Vas Happenin London! escrita por Line and Gabs


Capítulo 3
Um Acidente Não Tão Ruim


Notas iniciais do capítulo

Ok! Demoramos um pouco mais aqui está!



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Ainda estava em choque, mas não foi pelo meu “quase” acidente, mas sim por que eu tinha sido convidada para um jantar, e a pessoa que me convidou era o Harry Styles. 

Corri pro meu quarto e fui cuidar do meu braço machucado, peguei minha nécessaire e procurei meu mertiolate, eu sempre tinha um, eu sou digamos, prevenida!  Depois eu me joguei na cama e comecei a pensar no que eu estava me metendo.

  Vamos aos fatos: Harry Styles, um dos caras mais cobiçados do mundo, integrante do One Direction a banda mais quente do momento, milhões de garotas apaixonadas por eles, praticamente todos os dias eles estavam em revistas de fofoca, e as histórias sobre o Harry a grande maioria era por conta de suas aventuras amorosas e as suas fãs não gostavam muito disso. Se de alguma forma eu fosse ligada a ele, minha vida iria se tornar um inferno, seria mais fácil pular em tanque cheio de tubarões famintos. Acho que dá para entender.

  Eu passei o resto do dia pensando nisso, e em que roupa eu iria usar, e o que eu iria falar pra ele, mas isso já estava me deixando louca, então resolvi ir ver algum filme e quem sabe dormir.

                                                        ●  ●  ●

  Ainda faltavam 3 horas para o Harry vir me buscar. E eu ainda não tinha avisado a Tia Meg, acho tinha que fazer isso agora, peguei uma blusa de manga comprida para esconder meus arranhões. E fui até a sala, ela estava lá com o Jared, maravilha!

- Tia Meg... – Bom jeito de começar!

- Pensei que ia dormir para sempre Cinderela! Já estava ficando preocupada, eu fui até o seu quarto mas você estava dormindo, achei melhor não acordar.

- Eu ainda estou um pouco cansada por causa da viajem, daqui a pouco eu me acostumo. – eu disse tentando parecer que isso fosse verdade.

- É normal, foi uma viajem muita longa. Você precisa de algo? – pergunta tia Meg

- Na verdade, eu queria apenas avisar que eu vou sair para jantar hoje.

- Aposto que é com o HARRY! – Grita Jared. Meu Deus! Será que ele sabia?

- É, você acertou palhaço. – eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas na hora.

- Sério? Ele te convidou quando? – pergunta tia Meg, curiosa.

- Quando eu fui correr hoje mais cedo, eu meio que esbarrei nele, e ele me convidou. – Eu deixei de fora a parte do “quase atropelamento”, e eu esperava que não houvesse mais perguntas.

- Mas ele te convidou do nada? – pergunta mais uma vez tia Meg.

- A tia...não sei explicar. Foi de repente. – Omitindo algumas coisas básicas, sempre!

- Então tá. Divirta-se. E não chegue muito tarde em casa.

- E prima, eu terei uma boa conversa com ele se caso eu ver ele desfilando por ai de touca. – diz Jared, tentando parecer ameaçador.

  Eu sabia da história da touca, bom resumidamente, toda vez que o Harry dormia com alguém no dia seguinte ele usava uma touca. Mas eu ia apenas jantar com ele, que coisa mais estranha de se pensar.

  Voltei para o meu quarto, e fui tomar um banho, depois arrumei meu cabelo e por ultimo meu pesadelo, que roupa eu iria usar? Ok... um, dois, três, respira. Eu vou ser eu mesma, então, peguei uma calça jeans, uma camisetinha branca, um cardigã e uma sapatilha. Deixei meu cabelo solto, e nada de muita maquiagem, apenas o básico. Meu celular começou a tocar e meu coração quase parou quando eu vi quem era.

- Alô. – eu disse e tentei fazer com que minha voz não ficasse estranha.

- Oi. Eu liguei para ter certeza de que você não vai desistir do nosso encontro. – diz Harry.

- O que? Não! – eu disse antes que eu falasse qualquer besteira.

- Que bom. Eu passo pra te pegar em 15 minutos. – diz Harry.

- Estou esperando. – eu disse e desliguei.

