A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 64
2ª Fase: Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

- Gente, a pascoa chegou e aqui está o meu presente para vocês. LEIAM AS NOTAS FINAIS, joinha? Boa leitura :)



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Anteriormente...

Jane se levantou, ainda mantendo o sorriso no rosto. Seu cabelo estava todo bagunçado e o vestido não passava de pura sujeira.

— Não estou dizendo que você tem magia. – Disse. - Estou dizendo que você passou a ter o seu próprio conto de fadas. – Lentamente, ela se aproximou novamente, pousando a lâmina da faca em meu braço. Meu corpo inteiro se arrepiou e meu coração praticamente saltou de dentro do meu peito. – Nós vamos ter tanta diversão juntas.

E então ela afundou a lâmina da faca em minha pele.

***

Rosalie Hale

Não estava nos meus planos ser vítima de tortura de uma psicopata. Na verdade, nenhum ser humano em plena consciência cogitaria nessa hipótese e anotaria em sua agenda: Nesse dia, vou servir de objeto de tortura de uma baixinha diabólica.

Me poupe.

Jane havia me aprisionado já havia alguns dias, até meses, eu creio. “Sinto a magia em você, garota.” Ela insistia em afirmar, enquanto usava diversos objetos para me causar dor.“Você não estava nos planos do conselho.” A sua voz maligna continuava a sussurrar em meu ouvido, me causando medo e, inferno, muito, muito sofrimento.

Antes de entrar nesse pesadelo, eu lembrava claramente de estar sentada em uma mesa de bar enquanto um duende me esperava no estacionamento. Meu objetivo consistia em achar algum membro do conselho das fadas  e conseguir respostas do paradeiro do meu irmão, que no caso, seria o outro lado. O mundo encantado, mais especificamente. Parece bizarro. Enfim, acabei encontrando a Jane e ela conseguiu com bastante êxito, armar uma emboscada para me fazer de sua refém.  Alguém me dedurou, eu tinha certeza disso. Talvez Alice. Foi ela que deixou a mensagem no mapa, para procurar por Jane no bar.

Para completar a minha tragédia, antes disso tudo acontecer, Irina havia me encontrado na cabana abandonada e assim, me obrigou a engolir uma poção nojenta, a qual fez com o meu cabelo começasse a ficar grisalho. Lembrei, com um arrepio, que o duende havia me olhado apavorado, afirmando que eu estava condenada.

O duende. Será que ele estava vivo? E ah, Bella? O que havia acontecido com ela?

 E Emmett?

Meu coração apertou dentro do peito com a menção do último nome. Céus, eu sentia uma falta enorme daquele bruta montes. Para piorar a situação – se é que pode ficar pior que isso –,  Jane tinha o poder de entrar na minha mente e fazer com que eu presenciasse algo ruim, como se realmente estivesse acontecendo.

Fiz uma nota mental que, se eu saisse daquela viva, iria chutar o traseiro de todos que me fizeram mal, com as minhas botas de cano alto, cheias de glitter.

Por algum milagre, Jane havia parado de usar objetos de tortura contra mim e se ausentou por alguns dias. Dessa forma, eu não me encontrava totalmente esgotada fisicamente e mentalmente. Ao meu redor, tudo passava de escuridão. Por mais terrível que possa parecer, eu estava aprisionada em uma espécie de gaiola de ferro que ficava pendurada na parede, sustentando o peso do meu corpo. Era muito apertada e não me dava espaço para muitos movimentos e por isso, só me era permitido ficar sentada. Em algum horário do dia, um dos capangas encapuzados aparecia ali para me libertar e me alimentar. Depois, eu era aprisionada novamente.

Ouvi o barulho da porta sendo aberta e observei atentamente o feixe de luz que iluminou um bom pedaço da escuridão. Meus olhos arderam instantaneamente e tive que cobrir a iluminação incomoda com a palma da minha mão.

A figura que se materializou no local era a de Jane. Ela usava um manto preto que cobria todo o seu corpo, sendo que os fios louros estavam penteados para trás da cabeça.  Me arrepiei inteira ao ver aquela imagem diabólica. Eu não queria ser torturada novamente.

— Está gostando da sua prisão? É chamada de caixão da tortura, muito usada na idade média. – Jane disse, abrindo um sorriso cruel.

— Que bonito. Eu fico presa e você me da aulas de história. Bem comovente. – Tive que fazer bastante esforço para falar, pois minha garganta ardia como o inferno.

Jane deu de ombros. Era um movimento tipíca dela, afirmando que meu comportamento não a deixou feliz.

— Continue fazendo piadinhas. Você não está nada bonita ai.

Aquelas palavras me atingiram com um golpe. Meu cabelo estava todo cinza, sendo que havia crescido até os meus ombros e os fios apresentavam pontas duplas.  Não tive coragem de olhar para as minhas unhas quebradas e sem esmalte. Definitivamente eu perdi peso e consequentemente, minha pele seca e cheia de feridas tornavam o meu estado ainda mais lamentável.

Eu já não tinha mais esperanças.

— O que você quer de mim, Jane? – Pareceu mais uma súplica do que um pedido.

Ela suspirou, como se a resposta fosse óbvia.

— Quero que você manifeste os seus poderes. Eu sinto a magia em você. Todos que possuem um conto de fadas, tem magia.

