The Best Swimmer escrita por AlohaHawai


Capítulo 16
Capítulo 15 - POV Finnick


Notas iniciais do capítulo

Como eu tinha ficado bastante tempo sem postar, resolvi postar esse cap logo de uma vez... Então provavelmente a fic vai acabar no final desse mês, já que falta somente mais 5 capitulos (e o ultimo vai ser apenas para as fotos dos personagens e tal). Mas enfim eu preciso urgentemente da ajuda de vcs. Eu quero fazer uma continuação, pq achei que tinha poucos capítulos e provavelmente vcs vão me matar por causa do final da fic (eu deixei meio que livre, vcs imaginam do jeito que querem). Eu estive pensando e, ou vou fazer uma fic com a Annie narrando a vida dela com o Finn (até o Massacre Quartenário), ou uma com a Annie narrando a vida dela (Pós Mockingjay). Me falem qual vcs preferem e eu vou fazer uma votação.



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Eu não podia culpá-la, quero dizer, por não ter patrocinadores. Ela estava no mesmo lugar de sempre, com o corpo miúdo, um rosto pálido e os dentes tremendo de frio. E eu não podia fazer nada para ajudá-la. Achar algum patrocinador nessa altura do campeonato era praticamente impossível.

Delphi não estava ajudando. Sei que ela estava fazendo o possível depois da morte de Cliff, mas eu não estava acreditando muito em possibilidades.

Apertei o botão quatro do elevador e esperei um pouco, enquanto olhava para Haymitch Albernathy, que estava ao meu lado. Ele fazia o tipo silencioso e arrogante, mas no fundo até era meio gente boa. Haymitch havia ganhado o segundo Massacre Quartenário, o qual havia o dobro de tributos na arena.

Não falamos nada enquanto estávamos lá, até que ele olhou para mim e deu de ombros. Como sempre, havia um copo de uísque em sua mão.

— Ainda não sei o que faço aqui, provavelmente só estou por causa das bebidas. — disse ele, não entendi. — Quero dizer, os meus tributos estão mortos.

Olhei para ele com as sobrancelhas arqueadas e abaixei a cabeça. Ele estava certo. Normalmente quando seus dois tributos já estavam mortos, você voltava para o seu distrito e ficava com o peso na consciência até o ano que vem, aonde viriam mais dois garotos e seriam mortos.

— Sinto muito.

— Não sinta. — ele deu uma risada fraca — Estou acostumado. E a sua, como está?

— Mal, muito mal. Não sei o que fazer.

Haymitch me olhou, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando. Acho que ele havia reparado enquanto eu estava com ele, não era muito difícil de perceber que meus olhos brilhavam só de vê-la. E agora eu precisava mantê-la viva, tanto por ela, quanto por mim. Não suportaria perdê-la.

— Você sabe o que fazer Finnick. — ele disse ao mesmo tempo em que a porta se abriu. Assim, abri um sorriso em sua direção e sai do elevador, entrando no hall da “casa” em que eu estava.

Me dirigi à sala, Delphi estava lá. Me joguei no sofá macio e fechei os olhos, eu precisava pensar, mas no momento me senti exausto. Coloquei um pouco de uísque em um copo com gelo e joguei metade dentro de minha boca. Ao contrário de Haymitch, eu não era um bêbado louco.

Delphi me olhou, ela segurava uma prancheta e parecia nervosa, batia as unhas fortemente nas cochas. Olhei para ela.

— O que houve?

— Finnick, o que houve? — ela arregalou os olhos como se eu tivesse feito a pergunta mais idiota do mundo — Precisamos dar um jeito de salvar Annie. Não sei se percebeu, mas ela está com um rasgo na perna.

Sim, eu havia visto essa cena, e no momento meu coração se apertou. O garoto do 7, Andy, havia cortado sua perna após matar Cliff. Acho que ele estava tentando matá-la, mas por sorte Annie havia sido rápida o suficiente e correu para longe. Agora ela estava com um rasgo na perna e provavelmente infeccionaria em dias.

— Não temos dinheiro, e ninguém vai querer patrociná-la. — ela disse — Ainda estou tentando, mas é quase impossível.

Assenti com a cabeça, sabia muito bem disso. Depois, cliquei em um dos botões que havia sobre o braço do sofá e em segundos uma imagem da arena apareceu em minha frente. Não era Annie que estava lá, mas grandes arvores, uma massa de neve espalhada pelo chão e alguns pássaros.

Em segundos, conseguia ouvir sua voz. Ela não estava falando, na verdade, acho que estava reclamando de dor. Ela apareceu depois. Seus cabelos estavam bagunçados e sujos de folhas, os lábios estavam rasgados, havia um pouco de sangue seco em cima da coxa e ela mancava. A garota se jogou sobre a única parte que estava menos coberta de neve e encostou as costas numa pedra. Eu queria poder gritar, queria poder salvá-la, mas agora ela estava longe de mim.

