Músicas Para A Vida escrita por Polly S


Capítulo 9
Capítulo 8 - Crazy Brownie


Notas iniciais do capítulo

Desculpa! Sério mesmo meninas eu estive fora por uma semana e sinto que já tem gente querendo me trucidar... Mas, como o prometido aqui estamos, dia 29/06/12 postando mais um capítulo de MPV.
Espero que gostem.



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A vida estava uma confusão para Nessie.

Acordou de manhã cedo sem realmente dormir direito.

Havia barulhos comprometedores, nojentos e horríveis vindos do quarto de Tanya.

Seu pai havia dormido ali naquela noite. Ela poderia ver as horas que levaria para que ele se mudasse definitivamente para sua casa. Ela não apostava nem uma semana para isso acontecer.

Eram cinco horas da manhã. O sol ainda não havia saído.

Tomou um banho rápido e trocou-se. Não chovia, mas também não fazia sol.

Colocou sua velha e camiseta preta dos Scorpions que ganhara de sua mãe anos atrás por cima de uma blusa com mangas branca, uma calça jeans justa, tênis All Star e uma jaqueta jeans. Pegou sua mochila e saiu do quarto.

Desceu e não havia viva alma acordada em sua casa.

Olhou na carteira e viu que ainda tinha uns quarenta dólares.

Ela iria ao Sue’s Cafe comeria waffles e um café e iria para Rivercourt.

Escreveu um bilhete para a mãe dizendo que foi para a escola mais cedo porque tinha que preparar a aula de um pupilo novo e saiu de casa.


.................


Jacob chegou ao ponto de encontro e lá estava Nessie tomando café expresso e estudando.

Consultou o relógio. Dessa vez ele só estava um minuto e meio atrasado.

– Bom dia, flor do dia. – ele lançou a cantada

Nessie suspirou já se irritando.

Olhou para ele severamente e disse no tom mais ácido e sarcástico que ele já ouvira na vida.

– Eu não sou uma das líderes de torcida para você ficar me lançando cantadas ridículas.

– Desculpa. – ele pediu dando seu melhor sorriso – é que eu tive uma noite maravilhosa com a minha nova namorada.

Nessie fechou o livro com um barulho alto que assustou aos pássaros ali presentes.

– Isso não me interessa e se quiser ter um aprendizado sem traumas aconselho a não falar sobre suas experiências sexuais ou qualquer coisa do tipo. – Ela abriu o livro em uma página qualquer e virou para ele – Jacob Black essa daqui é a matemática. Matemática esse é o ser humano desinteressado e tarado que você vai ter que ensinar. Apresentados? Ótimo. Porque você está terminantemente proibido de falar sobre qualquer outra coisa comigo que não seja sobre essa maravilhosa coisa que você acabou de conhecer. Eu fui clara ou você é tão burro que eu vou ter que gastar meu precioso tempo desenhando para que você possa compreender o que eu falei?

Ele tinha os olhos arregalados para ela.

Nessie pensou que o tinha assustado, mas ele estava mais impressionado que ela conseguira falar tudo aquilo em um único fôlego e não parecia nem precisar do ar.

– Você foi clara. – ele disse se afastando um pouco. Se tinha algo que ele notara sobre ela. Era que ela se irritava fácil.

Ela colocou o livro de volta na mesa e o folheou procurando o assunto.

– Pronto para estudar ou eu posso ir pra escola?

Ele engoliu seco, mas disse surpreendendo-se com o quanto sua voz saiu distante:

– Estudar.

Ele não queria estudar. Só queria levá-la para a cama e em seguida dar o maior fora nela. Mas não conseguia se entender perto dela. De uma coisa ele tinha certeza: Renesmee Swan não era uma pessoa normal e previsível. E ele não sabia agir com pessoas assim.


.........................


Carrie se sentia cada vez mais enganada. Não por Leah ou Seth. Mas por Nessie.

Ela fora à casa da amiga, que agora descobrira que era ‘prima’ e encontrara seu tio de samba-canção no maior amasso com Bella. Os dois ficaram absurdamente corados e disseram que Nessie já tinha ido para a escola a fim de dar aula para um novo pupilo.

Carrie não sabia que Nessie tinha um novo pupilo.

E sabia que sua amiga não estava na escola porque ela já havia rodado a escola todinha umas oito vezes em meia hora.

Nessie estava mentindo descaradamente e ela queria saber o que era que precisava de tanta mentira para a amiga não poder contar nem com ela. Desde os cinco anos era Carrie e Nessie. Nessie e Carrie. Ta tudo bem que teve aquela época em que Nessie foi morar em Nova York e em Roma, mas elas sempre foram melhores amigas e nunca mentiram uma para a outra.

Nessie sempre contara tudo a ela. E vice-versa. Claro, quando a questão foi Jacob Black, Leah era a mais confiável porque só fazia coisas moralmente discutíveis e sabia guardar segrego sem fazer um escândalo. Mas isso nunca acontecera com Nessie. Nessie nunca faria o que ela fez. Até porque Nessie havia feito uma promessa a si mesma que só faria sexo depois do casamento. Algo que Carrie sentia que devia ter feito também.