  Eu realmente queria gritar, mas eu tenho que me controlar, eu tenho 15 minutos para me preparar psicologicamente para o que aconteceria nas próximas horas. Eu fui para a sala, e fiquei sentada no sofá, olhando toda hora para meu celular e em direção à porta.

  A campainha tocou e o Jared foi abrir a porta, eu me levantei e fiquei paralisada, quando ele abriu a porta eu vi ele, ele estava usando jeans, uma blusa vermelha e um casaco preto. Ele ficou na porta e o Jared veio até mim.

- Seu encontro chegou. – diz ele.

- Eu...já...tudo bem. – eu disse.

  Eu caminhei até a porta e assim que ele me viu, sorriu. Meu Deus, ele tinha um sorriso hipnotizador.

- Oi. Boa noite. – diz Harry de uma forma tão encantadora.

- Oi...

-Vamos? – pergunta Harry.

- Claro.

  Eu sai e fiquei ao lado dele, e andamos em direção ao carro dele. Estava muito frio, e eu não ia voltar para pegar outra blusa, e o Harry percebeu que eu estava tremendo e disse, enquanto abria a porta do carro para mim.

- Ainda não se acostumou com o frio londrino? É normal, você acha que não está tão frio, mas na verdade está. –diz Harry, enquanto isso ele tirou o casaco dele e colocou em mim.

- Ahm... Obrigado. Não vou esquecer na próxima vez. – eu esperava que isso não soasse muito atirado da minha parte.

- Tudo bem, eu não me importo. – diz Harry.

  Eu entrei no carro, e ele em seguida, o perfume dele estava me deixando um pouco confusa, era tão bom. Eu nem sei por que ele veio me buscar de carro, a casa dele não era nem 5 minutos da minha, mas tudo bem.

  Harry parou o carro, e saiu. Ele veio abrir a porta para mim.

- Obrigada. – eu disse. E ele deu aquele sorriso encantador que eu achava lindo.

Caminhamos em direção a casa dele, e antes de chegar a porta, ela se abriu e Louis apareceu. Será que ele ia participar do nosso jantar?

- Agora eu entendi por que me colocaram para fora de casa. – diz Louis e eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas. Eu não sabia o que responder.

- Hã? Acho que sim, não sei. – eu disse

- Lou você está deixando ela sem graça. – diz Harry

- Ok, me perdoa, mas eu tenho que fazer algumas piadinhas com o Hazza. Bom jantar pra vocês. – Diz Louis e sai.

- Pra você também Lou, manda um beijo para a Eleanor. - diz Harry.

- Pode deixar. – grita Louis

- Vamos? – pergunta Harry. Ele pega a minha mão e me puxa para dentro de casa.

  Eu estava impressiona com a casa dele, mas no momento eu só pensava na sua mão segurando a minha. Era uma sensação tão boa. Ele me levou até a sala de jantar, ela estava toda arrumada com algumas velas, estava linda.

- Wow! – foi só o que eu consegui dizer.

- Gostou? – Pergunta Harry. E solta a minha mão e puxa uma cadeira para mim.

- Claro que sim. E que nunca ninguém preparou um jantar assim pra mim. – eu confessei, e era verdade, esse era meu primeiro encontro oficial.

- Espero que você goste de massa, preparei algo bem gostoso pra gente. - diz Harry

- Nossa que honra, você cozinhando para mim.

- Que isso, não é nada... Mas antes de comermos, - ele olha fixamente em meus olhos enquanto chega mais perto de mim e me pega pela mão – Queria te mostrar uma coisa.

Ele me puxou em direção a escada, subimos e ao final de um corredor havia seu quarto. Ele abriu a porta. Estava tudo muito bem arrumado, imagino que a faxineira dele seja muito boa já que, dois homens solteiros morando em uma casa significa uma bagunça constante se tratando de “arrumação do lar”. Ele continuou a me puxar até a sacada do quarto, abriu a porta de correr e soltou minha mão. Inevitavelmente continuei andando, boquiaberta, em direção ao beiral da sacada... De lá dava para ver quase todo o condomínio, era como uma pequena cidadezinha feita totalmente sob medida, tudo perfeitamente arquitetado, com luzinhas piscando ali e ali. Claro que não piscavam, era apenas as luzes das casas saindo belas janelas abertas, mas era tudo tão lindo e calmo. Não era algo tão deslumbrante, pelo contrário, era simples. E por isso que me agradava, era simples e bonito. Um típico lugar inglês que nos encanta com tanta classe e elegância. Harry colocou suas mãos no beiral, assim como eu estava, ao meu lado e disse:

- Bem legal né?

