Once Upon A Time...one Direction And Me escrita por Skye Ledger


Capítulo 6
Capítulo 6- Gotta be you (big brown poh)


Notas iniciais do capítulo

Desse capítulo em diante vão ter muitos nomes de pontos turísticos ingleses, então se acostumem LOL. Sinto muito se tiver algum erro gramatical, escrevi esse texto aqui na casa da minha avó.



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Agarrava-me a poltrona fortemente, podia sentir seu couro  dobrando se em minhas mãos. O calor típico de nosso clima brasileiro estava escaldante, minhas costas grudavam de tanto que transpirava. Isso não sabia eu se era resultado de um exagero na excitação de minha futura peripécia ou simplesmente uma resposta natural a quente massa de ar que parecia provir do inferno.

Balançava a perna nervosamente, e por vezes ruídos quase inaudíveis faziam me produzir movimentos esporádicos, uma reação involuntária á ansiedade que tomara meus sonhos na noite anterior e agora inundava o meu corpo.    

    Eu havia dormido no máximo duas horas naquele dia, mas pouco importava, pois em breve estaria na Inglaterra meu país natal. Talvez se tudo ocorresse bem poderia fazer uma vizita a França, sempre desejei contemplar a beleza do Louvre. Mas  Inglaterra em si é uma grande conquista já que por ser um lugar de grande trilhagem histórica deve se respirar conhecimento. Além de ter uma perspectiva diferente de mundo.

Seria de uma natureza incrível se por sorte visse a Rainha Elizabeth II andando pelas ruas. O que pensando bem não faz muito sentindo, afinal ela está com idade tão avançada que duvido muito ter energia para caminhar por qualquer espaço. Com toda certeza nem deve sair muito do Palácio de buckingham. Eu não sairia, pois se comparasse este com algumas partes de São Paulo minha preferência seria restritiva a “humilde” residência da rainha.

 A quem estou enganando? Palácio de buckingham é melhor que qualquer parte daquela cidade.

Com as horas vagas que tive, tracei todos os detalhes do que pretenderia realizar enquanto permanecesse fora do país, obviamente mantive tudo em sigilo. Se chegasse aos ouvidos de meus tutores que pretendia encontrar minha mãe biológica, eles sem sombra de duvida me proibiriam de ir. Não os culpo, às vezes o medo de perder cega a pessoa.        

De repente o som de pneus sobre o asfalto chamou minha atenção. Olhei pela janela e vi o automóvel – continuava desconhecendo que tipo ele era – de sempre ao lado das roseiras de Marianne – nossa vizinha cuja casa era ocupada por sete gatos - Niall, Harry, Zayn, Liam e Louis saíram dele. Utilizavam roupas de estremo calor, pareciam estar derretendo. “Coitados, não estão habituados a esse clima” comentei para mim mesma.  

Antes que pudessem ao menos tocar a campainha sai saltitando pela soleira. Todos me cumprimentaram comentando o quanto estavam felizes pela minha decisão.

- É – confirmou Zayn – mas veja se na Inglaterra não começamos outra guerra de tinta, ainda estou tentando tirar de minhas calças e cabelo os resquícios da noite em que saímos – rimos e eu dei um tapinha nele.

- Ah, por favor, ela só acertou no seu topete por causa do tamanho dele – brincou Louis – afinal até um cego conseguiria.

- Verdade – retrucou Zayn – mas ao menos não parece que uso travesseiros na parte traseira de minhas calças.

- As garotas gostam – Louis lembrou fazendo biquinho. Todos riram, era obvio que a briga não passava de uma encenação.

-Pensa assim, talvez agora você faça uma propaganda do L’Oréal Paris – insinuou Harry.

- Ou até uma de gel – acrescentou Liam enquanto nós nos divertíamos com a situação embaraçosa.

Como cavalheiros ingleses e irlandeses do mais alto escalão, pegaram toda a minha bagagem e a colocaram no porta malas.De inicio estranhei, já que imaginava não serem eles a fazer aquilo e sim o motorista, mas quando pensei melhor me senti honrada. Quero dizer o one diection carregando minhas malas era mais que surreal.