Já ia dar nove horas, a campa já ia bater e nada de Nessie aparecer.

Ela ergueu os olhos e viu Nessie saindo do banheiro feminino da sala de tutoria.

Foi ao encontro da amiga.

– Onde é que você estava? – soltou irritada.

Nessie se assustou.

– No banheiro. Cheguei cedo, mas acho que os waffles não me fizeram bem... Me deu uma indigestão horrível e eu fiquei esse tempo todo no trono.

Carrie abafou uma risada, completamente surpresa.

– Não quero ninguém perto desse banheiro até o fim da semana. – Nessie fez piada.

As duas explodiram em uma estrondosa gargalhada.

Mas logo parou.

– Eu só vim atrás de você para pedir que você anotasse a matéria dada a partir do quinto tempo. Eu vou ao dentista. Meus dentes estão doídos, você sabe... a sensibilidade e tal...

– Sei... Ei, hoje a noite as nove que é quando eu saio do trabalho... Brownie’s lá em casa. Tia Rose me ligou e disse que ela teve uma noite dos anjos... com o tio Emmett.

Ambas estremeceram.

– E ela vai tirar o dia de folga e fazer os deliciosos Brownies dela. Ela faz um brownie que é uma delícia.

– Ok. Vou mandar um SMS para a Leah depois combinando tudo ok? – Carrie acertou.

– Ah... só tem um problema... – Nessie disse parecendo lembrar-se de algo – tia Tanya está lá em casa com o novo namorado... que por sinal... é o tio Royce!

– COMÉQUIÉ? – Carrie berrou sendo pega de surpresa.

A loira empurrou a amiga para uma cadeira e sentou-se de frente a ela.

– Conta essa história direitinho.

– Que história? – Leah chegava.

– Tanya e Royce juntos como um casal na casa da Nessie. – Carrie resumiu.

– Aimeudeus! – Leah exclamou correndo para a cadeira mais próxima das amigas. – Conta esse bafão agora.

Nessie lhes contou tudo. Desde a entrada bafônica de Tanya até os pais reunidos.

– Uau! – Carrie exclamou surpresa – Isso é que é noite de emoções.

– Sua tia é uma vadia com “V” maiúsculo. – Leah disse.

Nessie rolou os olhos.

– Todo mundo sabe disso. – falou. – Ah, Leah... 9 horas lá em casa. Tia Rose vai fazer brownie e os brownie’s dela são vindos do paraíso.

– Ui. Legal estarei lá.


............


Jacob estava sentado com os olhos vidrados no professor, como se estivesse prestando ao máximo de atenção. Mas a verdade era que sua mente estava a quilômetros de distância.

Estava em Nessie. E no sorriso que ele a viu dar essa manhã no primeiro tempo ao ver o seu enorme 10 em matemática. Ele ficou feliz com o seu 7. Isso era sinal de que as aulas com ela estavam dando frutos.

Ele não podia negar que ela era bonita. Era simpática, exigente, meio dura, mas ele a tinha observado ao longo da semana. Ela era doce, carinhosa, meiga, criativa e bem educada. Mas também pelo o que ele podia notar ela tinha um forte instinto de proteção com os seus. E ele apreciava isso. Ele soube, por meio de Embry que o pai dela era nada menos do que o dono da maior gravadora do estado de Washington. A Red Bedroom Records. A gravadora tinha uma filial em pelo menos todos os estados do país. O que significava que ela tinha muito dinheiro. Mas ele ficava intrigado com algo. Edward Cullen era o dono. Se o sobrenome dele era Cullen – que por sinal era a família mais rica de Forks – porque o sobrenome dela era Swan? Deve ser o da mãe, foi o que ele constatou.

Ele viu Leah Clearwater e Carrie Withlock cochichando algo como:

– Super vadia essa Tanya não? – Carrie dizia ultrajada. – Onde já se viu? Pegar o ex-marido da irmã.

– Eu nem me escandalizo por ela e sim por ele. – Leah disse despreocupada com seu ar naturalmente rebelde – ele está divorciado a menos de dois meses e já esta pegando a irmã mais velha da ex dele. O cara é, definitivamente, um canalha.

Carrie concordou com ela.

Ele se desligou da conversa delas.

Era chata e entediante. Meninas fofoqueiras, ele constatou, elas sempre eram assim. Falavam pelos cotovelos. Mas Nessie não! A garota parecia saber mais fórmulas matemáticas do que frases normais. E de vinte palavras que falava cerca de 18 eram sobre alguma matéria da escola. Mas, mesmo assim ela era interessante. Porque ela sabia separar as coisas.

Ele balançou a cabeça.

Porque ele estava pensando em Renesmee Swan se estava namorando a gostosa da Lauren Mallory?


................


Era a quinta vez só naquela semana que isso acontecia.

Leah não podia chegar em casa que seus pais já estavam brigando.

