Fecho Os Meus Olhos E Ouço A Sua Voz escrita por MaarySantiago


Capítulo 10
Recomeçando a viver.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Enfim, hoje é meio curto o capítulo, mas como o fim de semana vem aí, vou postar bastante!
Com vocês, o capítulo 10.



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Abri a porta do guarda-roupa, tirei todos os cabides de uma vez, enfiei todas as roupas embaixo da cama e fiz um sinal para que Daniel se escondesse ali.

Coloquei um roupão sobre meu corpo nu e abri lentamente a porta.

- Oi pai, que foi?

- Tem um tal de Nicolas lá embaixo querendo falar com você.

- Fala que eu tô tomando banho, sei lá. Não gosto desse garoto e ele fica me azucrinando! – reclamo.

- Tá bom então. Também era pra te avisar que vou ao banco resolver umas coisas. Conta pra pagar, essas chatices.

- Ok. – respondo, pensando no Daniel ali, seminu, dentro do guarda-roupa. Seguro a risada ao imaginar sua expressão facial.

Meu pai fecha a porta e eu o ouço chamando Pedrinho para avisar que iria sair.

- Ufa! – digo, abrindo a porta do guarda-roupa. – Essa foi quase. Imagina se meu pai descobre que tem um garoto só de cueca no meu guarda-roupa! Eu nunca mais ia sair de casa.

Ele ri da situação. Nos vestimos rapidamente e descemos juntos para a edícula.

- Oi meninos – cumprimento.

- Oi gente. – Martin e Félix respondem juntos.

- Julie, hoje a gente teve que se esconder dentro do armário de vassouras pro seu pai não ver a gente! – revela Félix.

- É, tá meio difícil de se acostumar a ficar visível e tangível o tempo todo.

- E vocês nem acreditam – Daniel finalmente conta sobre o ocorrido hoje mais cedo, no meu quarto. – Eu tinha ido dormir com a Julie, aí a gente acordou hoje cedo, o pai dela bateu na porta e eu tive que me esconder no guarda-roupa!

Ambos riem, até que Pedrinho entra na edícula.

- E aí, não vão ensaiar?

Martin não consegue conter o impulso de contar a novidade.

- Pedrinho! Estamos vivos!

- Como assim? – ele pergunta, torcendo o nariz do mesmo jeito que eu, quando Daniel me deu a notícia.

Dadas as explicações, foi só alegria. Pedrinho resolveu ir pra casa do Patrick de novo, e quanto à nós quatro... Fomos pra rua e ficamos zoando muito na pracinha. Depois, propus irmos ao shopping. Meu trabalho era claro: deixar três ex-fantasmas dos anos 80 atualizados no ano de 2012.

Mostrei-lhes como funcionava a Internet e várias geringonças tecnológicas. No fim da tarde, eles já estavam prontos para conviver socialmente no Brasil do século 21 sem nenhum problema de desajuste.

Acabou que eu e Daniel deixamos os meninos no piso térreo do shopping (obviamente que Martin estava ali procurando uma menina pra ficar, e o Félix, pra ficar de vela) e fomos para o piso superior, onde se localizava o cinema. Assistimos à um filme de terror que todos julgavam ser horrível (era sobre uma família que ouvia barulhos em casa, achavam que eram fantasmas).

- Não está com medo, Julie?

- Pra que ter medo de fantasmas, se o amor da minha vida já foi um?

- Menina linda. – ele me beija. – Você é o amor da minha morte e da minha vida também.


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Notas finais do capítulo

Fofo né? Me gusta #Juliel!
Deixem reviews, recomendem, blá, blá, blá.
Beijão :*