só uma máscara, uma bela máscara. – Heather repetiu as palavras aprimorando cada vez mais a beleza do castelo.

- Vamos entrar, então? – Sophi deu um passo para frente e assim desmanchou a formação.

- Vocês vão. – Diferente de Sophi, Heather recuou.

- E você? – Robert girou nos calcanhares para ter uma melhor visualização da ruiva.

- Eu não posso entrar ai. – Heather abaixou a cabeça se sentindo culpada.

- E você só diz isso agora? – Leena parecia confusa, e tinha todo o direito. Heather era a guardiã ela era quem sabia de tudo, não fazia sentido entrarem em um castelo mortífero sem um guardião.

- Vocês têm o Zac. – Heather tentou aliviar a consciência.

- Continuamos sem nada. – Kess exclamou e partiu em direção ao castelo.

- Espera Kess! – Robert girou novamente na direção da loira que partia em alta velocidade.

- Você pode sim, venha! – Jess agarrou o braço da amiga e a puxou, seguiu a irmã e por segundos caminhou normalmente. Quando chegou a metros da porta algo aconteceu; sentiu seu corpo ser acariciando por uma fina camada invisível, só que Heather não passou pela mesma sensação.

- Eu não posso passar! – Heather bateu a mão direita no escudo invisível, que como água, se manifestou tremendo na área tocada.

- Tudo bem, estamos ferrados. – Sophi apareceu atrás de Heather, seguida por todo o restante do grupo.

- Vocês vão conseguir, eu prometo. – Heather acenou a cabeça e se desvencilhou das garras de Jess.

Antes de entrar Zac passou por Heather e deu um abraço caloroso na parceira. Os bruxos foram andando e cruzaram o véu invisível, sem perceber que tudo mudara.

Kess estava parada logo à frente, olhando para eles e com os olhos arregalados, parecendo meio demente.

- O-olhem... – Kess apontou idiotamente para o local onde estavam anteriormente.

Realmente tudo mudara, não tinha jardim de gelo e nem neve, depois do véu translúcido, no solo se estendia um piso de pedra negra e suja de que parecia carvão e nos lugares aonde as estatuas habitavam, gárgulas horrorosas tomavam conta.

- A máscara. – Sophi soltou quase que em um sussurro, estava tão pasmada quanto os outros.

- Olhem para isso. – Leena agora apontou para a direção oposta da que eles olhavam.

- My God. – Jess suspirou ao ver o castelo; não era mais gelo, agora era pedra, uma pedra negra e desconhecida, erguia-se no mesmo formato do que o outro só que agora estava terrivelmente acabado.

- Vamos entrar agora. – Zac assumiu o comando do grupo, não parecia o mesmo Zac, talvez isso alertasse para os outros que as coisas ficariam sérias.

Todos eles atravessaram a grande porta que gemeu quando foi aberta, entraram em um estendido salão que tinha no solo a mesma textura que o chão da caverna. O interior do castelo era tão assustador que o exterior, era úmido e mal iluminado, era muito semelhante à caverna, só que o castelo era mais horrendo.

Archotes de tochas eram as únicas fontes de luz e o fogo produzia uma sombra bruxelante que atormentava os olhos dos visitantes.

- Peguem as armas. – Leena avisou, retirando da mochila uma gigantesca espada prateada.

- Não temos armas. – Sophi protestou confusa.

- Não vocês, vocês tem seus poderes. – Leena apontou para as gêmeas. – Eu estou falando delas.

Juntas as duas irmãs concordaram, Kess retirou das costas uma cumprida vara que após algumas violentas balançadas se alongou para os lados e se transformou em um arco de flechas. Jess seguiu as ações da irmã, só que do bolso retirou um rimel que fez Sophi suspirar uma exclamação de desaprovação, “não era para se maquiar”, Sophi ia dizer só que se calou ao ver Jess retirar a tampa do acessório e o mesmo se transformar em um chicote com a ponta laminada.

- Formação agora. – Zac apareceu entre os garotos com o rosto manchado de tinta verde e vestindo na cabeça um capacete com algumas folhas. – Eu vou à frente com as gêmeas e logo atrás vem Leena, Sophi e Robert vocês devem sempre ficar atrás de nós.

- Pra que isso? – Kess desdenhou as novas vestimentas de Zac.

- Acho que é apropriado. – Zac sorriu.

- Apropriado para você seria um cérebro. – Kess sibilou.

Zac ignorou o comentário da gêmea e tomou a frente do grupo, que seguiu a formação. Foram invadindo o castelo e penetrando seu interior, cada passo dado era um segundo para ver o que se passava.

Minutos de caminhada se passaram e o longo corredor que entraram não se acabava só depois de mais ou menos uma hora caminhando que chegaram ao fim. No fim do corredor havia quatro portas, e entre elas uma pequena criaturinha servia de porteiro para estas.