Victoria, ou Vacatória como ela preferia chamar, estava surtando porque Leah chegara tarde. Parecia que sua mãe esquecia que havia colocado a filha em uma escola onde as aulas acabavam as 15:00 e era super natural ela chegar as 16:00 depois de ter ido ao Sue’s Cafe com Nessie para tomar um chocolate quente, conversado um pouco com a amiga que trabalhava agilmente servindo os clientes por detrás do balcão do restaurante, ter ficado entediada e ido pra casa a pé a fim de fazer seu dever de casa que valia ponto e entrar no seu amado Tumblr.

Seu pai, Harry, chegava em casa com ela e já esperava ter o jantar pronto. As QUATRO HORAS da TARDE. E se não encontrasse ao menos um bolo de chocolate feito ele começava a gritar com Victória sobre ele se matar de trabalhar e ela não fazer nada em casa.

– Você deixa a sua filha ficar fora de casa até as quatro da tarde, Victoria! – ele berrou com a mulher.

Leah suspirou sonoramente, mas eles fingiram não ouvir.

– Ah como se ela fosse apenas MINHA filha! – Victoria gritou de volta. – Ah, esqueci. Ela é realmente minha filha já que você nem tem tempo pra ela.

A cabeça de Leah quase caiu ao ouvir aquilo.

Ela quis gargalhar e dizer com o maior sarcasmo: ‘Olha só, que dia memorável! O sujo falando do mal-lavado! Eu devo ter ganhado na loteria’, mas, sabiamente, escolheu ficar calada.

– Olha quem fala. – Harry berrou.

Leah cansou olhou no relógio surpreendendo-se por ser apenas seis e meia da noite.

Levantou-se indo em direção a porta.

– Ei. – Harry chamou a filha que se virou com seu típico gingado rebelde.

– O que? – perguntou no tom mais rude que conseguiu.

– Onde pensa que vai mocinha? – Victoria pôs as mãos na cintura.

– Vou sair. – disse – Cansei das briguinhas de vocês, então estou indo visitar uma família de verdade. Não me esperem para o jantar. – avisou.

– Leah! – Harry chamou quando ela abriu a porta – O que quis dizer com aquilo?

– Eu quis dizer que vocês dois não tem a mínima moral para falar um do outro. Até porque é hipocrisia demais da parte dos dois dizer que o outro deveria se importar mais com isso ou com aquilo. É sujo falando do mal-lavado. Ah... e antes que eu me esqueça... Quando resolverem se divorciar. Emancipem-me. Eu não quero ter que morar com nenhum de vocês dois.

Ela virou as costas aos pais e saiu da casa.

Podia parecer frieza da parte dela, mas seus pais eram as piores pessoas, depois de Billy Black, que ela já havia tido o desprazer de conhecer. Harry só se importava consigo mesmo e Victoria, quando queria algo da filha a chamava por um dos apelidos de infância: ‘Meu pequeno erro’ e ‘Bebê indesejável’. Eles deixavam bem claro que não a queriam por perto. Leah se deu conta disso aos treze anos. Se não fosse por Carrie, Nessie, Bella e Seth... Ela seria algo bem pior do que Lauren.

Ela não se dera conta do quanto perdera da infância até atingir dos catorze anos.

Ela odiava com todas as forças os seus progenitores. Perguntava-se porque não nasceu como uma das primas de Nessie ou uma prima de Carrie.

Ela nunca iria admitir, mas sentiu uma puta inveja de Carrie por ter Nessie como prima. Tudo bem que não era bem legítimo uma vez que Alice era madrasta de Nessie, mas ainda assim era família... Então ela se lembrou que ambas as amigas a viam como uma irmã. Carrie contara com ela com o lance de Jacob Black!

Ela parou de andar ao se dar conta de algo. Jacob andara cercando Nessie havia alguns dias. Sempre olhando para ela como se estivesse estudando-a, ele não implicara mais com Seth, mas também ele sempre deixava as coisas esfriarem após uma briga para arrumar outra... Mas o jeito que ele olhava para Nessie...

De repente, ela se viu correndo em uma direção oposta a casa das Swan.

Entrou correndo no Sue’s Café e foi até a amiga que voltava para detrás do balcão após ir deixar um hambúrguer na mesa de um cara.

– Oi! – Nessie saudou passando álcool gel no balcão de cerâmica.

– Me diga o que você tem com Jacob Black. – Leah ordenou.

Nesse se ficou tensa.

Leah notou.

– Me conta agora. – ordenou sentando-se em uma das cadeiras no balcão.


...............


Rose não sabia se era sorte ou azar encontrar alguém tão rápido.

Emmett era uma pessoa legal, gentil e que tinha tantas hesitações quanto ela com relação às questões amorosas. Mas conhecê-lo justo no dia em que seu hiper afetado ex-marido apareceu com sua irmã vadia desgarrada foi o maior azar.

Eles tiveram uma noite agradável conversando sobre os acontecimentos. E como foi engraçado quando Nessie tapou a boca de Tanya quando ela ia interromper os pais que se reconciliavam na piscina e puxou-a com brutalidade até o armário sob a escada e trancou-a lá dizendo que no momento ela era Petúnia Dursley e Tanya um Harry Potter loiro e vadio. Eles não se beijaram, tocaram-se apenas para um breve aperto de mãos.

