A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 21
Saimos em missão.




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Não demorei muito tempo para cegar na praia, pois por mais que estivesse com um pouco de medo do que estava por vir, também estava anciosa para sair logo em missão. Queria is logo para a ilha e enfrentar o que viesse pela frente. A praia estava vazia, então aproveitei e fui caminhando lentamente em direção as pedras, subi nelas, mesmo estando escorregadias, muito facilmente e logo estava sentanda em uma delas observando o mar e mais um pouco a frente a ilha para qual, logo eu e meus amigos estaríamos indo.

- Está assustada? Com medo? - escutei alguém perguntar ao meu lado e eu quase pulei direto para o mar,

- Sr. D não faça mais isso! Quer me matar de susto é? - perguntei olhando para o deus sentado calmamente ao meu lado.

- É claro que não, mas então... Você está assustada criança? - perguntou ele.

- Eu NÃO sou criança, e não. Não estou assustada. - falei tentando soar o mais convincente que pude e quando percebi que Dionísio me olhava suspirei. - O.K talvez eu esteja um pouquinho assustada.

Ele apenas assentiu, então pareceu pensar por um momento e falou.

- Não é criança? Prove-me o contrário e pararei de chamá-la assim. - falou ele, mas de um jeito como se a ideia o divertisse.

- Ah cale a boca! Agora o que você quer hein? - perguntei sem me importar nem um pouco de que havia mandado um deus calar a boca.

- Vocês semideuses sempre acham que nós, deuses só aparecemos quando queremos algo - disse Dionísio fazendo um muxoxo.

- E não é assim? - perguntei.

- Na maioria das vezes sim... Mas dessa vez é ao contrário, não vim lhe pedir nada. Vim te dar um presente.

- Um presente? Não é uma bomba ou algo do tipo né? 

- Não, não é nada disso. Sinceramente da onde você tira essas ideias hein? - falou ele revirando os olhos. - O que tenho para te dar ainda vai salvar a sua vida e a dos seus amigos.

Dionísio então estendeu a mão e nela apareceu três colares e uma pulseira, em cada colar havia um pingente diferente, um javali, no outro um raio e no terceiro uma folha, já o pingente da pulseira era uma coruja. Dionísio me passou os colares e botou a pulseira em meu pulso.

- Dê isso para os seus amigos, tenho certeza de que isso poderá lhes dar alguma proteção. - disse ele e por um momento pensei que Dionísio não podia ser tão ruim assim.

- Bem obigada, mas o que vamos fazer exatamente com isso? - perguntei.

- Os pingentes são mágicos. Eles se transformam em uma arma, mas só irão se transformar quando vocês mais precisarem. - falou ele suspirando, então prosseguiu. - Bem tenho que ir, boa sorte minha querida, espero vê-la novamente.

- O quê? Ei volte aqui! - falei mais em vão, ele já havia sumido deixando para trás o aroma de uvas frescas. Resmunguei alguns xingamentos que eu havia aprendido em grego antigo, então escutei alguém falar.

- Ei, espero que não esteja me xingando. - olhei então para o lado e vi que era o Victor.

- Não, não é você. Pode ficar tranquilo. - falei sorrindo . - Então o que está fazendo aqui? 

- Vim me despedir. - disse ele sentando-se por fim, ao meu lado.

- Sabe, realmente não precisava, eu e os meninos vamos voltar todos vivos. Prometo. - falei tentando sorrir um pouco.

- Não faça promessas que você sabe que não pode cumprir mocinha. - falou ele, então olhou para a praia, segui seu olhar e vi que Quíron já estava ali. - Vem vamos, acho que o velho centauro vá querer falar com todos vocês quando estiverem juntos.

- Está bem...- falei fazendo uma careta enquanto me levantava e pegava minha mochila e o seguia em direção ao centauro. 

- Olhe Malu, faça o máximo para todos vocês voltarem vivos O.K?- disse ele enquanto andávamos em direção ao centauro.

- Pode deixar, vou fazer o que eu puder para todos voltarmos. Eu prometi, lembra? - falei e ele revirou os olhos.

Quando chegamos aonde Quíron estava e se ele notou a estranha expressão estampada em meu rosto fingiu não perceber. Ele perguntou aonde estavam os outros e quando eu estava prestes a respondê-lo , Leandro e Rafael chegaram, mas sem o Renato. Perguntei ao Victor se ele sabia aonde o irmão estava, porém ele balançou negativamente a cabeça e falou que não o vira. Mas por que algo me dizia que ele não estava falando a verdade? Depois de poucos minutos Renato chegou, ele estava com uma expressão um pouco engraçada no rosto como se tivesse de ter acabado de fazer algo desagradável, o que eu não duvidava muito, mas ainda assim não consegui deixar de dar um pequeno sorriso. 

- O que foi? - perguntou ele.

- Nada. - falei.

- Liga não Renato, é que ela comeu muita flor de lótus. - disse o Leandro.

- Ah cale a boca Pikachu. - falei.

- Semideuses, é chegada a hora da partida, espero que vocês retornem sãs e salvos, mas se um de vocês não retornar não se preocupemm nós teremos mortalhas prontas - disse Quíron.

- Nossa que animador! - exclamou Leandro sarcasticamente e eu dei uma risada baixa.

Estávamos nos perguntando como iríamos para a ilha quando de repente a água começou a borbulhar e de repente um grande barco de guerra emergiu.

- É nossa carona chegou, vamos lá. - disse o Renato.

Leandro e Rafael embarcaram primeiro no barco, eu e Renato estávamos prestes a embarcar também quando Victor nos chamou.

- Olhem desculpem se os estou atrasando, mas cuidem um do outro certo? Não posso perder nenhum dos dois. - disse ele

- Pode deixar Vic, vou tomar conta dessa baixinha. - afirmou Renato e eu tive vontade se socá-lo, mas não o fiz.

- É e pode deixar que eu vou tomar conta desse armário ambulante. - falei.

- Prometem? - perguntou o Victor.

- Sim, prometemos. - falamos Renato e eu ao mesmo tempo.

- Se é assim então, boa sorte. - disse ele e antes de ir em bora me deu um selinho, e eu é claro, fiquei sem reação alguma. Renato teve de me arrastar para o barco e aos poucos fomos nos distanciando da praia do acapamento. Me lembrei então dos colares e entreguei a cada um deles, me encostei na amurada do barco.

- Vamos lá cunhadinha, se anima - disse o Renato.

- Ah cale a boca Renato! - falei.

- Ei as duas crinhacinha ai, calem a boca e vamos nos concentrar na missão, temos alguns monstros para matar. - disse Rafael e eu suspirei.

Voltei a me apoiar na amurada olhando para a ilha do acampamento que a cada vez mais se distanciava enquando o barco continuava se aproximando da ilha. 


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