- Ora ora, o que temos aqui... – A criatura falou, tinha orelhas pontudas e sua pele era agressivamente rubra.

- O que você é? - Sophi apontou o indicador para a criatura, com medo, e logo após retirou o dedo de riste com medo de que a criatura o abocanhasse.

- Eu sou um duende minha cara. – A criatura sorriu, revelando seus dentes que pareciam serrinhas.

- Duendes usam roupa verde e uma toquinha, e tem a pele normal, a sua é vermelha. – Zac se aproximou do duende.

- Meu nome é Zulyand, fui banido da cidade dos duendes e me tiraram meu gorro e minha roupa verde, eu vim procurar meu senhor Ymir que me deu essa coloração. – O duende queria deixar bem claro que era servo do impetuoso Ymir, pois ao pronunciar seu nome fez uma demorada reverência.

- Onde está o cristal? – Sophi pronunciou.

- Está atrás de uma dessas quatro portas. – Zulyand agora sorriu maliciosamente, algo ruim estava por vir. – E para chegar até ele vocês terão que responder uma pergunta, se acertarem eu dou o direito de escolherem duas portas. Uma leva até o cristal, outra uma surpresinha e outras duas levam a morte súbita, se errarem a pergunta eu como vocês.

- Bem confortante. – Kess disse ríspida.

- A pergunta é a seguinte: - A criatura se preparou como se fosse discursar. - No terceiro andar de um edifício está uma lâmpada. Essa lâmpada é controlada por um de três interruptores, que estão no primeiro andar. Você está sozinho e não consegue ver a claridade da lâmpada do lado de fora do edifício. Só poderá subir ao terceiro andar uma vez. Poderá saber qual é o interruptor que controla a lâmpada? Qual dos três interruptores que comanda a lâmpada?

O grupo se manteve em silêncio, estavam se considerando perdidos, mas foi quando Leena começou a falar.

- Liga o primeiro interruptor por cinco minutos e desliga. Em seguida liga o segundo interruptor e sobe ao terceiro andar. Se a luz estiver apagada, mas quente foi o primeiro interruptor. Se a luz estiver ligada foi o segundo interruptor. Se a luz estiver apagada e fria, então é o terceiro interruptor que comanda a lâmpada. – Leena pronunciou na mesma velocidade que o duende, mantendo o mesmo tom de voz zombeteiro.

- Uau. – Sophi estava pasma com o conhecimento de Leena, sabia que a garota passara metade da vida lendo, mas achou que como ela, Leena não conseguisse retirar nada precioso de um livro.

- Certo. – Zulyand parecia desapontado. – Agora, escolham duas portas.

- Eu previ a porta certa, deixa que eu vou. – Zac disse e seguiu para a terceira porta.

Com um pouco de medo o garoto pousou a mão sobre a maçaneta que estava extremamente quente, quase queimando os dedos do garoto e então ele a girou e a porta se abriu. Um grito ecoou pelo castelo e foi tudo tão rápido que Zac mal sentiu quando uma gigantesca luva de boxe rompeu pela porta acertando-o em cheio, dando-lhe mais uma grande marca roxa na face.

- Obrigado Zac, agora temos só uma chance de viver e duas de morrer. – Obviamente era Kess e estava furiosa.

- Eu fiz isso para ter certeza que nenhum de vocês saísse ferido. – Zac suspirou com a mão sobre o olho ferido.

- Érrm... – Kess se calou.

- Ok, eu abro a próxima. – Sophi declarou e seguiu os passos de Zac, só que foi em direção à primeira porta.

- Sophi é perigoso. – Robert seguiu a namorada de perto. – Deixa que eu abra.

- Não, eu quero abrir isso e se eu morrer saiba que eu amo você. – Sophi esbanjou um sorriso e então deu um caloroso beijo em Robert.

Sophi abriu a porta e um vento muito forte e quente invadiu o local onde estavam os garotos, eles foram jogados contra a parede e um grito que não sabiam distinguir se era de Jess ou tinha origem da porta escancarada. Quando o vento cessou o único que permanecia estagnado no chão era Zulyand que ria descontroladamente.

- Vocês conseguiram parabéns. – E então deu uma risada medonha e sumiu em um rodopio.

- Não gostei dele. – Jess comentou em relação ao duende.

- Eu não morri, isso é bom. – Sophi colocava-se de pé em conjunto aos outros amigos.

- Nós conseguimos, vamos entrar. – Zac declarou, chateado por ter perdido o chapéu com as folhas.

Então todos se recuperaram e cruzaram a porta, um atrás do outro. Entraram em uma sala pequena, mas demasiada luxuosa; tinha o chão de mármore polido e era ornamentada por colunas brancas com detalhes florais de puro ouro, bem no centro da sala que parecia um santuário, estava lá o cristal, transparente como água e frio como gelo, no topo de um pedestal.