Nada comparado a Tanya e Royce que não a deixaram dormir. Bella e Edward ao menos foram discretos quanto ao que estavam fazendo no quarto. Ela foi ver como Nessie estava e a sobrinha estava no vigésimo quinto sono com os fones de ouvido no volume máximo e seu tapa-olho bizarro onde tinha, no lugar dos olhos o símbolo do Nirvana, dos dois lados. Pelo o que ela pode notar a sobrinha passou a noite inteira escutando Foo Fighters e Nirvana. Mais uma vez, Rose se surpreendeu pela esperteza da garota.

Algo que a surpreendeu também foi a história de Emmett...


Flashback


– Então... você tem um filho, não é? – Rose perguntou interessada para um Emmett também interessado nela.

– É. O nome dele é Logan. – ele sorriu e ela deu um sorriso maroto.

– X-man? – ela brincou.

– Wolverine. – ele entrou na dela. – Foi a mãe dele que escolheu. – ele disse.

– Ela deve ser uma mulher de sorte. – falou notando que ele não usava aliança.

– É. Pode-se dizer que ela costumava fazer a própria sorte.

– Costumava? – estranhou.

– Ela me deixou pouco depois que Logan nasceu. – ele disse como se não fosse nada – Saiu do país. Nunca mais mandou notícias ou se preocupou em ver o filho.

Rose estava horrorizada com aquilo.

Que tipo de mulher abandona o próprio filho sem nem olhar pra trás? Sem se importar? Se a mãe dele aparecesse na frente dela algum dia Rose iria espancar a mulher até a cara dela ficar roxa!

– Chocante, não? – ele perguntou.

– Estou me perguntando o que a levou a fazer isso. – ela disse – e prometendo a mim mesma que se um dia topar com ela eu vou deixar a cara dela da cor de uma berinjela.

Emmett soltou uma gargalhada alta.

– Entra na fila. Minha mãe e Alice estão na frente. – ele disse ainda rindo.

Rose deu um pequeno sorriso.

– E você? – ele perguntou. – Não tem filhos?

– Não. – ela disse tristemente – É até engraçado sabe? Meu sonho desde que era uma menina era ser mãe. Eu pensei que iria ter uma porção de filhos com Royce, mas agora fico feliz de não ter nenhum. Seria mais difícil ter um divórcio com uma criança envolvida.

– Comigo não foi tão difícil. – Emmett comentou – Heidi sumiu e um mês depois chegou o documento para eu assinar pedindo a anulação do casamento com total separação de bens. Eu assinei e segui a minha vida com Logan.

Ambos ficaram em silêncio por alguns segundos antes de Nessie aparecer puxando Tanya violentamente com uma mão tapando a boca e a outra puxando a tia para o armário sob a escada.

– Você não vai realmente me deixar aqui! – Tanya fazia força para se libertar do aperto da sobrinha.

– E você não vai realmente atrapalhar os meus pais. Vamos fazer o seguinte já que você é fã do Harry Potter. Vamos jogar RPG onde eu sou Petúnia Dursley e você é um Harry Potter loiro e sem-vergonha, ok?

E sem esperar por resposta a garota fechou a porta e trancou-a no ferrolho olhou em volta e viu os tios e disse:

– Vocês não viram nada.

E virou-se subindo as escadas.

Emmett e Rose se entreolharam e caíram na gargalhada


Fim do flashback


Suspirando, obrigou-se a continuar batendo a massa do seu brownie com seu ingrediente hiper especial e ilegal.


...................


Leah estava obviamente agitada.

– Você sabe que o Seth vai surtar se descobrir, certo? – Leah perguntou agoniada.

– Sei. – Nessie falou – Por isso eu não contei. Carrie ficou me colocando contra a parede esse tempo todo eu tive que atuar muito para ela não desconfiar e foi à coisa mais difícil que eu já fiz na vida. Você não sabe o que eu estou sentindo agora... É como se um peso fosse tirado de meus ombros.

Leah esfregou as mãos.

– Eu não vou contar a ninguém ta legal? – avisou – quem vai contar é você, mas apenas quando estiver pronta.

Nessie suspirou aliviada.

– Eu poderia te beijar agora se eu estivesse em dúvida sobre a minha sexualidade sabia?

Leah fez careta.

– Não que eu veja diferença de homem pra mulher no quesito de beijo, mas beijar você nunca. Eu não beijo crianças inocentes. E estamos em um estabelecimento público.

Nessie riu e tirou o avental.

– Vamos? Meu horário acabou e eu quero ir pra casa.

– Vamos nessa. – Leah falou.

Quando ambas já estavam caminhando para a casa de Nessie, Leah falou:

– Eu acho que os meus pais irão se divorciar.

Nessie permaneceu calada, apenas escutando a amiga.

