The Best Swimmer escrita por AlohaHawai


Capítulo 17
Capítulo 16 - POV Finnick


Notas iniciais do capítulo

Então meus lindjos, os próximos capitulos não serão narrados nem pelo Finn e nem pela Annie. O décimo sétimo e décimo oitavo serão narrados pela mãe da Annie, e o décimo nono narrado pelo Garrett, só para avisar mesmo, depois volta para Annie. Espero que gostem desse cap., e desculpem pelo o que vcs vão ler no final... Sei lá, tava todo mundo amando/gostando e achando o Finn uma fofura, então fiz ele fazer uma "merdinha" aí, mas nada demais. E ah, não quero leitores fantasmas heim, então pf me mandem reviews! ;*



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Acordei com a cabeça dolorida e latejando. Ontem á noite eu bebera mais dez copos de uísque junto com Haymitch, além das bebidas que havia tomado na boate. Bom, a conversa com o mentor do 12 não havia sido nada produtiva, acho que porque ambos estavam bêbados.

Olhei no pequeno relógio digital que estava numa mesa ao lado de minha cama. Meio-dia. Era tarde demais para um a mentor acordar, mas eu não poderia fazer nada. Levantei-me da cama, ainda sonolento, e fui em direção ao banheiro, aonde joguei uma água gelada no rosto e escovei os dentes.

Tirei o terno que usara na noite passada e coloquei uma roupa simples, bermuda e camiseta branca. “A típica roupa de Finnick”, pensei e dei uma risada. Era simples, mas me fazia lembrar de casa.

— Finalmente. — disse Delphi com sua voz fina e alta, me fez estremecer. — Pensei que não acordaria mais. A noite foi longa, heim!?

Revirei os olhos e me sentei ao lado dela. A mesa do almoço já estava posta, e quando vi o delicioso purê de batatas que tanto amava, senti minha barriga roncar altamente. Rapidamente coloquei uma grande quantia de comida em meu prato. Acho que isso era a única coisa boa que a Capital poderia nos proporcionar, comida suficiente e até mais.

Os estilistas de Annie e Cliff estavam aqui, May Jo e o outro, que eu fizera questão de esquecer o nome. Eu entendia o motivo de ela estar aqui, provavelmente estava gostava de assistir Annie para ver como ela estava, mas ele não. Cliff estava morto, o que ele estava procurando aqui?

Fiquei em silencio enquanto Delphi conversava com os outros. Ela estava falando sobre patrocinadores, o que me fez lembrar da grande quantia de dinheiro que eu havia ganhado. Não queria falar nada agora, então esperaria os estilistas irem para poder anunciar.

Haymitch havia dito que iria junto comigo comprar os remédios, apesar de eu não saber muito bem o que Annie precisava. Ela estava com um corte grande na perna e sua boca estava praticamente estourada. Com certeza esses remédios seriam de alta ajuda.

Logo que terminamos de comer, todos nós fomos em direção à sala. Sentei-me no sofá macio e estiquei as pernas, em seguida apertei o grande botão vermelho. Rapidamente, a tela em minha frente estava ligada e eu conseguia escutar um barulho de pássaros, um riacho e as arvores se balançando. Era como se eu estivesse dentro da arena.

Annie apareceu em seguida, ela estava do mesmo jeito de antes. Com o rosto meio rasgado, olhos grandes e vermelhos e uma perna mancada. Havia uma fogueira em sua frente e ela fazia o possível para se esquentar. Seus braços tremulavam e parecia que ela desmaiaria a qualquer momento.

Não quis continuar vendo-a, então me levantei do sofá bruscamente e fui em direção ao elevador. Não avisei ninguém que iria sair, mas não importaria. Apertei o botão doze, por mais proibido que fosse, e esperei o elevador subir até o andar de Haymitch. Iria comprar os remédios para Annie.

Effie Trinket apareceu em minha frente, ela estava usando um vestido rosa fluorescente, uma maquiagem meio fraca e uma peruca de cachos esverdeada. A mulher me olhou com as sobrancelhas – verdes – arqueadas e depois balançou a cabeça em forma de reprovação. Abri um sorriso torto e passei minha mão nos cabelos.

— Tudo bem, eu já vou, mas antes preciso falar com Haymitch.

Antes da mulher dizer alguma coisa, o bêbado de ontem apareceu. Hoje ele estava com uma aparência bem melhor, com os cabelos loiros penteados para trás e um terno bem passado e brilhante. O homem abriu um sorriso, revirou os olhos em direção de Effie e entrou no elevador junto comigo.