Assim que chegamos ao aeroporto em vez de enfrentar longas horas na fila do check in simplesmente desviamos para uma grande sala, dispostas estavam sofás no estilo Barcelona envolvidas por um tecido leve cinzento, as pregas sofisticadas e os suportes e pés destas eram de um aço luminoso. Uma cesta trançada por fios de palha repousava do lado.

-Posso ajudar? – perguntou uma moça sentada atrás do balcão preto.

- Ah sim – interviu um homem esbelto de cabelos pretos que entrara abruptamente – queremos embarcar no avião particular.

-Poderia me mostrar os cartões? – o estranho retirou do bolso um maço de pequenos retângulos de plástico e os deu a moça. Ela os examinou e depois pegou um telefone discando rapidamente. Passou alguns instantes conversando com alguém do outro lado da linha e após varias confirmações acentuou – O piloto já está a caminho e o avião foi preparado. Embarque no portão i24

-Quanto tempo devemos esperar? – perguntou o moreno enquanto olhava nervosamente o relógio de seu pulso.

-Uma hora e meia, senhor – respondeu a atendente.

-Obrigada, vamos pessoal – chamou ele. Vi os meninos seguindo ele por isso fui à mesma direção – olhem vou ter que ficar mais alguns dias por causa de reuniões e coisas do gênero. Voltem e descansem. Não se esqueçam de tornar a estadia de Safire o mais agradável possível.  Já vou indo, tchau.

Todos se despediram dele e eu ainda sem compreender pedi explicações a eles que simplesmente disseram “É Martin nosso agente”. Os garotos e eu sentamos em uma mesa para aguardar o embarque.

-Nossa –exclamei – quase me esqueci!                

-O que? – perguntou Louis. Cautelosamente tirei um embrulho de minha mala de mão.

- Isso ai é o que? – à medida que desembrulhava o pacote eles se aproximavam. Quando finalmente o fiz por completo eles me olharam estupefatos.

-Eu imaginei que antes de irem ao menos poderiam experimentar uma fruta brasileira. Lembram-se da manga? – eu a tirara da geladeira de minha casa, uma manga não faria falta.

- E como comemos isso? – Liam a tirou de minha mão.

-Arrumem uma faca que eu mostro – respondi segura.

 Eles logo foram à procura de tal, quando voltaram tinham não só o talher como um prato de porcelana também.  

-Onde vocês conseguiram isso? – peguei os objetos e iniciei a cortar a manga, sabia que seria difícil lavar a fruta no aeroporto por isso já havia o feito em casa.

-Sabe como é – iniciou Zayn – pegamos emprestado de uma fã.

-Nossa! Que feio, se aproveitando de garotas inocentes – zombei.

- Relaxa, nós só pegamos emprestado – reforçou Harry.  Terminei de descascar e depois cortei um pedaço dando o a Niall, ele o colocou com relutância na boca e depois de alguns segundos mastigando sorriu.

-Isso é muito bom! –ele parecia radiante de felicidade. Os outros se animaram e logo devoraram a fruta. Eles tinham se sujado completamente e eu não perderia aquela chance. Peguei meu celular e apontei a câmera para eles que sorriram com suas bocas adornadas por manga.

Com o passar dos minutos notei que um burburinho se formava, ao me virar percebi que as pessoas começaram a notar a presença deles. Duas garotas três anos mais novas não paravam de apontar e uma delas sacou a iPad da bolsa e iniciou a tirar fotos loucamente. Percebendo minha aflição Liam me reconfortou:

- Você se acostuma – essas palavras não foram tão passivas como imaginei que seriam. Pensei que em questão de pouco tempo eu estaria em blogs de fofoca internacionais, pessoas começariam a me assediar e eu ficaria eternamente marcada.

-Estão prontos? – perguntou a mesma atendente de antes, sorte a minha que ela me tirou de meus devaneios antes que acabasse fugindo do aeroporto.

Após sermos revistado entramos no avião, que eu tinha de dizer era incrível. Além de enorme, as poltronas eram espaçosas e o tecido do qual constituíam parecia seda. Quando passei a mão em uma delas senti uma prazerosa sensação de maceis. Também se podia ver uma grande TV de tela plana incrustada no teto. Fiquei catatônica por um tempo do qual desconheço, mas logo quando pisquei os olhos notei que todos tinham se acomodado.