– Eu não ficaria surpresa se isso acontecesse, mas... Não é o que eu quero sabe? O que eu quero é que eles parem de brigar, façam uma terapia de casal e prestem atenção em mim... Não apenas quando eles recebem uma carta do diretor informando uma detenção, ou quando a polícia vai me deixar em casa... queria que eles se mostrassem interessados quando forem pegar o meu boletim lindo onde só terá 10 e 9. Ou quando eu desenhasse uma blusa nova para fazer... Mas não. Eles só sabem brigar sobre eles mesmos. Bando de hipócritas nojentos.

Nessie respirou fundo.

– É a vida. – ela disse.

Ambas caíram na gargalhada.

– Você estava imitando a Carrie na sexta série? – Leah perguntou.

– Não sei. – Nessie disse ainda rindo.


.............


O cheiro estava 100%.

Rose abriu o forno e três cabeças cercaram o brownie recém assado.

– Noite das garotas! – Rose declarou – Bella e Edward foram passar a noite em Seattle, Tanya e Royce também então eu fiquei de responsável e levarei Carrie de volta para casa, em segurança.

Nessie pegou um brownie e o colocou na boca. Carrie e Leah a imitaram.

– O que você pôs Nesse Brownie que ele está melhor do que da última vez? – Leah perguntou comendo o quarto brownie da noite. Nessie já havia comido seis e Carrie enrolava no pr

– Você quer mesmo saber? – Rose perguntou. As meninas fizeram que sim enchendo a boca de brownie – Eu coloco folha de maconha.

Na mesma hora Nessie cuspiu tudo deixando pedaços de brownie mastigados por todo o balcão.

– Você está brincando! – Nessie guinchou implorando para a tia falar a verdade.

– Não estou não. Eu sempre coloco maconha nos meus brownie’s. – Rose disse com sinceridade.

– Aimeudeus! – a ruiva começou a surtar – como você me faz uma coisa dessas? Eu sou tutora, tenho uma reputação a zelar. E o Seth tem jogo daqui há uma hora.

– Algo me diz que você irá chapada. – Leah zoou começando a se sentir mais pra cima. – É impressão minha ou aquela menina do calendário ta me encarando?

– Tanto faz se ela estiver te encarando. – Nessie disse rabugenta. – é só um quadro estúpido. Não vai sair pra te assassinar com um canivete. Você anda assistindo muito Supernatural.

Rose conteve o riso.

Era sempre assim.

Leah ficava medrosa e Nessie rabugenta. E Carrie ficava pronta para correr uma maratona. E tudo isso com o seu brownie...

Bella iria matá-la se soubesse disso...


..............


Bella se sentia nas nuvens.

Tinha uma filha maravilhosa, um trabalho que amava e era estável, uma família maravilhosa e agora tinha Edward. O seu Edward.

– Eu estava pensando em algo. – Edward murmurou sonolento ao seu lado.

Não era pra menos que ele estava cansado. Ela corava só em pensar que havia dado uma bela de uma canseira nele. Bem... ele também a deixara esgotada, mas quem é que estava reclamando?

– O que? – ela virou a cabeça para ele.

Estava vivendo um sonho.

– Que eu não consigo viver sem você e quero morar perto de vocês duas. Você e Nessie... Ah, e que também quero ter mais filhos com você.

Bella riu suavemente.

– Quer tirar na moeda ou nos prós e contras? – ele perguntou.

– O que exatamente? – ela questionou.

– Onde a gente vai morar. No meu apartamento ou no seu?

O jeito que ele falara a fez virar-se completamente para ele. Ignorando o frio que fez na pele de sua costa nua.

Ele falava como se já estivesse decidido.

– Não acha que é um pouco cedo pra isso? – ela questionou com uma sobrancelha bem-feita arqueada de um modo que ele não sabia como ela conseguia arquear

– Não. – ele respondeu como se fosse à coisa mais óbvia do mundo – E você vai concordar comigo em um instante. - Ele se sentou na cama e a fitou com um olhar travesso. – Nós tivemos uma filha com dezesseis anos... Ok, você foi com quinze anos, certo? Começamos a dar trabalho para os nossos pais aos treze anos não foi? Você entrou pra faculdade através de um teste de Q.I. com seus belos quase dezessete anos. Eu me formei com vinte anos. Você me disse que nasceu prematura.

– Sim, eu nasci de oito meses.

– Eu nasci de sete. – ele disse sorrindo maroto – Me diga se há alguma coisa na nossa vida que não foi cedo demais?

Ela pensou, pensou e disse:

– A Nessie nasceu de nove meses certinho. – ela argumentou e ele a olhou severamente. Ela suspirou rendendo-se a ele – Ok. Você está certo e eu não acredito que eu acabei de falar isso.

Edward gargalhou puxando-a para um abraço e um beijo apaixonado.

– Eu adoro essa sua teimosia em não deixar o meu ego ficar nas alturas.

Ela sorriu.

– Eu sei. – disse convencida.


.............


Rose e Carrie estavam tendo dificuldade em cuidar das duas drogadas.