Tudo culpa desses Jogos. Se eles não existissem eu poderia estar com ela no Distrito 4, pescando ou fazendo qualquer coisa relacionada à água. Eu pensava nisso praticamente todos os dias, quero dizer, no que estaria acontecendo se não estivéssemos vivendo isso.

Eu não sabia quem fora o Presidente que criar os Jogos Vorazes há setenta anos antes, mas essa pessoa era desumana. Não há nada de humano em criar um jogo onde crianças morriam. E o pior, a Capital insistia em dizer que era tudo culpa dos Distritos, e que se eles não houvessem criado uma rebelião, nada disso aconteceria. Hipócritas.

Mas claro, eu não falei tudo isso alto. Delphi estava ao meu lado e com certeza ela se sentira mal se eu comentasse algo do tipo. A mulher era meio repugnante e eu as vezes sentia nojo por ela morar aqui, mas já passara tanto tempo com ela que éramos amigos... Ou pelo menos algo do tipo.

— Vou sair. — falei.

Já eram sete horas da noite e eu sabia muito bem que logo teria uma daquelas festas chiques, aonde só pessoas importantes iam. Bom, eu recebia convites para todas as festas, isso porque eu era um tipo de amante para as solteironas, velhas, viúvas e as que não tinham um bom relacionamento com marido.

Bom, tudo isso começou depois de um ter ganhado uma das edições dos jogos. A coisa funciona assim: se você é uma pessoa bonita e jovem, provavelmente será obrigado a se prostituir. E se você recusar, eles matarão seus familiares e as pessoas mais chegadas para você.

Eu não havia negado, mas eles mataram meus pais e minha irmã mais nova. Annie vivia dizendo que a culpa era dela, já que houve um dia em que eu deixei de vir para a Capital para ficar com ele, então eles resolveram “se vingar” de mim. Ridículos.

Dei o ultimo gole no uísque e me levantei. Arrumei o colarinho, ajeitei o smocking que já estava usando e baguncei os cabelos, normalmente as pessoas adoravam quando eu fazia isso. Abri um sorriso para Delphi, que me olhou com as sobrancelhas arqueadas e depois revirou os olhos, então segui em direção ao elevador.

Provavelmente eu era o único mentor que ia às festas da Capital ao invés de ficar de olho em seus tributos, mas pela primeira vez eu tinha um motivo e com certeza não me arrependeria disso.

Sai do elevador rapidamente e segui para as portas de vidro do Centro de Treinamento, onde daria na rua. O lugar estava bem movimentado e animado, e no momento em que sai, pude ver as pessoas com suas roupas exóticas, os penteados estranhos e maquiagens horrendas nos rostos. Bom, eu teria que achar as mulheres da Capital bonitas até o fim da noite.

Entrei na melhor boate da Capital, apesar de haver milhares espalhadas pela cidade. As pessoas não tinham muito que fazer, então passavam a maior parte da noite se divertindo. Os seguranças me olharam de cima para baixo, então assentiram e me deixaram entrar. Sim, eu era vip em qualquer lugar daqui. Legal isso, não é?

Logo que entrei, fui em direção ao bar. Pedi uma moonlight, que provavelmente era a melhor bebida que tinha por aqui. Era um liquido meio esverdeado e rosa, que tinha uma grande quantidade de álcool e poderia te deixar bêbado com somente uns três copos.

Depois de pegar a bebida, me sentei num dos bancos e olhei ao redor. As mulheres que passavam por mim, me olhavam ás vezes com admiração, mas também como se eu fosse algum tipo de mercadoria... Uma comida. E elas realmente pareciam estar famintas.

Bom, de qualquer forma, eu tinha que começar com o plano. Obviamente não seria nada difícil, então me aproximei de duas mulheres que estavam sentadas em minha frente e abri um grande sorriso.

— Olá. — sorri

Elas eram bonitas. Ambas tinham cabelos loiros, com as pontas roxas e rosas. Acho que eram gêmeas. Uma delas tinha olhos azuis, enquanto a outra estava usando uma lente dourada. As duas tinham tatuagens prateadas espalhadas por todo o corpo, principalmente no rosto.

— Finnick Odair. Que honra. — disse a que tinha olhos azuis. Abri um sorriso — Sente-se.

Me sentei ao lado da mulher de olhos dourados e dei um gole na bebida O negócio estava bem ruim, mas era ótimo para relaxar e esquecer qualquer problema que estivesse te atrapalhando. Elas olharam para mim com as sobrancelhas arqueadas e abriram um grande sorriso.