Escolhi a cadeira ao lado de Niall. Com certeza dormiria melhor lá do que em minha casa. Assim que o avião decolou os garotos pegaram seus controles e ligaram a um X-box, lá jogaram partidas e mais partidas de jogos dos quais eu nem sabia que existiam.

-Você quer jogar? – perguntou Liam.

-Ah não, eu nunca joguei isso antes – falei.

-Vamos – insistiu ele – nós pegamos leve com você – do jeito que ele disse não me pareceu ser o mais competitivo de todos como as revistas apontavam.

Hesitante, aceitei o controle e com algumas explicações comecei a jogar e para minha surpresa não foi tão chato quanto imaginei.  Mas era impossível qualquer coisa ser entediante com a companhia deles. Ficamos lá por um longo período até que cansamos e desligamos o aparelho. Sentei-me e com os olhos pesados dormi.

Acordei e olhei pela janela, a paisagem era formada apenas pelo azul profundo do mar. Ao consultar o relógio notei que dormirá no mínimo oito horas. Ergui o pescoço, todos pareciam estar de olhos fechados tirando Louis que assistia TV, ele percebeu que eu acordara e sorriu dizendo:

- Ah olá! – exclamou – venha e assista Friends comigo. – Soltei o cinto e arrumei rapidamente o amarfanhado de meu cabelo.

- E ai – ele começou – se importa de eu te perguntar algo?

- À vontade – respondi dando de ombros.

- Você gosta do Niall?- nem pensei na resposta.

-Claro, ele é muito legal – eu achei estranho Louis ter me perguntado algo tão obvio.

-Não – ele balançou a cabeça – quero dizer mais que amigos. – Depois de ouvir isso iniciei a me perguntar se transparecia tanto meus sentimentos ao ponto de Louis já ter percebido. Enrubesci e ele notou, nem precisou insistir com certeza já tivera a resposta.

   - Hey, eu tive uma ideia! – proclamou entusiasmado, apertou o botão de sua cadeira e em instantes uma aeromoça surgiu.

-Posso ajudar? – ela era sorridente e usava um batom de coloração abóbora, uma cor terrível para se existir em cosméticos na minha opinião.

-Eu gostaria de uma lata de chantilly – ele disse educadamente, o olhei intrigada.

 A mulher voltou para a cozinha e enquanto aguardávamos Louis pegou seu travesseiro e arrancou dele uma pena. “Nossa, até os travesseiros são de pena de ganso” pensei entusiasmada. A aeromoça voltou e entregou o que havíamos pedido.

Sorrateiramente Louis se esgueirou pelo corredor e postou-se agachado ao lado Harry que estava estendido na cadeira com as mãos apoiadas no encosto.  Ele colocou uma grande massa de chantilly em uma delas e logo passou a pena embaixo do nariz de Harry.  Eu fui ao seu lado e sussurrei:

-O que você está fazendo? – Louis levou o dedo indicador aos seus lábios fazendo sinal de silencio.

Então passou novamente a pena no rosto de Harry, este se revirou e sacudiu levemente a cabeça. Louis pareceu impaciente, logo começou a fazer movimentos circulares do braço de seu amigo ao rosto. De repente Harry levou a mão à face e se sujou por completo, nós não aguentamos e começamos a rir acordando todos.

Harry ainda parecia estar sonolento e só depois de olhar a mão que entendeu o que acontecera, os outros integrantes da banda iniciaram a gargalhar. Peguei uma cereja de um pote prateado e coloquei em sua testa.

-Perfeito – falei, e nós rimos ainda mais.

Em poucos minutos o avião pousou na Inglaterra. Chegamos e logo que entrei no aeroporto senti um frio cortante me atingir. Peguei minha blusa e logo a vesti, mesmo assim continuava desejando mais moletons. Quando chegamos a porta encontramos um homem alto e com grande quantidade de massa corporal.    

-Paul! – gritaram os garotos juntos-. Então me lembrei de seu rosto, esse era o segurança deles. Como não o reconhecera antes?  