- Muito legal! Que lugar mais lindo pra se morar.

- Haha, também acho. Gosto muito daqui. Pena que vou me mudar.

- Se mudar? Mas por que?

- Eu e Louis concordamos que já devemos ter cada um sua casa, para não tirar a privacidade um do outro. Eu adoro morar com ele, adoro mesmo. Mas acho que é uma decisão que deve ser tomada agora.

- Ah... Bom, eu entendo. Mas é uma pena mesmo.

- Eu sei, vou sentir muita falta...

Eu olhei para frente e admirei a vista por mais alguns instantes. Senti o olhar dele preso em mim, e senti minhas bochechas esquentando. Olhei para ele, e ele estava sorrindo:

- O que foi?

Ele balançou a cabeça e disse:

- Nada. É só que... Esquece.

- Como assim esquece? Sou muito curiosa. Agora vai ter que falar...

- Não, não... Deixa quieto. Vamos descer e comer?

Ele saiu de lá e me esperou passar pela porta para fechá-la.

Descemos até a sala de jantar, e ele como um cavalheiro, puxou a cadeira para que eu me senta-se, e sentou-se de frente para mim. Ele tirou uma tampa da bandeja e lá estava o jantar, macarrão fettuccine...

- Nossa, o cheiro está muito bom!

- Sabe como é né? Sou um grande chef de cozinha!

Ele me serviu um pouco e colocou um pouco de vinho também. Eu não era de beber, nem conhecia nada sobre bebidas, mas aquele vinho estava delicioso.

Conversamos e rimos muito durante o jantar todo. Eu sempre fui tímida com relação a puxar assunto, mas ele, pelo visto, era muito bom nisso. O nervosismo que sentia ao estar ali ao lado dele, passou em um piscar de olhos, e de repente comecei a perceber que não conseguia parar de sorrir para ele, e toda vez que ele sorria de volta, uma sensação quente percorria pelo meu corpo, uma sensação de bem estar, uma sensação de estar no lugar certo com a pessoa certa.

Ao terminarmos de jantar ele diz:

- Vamos um pouco para a sala? – Ele se levanta, pega nossas taças e a garrafa de vinho e eu o sigo até a sala, ele se senta no tapete em frente à lareira e diz para mim dando tapinhas no chão ao lado dele:

- Senta aqui do meu lado.

Eu me sento e ele me dá uma das taças e a enche um pouco. Tomamos apenas mais um gole, já que pegaria muito mal eu chegar na casa da Tia Meg com hálito forte de vinho. Garanto que Jared espancaria Harry na manhã seguinte achando que ele havia me dado bebida com segundas intenções. Não posso negar de que essa idéia havia passado pela minha cabeça no começo, mas ele não poderia fazer isso, não enquanto estava olhando em meus olhos e me fazendo rir com aquele jeito meigo dele. Seria um golpe muito baixo.

Continuamos conversando. Eu perguntei sobre os outros garotos, como era passar tanto tempo ao lado deles, como era estar na estrada fazendo shows o tempo todo, perguntei sobre sua família, etc. Ele me perguntou sobre o Brasil, sobre meus amigos, família, e então por fim perguntou sobre meu “namorado”:

- Ah sim... Meu namorado fictício você quer dizer?

- Fictício? Como assim? O Jar me disse que você namorava um garoto no Brasil.

- Ele mentiu pra você. Não tenho namorado. Ele exagera no quesito “defender a família”.

- Que palhaço! Se você não fosse tão interessante e eu não fosse tão insistente, eu poderia ter desistido de você com essa brincadeira idiota dele. – Ele me olhou e eu fiquei constrangida, o que é engraçado, pois ele que deveria estar se sentido assim. Ele é muito direto! E eu não sei como lidar com elogios.

Olhei em meu relógio e já marcava 23:45. O tempo tinha passado voando!

