Os Segredos De Hugo. escrita por Ingrid Fonseca


Capítulo 11
Surreal ou real?


Notas iniciais do capítulo

Como prometido... Esse capitulo é cheio de revelações.
Dedico aos meus leitores lindos, principalmente a Isabella R que me deixou um comentário encantador que aumentou minha auto-estima de escrita uahsuha :D



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- Por que o amarrou?

                - Por que foi o que vocês disseram que queriam...

                - Não, não! Eu disse...  

                - Gabi... Enquanto ele estive aqui e você perto dele, ele ficará assim – Kevin disse amigavelmente.

                - Está bem.  Mas, pelo menos, tire esse saco da cabeça dele.

                Mike tirou o saco da cabeça de Catarina. Ele estava com a cabeça baixa e com um pano amarrado na boca. Ele levantou o rosto e fez uma expressão facial como se estivesse orgulhoso de mim.

                - Tire o pano também... – Ordenei sem jeito.

                Mike me obedeceu. Catarina moveu a boca por alguns segundos, como se estive fazendo um alongamento, mas com a boca.

                - É assim que recebe seus convidados?  Bom saber!

                - Desculpe pela recepção – Disse desajeitada.

                - Chega de papo furado! – Kevin disse chegando perto de Catarina – Gabriella fez a parte dela... Agora você fará a sua... Conte tudo que ela que saber! – Kevin foi autoritário, parecia um general.

                - E se eu não quiser...? – Catarina abriu um sorriso malicioso.

                - Se você não quiser... Eu te mandarei para o inferno – Mike disse mirando a arma na cara de Catarina.

                - Isso não será preciso... – Disse abaixando a mão (que estava com a arma) de Mike -... Não é, Catarina?

                - Pode atirar!  Já estou morto por dentro...

                - Está bem – Mike apontou a arma novamente.

                - Não! – Disse com uma criança mimada e comecei a choramingar – Eu quero as malditas respostas! Eu quero saber quem é Hugo... O que a merda do Doce Lar está escondendo! Eu quero saber a verdade... É você disse que me falaria se eu o tirasse daquele maldito lugar... Eu fiz isso porra. Gastei 100 mil para te tirar de lá... Todos nós poderíamos ser presos, sabia?... Então, não me venha com essa de “se eu não quiser”... Você vai querer, querendo ou não!

                Catarina abriu um sorriso.

                - Essa era a reação que eu queria...

                Naquele momento percebi que, Catarina estava me manipulando, brincando com os meu sentimento, como se eu fosse uma marionete. 

                -... Contarei toda a verdade, afinal, você agora está dentro desse jogo, você mesma  disse outro dia. Enfim, chega de blá blá blá e vamos ao que interessa... Vamos ao começo de tudo... As crianças gostam de uma boa história de terror? – Não respondemos - Contarei mesmo assim... Poderiam me soltar por gentileza?

                - Não... Agora – Kevin disse firmemente.

                Catarina revirou os olhos.

                - Voltando... Acho que devo começar pelo começo...

                Elementarmeu caro Watson- Pensei.

                -... Mas a questão é... De que começo? – Catarina pensou um pouco – A senhorita quer saber toda a verdade, certo?

                - Sim – Murmurei.

                - Voltaremos aos anos 80... Caso a senhorita não saiba, eu fui um cientista, um ótimo cientista. Eu era o “braço direito” de Mauricio, éramos amigos de infância e cuidaríamos da herança que o velhote deixou para ele. Mauricio sempre foi um homem... Como eu posso dizer? Cheio de ideias que floresciam na cabeça dele e era impossível fazer-ló desisti dessas ideias.  Então, em certo dia, Mauricio chegou para mim com uma ideia fascinante... Tínhamos muitos pacientes que tinham raiva excessiva e Mauricio não conseguia controlar – lós... Então criou um vírus, que deveriam matar todos os nervos do cérebro que produzem raiva... Infelizmente, muitos morreram e começaram a investigar sobre as “mortes misteriosas”... Eu não consegui aguentar aquilo... Iria abandonar Mauricio e sua ideia maluca e o entrega - ló para a policia... Mas foi tarde demais. Mauricio me infectou com o vírus, esperando que eu morresse como os outros pacientes, mas eu sobrevivi e minha raiva aumentou... Depois da descoberta, ele me prendeu no Doce Lar, dizendo que eu fiquei maluco...

                Mike, Kevin e eu estávamos sentados no sofá. Kevin e eu estávamos boquiabertos, aquilo parecia um filme de terror. Parecia uma fantasia, mas infelizmente poderia ser verdade.

                -...  Mauricio conheceu o Gustavo e continuou com seu plano... Fiquei anos sem noticias dele até que uma criança entrou no Doce Lar, a criança era o Hugo...

                Eu paralisei assim que ouvi o nome dele. Kevin colocou sua mão em cima da minha e abriu um sorriso consolador.

                -Você acha que o Hugo matou o irmão, certo? Você está completamente errada. Hugo estava infectado... Ele com certeza matou a Emily e seus pais... Ele me confessou tudo. Mas nunca matou Igor. Mauricio matou o próprio filho e culpou Hugo...! Hugo me contou tudo o que se passava na casa dele... Disse que eles tomavam uma injeção uma vez por mês, disse que Igor odiava as injeções e disse que Igor enfrentava o pai... Disse que Igor era o mais violento e também manipulador e estava chantageando o pai... Hugo não se lembrava de ter sufocado o irmão com o travesseiro... Apenas acordou com o travesseiro na mão, o irmão do lado dele morto e a mãe gritando tentando acordar Igor. Mauricio enganou a todos! Matou vários inocentes e mataria mais se Hugo não houvesse o matado... Hugo conseguiu voltar para casa e disse que o Mauricio não havia tocado nele... E ele passou um bom tempo com a mãe... Ele a amava a mãe... Infelizmente ou felizmente, eu não a conheci pessoalmente. Mas ela parecia ser uma doce pessoa, o que era estranho, já que o marido era um lixo.

                Catarina parou de falar por alguns segundos.

                - Gabriella – Ele disse serio olhando para os meus olhos – Mesmo Mauricio estando morto, eles continuam fazendo as experiências fracassadas... Você é dona de lá! Tem que acabar com aquilo. Se você realmente se importa... Acabe com aquele inferno! Agora que você sabe que Hugo e eu nunca fomos os “caras maus” que somos apenas as vitimas... E que os caras maus estão lá... Você precisa acabar com isso! – Catarina implorou.

                Após tudo que Catarina disse, corri daquele pequeno armazém e sem dizer uma palavra, fui para fora pegar um ar. Era muita coisa para raciocina e eu não sabia se era verdade. E se por acaso fosse? E se por acaso não fosse? Eu acabaria com o Doce Lar e deixaria duzentas pessoas desempregados por causa de um maluco que me contou uma historia fascinante e surreal. Mas é esse ele estivesse certo?


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Notas finais do capítulo

Suas cabeças explodiram? AUHSAUHSU
Quero suas teoria...