Insurreição escrita por DiegoNL


Capítulo 6
O Carrasco


Notas iniciais do capítulo

- Mudança de planos. Este é o penúltimo capítulo, e o final ainda está por vir... Espero que gostem!



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ELE NÃO É O JAMES!

Assim que adentrou o salão e absorveu a cena, Lucy percebeu o movimento brusco do falso James e prontamente avisou Harry. Contudo, era tarde. A voz firme do inimigo preencheu o aposento, enquanto ele apontava a varinha para a pessoa que tanto odiava.

- Avada Kedavra!

- Accio!

Todos, sem exceção, se surpreenderam ao ouvir uma voz feminina bradar o segundo feitiço. No momento seguinte, Marcus e Harry eram violentamente puxados para trás, se embolando no ar e despencando no chão. O feitiço da morte, sem encontrar o alvo a que fora direcionado, simplesmente seguiu em linha reta em busca de alguém para abater. Em direção a Lucy.

Tudo aquilo foi tão repentino que ela não conseguiu ter qualquer reação. Enquanto sua mente tentava absorver que o pai de James não tinha morrido, a maldição direcionada a ele continuava avançando em sua direção. O clarão verde se aproximou a uma velocidade enorme, ela sentiu sua pupila se dilatar, e nesse momento sentiu que Flitwick saltara a sua frente.

- Protego!

O feitiço protetor do professor foi o bastante para bloquear a maldição do inimigo, e quando isso ocorreu, Lucy voltou a si e correu para dentro do salão, vendo que inúmeras varinhas eram apontadas para seu peito. Enquanto isso, Harry lutava fisicamente contra Marcus, tentando a todo custo arrancar-lhe a varinha da mão para ter uma arma e ajudar na batalha. Alexandra, por sua vez, estava deitada de bruços e ofegante. Seus ferimentos tinha novamente se aberto quando ela pôs-se em pé para salvar Harry, mas agora sentia que suas forças estavam mais uma vez lhe abandonando.

Para a sorte de Alexandra, ninguém parecia querer perder tempo com uma traidora moribunda. Lucy, que era visivelmente o alvo mais jovem e fácil de abater, era a mais visada pelos inimigos: conforme corria desenfreadamente pelo aposento, sentia os feitiços de quatro bruxos tentando atingi-la. O falso James estava entre eles. Regularmente era forçada a conjurar um feitiço protetor ou fazer movimentos bruscos para desviar das magias, visto que o salão não tinha qualquer mobília. Suando, ofegante e com o rosto muito corado, ela se mostrava desesperada e não sabia o que fazer. Quando tentou parar de correr e contra-atacar, viu um lampejo verde vindo em sua direção, e por pouco ele não a acertou. Parece que realmente desejavam matá-la.

Finalmente, Harry conseguiu roubar a varinha de Marcus, nocauteando o homem com um soco no rosto. Olhou para Alexandra: aparentemente estava desmaiada, e seu sangue começava a manchar o chão. Hesitante, olhou para Flitwick. Um dos inimigos do bruxinho já estava fora de cena, mas o outro por sua vez parecia ser experiente em duelos. Contudo, assim que correu os olhos para Lucy e viu que quatro inimigos a perseguiam, Harry abandonou o receio e foi em seu auxílio. No instante em que se afastou da desacordada Alexandra, porém, sequer percebeu que o velho bruxo de antes reapareceu e displicentemente caminhou até ela...

Àquela altura, o salão estava imerso em luzes e faíscas de todas as cores. Ao entrar em ação, Harry conseguiu estuporar um dos perseguidores e recuperar sua varinha, mas outro inimigo logo tratou de reanimá-lo. Agora o auror duelava com os dois homens altos, morenos e provavelmente irmãos, pois eram muito parecidos. Já Lucy continuou sua luta contra o falso James e um senhor alto, ruivo e barbudo. O segundo realmente não era um grande problema, visto que a idade não permitia que fosse muito ágil, mas o falso James parecia completamente decidido a matá-la.

- Estup...! – Começou ela, mas foi obrigada a se calar e saltar para o lado, pois uma maldição da morte foi lançada em sua direção.

Ofegante, ela percebeu que sua varinha estava quase escorregando da mão suada, e empunhou-a com mais força.

- Expelliarmus!