Nessie estava em cima do balcão da cozinha comendo macarrão, bolo, gelatina e franco. Tudo ao mesmo tempo. A boca dela estava toda suja assim com a roupa dela. O cabelo estava digno de um habitante da selva perdido que não tomava banho há meses.

Já Leah ficava se escondendo atrás dos móveis fugindo do coelhinho de estimação de Rose, o bom e velho Krist Novoselic Jr. A morena tinha os olhos arregalados e uma almofada na frente do rosto.

– O jogo vai começar em quinze minutos. – Carrie chorou para Rose – eu não quero levá-las desse jeito.

– Você não vai levá-las a lugar nenhum. Eu vou. Vamos. Vai caçar a Leah e eu vou dar um banho na Nessie.

Dez minutos depois Rose empurrava com raiva e dificuldade uma Leah gritando de medo do carro.

– EU NÃO QUERO IR. EU NÃO QUERO IR. ESSA COISA VAI ME ENGOLIR. ELA QUER ME MATAR.

– A ÚNICA COISA QUE VAI TE MATAR SOU EU SE VOCÊ NÃO ENTRAR NESSA MERDA DESSE CARRO! – Rose berrou furiosa.

– Faltam cinco minutos. – Carrie avisou quicando no lugar.

Ela só comera meio Brownie então era a única que podia ajudar Rose, tudo bem que ela não conseguia ficar parada havia meia hora, mas ao menos ela sabia o que estava fazendo. Ao contrário de Leah e Nessie.

Nessie estava amarrada com o sinto de segurança sendo impedida por Carrie (que estava literalmente deitada sobre ela para a amiga não fugir) e Leah tentava fugir chorando com medo do carro.

Até que, finalmente, Rose perdeu sua paciência.

– CHEGA! – ela berrou sentindo sua garganta arranhar e seu diafragma apertar – VOCÊS DUAS. CHEGA! VOCÊS VÃO ENTRAR NESSA PORCARIA DE CARRO E NÃO VÃO DAR UM PIO ATÉ CHEGARMOS A RIVERCOURT E SE DEREM EU JURO QUE AFOGO VOCÊS DUAS NO LAGO.

Leah entrou imediatamente murmurando algo sobre ‘loira doida assassina’ e ‘eu quero minha vovó’.

Nessie empurrou Carrie e fechou a porta.

Rose bateu a porta com força desnecessária e entrou no carro com Carrie no banco do carona.

Ela acelerou até Rivercourt.


...............


Seth não acreditou em seus olhos quando viu Carrie tirando uma Leah com olhos assustados e uma Nessie irritada com a ajuda de Rose do carro.

– O que aconteceu? – ele perguntou.

– Brownie maldito. – Carrie rosnou – Ela comeram um brownie maldito, não é Rosalie?

– Culpada. – Rose disse segurando Leah com um aperto de ferro – Eu coloquei meu ingrediente secreto no brownie e elas passaram da conta.

– Um detalhe? – Carrie sugeriu claramente com muita raiva – o ‘ingrediente secreto’ dela, aquele ingrediente que faz o brownie dela ficar maravilhosamente gostoso é nada mais nada menos que maconha. Agora estão as duas drogadas e me dando muito estresse e estou te avisando Rosalie se eu tiver rugas antes dos quarenta e cinco anos eu vou te caçar, te clonar, matar todos os seus clone e aí eu vou te prender em uma daquelas celas de cachorro do canil e te alimentar com ração todos os dias. Então eu vou te matar e vou fazer você morrer de um modo bem doloroso. Fui clara?

Rose olhou para a loirinha a sua frente e disse:

– Tente ao menos chegar perto do meu cabelo pra você ver o que te acontece filhote de Withlock.

Carrie fez uma carranca para ela, mas logo fitou Seth.

– Boa sorte, amigão. Faça muitas cestas e ganhe desse metido idiota.

Seth sorriu abertamente.

Rose arqueou uma sobrancelha intrigada... Então Seth gostava de Carrie? Interessante.

Leah fungou.

– Eu quero o Bobby... – a morena choramingou.

– Quem diabos é Bobby? – Seth perguntou confuso.

– O primeiro melhor amigo dela. Um urso de pelúcia de um metro e meio que tem no quarto dela. – Carrie explicou segurando Nessie que tentava socá-la irritada.

– Me soltaaaaaaaaa. – a menina reclamou.

– Só quando você estiver sóbria e o efeito da maconha passar. – Carrie avisou.

Nessie bufou e Leah fungou mais uma vez.

– Eu sei o que pode acalmá-las. – Seth disse indo em direção ao carro de Rosalie.

Ele colocou a chave na ignição e procurou algo no bolso.

Tirou um pen-drive e o conectou ao som do carro.

Logo uma música barulhenta e estrondosa soou.

Rose fez uma engraçada expressão de mártir ao ver as meninas drogadas se sentarem e começarem a cantar a música.

– Bohemian Rhapsody. Queen. Porque não pensei nisso antes?

– Porque você estava mais preocupada com sua sobrinha drogada? – Carrie sugeriu.

– É. Pode ser. E quando a música acabar, Seth?