— Volto logo, docinho. — ele disse cheio de sarcasmo. A porta do elevador se fechou logo depois.

Não falamos nada durante todo o trajeto, e quando saímos pelas portas de vidro, vi um dos mentores nos olharem com rostos surpresos. Enobaria logo veio até nós com seu jeito indestrutível e medonho, e seus dois dentes de ouro em formato de presas. Ela realmente me dava medo ás vezes.

 — A onde vão? — perguntou ela

— Curiosa, heim!? — disse Haymitch e revirei os olhos

— Precisamos fazer algumas coisas. Voltamos logo.

Enobaria abriu um sorriso em minha direção e voltou para onde estava. Então segui com Haymitch para o centro da Capital,

O lugar era maravilhoso. No centro, havia uma grande praça, com um gramado verde-vivo, alguns balanços e um grande parquinho. Ao redor, milhares de arranha-céus de diversas cores, que possibilitavam a visão do céu; também havia milhares de comércios. As pessoas iam e vinham apressadamente, todas com jeitos estranhos e roupas exóticas. Algumas mulheres abriam um sorriso ao me ver.

Havia um grande prédio pintado de branco, e em cima, perto de algumas janelas, havia um grande letreiro chamativo. Pelo visto, lá que era o hospital/drogaria do centro, e provavelmente o único lugar que eu poderia achar os remédios para Annie. Chamei Haymitch que estava olhando para os lados, e atravessei a rua rapidamente.

Logo que entramos, uma mulher apareceu e nos cumprimentou. Ela tinha cabelos curtos e pretos, olhos rosa, imensas tatuagens fosforescente espalhadas pelo rosto, longos cílios coloridos, uma boca carnuda e usava um longo vestido com estampa de onça. A mulher parecia ser bem bonita, claro, se fosse uma pessoa normal.

— Então, minha tributo precisa de alguns remédios... — comecei

— O que ela tem? — perguntou, apesar de eu saber muito bem que ela sabia quem era o meu tributo. Não era tão difícil de perceber que eu era Finnick Odair.

Pensei bem, não sabia o que pedir e nem se tinha dinheiro suficiente para tudo. As coisas na Capital eram caras demais, principalmente as coisas medicinais.

— Ela está com alguns rasgos na boca, um grande e profundo rasgo na perna, está mancando e tem algumas queimaduras.

A mulher me olhou surpresa e com as sobrancelhas finíssimas arqueadas, e assentiu silenciosamente, então desapareceu no meio das estantes. Ela trabalhava bem rápido, passando de prateleira em prateleira e buscando o remédio certo, parecia até que ela tinha um dom para cuidar dessas coisas. Revirei os olhos, provavelmente estava ficando louco.

— Sabe que vai sair caro, não é? — ela perguntou

— Tenho vinte mil hobs. Será que dá?

— Com certeza. — ela deu uma risadinha e olhou para mim, provavelmente pensando a onde eu conseguira tanto dinheiro.

Depois de mais ou menos vinte minutos, ela voltou a onde estávamos, segurando duas cestas laranja. Havia três caixas grandes e compridas, uma pomada com embalagem dourada, alguns comprimidos e um pote verde de unguento para queimaduras. Certamente ela melhoraria com essas coisas. A mulher me entregou as cestas e fui em direção ao caixa, seguido por um Haymitch cansado.

A mulher empacotou tudo e entreguei à Haymitch as duas caixas. Em seguida, peguei a bolsa de couro que estava segurando e o dinheiro que havia dentro. Seria impossível carregar tudo isso dentro de uma carteira. Perguntei à mulher quanto daria tudo e depois entreguei a quantia certa para ela.

— Prontinho. — disse e abriu um sorriso em minha direção.

Agradeci com a cabeça e me despedi dela, então sai do lugar junto com Haymitch. Seguimos pelas ruas movimentadas, indo em direção ao Centro de Treinamento, não tínhamos nada para fazer no centro. Agora teria que falar com Fox, o Idealizador dos Jogos. Como de costume, ele estava no Centro de Treinamento, praticamente nunca saia de lá. Ficava numa sala afastada, junto com mais trinta pessoas que eram responsáveis por “cuidar” da arena.

As pessoas me olhavam estranho e a maioria das mulheres sorria para mim, como se eu fosse algum tipo de astro de cinema. Era até meio legal, me sentia importante e famoso... Enquanto Haymitch só revirava os olhos e resmungava porque queria um pouco de vodka ou uísque para beber.

