Watashitachi No Ai escrita por Miruku Carol


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ^^



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–Onde está o Neji-nii-san, Tenten?

–Bom... Ele deu uma saída... – mentiu.

–Disse pra onde ia?

–Não... Você sabe como a gente não se dá bem.

–Muito pelo contrário... Acho que vocês se dão muito bem...

–Você não diria isso depois de hoje...

–O que aconteceu, Tenten?

–Eu falei besteira...

–O que você disse? – perguntou desconfiada.

–Eu pisei no calo dele... A gente começou a discutir como sempre e eu falei demais...

–Tenten...

–Eu sei... Desculpa, Hina...

–Não é a mim que você tem que pedir desculpas. Pra onde será que ele foi? – perguntou-se pegando o celular e ligando pra ele – Desligado...

–Droga... Vou procurar por ele, Hina. Já volto. – disse metendo o celular no bolso, pegando a chave do carro e descendo.

Ela procurou por toda a redondeza, não o achou, nem conseguiu informações sobre seu paradeiro, então lembrou que ele só podia estar em um lugar.

...

–Ai Shika... – gemeu a loira. Estavam no consultório do Nara, ele havia acabado de sair do laboratório, tinha recebido boas noticias sobre um novo tipo de combate a uma doença genética, estava comemorando com a Sabaku – Você disse que não íamos mais fazer isso no horário de trabalho. – disse saindo de cima dele e indo até o banheiro se ajeitar.

–Trabalhar com a namorada é complicando. – disse ele indo atrás dela, dando-lhe um beijo no pescoço.

–E eu não sei? – disse ela dando um beijo demorado na boca dele, em seguida virou-se pro espelho e começou a refazer seu coque – Ajeite-se também. Você tem uma consulta em dez minutos. – falou prendendo o cabelo dele – Sinceramente prefiro você de cabelo solto.

–Digo o mesmo pra você.

–É tanta burocracia nesse hospital... – disse fechando o blazer de seu uniforme.

–Você já deveria ter se acostumado...

–Vamos esquecer isso, amanhã temos o dia todinho só pra nós. – disse passando o dedo nos lábios dele. Virou-se pro espelho mais uma vez e retocou seu batom, limpando o borrado – Agora vamos trabalhar, Shika-chan.

...

–Esse hospital está cheio de pombinhos apaixonados... – comentou a loira na copa junto com a Haruno.

– É um saco... Tenho que encobrir as escapadas do Sasuke, a Karin é bem ousada viu! Ela invade o consultório e fica horas lá, ele até tira o telefone do gancho!

–E o Shika com a Tema! Tsunade me pediu pra falar com todos os casais que trabalham aqui pra ver o que está acontecendo com esse fogo alto...

–Queria tanto ter com quem abaixar meu fogo... – lamentou-se a Haruno.

–Nem me fale... – disse tomando todo o café da xícara de uma só vez.

–Por que você não conseguiu manter nenhum namoro, Ino?

–Sei lá! Eles não era exatamente o que eu esperava, sabe... Acho que foi isso...

–Não se sente mal vendo-os com outras?

–Não. Eu deveria me sentir mal?

–Geralmente a gente se sente... Quando ver alguém que a gente ama com outra pessoa.

–Todos os caras com quem eu tive algo hoje são meus amigos, acho que nunca senti algo sério por nenhum deles... É só atração física.

–Pelo menos eles te respeitam.

–Não dei motivos pra me desrespeitarem, não fui pra cama com nenhum deles.

–Uau! Meus parabéns!

–O que você achou que eu era? Uma vagabunda que vai pra cama com todos?

–Não com essas palavras, mas basicamente...

–Eu só uma sexóloga, Sakura! Entendo a cabeça dos apaixonados, tudo que eles queriam era se aproveitar desse corpinho aqui por baixo desse jaleco, eu só não deixei.

–Esperta.

–Aprenda. – disse vangloriando-se.

–Muito engraçada. – ironizou.

...

–Sabia que estaria aqui... – comentou a morena atrás dele.