Reconheci a raiva crescendo em meu peito e quando percebi, me atirei em direção de Jane, colindo, dessa forma, com a grade. A gaiola balançou assustadoramente e por alguns segundos, vi o mundo girar. Tive que segurar nas bordas da minha prisão para não ser jogada para trás.

— Você realmente acha que se eu tivesse o minímo de magia, estaria aqui presa, feita uma galinha que põe ovos? Eu vou te falar uma coisa, sua estúpida de merda. – Gritei, sentindo a frustação transbordando em forma de lágrimas dos meus olhos. – Quando eu sair daqui, vou acabar com a sua raça e te matar.

Após ameaçar aquela desgraçada, me soltei das grades e voltei a me sentar desconfortavelmente na gaiola. Olhei para o lado, ignorando-a, mas tive o prazer de observar o rosto assustado de Jane, assim como percebi que ela deu alguns passos para trás.

Ouvi o barulho da porta se fechando e eu soube que a desgraçada havia ido embora. Limpei as lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos e afundei o meu rosto nas palmas das minhas mãos. Alguns minutos se passaram enquanto esperei o meu coração voltar a bater no rítmo normal.

Por alguma razão, eu não conseguia parar de pensar em Emmett. No sorrisso brincalhão em seus lábios e em como ele me tranquilizaria naquela situação, provavelmente exibindo os músculos enquanto me afirmava que iria socar todo mundo só para me proteger. Lembrei do fora que dei nele, minutos antes de o meu mundo virar uma desgraça.

Enquanto eu ficava perdida em meios aos pensamentos, uma bréu preencheu minha mente e fui caindo lentamente em completo sono.

E então aconteceu.

O mundo ao meu redor ganhou cor e vida. Eu estava parada enquanto tudo girava. Fui obrigada a fechar os olhos para evitar o sentimento de tontura..  Meu coração parecia que ia pular da minha boca a qualquer instante. Eu sabia que não estava mais na gaiola, mas que não era um sonho, pois seria essa a unica opção viável para sair da minha prisão.

Assim que tudo pareceu acalmar, abri meus olhos e me deparei com um dos cenários mais lindos que já vi nada.

Em minha frente, encontrei a ruina de um tempo que só poderia pertencer a Grécia, devido a arquitetura bem desenhada e encantadora. Dei alguns passes em sua direção e ao olhar para baixo, encontrei bastante areia, que se movia para todos os lados, devido ao vento forte. O céu estava coberto por nuvens vermelhas e o sol estava se pondo em meio as montanhas ao longe. Foi quando me deparei com um mar imensamente azul e bonito.

Não poderia ser.

Reconheci o lugar. Era Sounion, um templo mitológico que ficava a alguns metros de Atenas, com uma espetacular vista do Mar Egeu cuja azul anil era inconfundível. Antigamente, servia de lugar para Atena punir os inimigos capturados nos combates divinos, sendo que nem a força dos homens era capaz de romper as paredes. Pertenceu, também, a Poseidon. Sempre foi um lugar que eu sentia vontade de conhecer quando tive as aulas de história.

Eu não estava sonhando. Não poderia. Eu era capaz de racionalizar,  sentir minhas emoções e controlar as minhas ações. Além do mais, por alguma razão, fui capaz de reconhecer aquela sensação estranha, da qual me afirmava que havia magia agindo ao meu redor. Porém, não estava saindo da maldade de Jane, mas sim.... de mim.

— Rosalie?

Ouvi meu nome ser chamado ao longe e não precisei de muito para reconhecer o dono da voz. Imediatamente, minha atenção se voltou em sua direção e minhas pernas fraquejaram por alguns instantes quando o encontrei.

Estatura alta. Musculoso e com um sorriso brincalhão que poderia encantar o mundo inteiro.

Emmett.

Eu corri para ele.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Link da música que me serviu de inspiração para esse capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=_q6GJ-MkFsg

SOUNION, o templo: http://athensgreecetransfer.com/wp-content/uploads/2014/12/sounio2.jpg

OLÁ MEU POVO! OLHA QUEM ESTÁ DE VOLTA, DO NADA! MAS QUE ALEGRIA :)
Primeiro, devo o meu pedido de desculpas para vocês, devido a essa demora toda. Eu realmente fiquei ocupado com a faculdade, com o trabalho, com meus artigos e mais mil coisas. Entretanto, aqui estou, pronto para fazer desse 2016 o ano que vou postar muitos capítulos, e talvez, finalizar a história. Por isso, preciso da ajuda de vocês.
Primeiro, eu gostaria que todas que leram o capítulo, deixassem os comentários, pois isso me ajuda BASTANTE! Consigo ler a opinião de vocês e interagir também. Se prometerem comentar, prometo postar com mais frequência. Estou pensando em colocar um dia fixo de publicação. E se quiserem recomendar a história, melhor ainda.
Outra coisa. Estou pensando em fazer um blog, o que acham? Lá posso postar meus textos e até mesmo, histórias originais e dar dicas de livros para vocês.
Abaixo, vou deixar as minhas redes sociais, assim vocês podem me cobrar para postar logo as histórias. O que acham?
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Até a próxima, e aguardo os comentários. Vamos começar com tudo.
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