Com um aceno displicente da varinha, o falso James facilmente se defendeu do ataque. Em seguida, esboçando um sorriso irônico, lançou um Rictusempra contra Lucy.

- Estupefaça! – Gritou ela, sem saber direito o que fazer.

Os dois feitiços se chocaram no ar e soltaram dezenas de fagulhas que iluminaram o aposento escuro, somando-se aos clarões causados pelas outras batalhas. Antes que as fagulhas desaparecessem, porém, ela percebeu que o velho ruivo lhe apontara a varinha e lançara algum feitiço que ela não conhecia. Jogando-se no chão, desviou do lampejo prateado por pouco, e apontou a varinha para o senhor.

- Rictusempra!

Lucy e o falso James observaram o jato vermelho atingir o velho em cheio, e ele voou por vários metros até cair rolando no chão, completamente desacordado. A moça sorriu vitoriosa, pondo-se em pé, mas no instante seguinte o outro adversário brandiu a varinha.

- Silencio!

Não deu tempo de desviar. Ao ser atingida, um arrepio percorreu o corpo de Lucy, e ela se desesperou. Embora já soubesse o efeito daquele feitiço, ela imediatamente brandiu a varinha e tentou bradar uma magia, sem sucesso. O falso James riu.

- Eu ia perguntar seu nome, mas parece que não vai ser possível... Enfim, o meu é Isaac Nogwell. Muito prazer.

Lucy tentou novamente lançar um feitiço, mas não conseguiu. Um sorriso perverso surgiu no rosto do inimigo.

- Desista. Alguém tão jovem não pode lançar um feitiço não-verbal...

Assustada, ela correu os olhos para os lados. Flitwick ainda lutava com seu adversário e Harry, embora tivesse nocauteado um, ainda tinha outro para enfrentar. Nenhum deles parecia estar prestando atenção na sua batalha. Despertou de seu devaneio ao ver Isaac brandir a varinha. Por reflexo, saltou para o lado, e fez bem: quando o feitiço atingiu a parede, surgiram nela fendas profundas, como se tivesse sido atingida por lâminas invisíveis.

- Sectusempra...! – Pensou Lucy, desesperada, mais uma vez começando novamente a correr.

Um segundo depois, sentiu uma sensação quente nas pernas, e elas magicamente se colaram uma à outra. Perdendo completamente o equilíbrio, ela tombou no chão, machucando a testa devido à queda. Suando frio, tentou se sentar, mas sentia-se zonza. Ouviu os gritos de dor de alguém, mas não conseguiu identificar de quem porque estava confusa. Isaac caminhou até ela.

- Accio!

A varinha de Lucy voou para sua mão.

- Chega de brincar de gato e rato, mocinha...

No momento em que os olhares dos dois se cruzaram, porém, o homem pareceu subitamente surpreso.

- Ah, espera um pouco... Eu já ouvi falar de você!

Esboçou novamente aquele sorriso perverso, e passou a adotar uma expressão zombeteira.

- Bem que eu estava estranhando uma aluna dar as caras por aqui... Você é Lucy Powell. A garota que sempre anda com James Potter.

Lucy nada disse, pois ainda estava silenciada e um pouco atordoada pela queda. Isaac, com a varinha apontada para seu peito, continuou com as provocações.

- Sabe, pra vir até aqui com os professores mesmo estando apenas no terceiro ano... Isso não é apenas amizade, é?

Recompondo-se, a moça simplesmente ficou encarando aquela expressão zombeteira, sentindo uma onda escaldante de ódio.

- Ah, o amor é tão lindo...! E você vai morrer nas mãos de alguém que assumiu a forma de seu amado. Não é romântico?

Lucy permaneceu imóvel e sem esboçar qualquer reação. Se ia realmente morrer, não daria a Isaac o gostinho de perturbá-la nos momentos finais. Para sua alegria, aquilo pareceu incomodá-lo, e ele enrugou o cenho.

- Por que não faz nada, mulher?

Ao acenar com a varinha, pela segunda vez ela sentiu um estranho arrepio percorrer-lhe o corpo. Tinha recuperado a voz.

- Está livre agora. Pode dizer suas últimas palavras para o seu amado... – Provocou, apontando-lhe as duas varinhas que tinha em mãos.