Rapidamente voltamos para o Centro de Treinamento, e enquanto Haymitch subiu para o seu andar, fui atrás de achar Fox. Subi algumas escadas feitas de vidro e segui por um longo corredor branco e claro, com as pesadas caixas em meus braços. Alguns empregados estavam andando por lá, todos usando macacões brancos, como se fossem médicos... Ridículos.

— Está procurando por quem? — uma mulher de pele morena e cabelos escuros se virou para mim.

— Fox, ele está por aqui?

A mulher assentiu e apontou o dedo em direção a uma porta. Assenti e segui até lá em silencio. Bati na porta e esperei por um tempo, até que uma voz grossa disse “pode entrar”. Girei a maçaneta da porta e entrei de cabeça baixa.

— Finnick Odair. — ele disse baixo — O que você quer?

— Consegui patrocinadores.

Ele rapidamente olhou para as duas caixas que eu segurava e assentiu, avisando para eu colocar sobre uma mesa.

O lugar era pequeno, contendo somente uma mesa de vidro, uma cadeira giratória de couro e um grande vidro, da onde eu podia ver a sala onde os Idealizadores ficavam. Lá, havia uma grande mesa circular, contendo todo o tipo de tecnologia, e na frente, um grande telão com as imagens da arena.

Fox revirou a caixa, colocando todas as coisas sobre uma mesa, ele deveria ver o que continha.

— Está sendo um ótimo mentor, parabéns. — ele disse ironicamente, assenti — Quer que mandemos tudo ao mesmo tempo?

— Bem, não. — falei — Quero que mandem quando ela precisar.

Não tinha muito sentido, mas era o seguinte: caso ela sentisse uma dor de cabeça, eles mandavam o remédio necessário, e assim por diante. Mas agora eu precisava ter certeza de que eles mandariam... Os Idealizadores só queriam dinheiro, e por sorte, sobraram cinco mil hobs.

Vi Fox olhar para mim de esguelha e percebi que ele pensara a mesma coisa que eu, agora ele estava esperando a grana. A bolsa de couro já não estava mais pesada e assim, retirei o dinheiro de dentro. Era muito dinheiro, até mesmo para ele... Quero dizer, certamente ele guardaria tudo para si e não daria nada para seus empregados.

— Está bem, daremos tudo corretamente à Annie. Não se preocupe. — ele abriu um sorriso. Falso.

Assim, assenti com a cabeça e sai rapidamente de sua sala. Segui pelo longo corredor que viera e no final, sai de volta à portaria do prédio. Não tinha muito o que fazer, a não ser ficar de olho em Annie, então, entrei no elevador e apertei o botão que levaria ao meu andar.

Logo que cheguei, Delphi veio em minha direção. Ela usava uma de suas roupas extravagantes e ao conversar comigo, fazia seus imensos e coloridos cílios baterem delicadamente. Ah, ela era bonita, mas com certeza seria melhor usando roupas normais. Finnick, no que você está pensando!? É a Delphi, cara; e a Annie está naquela arena ainda.

Para de ser idiota, pensei.

— O que você quer? — perguntei tentando não ser muito grosseiro

Fui em direção à sala de jantar, joguei o uísque cheio de pedra dentro de um copo e me joguei no sofá, esticando as pernas na mesinha de centro. Apertei o botão do controle e liguei o telão, logo uma imagem da Annie apareceu em minha frente. Ela parecia um pouco melhor do que antes, com um rosto mais claro e seus machucados pareciam estar quase melhores.

— Você sente a falta dela, não é? — Delphi se aproximou de mim

— Sim, bastante.

Olhei para ela, novamente aquele pensamento de achá-la bonita veio em minha mente. Delphi devia ter no máximo uns vinte e sete anos; já vivia sozinha, tinha um bom emprego e provavelmente ganhava um bom dinheiro por fazer o que fazia. Namorá-la seria ótimo e eu não precisaria de ninguém querendo saber aonde eu ia e coisas do tipo. Tudo bem, ela era bem mais velha do que eu, mas ninguém ligaria para isso.

— Finnick? — ouvi Delphi me chamar e logo meus pensamentos foram embora, ainda bem.

— O que é?

— Nada... Está pensando no que?

Delphi pegou o copo de uísque que estava em minha mão, deu um longo gole e depois se sentou ao meu lado. Sua saia justa subiu um pouco para cima das coxas e suas longas unhas coloridas batiam em sua pele delicadamente. Uau, ela realmente era bonita. Dei um gole no uísque e me aproximei um pouco dela, enquanto um sorriso brotava em meu rosto. Delphi parecia querer o mesmo.