– Não tem problema nenhum. Isso aí é uma playlist montada por elas. Elas vão ficar aí cantando até o efeito da maconha passar.

– Ei isso é Queen? – era Marvin chegando com Jimmy Lionel e seu gravador. Jimmy e Marvin eram melhores amigos. Enquanto Marvin era magricela e falava mais do que sua boca. Jimmy era gordinho e falava pouco. – Queen é legal... O que tem com elas duas?

– Estão sob o efeito de maconha. – Rose disse como se não fosse nada – Já, já passa.

Marvin e Jimmy arregalaram os olhos.

– Ah, parem de me encarar como se eu fosse uma doida varrida! Eu sou bem normal ta. É super normal uma adolescente fazer o uso de maconha uma vez na vida... E eu pensando que a juventude tinha piorado de uns tempos pra cá... – Rose rolou os olhos.

Os adolescentes decidiram, para o bem de seu estado mental, ignorá-la.

A quadra foi enchendo aos poucos.

Jacob, quando chegou logo viu Nessie sentada, aparentemente irritada e cantando Dance With The Devil do Breaking Benjamin.

Ela estava ao lado de Leah que parecia surtada.

– O que aquelas nerds têm? – ele perguntou a Embry.

– Ao que parece estão sob o efeito da maconha. Parece que a tia da ruiva deu pra elas e elas estão assim.

Não parecia ser típico de Nessie usar maconha. Na verdade ele nunca prestara atenção. Será que ela era fã de maconha e ele não reparara?

Subitamente, uma loira muito bonita subiu em cima do carro com um megafone e gritou:

– Calem a boca todos vocês. Caso tenham reparado nessas duas retardadas saibam que elas não são maconheiras, ok? A culpa foi minha que coloquei maconha nos brownie’s delas sem elas saberem. MINHA SOBRINHA NÃO É UMA MACONHEIRA. A MÃE DELA FOI UMA MACONHEIRA, ELA NÃO É UMA.

A quadra ficou em silêncio sepulcral.

Jacob achou aquilo muito engraçado. A tia de Nessie colocara maconha em um brownie e a garota comera e ela estava drogada. Ele não sabia que a mãe dela já fora maconheira, mas gostou em saber disso. De alguma forma era uma explicação para a garota ser tão séria e contida.

– O jogo já vai começar. – avisou Quil.

Jacob tirou seus olhos das meninas e foi para o meio da quadra, fazendo todos voltarem suas atenções ao que foram ver naquela noite

Seth já estava lá. Havia tirado a camisa do moletom cinza e agora tinha uma camiseta sem mangas azul.

– O primeiro que alcançar 90 pontos ganha. – disse um cara da equipe de basquete que era amigo de Seth. Jacob não sabia seu nome, mas era conhecido por Skills. Ele era negro, magro, alto e completamente careca. Ele não gostava de nem um fio de cabelo em sua cabeça. Ele mesmo raspava sua cabeça. – Joguem limpo e nada de brigas. Esse jogo é um acerto de contas e não uma iniciação para uma briga.

– AI! – alguém gritou. Jacob reconheceu a voz. Era Nessie.

Alguém a empurrara e ela, sem equilíbrio e com os sentidos nublados pela maconha caiu batendo a cabeça na porta do carro de sua tia.

Skills e Seth, assim como Jacob e algumas pessoas correram para socorrer a menina.

Felizmente Nessie estava acordada. E bem acordada.

– Caramba! – ela murmurou parecendo estar de volta a si – Onde é que eu to? Peraí!

Ela se levantou muito rápido o que causou preocupações em Seth, Jacob e Skills que conheciam a garota.

– Estamos em Rivercourt para o jogo...

– Tem sapos por aqui. – Leah sussurrou com medo.

Nessie olhou para ela e estreitou os olhos.

– O brownie de maconha... – disse para si mesma.

Jacob piscou para ver se não tinha ouvido errado.

‘Brownie de maconha?’ ele se perguntou.

Ela então reparou que toda a atenção estava para si, então corou e disse:

– Vão jogar basquete! – ordenou.

Jacob arqueou uma sobrancelha, mas Seth e Skills voltaram para onde estavam, então ele voltou.

Ele se posicionou e o jogo começou.

Skills jogou a bola para o alto.

Os dois meio-irmãos pularam para pegar a bola, mas quem levou a melhor foi Jacob.

Ele fez o primeiro ponto.


.....................


Nessie se perguntava se comera tanta maconha a ponto de não se lembrar de nada.

Leah ainda estava sob o efeito da maconha. Nessie se perguntou se era porque sua mãe usava drogas durante os três primeiros meses de gestação que ela adquiriu uma alta resistência a isso porque ela se lembrava claramente de ter comido mais brownie’s que Leah.

Carrie mudava de música o tempo todo, até achar uma que a agradasse.

– The Cure? – perguntou confusa.

– Minha banda favorita. Prayers for rain, se quiser saber o nome da música. – Carrie disse logo começando a cantar a música com Robert Smith.

Nessie deu ombros e virou-se para assistir ao jogo que estava acirrado.