Lucy, ainda sentada com as pernas presas e um pouco atordoada, não hesitou em dizer o que tinha em mente.

- Meu carrasco ter a forma do James não me afeta em nada... Porque o verdadeiro não pode ser comparado a alguém como você. – Ofegou, sentindo que o ferimento na testa tinha começado a sangrar.

Isaac torceu o nariz.

- Comovente. Lealdade admirável, mas agora...

Nesse momento, uma explosão descomunal ocorreu em um canto do aposento, causando um grande clarão e fazendo o chão tremer. Isaac obviamente não desviou o olhar, mas se sobressaltou. Essa foi a deixa de Lucy. Pegando impulso com as pernas presas, saltou em direção às pernas dele e puxou-as para frente. O homem se desequilibrou e caiu sentado. Apontando-lhe a varinha, uma maldição passou por cima do ombro da ruiva e atingiu a parede, causando um pequeno estrondo. Sem pensar, sem planejar, agindo puramente por instinto, Lucy ergueu a mão e cravou as unhas na bochecha direita do adversário. Isaac soltou uma exclamação de dor, mas logo se recompôs.

- SECTSUSEMPRA! – Bradou, sentindo uma onda de ódio e dor se espalhar por seu corpo.

Foi uma cena terrível de se assistir. Lucy se atirou para trás e sentiu que sua garganta subitamente estava se fechando, ao mesmo tempo em que se espalhava por seu corpo uma sensação imensamente dolorosa. Era como se gélidas lâminas estivessem sendo cravadas em seu peito. Sem conseguir respirar, caiu de costas no chão, meio inconsciente. Isaac, encolerizado e sentindo o sangue escorrer do ferimento no rosto, apontou a varinha pra a mulher.

- Cru...!

- Avada Kedavra!

O homem estava tão cego de ódio que até se esqueceu de que tinha ocorrido uma explosão há poucos segundos. Ela tinha sido causada por McGonagall que, junto de Neville, Slughorn, Ginny e muitos outros membros da extinta Ordem da Fênix, finalmente alcançaram o salão. A professora, a frente de todos, assistiu à cena e não hesitou em matar aquele que estava prestes a torturar sua aluna favorita. Agora que o tinha feito, porém, sentiu-se mal e não queria sequer olhar para o morto. Seu olhar recaiu sobre Lucy, que estava com as vestes lentamente se tingindo de vermelho.

- Senhorita Powell...! – Exclamou, correndo até ela.

Alheia às outras batalhas que aconteciam no aposento, ela se adiantou até Lucy, que estava deitada, ofegante e tremendo. Ajoelhou-se ao lado da moça e levou a mão aos ferimentos, assustada. Conhecia aquele feitiço, mas não o via ser usado desde que seu criador arrancara a orelha de George Weasley com ele. Não sabia o contrafeitiço. Olhou para os lados: com a chegada dos membros da Ordem, tudo estava sob controle. Os inimigos tinham acabado de ser nocauteados e Harry era abraçado pela esposa, que se mostrava visivelmente aliviada.

- Potter! Potter, venha a cá, rápido! – Gritou McGonagall, em tom de urgência.

Harry olhou em sua direção, e ao ver o corpo de Lucy, alarmou-se. Desvencilhando-se de Ginny, correu até lá com a varinha em mãos, ajoelhando-se ao lado da ruiva. Lucy estava pálida, de olhos fechados e tremia. Pensava que ia morrer, pois os cortes causados por Isaac eram bem profundos. Sem pensar duas vezes, o auror tocou em seus ferimentos, começando a murmurar o contrafeitiço que aprendera com Snape há tanto tempo.

- Vulnera Sanentur...

Graças à magia, o sangue aos poucos parou de escorrer dos ferimentos.

- Vulnera Sanentur... Vulnera sanentur.

Conforme Harry repetia o contrafeitiço e o sangue era absorvido, todos se reuniram em volta da moça, receosos. Quando perceberam que os ferimentos maiores aos poucos estavam se fechando, suspiraram aliviados. Como parte do teto do salão tinha cedido, um vento frio soprou e fez todos se sobressaltarem. Lucy, quase inconsciente e com a visão embaçada, contemplava as estrelas do céu, alheia àqueles que a cercavam. No fundo, apesar da dor, sentia-se feliz por ter tudo dado certo. Aos poucos sua visão começou a se normalizar, e enfim ela reparou naqueles que a cercavam. Todos, em especial McGonagall e Harry, sorriram radiantes para ela. E eram justamente os dois que estavam em pior estado, junto de Flitwick. Contudo, todos experimentavam o mesmo alívio que ela sentia. Tudo tinha acabado bem. Hesitando um pouco, ela também esboçou um sorrisinho vacilante para todos.