- Eu pego. – Robert se apurou para que chegasse primeiro.

- É perigoso! – Zac alertou.

- Eu não fiz nada até agora! – Robert protestou, queria ter parte na captura do cristal.

- Tudo bem... Mas cuidado. – Zac acenou com a cabeça e fez um gesto com a mão.

Robert olhou de soslaio para a namorada e se virou, ficou rente ao cristal e então esticou o braço para alcançá-lo. Quando encostou no cristal esperou o pior, mas nada aconteceu apenas um grito nas suas costa fez com que ele quase derrubasse o cristal recém alcançado.

- AHH! Que susto cara! – Zac se apoiou na parede e arfava vacilante. – Achei que você ia explodir ou algo assim, não faz mais isso se não eu morro.

- Eu não fiz nad... – Aconteceu muito rápido, a pele branca de Robert mudou de cor  ficou azul e seus cabelos passaram do negro profundo para o branco cortante. Uma camada de gelo envolveu o menino por inteiro e o prendeu em uma cápsula sólida.

- Robert! – Sophi gritou e Zac caiu desmaiado no chão.

- Não sei se rio ou se me apavoro. – Kess desviava os olhos de Zac para Robert a cada segundo.

- E agora? – Sophi se virou para Leena, era a mais experiente depois de Zac, que agora estava desmaiado de susto.

- Bem, eu não sei... – Leena estava tão preocupada quanto Sophi, e então se aproximou de Robert.

- Não adianta seus poderes não vão fazer nem cócegas na minha cápsula. – Uma voz retumbante soou da porta de entrada.

O que restou do grupo se virou drasticamente para a direção que vinha o som e lá se depararam com um velho barrigudo portador de uma longa barba branca que caia até a altura do pescoço do homem. Tinha nos olhos um azul elétrico e era baixinho, semelhante a uma rolha de poço com uma túnica branca.

- Ymir. – Jess e Kess pronunciaram em uníssono para a figura que estava à frente.

- Não conheço vocês queridas. Vocês não deviam vir para o meu castelo, pegar o meu cristal. – Ymir iniciou uma caminhada em volta das meninas e do corpo inerte de Zac e Robert congelado.

- Esse cristal nunca foi seu. – Leena se atreveu a falar, mas manteve a postura séria.

- Hm... Que atrevimento o seu... – Ymir analisou Leena dos pés a cabeça. – Mas eu sou bom, eu só quero uma coisa em troca do cristal.

- E o que é? – Jess não estava gostando daquilo.

- Isso. – Ymir apontou seu dedo branco e gordo para o pé direito de Jess.

- Meu pé? – Jess olhou para os próprios pés. – Não, não, olha, eu não fico muito bonita sem um pé...

- Não o pé, o que está em volta dele. – Ymir se explicou.

- Minha bota? – Jess olhou outra vez para se certificar.

- Sim. – Ymir concordou balançando a cabeça.

- Ah não! Minha bota com pelo artificial de chinchila que eu comprei na... – Jess ia começar um discurso do quanto demorou a achar a bota, mas o olhar severo de Kess fez ela parar. – Ok.

Jess descansou o chicote que portava, e então retirou a bota do pé e entregou-a para o bruxo.

- Para cumprir minha palavra. – Ymir estalou os dedos. – Aí está.

Robert tinha voltado ao normal e segurava firmemente o cristal em mãos.

- O que aconteceu? – Robert estava desnorteado.

- Depois contamos, agora queremos sair daqui. – Leena tirou a atenção de Robert para Ymir.

- Ok crianças e esse? – O homem apontou para Zac que ainda estava desmaiado.

- Zac! – Sophi deu uma pequena cutucada com a ponta do pé.

Zac acordou com dificuldades, mas ao abrir os olhos e testemunhar um dos três poderosos bruxos, em sua frente voltou a desmaiar.

- Fala sério? – Kess estava incrédula. – Ele não tem importância. Como vamos sair daqui?

- Assim. – Ymir estalou os dedos e tudo rodopiou, um puxão no umbigo fez os garotos saírem daquela sala luxuosa e paparem com um solavanco na neve gelada.

Voltaram para a entrada do castelo, que pelo lado de fora do véu parecia de gelo.

- Conseguimos? – Robert foi se certificar que estava com o cristal, e sim estava lá.

- Tão fácil... – Leena sussurrou.

- Olhe lá. – Ao longe, perto da entrada da caverna por onde chegaram ao castelo, vinha Heather, seguida por uma manada de criaturas que pareciam mulheres cobras, eram horríveis e Heather parecia aterrorizada. – Cedo de mais.


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Notas finais do capítulo

NO PRÓXIMO CAPÍTULO VAI TER MUITA AÇÃO E LUTA! *-*
ESSE YMIR TA TRAMANDO ALGUMA COISA. ;O
BEIJOS ATÉ O PRÓXIMO! ;D



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