O rapaz estava no que era a sala da casa, hoje tinha um grande buraco no teto e restos amontoados das coisas que foram destruídas, ele estava sentado ali. Ele morava naquele lugar até os 5 anos, mas a casa foi perdida num incêndio, seus pais morreram carbonizados e ele foi encontrado desacordado sob os escombros.

–Me desculpe pelo o que eu disse mais cedo... Foi sem pensar. – ele não respondeu, nem mesmo virou para olhá-la, continuou lá, parado, olhando o céu, ele parecia tão surreal na luz fraca do Sol de outono. Ela percebeu o quanto ele poderia ser bonito, o quanto poderia ser encantador, ela estava conhecendo um novo lado dele.

Tudo estava quebrado, queimado e destruído, não exista mais cômodos, o mezanino havia caído sobre o resto da casa, só a sala que havia se salvado, mas o teto tinha cedido e caído, crescia uma espécie de planta rasteira pelos escombros, o lugar era escuro por dentro, mas tinha uma abertura no teto por onde entrava a luz do Sol.

–Eu passei dos limites... Não era o que era o que eu queria dizer. Eu só queria que você se enturmasse mais, que procurasse amizades, que fosse menos amargo... Me desculpe...

–Vá embora. – murmurou ele. Se ele não tivesse falando ela poderia pensar que a imagem dele era um fantasma, sua pele tão branca chegava a reluzir na fraca luz.

–Neji, eu...

–Vá embora! – falou elevando o tom de voz.

–Não! Eu não vou... Não sem você.

–Saia daqui.

–Não saio.

–Mitsashi, não quero conversa com você... Vá pra sua casa.

–Nossa casa. – disse ela abraçando-o por trás, sentiu seu coração se acelerar quando os músculos rígidos das costas dele tocaram sua pele, e que cheiro gostoso e másculo era aquele que ela nunca tinha percebido? Por quê? Por que estava tendo compaixão por ele? E todas as discussões e ironias e desdéns? Onde estava toda aquela raiva? Então ela percebeu que nunca houve raiva, só alfinetadas e provocações baratas, nada além disso.

Ele tentou relutar, mas a pele dela era macia demais, ele não queria machucá-la, e o cheiro que ela emanava? Era doce, mas não enjoado, era gostoso de sentir. De repente sentiu-se envolvido e já não queria mais relutar, só sentir os braços dela o envolvendo.

–Eu estava errada, Hyuuga. – sussurrou em seu ouvido – Você não está sozinho. Você tem a mim.

Aquele comentário dela o surpreendeu, até ela mesma ficou surpresa, seu coração estava falando sozinho e de um jeito que ela não sabia que ele poderia falar. Os lábios dele se repuxaram num sorriso inocente e ele deixou todo o ar que guardara para manter-se na defensiva e abaixou a cabeça, talvez aliviado por ela estar ali, talvez feliz por ela ter se desculpado, não importava, ele estava mais leve agora e ela também, leve por ter sido desculpada, mesmo que não tenha ouvido da boca dele, seu coração ouviu o que o dele tinha a dizer no silêncio.

...

–Estou aqui pensando... – comentou a homem com sua noiva – Não quer fazer uma viajem?

–Viajem?

–É, um fim de semana, nós dois, em qualquer lugar que você quiser.

–Não sei se é um bom momento pra viajar...

–Por que não?

–Você tem trabalho a fazer, meu amor. Não disse que estava ocupado? Deixe a poeira abaixar, aí a gente viaja, curte um pouco nosso amor...

–Você está estranha, Hana, está acontecendo alguma coisa?

–Não, não! Está tudo bem!

–Tem certeza, Hana?

–Claro, meu amor. – disse beijando-lhe intensamente – Agora estou indo ao salão, passa lá em casa às oito?

–Estarei na sua porta.

–Estarei te esperando. – disse beijando-lhe mais uma vez e logo em seguida saiu do escritório.

–Bom dia, Hana. – cumprimentou Fugaku passando por ela.