— Lux. — disse a que tinha olhos azuis. Abri um sorriso, peguei sua mão esquerda que estava coberta por uma fina luva, e plantei um beijo. Elas sempre gostavam disso, era até engraçado de se ver.

— Annlyse. — disse a de lente dourada. Mas ao contrário da sua irmã, esta se aproximou de mim e plantou um beijo em minha bochecha. Ou melhor, no canto de meus lábios, o que me deixou um pouco arrepiado. Dei uma risada fraca.

Pedi mais duas bebidas como a minha, e entreguei às garotas. Ficamos conversando por um bom tempo, mas eu sempre sentia que seus olhares estavam pousados sobre o meu corpo. Uma hora ou outra eu as levaria para o hotel mais próximo.

Elas me perguntaram sobre os meus tributos. Não quis comentar sobre Cliff, eu havia ficado bem triste com a sua morte, principalmente porque ele havia sido decapitado. Era brutal e mortífero. E eu também não queria falar sobre Annie, era estranho... Como se eu estivesse traindo-a.

— Ela é meio bobinha, heim! Não vai querer ajudá-la? — Lux perguntou. Ela me olhou como se tivesse lido meus pensamentos, ela sabia muito bem o que eu queria. E tenho certeza que ela iria me satisfazer.

— Sim, mas não consigo patrocinadores. — dei um olhar triste e um último gole na bebida. Eu estava rindo por dentro.

As duas mulheres se olharam, então vi Annlyse assenti com a cabeça, e em seguida Lux se aproximou de mim. Ela colocou o rosto bem próximo do meu, fazendo nossas respirações ficaram juntas, e em seguida, pousou os lábios pintados de verde sobre os meus.

Olhei para ela e abri um sorriso. Peguei em sua mão, e a tirei da frente da mesa. Enquanto passava pelas pessoas, eu sabia muito bem o que estavam pensando, “Finnick Odair atacou de novo”. Era tão ridículo. A levei para uma das salas que tinha, e fechei a cortina de veludo. Era bem privativo, mas eu sentia que se alguém passasse por lá, poderia nos escutar. Depois de um tempo parei de ligar.

Coloquei Lux sobre a cama king size macia; e a mulher me olhou maliciosamente, passando a língua sobre seus lábios. Rapidamente, arranquei seu corpete cheio de babados, fazendo com que seus seios ficassem á mostra. Em seguida, passei minhas mãos sobre suas coxas, e arranquei a saia curta e justa que ela estava usando.

Em alguns minutos, nós estávamos nus. Eu a beijava ferozmente, passando minhas mãos sobre seu corpo. Descendo até suas coxas e subindo até seu rosto. Em seguida, nós estávamos fazendo aquele movimento.

Enquanto a beijava, eu pensava em Annie. Era estranho, mas a garota parecia estar em todos os lugares da sala. E ela estava chorando, como se soubesse o que eu estava fazendo. Eu estava começando a me sentir mal, mas eu não podia parar. Eu precisava satisfazer Lux, só assim teria dinheiro suficiente para comprar os remédios.

xxx

Vinte mil hobs (N/A: eu não sabia como se chamava o dinheiro de Panem, e não tenho muita certeza se apareceu em algum dos livros, se apareceu, eu esqueci. Provavelmente não seria dólar, rs.), e estava bem feliz com isso. Eram umas cinco da manhã quando voltei ao Centro de Treinamento.

Estava tudo tão silencioso, mas quando passei pelas portas de vidro, vi Haymitch sentado num dos bancos. Ele estava com dois copos de uísque em sua frente e parecia estar bêbado, muito bêbado. Me aproximei dele.

Ficamos sem falar nada por um bom tempo, até que ele olhou para mim com seus olhos caídos e abriu um sorriso torto.

— Conseguiu quanto? — perguntou. Acho que esse cara me conhecia bem demais, era engraçado.

— Vinte mil.

Ele abriu uma cara espantada e depois uma risada alta. Haymitch bateu em minhas costas me parabenizando e depois abri um sorriso. Mas eu realmente não estava feliz com isso, na verdade, estava me sentindo mal.

— Quer falar alguma coisa? — ele perguntou

Haymitch estava bêbado e provavelmente não se lembraria de nada no dia seguinte, e eu estava precisando mesmo falar com alguém. Com certeza Delphi não entenderia nada.

— Eu a vi, a Annie. Eu a vi enquanto estava com aquelas mulheres. Ela estava chorando, como se soubesse do que eu estava fazendo.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, espero que tenham gostado e não deixem de me falar sobre a continuação da fic está bem. Xoxo District 4, and may the odds be ever in your favor ;*