- Meu Deus! Preciso ir embora! A tia Meg deve estar muito preocupada! – Levanto num pulo e vou em direção a porta.

- O que? Já? Calma, eu te levo! – Ele literalmente correu atrás de mim – Mas pode ser a pé? Assim conversamos mais um pouco.

Inevitavelmente eu sorrio e digo:

- Tudo bem.

Ele pega dois casacos dele e põe um em mim, havia me esquecido do frio que estava lá fora.

Nossos assuntos haviam cessado um pouco então andamos quase em silêncio, só comentando uma coisa ou outra, então ele pergunta:

- Quanto tempo você vai ficar aqui em Londres?

- Um mês.

- Tinha medo da resposta ser essa.

- Por que?

- Nada, é só que... É pouco tempo.

- Concordo.

Chegamos em frente à casa de Tia Meg. Virei-me para ele com as pernas um pouco bambas, tinha que despedir dele agora.

- Adorei a noite. Foi ótima! O jantar estava uma delícia...

- E a companhia? – Perguntou ele com um sorrisinho malicioso.

- Foi... Maravilhosa. – Com certeza eu devo ter dado aquele olhar de menininha encantada. Que ridículo.

- Concordo, plenamente! E você fez de novo...

- Fiz o que?

- Olhou do mesmo jeito meigo que me hipnotizou lá na sacada do meu quarto. Só que dessa vez, olhou desse jeito para mim, e me deixou mais hipnotizado ainda. – Ele começou a chegar perto com uma das mãos no bolso e a outra passando pelo meu rosto delicadamente, afastando uma mecha de cabelo que estava perto do meu olho e colocando atrás da minha orelha. Tudo pareceu em câmera lenta. Seus lábios estavam bem perto dos meus, quando eu esquivei. Pude ver o seu olhar desapontado.

- O que foi? Não quer que eu te beije?

- Não é isso... É que, é complicado.

- O que tem de complicado em um beijo?

- Tudo, quando se pode estar se envolvendo em algo que pode gerar muitos sentimentos e acabar de modo repentino. Além disso, é complicado porque o mundo todo te conhece e se eu te beijo e alguém fica sabendo em menos de 5 minutos o mundo já sabe. Não sei se quero ver meu nome em revistas de fofocas como “a mais nova aventura de Harry Styles". Isso é complicado pra mim.

- Você não devia pensar tanto no amanhã. Você deveria pensar no agora e em nós dois.

- Eu tenho que pensar no amanhã. Ainda mais quando eu... – Ele percebeu que eu queria falar algo e me segurei para não dizer. Mas ele simplesmente disse:

- Mas eu quero muito te beijar. Você também quer, não é?

- Não. – Ta, eu sei que sou idiota. Mas de repente me bateu o bom senso. Que futuro teria uma relação como essa? E pior, que me garantiria que existiria uma relação? Quem me garantiria que Harry Styles só não estava atrás de uma ficada comigo e depois me dispensaria? Mas sou mais idiota ainda por negar uma coisa que estava estampada na minha cara.

Ele me olhou mais desapontado ainda, e com um pouco de mágoa e disse:

- Tudo bem então. Tchau, até um dia desses. – Ele colocou as duas mãos de volta no bolso, deu as costas e saiu caminhando. Também dei as costas e comecei a andar em direção a porta. Quando coloquei a mão na maçaneta, me deu um aperto no coração... Que besteira eu estava fazendo?

- Harry! Espera! – E corri na direção dele. Ele parou imediatamente e perguntou:

- O que foi? – Mas não deu tempo de responder nada, apenas fiquei cara a cara com ele, bem perto, eu estava ofegante e ele ficou sorrindo como bobo, eu passei as mãos pelo pescoço dele enquanto ele passou as dele em minha cintura segurando firme e me deixando totalmente entregue aos encantos dele e então aconteceu. Suave e ao mesmo tempo preciso. Seus lábios estavam gelados assim como os meus, mas naquele instante foram ficando quentes e se encaixando perfeitamente uns nos outros. Uma de suas mãos deslizava pela minha cintura até meu quadril enquanto a outra me abraçava pelas costas. Nosso primeiro beijo. E eu só conseguia pensar em uma coisa: Espero que seja o primeiro de muitos.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado!