Fecho Os Meus Olhos E Ouço A Sua Voz escrita por MaarySantiago


Capítulo 12
A viagem e o café.


Notas iniciais do capítulo

Apenas mais um capítulo sem uma gota de inspiração para o nome. Chega de enrolar, aqui vai o capítulo.



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Meu coração acelera e minhas mãos praticamente congelam, mas consigo manter o tom de voz.

- Vou dar um jeito.

Subi as escadas e fui dar uma olhada no quarto do meu pai. Tinha um bilhete na porta.

“Julie e Pedrinho: vou viajar amanhã bem cedo (mais ou menos às 5 da manhã). Hoje eu já estava muito cansado e não pude me despedir. E até acho que não é necessário, pois sabem que vou voltar. Mandarei seus presentes de aniversário por correio e tentarei me manter conectado às redes sociais, para que possamos nos comunicar. Amo vocês. Até 2015. Um beijo, pai.”

Três anos sem o meu pai. Uma má notícia, que ao mesmo tempo é boa. Sei lá, continuo confusa em relação a isso. Encosto o ouvido na porta e procuro me concentrar. Roncos. A porta estava trancada. Perfeito.

Desci novamente até a edícula e mandei Daniel subir. A essa altura, Félix e Martin já tinham dormido. Subimos juntos e tranquei a porta do quarto. Sento-me na cama e Daniel se senta ao meu lado.

- Julie, eu queria ter um filho.

- Isso é uma indireta? Você quer que eu engravide?

- Quero. Eu quero ter um fruto do nosso amor.

- Mas Daniel, eu só tenho 15 anos!

- Você me disse a mesma coisa antes de transarmos pela primeira vez. Exatamente as mesmas palavras.

- Mas é diferente! E a escola? Não vou ter tempo pra estudar, ensaiar com a banda e cuidar de um filho. Podemos esperar até eu fazer 18 anos?

- Tá, podemos. Mas eu ainda quero um filho.

Fiz-lhe uma cara feia, zoando. Pra mostrar que era brincadeira, o beijei. Depois de alguns segundos, me afastei e fitei o chão.

Ele não deixou por isso mesmo, me fez levantar o rosto e me beijou. Foi me empurrando para a cama, e... Bom, deu no que deu.

Acordei no outro dia com a cabeça doendo. Me levantei, cambaleante. Daniel ainda dormia, e fiz questão de andar até o corredor para conferir se meu pai fazia o mesmo. Mas ele não estava lá. Olhei o relógio: 9:50. Ele já deveria estar no avião há uma hora dessas. Fiz a mesma checagem no quarto do Pedrinho, e ele ainda dormia.

Desci até a cozinha e fui fazer café da manhã. Depois de juntar algumas coisas em cima de uma bandeja de prata, subi novamente até meu quarto.

Quando me sentei na cama com a bandeja em mãos, Daniel despertou. Esfregou os olhos e olhou ao redor.

- Julie. – fala, com voz de sono. – Bom dia.

- Bom dia, meu amor. – lhe respondo, sorridente.

- Que dia lindo. – ele diz.

Olho para a janela. Dia lindo? Tá tudo nublado...

- Mas por quê? O tempo está horrível. Nublado, chuvoso...

- Não preciso ter sol quando tenho você. – ele me interrompe.

- Que lindo, meu amor. – falo, enquanto ele se senta na cama.

Ponho a bandeja em seu colo e olho em seus olhos.

- Hum, café na cama... – ele diz, impressionado. – Nem casamos e você já me trata assim...

Rio discretamente ao pensar que ele está falando de casamento para uma menina de quinze anos.

Ele nota meu sorriso e sorri também. Tão logo ele repara na bandeja.

- Dois pratos?

- Achei que ia querer companhia.

- Claro. – ele se anima. Eu adorava vê-lo sorrir.

Começamos a comer, mas depois de algumas mordidas na torrada, sou interrompida por uma batida na porta.

Daniel afasta rapidamente a bandeja e se levanta.

- Seu pai ainda tá em casa? – sussurra. Ele deve ter se lembrado do quase flagra na minha cama, outro dia.

- Não, ele viajou hoje cedo.

Daniel se senta novamente e puxa a bandeja para junto de si. Volta a comer, despreocupado, enquanto abro a porta.

Félix se vira para Martin.

- Viu? Falei que ele tinha dormido aqui.

Martin vai entrando quarto descaradamente, e vê Daniel ali, tomando café e pouco se lixando pra quem estivesse assistindo.

- Mandou bem ontem, hein? Ganhou até café na cama. – Zoa Martin.

- Não enche. Você tá é com inveja.

Me sento de novo na cama com o Daniel.

- E aí meninos, o que é que tá rolando?

- Nada. – responde Félix. – Mas agora queremos saber porquê não ganhamos café da manhã também.

Bem nesse momento, Pedrinho adentra no quarto.

- Vocês não foram os únicos! Pelo amor de Deus, só o Daniel que é especial nessa casa.

Daniel ri baixinho da situação ao me ver corada.


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Notas finais do capítulo

Fofo, né?
Amo escrever essa fic, e sorrio ao ler cada review. Adoro vocês, leitoras ♥
Minha vontade era ficar aqui o dia inteiro só escrevendo pra vocês, hihi.
Beijão :*