- Ah – sua voz grossa me assustou – você é a garota que salvou o Niall? – assenti timidamente - eu sou Paul – ele estendeu sua mão grande e espessa.

- Sou Safire – a peguei e apertei. Minha mão em relação á dele era pequenina e delicada, como à de uma criança. 

- Niall! – gritou alguém, vi um vulto loiro passar e pular sobre ele beijando-o freneticamente. Por um momento pensei que fosse alguma fã doida, mas então ele respondeu:

-Oi Anna – enquanto ela continuava laçada a ele. Logo Danielle e Eleanor foram ver Liam e Louis também muito felizes.

Quanto a mim, fiquei apenas observando e ao mesmo tempo desejando que aquela menina fosse eu. Tinha sido tão idiota ao pensar que alguém como Niall poderia se interessar por mim. Ele é famoso, bonito, rico, sensível e talentoso. Eu sou só… eu. A normal e careta pessoa de sempre. Meus seios não eram avantajados como os daquela tal Anna, minhas pernas não ficavam bonitas com um short curto como ela e eu nem de longe era loira! 

Harry estava ao meu lado conversando com Zayn percebeu minha reação e disse:

-Sinto muito – o olhei tristonha e ele esboçou um leve sorriso de solidariedade – venha vou te levar para o hotel.

 - Mas e os outros? – minha voz estava rouca.

-Eles se viram – Harry balançou os ombros – Zayn você vem com a gente? – se dirigiu ao amigo.

-Claro – ele nos acompanhou enquanto passávamos por algumas fãs histéricas, eu andava cabisbaixa com fleches de memória recente voando ao meu redor, lembrando-me de todas as vezes que estivera com Niall.Por mais que eu reconstruísse todas as lembranças relacionadas a ele, tudo me fazia crer que nunca mencionara nenhuma namorada.

 Entramos em um taxi, Harry falou o endereço ao taxista gordo que estava atrás do volante. No caminho passamos pelo waterlow park – só fiquei sabendo o nome porque Zayn contou - á sua volta vi as pessoas agindo normalmente, algumas estavam correndo, outras só passeavam com seus cachorros, mas todas estavam presas ao seu cotidiano.

Reparei que várias construções imponentes se erguiam no caminho, enquanto Harry apontava as ruas e avenidas pelas quais passávamos – New Oxford st., High Holborn, New Compton.

- Passe pela Mercer street – ordenou Zayn ao motorista.

Quando ele entrou por esta, ambos os garotos apontaram para um grande prédio antigo, este era bege. Seu formato poderia convencer qualquer incrédulo de que estávamos na Inglaterra: Se assemelhava a uma faixa de calcário ligada a largos retângulos do mesmo material, uma construção muito comum naquele país. Um informativo enorme estava pregado diante dele, com cores vibrantes que faziam meus olhos lacrimejarem.

- É o The Cambridge theatre – informou Harry.

-Ele é tão legal – comentei boquiaberta.

-A gente te leva para assistir alguma peça aqui um dia desses – acrescentou Zayn – se você quiser.

- Eu ia adorar! – repondi.

Então depois de mais alguns minutos chegamos ao The Strand Palace.  Harry e Zayn foram falar com a recepcionista enquanto eu fiquei perdida nos detalhes finos e complexos de um grande candelabro pendurado no centro do salão. Quando voltaram me deram uma chave.

- Quinta nós vamos gravar uma das musicas do novo CD, quer ir? – me indagou Harry.

- Claro!- eu estava muito entusiasmada.

-Nós vamos te deixar descansar então – disse Zayn.    

Nos despedimos e eu subi para meu quarto. 327ª estava escrito na porta, passei o cartão e abri a porta. A suíte era linda,  exatamente como aquelas que ilustram revistas de guias de viajem. Mas levando em conta tudo que havia passado dei gorjeta ao homem que lavara as malas ao meu quarto e sem contemplar mais o lugar me deitei cansada na cama e fechei os olhos pensando se um dia tive mesmo alguma chance com Niall Horan.   


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Notas finais do capítulo

Só para lembrar gosto de comentarios.



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