– Jacob Black tenta fazer uma cesta, mas é impedido pelo bloqueio perfeito de Seth Black. Seth dribla Jacob e enterra a bola na cesta. – Marvin narrava sem perder um movimento com seu gravador.

Aos poucos Leah foi voltando a si.

– Malditos brownie’s com maconha. – praguejou – Maconha é uma droga filha da puta.

– Pode crer. – Nesse concordou – estou com uma puta raiva da minha tia por ter colocado maconha nesses brownie’s.

– Eu quero matá-la. – Leah disse – mas por hora eu quero torcer pelo Seth. Vem. Tira essa jaqueta e... – ela, então, reparou na blusa que a amiga usava e pareceu surpresa – blusa legal. Não sabia que tinha blusas com decotes!?

Nessie então reparou que estava usando a blusa que ganhara de Rose no ano anterior.

– Eu jurava que tinha jogado essa blusa fora... – ela murmurou.

– Ainda bem que não jogou é a única peça de roupa sua que eu achei bonito. Expôs a sua beleza.

Nessie corou.

– Vamos torcer pelo Seth. – murmurou sem graça.

Pelo visto o jogo já estava acabando.

– Você vai perder, bastardo. – Jacob provocou – que nem a sua mãe. Vocês são dois perdedores. Ela perdeu a dignidade e você perdeu o resto.

O rosto de Seth endureceu.

– Falta um ponto para acabar. – Marvin narrou ansioso ao lado de Nessie.

– Essa é pela minha mãe. – Seth disse baixo e com raiva do meio-irmão e atirou.

Tiro livre nunca foi o forte do rapaz, mas a bola entrou direto no aro.

Explosões de gritos de alegria foram para todos os lados, mas a maioria soltou exclamações de surpresa e indignação.

– WOOOOOOOWW. – Leah e Nessie gritaram e correram para a quadra.

Leah pulou em Seth.

Nessie chegou em seguida abraçando o amigo.

Todos queriam estar perto do vencedor, mas ele só queria uma companhia naquele momento.

– Ei, Carrie! – ele gritou saindo da quadra tumultuada. A loira sorriu para ele.

– Eu já ia falar com você. – ela disse – assim que tudo se acalmasse. Estamos indo pra casa da Nessie quer ir com a gente?

Ele sorriu.

– Claro, mas antes eu quero te falar algo...

O que ele ia falar, Carrie não soube, porque Leah pulou nas costas dele.

– Estou pronta para a festa. Onde é que vai ser? – ela perguntou animada.

– Ela ainda está drogada? – Seth perguntou a Carrie levando um soco de Leah – pelo visto não. E não vai ter festa, Leah. – ele disse. – Eu só quero ir pra casa, dormir um pouco que eu lembrei que tenho teste de química amanhã.

– Chato! – a morena reclamou descendo das costas dele. – Vê se leva a Carrie pra casa. Eu vou dormir na Nessie o resto da semana pra ver se os meus pais me esquecem e se separem logo.

– Eu levo a Carrie pra casa. – Rose disse – aliás, eu levo vocês todos pra casa. Vamos, entrem no carro. Cadê a Nessie?

– To aqui. – a garota disse arfante – eu não conseguia sair de lá, estava começando a me sentir claustrofóbica.

Rose rolou os olhos e notou que eram observados.

Jacob Black olhava fixamente para eles. Ou melhor, olhava fixamente para sua sobrinha. E não era com um olhar de raiva, ou ódio. Era como se ele estivesse curioso, avaliando-a e observando-a de longe com uma espécie de... carinho? Proteção? Ela acreditava que não. Sabia muito bem que os Black’s não sentiam carinho, amor ou proteção em relação a ninguém senão eles mesmos. E aprendera isso da forma mais difícil.

Jacob notou que ela o olhava e desviou o olhar voltando para sua namorada loira e com pinta de vadia que beijava seu pescoço.

Ela entrou no carro e deu partida.


....................


As três chegaram em casa e se jogaram no sofá rindo.

– Foi a melhor noite de todas. – Nessie disse – até a parte da maconha.

– Essa foi a melhor parte! – Leah protestou.

Carrie gargalhava.

Nessie ligou a televisão e o DVD e se levantou.

– VIVA O THE CURE!

Então o DVD do show do The Cure começou a aparecer.

As três ficaram cantando até Rosalie trazer as pipocas, o brigadeiro e o suco de laranja – o favorito das três.

– Até que eu me diverti afinal de contas... – Rose comentou. – Até mesmo com a coisa da maconha e tal... Foi divertido ver vocês duas – ela apontou para Leah e Nessie – drogadas e tal...

– A gente também se divertiu, tia. – Leah disse.

– É. A gente só não vai nessa da maconha de novo. – Nessie fez piada.

– Que negócio de maconha? – a voz de Bella soou de repente, confusa e perigosamente perigosa fazendo as quatro congelarem.

Rose olhou para as três, desesperada e viu um reflexo do seu olhar no olhar delas.

Estavam ferradas!


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Notas finais do capítulo

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