A Desconhecida escrita por F Lovett


Capítulo 2
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Pois então, aqui vai o segundo capítulo. Espero que gostem (:



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- Você não faz ideia do que é uma pessoa má – disse Emma, depois de deixarem Henry na escola.

- Sei sim – retrucou Morgana. – Você não conhece a minha avó.

Emma achou que seria impossível mudar a opinião da garota, então resolveu mudar de assunto.

- O que tem dentro da sua mochila? – perguntou.

- Ah... só umas coisas que eram da minha mãe – respondeu.

- Ela morreu?

- Não. Minha avó me disse que ela queria uma vida melhor quando me abandonou. Eu não sei se devo acreditar nisso. Ela sempre mentiu para mim dizendo que me deixaria ser livre, mas só consegui isso quando fugi.

- Sei.

- Posso te pedir uma coisa? – perguntou Morgana.

Emma assentiu.

- Você conhece a mulher que me deu esse casaco? Eu queria devolvê-lo.

Então Emma lembrou-se de Henry falando que Regina estava com aquele casaco na noite anterior.

Então o celular dela tocou.

- Alô – atendeu. – Tudo bem... Estou indo – então virou-se para Morgana. – Vou te levar até ela agora.

Não demorou até chegarem à casa da prefeita. Morgana caminhava admirada com tudo o que via.

- Você? – exclamou Regina, assustada ao ver a garota ao lado de Emma.

- Eu vim devolver o casaco – disse Morgana, estendendo a mão para entregá-lo a Regina. – Obrigada – acrescentou, depois que Regina o pegou.

- Ela tá comigo – disse Emma enquanto as duas entravam na casa da prefeita.

- Você espera aqui – disse Regina, dirigindo-se a Morgana, enquanto ia para a sala de visitas com Emma.

- Nunca pensei que você fosse capaz de um gesto tão... bondoso – disse Emma.

- Às vezes eu posso surpreender as pessoas, Srta. Swan – respondeu. – Então sugiro que se comprometa com essa garota e deixe o meu filho em paz.

- Acontece que o Henry é meu filho também. E eu não vou fazer isso só porque você quer.

Então ouvem batidas na porta.

- Xerife! – chamou Morgana do outro lado da porta. – Xerife, é a minha avó!

- Ótimo – disse Regina. – Agora já pode se livrar dela, xerife Swan. Agora ela tem para onde ir.

Regina abriu a porta e foi à frente, a fim de saber quem era a avó da garota que parecia desesperada. Mas antes de chegar à porta de entrada, Regina parou para olhar quem estava lá fora e tomou um grande susto: conhecia muito bem aquela mulher.

Era Cora, sua mãe.

- Não pode ser – disse para si mesma. Então virou-se para Morgana. – Você, vá para a sala de visitas e feche a porta. Só saia quando eu mandar, entendeu?

Sem dizer absolutamente nada, Morgana a obedeceu e entrou na sala de visitas, deixando sua mochila perto da escada.

Então Regina abriu a porta.

- Pois não – disse.

- A senhora deve ser a prefeita, não é? – Regina assentiu com a cabeça, dando um sorriso amarelo. – Eu estou atrás da minha neta. Se você a ver, por favor, pode me avisar? A coitadinha deve estar desesperada, mas eu não a encontro em lugar algum.

- Aviso sim, senhora – e sem pensar em mais nada, Regina fechou a porta sem se preocupar se a mulher iria dizer mais alguma coisa. Ver aquele rosto novamente lhe deixava com náuseas.

Enquanto rumava à sala de visitas, notou a mochila jogada no chão. Emma a fitava com desconfiança. Então Regina abaixou-se e abriu a mochila da garota para ver o que tinha dentro e acabou sendo pega de surpresa. Havia um casaco azul dentro daquela mochila. E aquele casaco não lhe era nem um pouco estranho. Ela o ergueu e sentiu seu cheiro, um cheiro que lembrava-lhe os estábulos, que lembrava-lhe Daniel. E no mesmo instante uma lágrima caiu e Regina pôs a mão na sua barriga. Suas recordações estavam voltando e isso a fazia sentir um aperto muito grande no peito.

- Algum problema? – perguntou Emma, parecendo meio assustada.

- Não – mentiu Regina, fungando. – Eu... eu só quero... ficar sozinha.

- Ok. Então vou chamar a Morgana – mas quando começou a andar para a sala de visitas.

- Não. Eu... quero falar com ela.

- Tudo bem – disse Emma. – Então eu vou indo.

Regina esperou até que Emma saísse para poder sair de onde estava. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Só podia ser sonho. Então levantou-se e parou de frente à porta da sala de visitas. Estava prestes a colocar a mão na maçaneta, respirou fundo e fechou os olhos. Ali, do outro lado daquela porta, estava seu possível final feliz. Ela estava intrigada. Não sabia que reação teria se o que ela estava pensando era mesmo verdade. Talvez fosse apenas coincidência. Mas o cheiro daquele casaco valia por tudo. Não tinha como negar. Era o cheiro dela, e o cheiro de Daniel. Era o cheiro do seu passado.


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Notas finais do capítulo

Reviews, please!



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