Terminados os primeiros socorros, Harry se levantou e olhou para os lados: o salão estava em um estado deplorável, em ruínas. Em um canto estavam os corpos de cinco inimigos que tinham perecido em combate, entre eles Isaac. Não muito longe, Marcus estava estuporado e amarrado com outros dois em igual estado. Subitamente, Harry se alarmou e correu os olhos pelo salão: durante os combates, o mais velho dos inimigos tinha desaparecido!

- Tomem cuidado! Ainda falta um deles... – Avisou o auror, apertando a varinha com mais força, novamente tenso.

Lucy fez menção de se levantar para ajudá-los, mas Minerva a repreendeu com um olhar severo que a fez mudar de ideia. De repente, um movimento súbito fez todos se sobressaltarem. De trás dos escombros do teto e da poeira desprendida por eles, um vulto lentamente emergiu, logo se revelando como Alexandra. Cambaleante e pálida como um papel, ela avançou em direção a eles.

- Me ajudem... – Pediu, com um tom de voz perturbador.

Nenhum deles se moveu. Continuaram apontando as varinhas para a moribunda, receosos, enquanto ela continuou avançando.

- Por favor... Me ajudem...!

Harry fez menção de ir até ela, mas percebeu que havia algo de errado. Ela estava ferida demais para ousar se levantar. Aquilo não fazia o menor sentido... Somente quando ela estava a poucos metros deles, o auror percebeu o que havia de errado.

- Bombar...! – Começou ela, subitamente sacando a varinha e a apontando para o teto.

Foi atingida em cheio por um feitiço estuporante de Harry, e caiu desacordada. O moreno suspirou.

- Imperius... Pretendia nos matar e morrer junto.

Flitwick imediatamente ergueu sua própria varinha para o alto, enrugando o cenho.

- Homenum Revelio!

O feitiço não detectou a presença de ninguém, e logo ficou óbvio que o velho tinha desaparatado. De repente, Harry se alarmou.

- Pessoal, agora a pouco foi enviada uma coruja a Azka...!

Kingsley Shacklebolt, um homem alto e negro, logo se apressou a tranquilizá-lo.

- Está tudo bem. Assim que Minerva me informou da situação, já ordenei que a dita coruja tivesse sua carta destruída assim que chegasse a Azkaban.

Harry desviou o olhar para o chão, lembrando-se do que tinha feito e ficando envergonhado por isso.

- Me desculpe por ter feito uma coisa dessas... – Pediu, sem coragem de encarar os outros.

O ministro da magia ergueu as sobrancelhas.

- Do que está falando, Potter? Uma carta falsa não é motivo para incriminar ninguém...

Harry ergueu a cabeça e viu que Kingsley sorria, piscando o olho. Aliviado, o moreno sorriu. Tirando a fuga de um dos inimigos, parece que tudo tinha acabado bem, afinal... Kingsley de repente olhou para os lados, erguendo as sobrancelhas.

- Mas eu quero que me explique em detalhes o que significa isso tudo... Quem eram essas pessoas, e quais suas intenções exatas. – Disse Kingsley, indicando com a cabeça os homens que estavam amarrados em um canto.

Harry assentiu.

- Certo, depois vou escrever um relatório detalhado, ministro... Mas primeiro quero ver meu filho. E temos que levar a Lucy para o hospital...!

O negro deu-lhe um tapa no ombro.

- Claro, sem pressa...! Enquanto isso, todos eles vão para Azkaban.

Ao ouvir isso, Harry olhou para o corpo pálido e desacordado de Alexandra. Lembrou-se de como ela tinha salvado sua vida naquela noite, e logo tratou de corrigir a fala do ministro.

- Ela não. Vamos levá-la ao St. Mungus para ser examinada... Fiz os primeiros socorros, mas ainda assim...

Flitwick, com um grande arranhão no queixo e com a roupa chamuscada em alguns pontos, pigarreou.