— Pensando em nada, quero dizer, seria ruim se falasse.

— Ah, é? — ela me olhou de uma forma sexy, fazendo com que eu sentisse mais vontade de lhe beijar.

Não pensei em Annie, o que me deixou mais mal ainda, mas me aproximei de Delphi e pousei uma de minhas mãos em sua coxa e a outra em suas costas. Nossas bocas estavam perto uma da outra, fazendo com que o clima ficasse mais quente. Assim, em seguida, pousei meus lábios em cima dos seus.

Beijar Delphi havia sido bem legal, afinal ela era bem mais velha do que eu, mas assim como aconteceu com Lux, uma imagem de Annie apareceu em minha mente. Ela não estava chorando, mas parecia surpresa por ver o que estava acontecendo, apesar de eu saber muito bem que ninguém estava vendo.

Enquanto a beijava, abri meus olhos e me virei em direção ao telão. Annie estava lá, gemendo de dor. Ela havia acabado de receber o unguento e estava passando pelo braço e os outros lugares chamuscados.

Enquanto minha língua estava dentro da boca de Delphi, senti uma pontada de dor no peito por estar fazendo isso, e em minutos, uma lagrima escorreu do meu olho esquerdo. Qual é, eu não poderia estar chorando agora, eu tava beijando uma mulher mais velha do que eu, tinha que parar de ser tão estúpido assim.

Em alguns minutos, nos separamos. Delphi estava um pouco ofegante e seus olhos estavam surpresos, ela respirou e revirou os olhos.

— Finnick, se liga.

Delphi se levantou, deu um gole na bebida e me deu um tapa de leve no meu rosto.

— Sou bem mais velha que você, está bem. — ela deu uma risada abafada e me mandou um beijo no ar.

Revirei os olhos e ri, em seguida me recostei no sofá, dei mais um gole na bebida e comecei a prestar atenção em Annie. Ela continuava sentada e encostada na pedra, os olhos pareciam estar pesando e em alguns minutos ela já estava dormindo.

Resolvi que também precisava descansar, então desliguei a televisão, deixei o copo em cima da mesa de centro e fui em direção ao meu quarto. Tirei a roupa que estava usando, colocando somente uma bermuda e uma camiseta simples e confortável. Me joguei na cama macia e fechei os olhos.

Meu pai me mandou para a praia novamente, precisava arranjar a comida para vendermos e para alimentar minha irmãzinha. Peguei aquele mesmo galho de arvore de sempre, eu havia o deixado pontudo, assim seria mais fácil para conseguir os bichinhos.

Tirei a camiseta e segui em direção ao mar. Eu era um ótimo nadador, então não seria nem um pouco difícil pegar os peixes, apesar de eu saber que meu pai era bem rígido e com certeza teria que ser um daqueles peixes “bons” e “raros”.

Depois de algum tempo, consegui pegar apenas dois! Isso mesmo, só dois. Meu pai me mataria se eu voltasse para casa praticamente sem nada.

— Quer ajuda? — uma voz feminina apareceu e olhei para o lado. Havia uma garota lá, ela era pequena, parecia ser frágil, tinha olhos grandes e verdes, e um cabelo escuro e na altura do pescoço. — Sou Annie.

Olhei para ela surpreso e com as sobrancelhas arqueadas. Uma garotinha pequena e delicada estava se oferecendo para me ajudar a pegar alguns peixes, com certeza isso era uma grande piada. Olhei para ela de baixo para cima e abri um sorriso sarcástico.

— Você vai me ajudar? — revirei os olhos — Finnick.

Ela abriu um grande sorriso em minha direção. A garotinha era bem fofa e parecia ser simpática. Dei de ombros e me sentei sobre a areia quente, precisava pensar um pouco para depois continuar pegando os peixes. Logo ela se sentou ao meu lado.

Annie pegou algumas conchinhas e as jogou para o mar, me fazendo rir. Em seguida, fiz o mesmo, mas jogando um pouco mais forte do que ela, claro.

~~

— Nos vemos outro dia, Annie. — falei

— É, acho que sim. — ela sorriu e me mandou um beijo pelos ares.

Passei o resto do dia pegando os peixes, mas ás vezes eu ficava sorrindo igual um bobo... Com certeza minha mãe perguntaria o que estava acontecendo comigo. Ri só de pensar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e desculpem pelos erros, não tive tempo de revisar, hihi >
Xoxo, District 4. And may the odds be ever in your favor(;