–Bom dia, Uchiha-san. – respondeu passando. O homem entrou na sala que ela deixara há poucos segundos e ela foi embora.

...

–Pelo amor de Deus, Naruto, são sete horas da noite, acabei de chegar em casa, tô morto de cansado e você fica me ligando pra encher o saco? – falou segurando o celular entre a orelha e o ombro enquanto se livrava dos sapatos.

Cara, vamos sair pra algum lugar!

Eu ouvi direito? Sair? – desdenhou tirando a camisa, ficando só com a calça branca.

Você vai trabalhar amanhã?

–Não. Amanhã eu vou acordar bem tarde e depois vou sair com a Karin.

Pra ela você tem tempo, mas pra mim não.

–Está mesmo comparando? Ficou doido? Por que acha que eu trocaria minha namorada por você? – perguntou bisbilhotando a geladeira, não tinha nada além de água.

Valeu hein...

–Tem comida na sua casa?

–Hã? Tem ramem instantâneo.

Você é herdeiro de uma rede de hospitais e só tem ramem instantâneo na sua casa?

E você? Você é médico e seu irmão tá ganhando metade do lucro da empresa de vocês!

A gente ainda não fez as compras do mês. E lembre-se que veio uma certa pessoa aqui e detonou tudo que tinha nos armários! – ironizou.

hehe

–Estou saindo pra comer. Tchau.

Peraí, onde você vai? Quero comer também!

–Estou indo naquele restaurante de ontem.

Quer passar aqui pra me buscar?

–Não, moça. – respondeu desligando. Tomou um banho rápido pra se livrar do cheiro de hospital, vestiu um jeans preto desbotado, pôs uma camisa preta de moletom, calçou uns tênis cinza escuro, pegou a carteira e as chaves do carro e desceu.

...

–Chegamos, Hina. – disse Tenten entrando em casa seguida de Neji.

–Neji, você me deixou preocupada! Onde esteve?

–Está tudo bem. – respondeu ele calmamente, a moça não pôde deixar de reparar que uma das mãos do primo estava envolvendo a cintura da Mitsashi, ela deu um sorriso discreto, faria a amiga contar todos os detalhes mais tarde.

–Eu estou saindo, a Sakura me chamou pra jantar fora, ela disse que tem que falar comigo sobre algo muito importante. Vejo mais tarde.

–Tchau, Hina.

–Tome cuidado.

A Hyuuga foi até o apartamento em frente e tocou a campainha.

–Olá, Hina. – disse Sakura com um semblante preocupado.

–O que houve, Sah-chan?

–O fim do mundo. Vamos. – disse pegando o braço da garota e levando-a até o estacionamento do condomínio, pegou seu carro e saíram.

Chegaram ao restaurante, escolheram uma mesa e sentaram-se.

–O que aconteceu, Sah-chan? Você está estranha...

–Meus pais colocaram na cabeça que está na hora de eu arrumar um marido.

–O quê? – perguntou risonha – Era só isso?

–Como isso? Eles endoidaram! Eu quero crescer na vida antes de casar.

–Eu entendo o lado deles... Mas também entendo o seu...

–Ai Hina... O que eu faço?

–Arruma um noivo.

–Não estou gostando de ninguém...

–Tem certeza?

–Claro que tenho! – disse desviando o olhar – Olha só quem está ali. – falou olhando para os dois homens que acabavam de entrar no recinto.

–Quem? – perguntou a moça olhando na mesma direção que a Haruno, ao avistar a cabeleira loira e bagunçada seu coração voltou a acelerar, ela abaixou a cabeça na tentativa de esconder o rubor.

–O que houve, Hina?

–N-nada...

Sakura tirou o celular da bolsa e mandou um torpedo pro Uchiha.

“Olhe 4 mesas à sua direita”

Ele sentiu o celular vibrando no bolso e o tirou, leu a mensagem olhou na direção indicada, viu Hinata de encolhida com a cabeça abaixada, e Sakura sorrindo pra eles e acenando moderadamente.







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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*
Onegai Onegaaaaai
Kissus
Miruku-chan