Em Busca Da Felicidade. escrita por Jajabarnes
Notas iniciais do capítulo
Voltei! Espero que me desculpem pela demora!
Chegamos à sala do trono, Susana andava ao meu lado e eu resistia à vontade de andar de mãos dadas com ela, mas a essa altura, eu já devia ter me acostumado...
Lá estava o rei Franco, Miraz, Pedro e o tal príncipe calormano que usava um curativo vagabundo na perna machucada. A me ver ele assumiu uma postura ereta, empinando o nariz, não liguei para isso, o que realmente me irritou foi quando os olhos dele desceram para Susana ao meu lado. Sua expressão arrogante se desfez e seus olhos brilharam fixos nela.
- Mandou me chamar, pai? – perguntou ela, ao alcançarmos os outros.
- Sim – disse ele – Creio que você se lembra do príncipe Rabadash. – indicou o louro embasbacado.
- Claro – Susana não parecia nada à vontade perto dele.
Rabadash sorriu e estendeu a mão para Susana, ela hesitou por dois segundos, mas, provavelmente movida por sua educação, ela levou a mão a dele e ele a beijou. Resisti a sacar a espada e cortar a mão dele fora. Sim, eu sou ciumento. Agarrei com força o punho da espada embainhada e trinquei os dentes. Pedro veio para perto de mim segurando a risada.
- Relaxa, Caspian – sussurrou para mim, fingindo olhar para trás.
- Então, príncipe, o que o trás a nossas terras? – o rei começou o que interessava.
- Algumas testemunhas disseram ter visto dríades saqueando nossas colheitas. – disse Rabadash.
- Ora, mas por que cargas d’água dríades que moram nos bosques de Narnia iriam atravessar um deserto para roubar? – questionou Pedro.
- Eu não sei por que motivo, mas temos que resolver esse assunto. – opinou Rabadash.
- Estou de acordo que haja uma investigação, não quero nenhum problema entre Narnia e Calormânia. – disse o rei. Até por que qualquer coisa boba é motivo para a Calormânia surtar novamente e declarar guerra contra Narnia. Esses dois reinos andam em crise um com o outro ultimamente e as justificativas calormanas são sem fundamento e só resta a Narnia se defender, o que tem causado constantes batalhas. – Acho bom o senhor estar aqui, príncipe. É uma ótima oportunidade. Convido-o para permanecer aqui por alguns dias, pois pretendo encontrar um meio de estabelecer a paz entre nossos reinos. Vou mandar preparar seus aposentos, se quiser entrar em um acordo.
O príncipe acabou concordando e a partir de agora é convidado do rei por alguns dias. Amanhã, sábado, o rei oferecerá um jantar para o príncipe, um jantar apenas para os presentes ali na sala do trono.
Nós nos retiramos.
Agora Susana e eu estamos na biblioteca, sentados um de frente para o outro em uma das mesas naquele grande cômodo. Estávamos sozinhos ali, a maioria dos lordes estavam com Rabadash, paparicando-o, algumas empregadas estavam arrumando apressadamente os aposentos dele e outras estavam reforçando a cozinha para preparar o jantar de hoje e o de amanhã que seria, com certeza, mais sofisticado.
- Eu não gosto dele. – afirmei tentando esconder o ciúme que ardia em minha garganta. – Viu o jeito que ele olha para você?! – havia bons minutos que eu resmungava sobre ele. Susana riu.
- Você nem se dá ao trabalho de esconder seu ciúme, Caspian. – disse.
- Acho que nem preciso ficar com ciúmes, afinal... Ele não tem chances, não é? – estiquei a mão até alcançar a sua e segurá-la sobre a mesa. Susana sorriu.
- Não, não tem. Nenhuma... – ela garantiu segurando minha mão também. Sorri.
- Vocês falam muito alto para quem está em uma biblioteca. – disse uma voz paciente que acabara de entrar no lugar. Ele deixava alguns pergaminhos sobre a outra mesa. Ele olhou para nós, mais exatamente para nossas mãos sobre a mesa. Percebemos e as soltamos no mesmo instante.
- Não sabíamos que estava aí, Dr. Cornélios... – falei sem saber direito o que dizer.
- Acabei e chegar. – ele riu de leve. – Mas o que os dois fazem sozinhos aqui? – perguntou no tom de quem sabe, mas quer ouvir qual a desculpa esfarrapada que lhe dariam.
- Caspian está com um novo trabalho, Professor, não pode largar do meu pé. – Susana falou em tom de brincadeira. Encarei-a e Dr. Cornélios riu abandonando os pergaminhos e se aproximando de nós.
- E garanto que isso não é trabalho nenhum para ele.
Susana corou.
- Por que diz isso? – questionou ela. Ele assumiu uma expressão meio ofendida.
- Ora, não tente me enrolar – pediu ele gentilmente. – Se tenho olhos é para observar. Vocês podem esconder do rei, mas não conseguiram me enganar, sei o que há entre vocês. – ele deu um riso baixo e breve.
- Sabe? – questionei.
- Sim, há algum tempo. – ele deu de ombros.
- Não vai contar ao meu pai, vai? – perguntou Susana.
- E muito menos à Miraz. – acrescentei.
- Não, claro que não! – garantiu. – Seu segredo está a salvo comigo... Agora, ele não pode ficar guardado para sempre.
- Mas o que podemos fazer? Se meu pai descobre é capaz de mandar Caspian para a forca. – disse Susana.
- Você tem razão, alteza, mas não vão conseguir guardar por muito tempo.
- O que o senhor sugere? – perguntei. Ele pensou por um tempo.
- Eu vou falar com o rei... – ele recebeu nossos olhares assustados. – Não se preocupem, deixem comigo. Já sei o que fazer.
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Então, o que acharam? Mereço reviews? E recomendações????
kk
Beijokas!!