- Nesse caso, é melhor nos apressarmos. O Sectumsempra pode deixar cicatrizes na senhorita Powell se demorarmos muito, sabem...?

Lucy, que estivera quieta até então, mais uma vez fez menção de se levantar.

- Não! Eu estou bem... Quero ir para Hogwarts! Eu...!

Minerva encarou-a, erguendo as sobrancelhas. A ruiva pareceu desconcertada.

- Ah... Certo, se acham que é melhor...

Todos riram.

- Obrigado, Lucy. Professor Flitwick... Querida... Obrigado a todos vocês. Se não tivessem vindo, eu provavelmente estaria morto agora. E me perdoem por colocá-los em perigo, mais uma vez.

Neville riu.

- Tudo bem, é como nos velhos tempos...

Um por um, abandonaram as ruínas da mansão dos Nogwell. Os professores voltaram para Hogwarts, Kingsley para o Ministério, e Lucy e Alexandra foram levadas por Harry e Ginny até o hospital St. Mungus. Uma vez lá, ambas receberam atendimento médico e foram para seus respectivos quartos. A ruiva, sozinha e deitada na cama, contemplava o teto parecendo entediada. Não queria estar ali, e sim em outro lugar... De repente, a porta do quarto se abriu e o casal Potter entrou.

- Tudo bem? – Perguntou Harry, fechando a porta.

- Tudo s... Ai!

Lucy fez menção de sentar na cama, mas ao se mover sentiu uma fisgada dolorosa no peito. A mulher adiantou-se até ela e acariciou seu cabelo.

- Não precisa se levantar, Lucy, querida... Você precisa repousar.

- Ah, certo...

Harry também se aproximou da cama.

- Acho que se esqueceu de uma coisa...

Nesse momento, os olhos verdes da moça recaíram sobre o que ele tinha em mãos: a capa de invisibilidade. Sentiu-se envergonhada, e logo sua face enrubesceu.

- Ah... A capa...! – Murmurou desconcertada, pois provavelmente o auror tinha encontrado o objeto mágico caído em algum canto das ruínas.

Harry riu.

- Tudo bem... Já sabemos que precisou dela para ir à mansão.

Dizendo isso, depositou a capa sobre os lençóis brancos de Lucy. Ainda um pouco constrangida, ela sorriu.

- Obrigada...

Subitamente algo lhe ocorreu, e ela enrugou o cenho. Pensativa, ficou por um momento olhando para os dois, que a contemplavam parecendo aliviados. Decidiu então pôr o receio de lado e questionar o que tinha em mente.

- Hum... Vocês não deviam estar com o James? – Perguntou, parecendo preocupada.

Harry sorriu.

- Viemos nos despedir. Mas sabe, trazê-la até aqui é o mínimo que podemos fazer para agradecer, Lucy...

Sua esposa assentiu.

- Realmente...  E vamos contar tudo para o James, assim que chegarmos a Hogwarts. Provavelmente ele vai visitá-la conosco, amanhã!

Lucy sorriu. Antes que pudesse se manifestar, porém, Harry lembrou-se de algo.

- Ah, e os seus pais já estão vindo vê-la!

A moça sentiu-se ótima com aquela noticia. No momento em que pensou que ia morrer, estranhamente tinha se lembrado de seus pais... E desde então a vontade de vê-los só aumentou. Ficou ansiosa. Queria tê-los junto de si o mais rápido possível.

- Então vamos indo... – Ginny recuou, visivelmente dominada por uma vontade enorme de ver o filho.

Após as devidas despedidas, o casal Potter anunciou que a visitaria no dia seguinte e enfim partiu. A ruiva se viu sozinha por alguns minutos, durante os quais pensou em tudo que tinha acontecido naquela madrugada. Olhando pela janela, pôde ver que já estava amanhecendo. Deitada de lado, ficou contemplando o nascer do sol, coisa que tinha imaginado que nunca mais veria... Suspirou aliviada. Pelo menos tudo tinha acabado bem... Contudo, havia uma coisa que ainda a angustiava, e tal angústia só passaria quando confirmasse com seus próprios olhos:

- Será que o James está bem...?


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Notas finais do capítulo

Muito em breve chegará o capítulo final dessa aventura!
Abraços



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