Em Busca Da Felicidade. escrita por Jajabarnes


Capítulo 12
De corpo, alma e coração.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo totalmente dedicado à eliza, pela linda recomendação, a primeira da história, não se envergonhem, vocês podem seguir o exemplo!
Capítulo super especial!



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Pov. Susana.

Eu estava muito pior do que antes. Completamente acabada, desiludida, deprimida...

Sequer abri as cortinas hoje, meu quarto estava escuro e o barulho mais alto era o zumbido do silêncio, meu travesseiro estava molhado e já fazia alguns poucos minutos que as lágrimas não vinham.

Eu sequer conseguia acreditar em como minha vida ficaria de ponta cabeça em um espaço tão curto de tempo... Eu precisava ver Caspian, mas ele não voltava! Eu preciso dele, preciso de seu colo, preciso de seu beijo...

Talvez ele nunca me perdoe pelo que fiz, ele não vai querer olhar mais na minha cara... Ele vai me odiar, mas não o culpo... Eu me odeio. Nunca vou esquecer a expressão de susto de Pedro, nem a de lamento de meu pai quando disse que aceitava me casar com o calormano. Passei a noite em claro, atormentada. Como Rabadash descobriu sobre Caspian e eu? Como?!

Mas agora esse é o menor dos problemas. Ele sabe, e eu não posso deixar Caspian nas mãos dele... Não posso deixar Caspian correr o risco de morrer... Foi por isso que, num impulso, levantei da cama ainda de camisola, vesti o robe e fui até meu pai com o rosto inchado, molhado por lágrimas e marcado por olheiras. Adentrei a sala do trono num rompante trazendo as atenções para a princesa chorona, deprimida e de camisola. Então eu disse. Lancei minha sentença...

Já era noite, tarde, e a batida na porta me trouxe de volta ao quarto escuro, saí da cama e fui abri-la. Caspian entrou e eu lancei-me em seus braços com as lágrimas voltando intensamente. Ele me abraçou forte fechando a porta com o pé. Caspian ficou em silêncio, de pé, afagando meus cabelos aguardando eu me acalmar.

Minutos depois, eu consegui controlar o choro, desfazendo nosso abraço lentamente. Eu olhei em seus olhos doloridos e intrigados.

-Me perdoe, Caspian, me perdoe... - pedi, ainda chorando, as lágrimas banhando meu rosto em mais uma onda. Comecei a soluçar e Caspian me puxou para mais um abraço.

-Calma, calma... Eu estou aqui... Vai ficar tudo bem...

-Ele descobriu tudo... - sussurrei.

-Tudo? Tudo o que?

-Afastei-me para olhar em seus olhos.

-Sobre nós.

Caspian suspirou como se tivesse suas suspeitas confirmadas. Ele suspirou.

-Lilliandil também sabe.

-Como ela descobriu?

-Disse que nos viu juntos.

-Ela também chantageou você?

Ele balançou a cabeça negativamente.

-Aquele imbecil chantageou você, não foi? - ele tocou meu rosto e as lagrimas voltaram a rolar. Eu assenti e Caspian me puxou para seus braços outra vez, e as lágrimas voltaram a descer por meu rosto, molhando seu peito. Caspian afagava meus cabelos, depositando beijos no alto de minha cabeça.

-Ele disse que contaria ao meu pai sobre nós se eu não aceitasse o casamento...

-E você aceitou...

Assenti, chorando mais.

-Me perdoe, Caspian... Mas eu não podia arriscar sua vida, meu amor... - os soluços voltaram e eu abracei Caspian mais apertado que antes.

-Você não precisava aceitar esse casamento só para me proteger, Su... - sussurrou.

-Não duvido de Rabadash, Caspian, ele é capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer... Se eu continuasse recusando, tenho certeza que ele contaria a meu pai... Não podia deixar você correndo perigo...

-Mas seu pai já sabe sobre nós, não sabe?

-Só sobre nossos sentimentos, não sobre nossos encontros às escondidas... Não sei como ele reagiria a isso...

