POV Renato.

Tenho de confessar que ao escutar Quíron falar meu nome, anunciando que sairia em missão tive vontade de falar que eu não me chamava Renato, mas eu não podia dar para trás agora, não na frente dos meus irmãos, amigos e de todo o acampamento. E quando ao plano de Malu? Não gostava muito dele mais ainda assim parecia a única solução para conseguirmos uma carona até a ilha. Fui para o chalé 5 e assim que entrei fui direto para o dormitório masculino, peguei minha mochila e comecei a botar algumas coisas dentro dela, uma calça jeans, duas blusas do acampamento,um kit de primeiros socorros, um cantil de água e um saquinho zip look com quadradinhos de ambrosia. Alguns pacotes de doritos e algumas latas de coca-cola. Arrumei tudo isso na parte de trás da mochila e no grande bolso da frente botei algumas adagas de arremesso, e uma faca de caça. Minha espada já estava embainhada e meu escudo - anel já estava em meu dedo em sua forma de caveira. Pendurei a mochila no ombro e estava prestes a sair do quarto quando dei de cara com o Pedro e o Victor entrando no mesmo e acabei me assustando com os dois. Ao perceberem que eu havia me assustado Pedro fez uma careta.

- Ei eu não sou tão feio assim sou? - perguntou ele.

- Quer mesmo que eu responda? - perguntei erguendo uma sombrancelha. - Bem é que não esperava ver os dois aqui. 

- Ah sim, já está saindo para a missão né maninho? - perguntou Pedor.

- Sim e não. - respondi - Tenho que fazer uma coisa antes.

- Ei você sabe aonde a Malu está? - perguntou Victor.

- Provavelmente ela está no chalé arrumando suas coisas, se não ela deve estar na praia, combinamos de nos encontrarmos lá. - respondi dando de ombros. - Por que?

- Por nada, só queria falar com ela antes de vocês irem. - respondeu ele.

- Está bem então Vic... Vejos vocês então na praia depois ok? Até mais. - falei saindo do chalé e indo em direção ao bosque.

*

Cheguei ao bosque rapidamente e me permitir ir mais além no bosque, até um lugar calmo. Não cheguei a andar muito, parei em uma clareira que ficava praticamente no meio do bosque. Respirei fundo e esperando que não estivesse fazendo papel de palhaço comecei a falar.

- Pai... Ares... Ah seja quem for. Por favor me ajude a levar meus amigos nesta missão. Não temos muito tempo e eu nunca pedi nada a você, então quebra essa vai? - falei, não esperava resposta alguma porém ainda assim escutei alguém falar.

- Sinceramente garoto, isso é o melhor que você pode fazer para pedir ajuda? - perguntou o homem. Ele era alto e musculoso, tinha várias cicatrizes no rosto e usava óculos escuros, calça jeans camuflada, blusa vermelha, casaco de couro e coturnos, seu cabelo era cortado no estilo militar, e mesmo sem nunca o ter visto antes na vida, o reconheci. Era Ares.

- Bem sim, isso foi o melhor em que eu pude pensar e pelo vistou deu certo né? Já que você está aqui. - falei cruzando os braços sobre meu peito. - Então vai nos ajudar ou não?

- Direto ao ponto né garoto? - resmundou ele. - Sim, está certo! Vou ajudar, mas com uma condição.

- E ela seria...?

- Não estrague meu barco, ou você vai se ver comigo garoto.

- Tá bom, tá bom. Nada vai acontecer ao seu barco. -falei revirando os olhos. 

- Olhe garoto, nunca falei com você por um motivo, e foi para protegê-lo... - falou Ares.

- Me proteger do que? Sempre soube me virar muito bem sozinho - resmunguei.

- Eu sei, eu estava de olho em você. Porém não fique triste com o que irá acontecer... Não será sua culpa - falou o deus.

- Minha culpa? Como assim? 

- É melhor você ir, assim que você e seus amigos estiverem na praia o barco irá aparecer e você partiram em missão - disse Ares, não respondendo a minha pergunta.

- Claro, claro. Me deixe no vácuo... - resmunguei. - Bem... obrigado,pai. 

Descruzei os braços e então dei as costas ao deus e saí do bosque indo em direção a praia.