-Ah, Su... - ele me abraçou mais forte. - Nós vamos dar um jeito nisso meu amor, eu prometo. Prometo que vou livrar você dele, Su – ele segurou meu rosto entre suas mãos, olhando profundamente em meus olhos, secando as lágrimas que molhavam minhas bochechas. - Confie em mim, está bem?

Assenti várias vezes.

-Eu confio... Eu confio em você, Caspian.

Abracei-o novamente, forte, e ele retribuiu. Permanecemos parados assim por incontáveis minutos.

-Acho melhor eu ir agora. - disse ele e o pânico quase tomou conta de mim. Olhei em seus olhos.

-Não... Não, Caspian, por favor, não vá, eu preciso de você perto de mim... Não me deixe sozinha...

Ele beijou meus lábios brevemente.

-Não vou deixar você sozinha. - garantiu-me ele, calmamente. -fique tranquila, fico aqui até que pegue no sono...

-Não. - balancei a cabeça negativamente, sussurrando. - Fique aqui comigo, mas não me deixe dormir... Eu não quero perder um segundo sequer do tempo com você, Caspian... Passe a noite aqui... - disse por fim num momento mesclado de coragem, amor e desespero.

-Susana...

-Caspian – tratei logo de interromper. - Não me julgue mal, eu só... Ah... Eu te amo, Cas, talvez não tenhamos mais muito tempo juntos e...

-Shhh... - pediu ele baixinho, pousando o indicador em meus lábios. - Já entendi, Su... E não posso negar que desejo o mesmo...

-Então você fica?

-Só se você tiver certeza disso.

-Eu tenho. - garanti, enrolando meus dedos suavemente aos seus cabelos.

Lentamente, como que criando coragem, ele aproximou seu rosto do meu ao som de nossas respirações irregulares, os narizes se roçaram antes de nossos lábios se tocarem singelamente, a princípio, mas as emoções estavam à flor da pele e o “desespero” era imenso. Talvez “desespero” não seja a palavra certa. A verdade era que eu precisava de Caspian, precisava de seu beijo, precisava sentir seu amor...

Quando dei por mim, já havíamos girado a chave na fechadura, a camisa de Caspian já estava jogada sobre a poltrona e suas botas deixadas de lado; seus dedos, de forma ágil, desmanchavam os delicados laços de minha camisola.

Houve uma pausa ofegante quando os laços acabaram. Nossos olhares se encontraram por segundos que pareciam infinitos, numa harmonia espontânea e tão intensa que fez tudo desaparecer. Era como se nada mais existisse além de nós dois, além de nossos sentimentos. Eu estava convicta daquilo. Não restava nenhuma dúvida. Não importava o que iria acontecer daqui para frente, seria ele quem eu sempre iria amar, não havia como mudar isso. De jeito nenhum.

Caspian deslizou a ponta dos dedos por meus ombros, fazendo as mangas da camisola caírem por meus braços. Senti o tecido delicado e branco deslizar por meu corpo até cair aos meus pés. Fechei os olhos sentindo o coração disparar. Até que senti os braços fortes de Caspian envolver minha cintura e puxar-me contra si, prendendo-me num abraço quente, fazendo-me quase ofegar com o contato entre nossa pele.

Dessa vez foi um beijo mais intenso, quase que voraz que fez minhas pernas ficarem bambas. Nos abraçávamos fortemente, nossos corpos quase se fundiam... Não demorou para eu sentir a cama sob minhas costas e o corpo quente de Caspian sobre o meu.

Não saberei dizer quando tempo se passou, podem ter sido alguns minutos... Algumas horas... E até alguns dias, não importa. Foi o melhor momento de minha vida. Nosso amor se tornara físico, palpável e permanente. Naquela noite, Caspian me fez sentir mulher. Sua mulher.

E eu seria assim.

Eternamente...


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Notas finais do capítulo

Enfim, obrigada eliza, de coração! Amei sua recomendação, muito linda mesmo, e obrigada também por todo o seu apoio e incentivo! Você mora no meu coração! Assim como todos os meus leitores (até mesmo os fantasmas!)
Beijokas!!



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