A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 56
2ª Fase: Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

- Provando meu papel de um bom autor, estou aqui novamente, postando um novo capítulo, semanalmente.

— Boa Leitura!



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Manhattan , 2058

Levaram-me até a delegacia de Manhattan.

Ou melhor, até a sede da New York City Police Department, também conhecida como NYPD. Explicaram-me que esse era o maior dos Estados Unidos, bem como a maior força policial municipal do mundo, possuindo a responsabilidade de garantir o cumprimento da lei e investigar os cinco distritos da cidade de Nova York, sendo Manhattan uma delas. Foi criada em 1845, com o objetivo de se fazer preservar a paz.

– Lembre-se – O Sr. Klein explicou no banco da frente do taxi. – Os membros da NYPD são conhecidos como os melhores de New York.

– Ninguém te pediu nada, velho. – A Sra. Klein respondeu ao comentário do seu marido, durante nossa suposta aula de história dentro do taxi.

Ignorando aos insultos que vieram logo em seguida, fiquei impressionada ao visualizar um carro voando em cima de minha cabeça. Os pedestres pareciam nem perceber. Na verdade, o que mais me irritou foi o fato de que tudo pareceu novo e excitante para mim. Aquilo não podia ser um bom sinal. Afinal, mesmo após ter hipoteticamente sofrido de amnésia, eu deveria reconhecer algumas coisas, certo?

Fiquei com certo receio de perguntar para o casal de idade qual era o meu nome, pois eles pareciam ter conhecimento acerca do assunto, uma vez que afirmaram estarem me levando até minha mãe.

Supostamente, minha mãe era a delegada.

Ao longo do caminho, fui tratada como uma adolescente drogada e sem noção das coisas. Fiquei preocupada, uma vez que o casal me reconheceu assim que puseram os olhos em mim. Eu certamente era alguém muita conhecida, pois fui identificada por um casal de estranhos em um momento de imundice.

Afinal, quantas pessoas me conheciam por ali?

Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que andavam vestidas de um jeito meio cômico. Reconheci algumas fantasias de bruxas, outras de fadas e pude visualizar até mesmo um menino vestido de diabo, enquanto beliscava seu nariz.

– Por que todos estão vestidos assim? – Me arrisquei em perguntar.

Algo me dizia que eu precisava ser cautelosa com minhas palavras, e até mesmo com o jeito de olhar para os outros.

– Tolinha, hoje é dia de Halloween. – A senhora sentada ao meu lado respondeu, encostando a mão em meu ombro.

Ah, claro. Aquilo explicava o motivo de algumas arvores estarem revestidas de papel higiênico, sendo que alguns esqueletos estavam pendurados em galhos. Senti repulsa ao pensar em meu corpo deitado em uma cova, o que recentemente aconteceu. Minha cabeça latejou fortemente ao tentar procurar respostas pelo ocorrido. Sinceramente? Senti medo, porque nada fazia o menor sentido.

O resto do caminho foi totalmente silencioso. Descobri que Manhattan era uma cidade muito bonita, mas também considerada uma ilha para a maioria da população. Não era para menos, uma vez que tudo o que eu via ao longe não se passava de água e mais água, cercando toda a cidade de uma maneira fascinante.

No meio das pessoas, encontrei alguém parado, usando um moletom preto cuja toca cobria sua cabeça. Parecia estar olhando diretamente para mim. Precisei admitir que a fantasia era muito estranha, sendo que sua atenção permaneceu intacta ao mesmo tempo em que o taxi transitava.

Ignorei o sentimento de vertigem.

– Chegamos! – O Sr. Klein avisou, com um grande sorriso no rosto.

Fiquei impressionada com o tamanho do prédio da NYP. As pessoas na rua não possuíam educação alguma, pois a maioria delas bloqueavam o meu caminho, devido ao amontoado de pedestres. Foi praticamente um sacrifício sair do taxi.

O casal que me acompanhou até o décimo andar e é claro que utilizamos o elevador, que afinal de contas, não continham espelhos. A partir de lá, me deixaram. Fiz questão de agradecer com um abraço meio estranho. Eles pediram para que eu procurasse pela delegada, minha mãe.

O problema?

Eu não lembrava quem era a minha mãe.

Quando as portas do elevador se fecharam, a última coisa que vi foi o sorriso generoso do Sr. Klein. Meu coração bateu forte dentro do peito, e tive dificuldade de respirar. Tente não parecer um ser estranho que veio de outro mundo, sorria. Pensei remotamente.

Dei as costas para o elevador e comei a andar, sem saber o que fazer. Vários policiais passaram por mim, super apressados. Porém, parei no meio do caminho quando surgiu em meu campo de visão uma mesinha a alguns quilômetros de distancia. Não foi o objeto em si que chamou minha atenção, e sim um vaso de flor que continha uma rosa negra.

Por alguma razão, minhas pernas começaram a se mover mecanicamente em direção da rosa e minha mente pareceu estar preenchida por um breu. A medida que eu me aproximava, mais meu corpo ficava tenso. Quando percebi, meu braço direito estendeu-se, enquanto que meus dedos ansiavam para tocar as pétalas, ou talvez até mais em baixo.

Por alguma razão, não me importei em espetar meus dedos. A sensação me pareceu... Incrivelmente boa.

Parei quase no fim do caminho quando um policial parou na minha frente.

Ele era alto e por esse motivo, tive que olhar para cima.

Tudo bem, só podia ser um adolescente, ou talvez fosse um homem com uns vinte anos. Seus olhos castanhos escuros me olhavam com certa diversão, enquanto que o sorriso branco estava estampado em seu rosto. Seu cabelo moreno estava arrumado perfeitamente, um pouco caído para frente, tapando sua testa. Sua bochecha era um pouco redonda e seu queixo perfeitamente delineado. Ele era um pouco musculoso, mas estava tapado com o uniforme de policial

Por um momento, ele me pareceu familiar.

– Melanie. – Ele falou, sorrindo diretamente em minha direção.

Então, eu me chamava Melanie.

Fiquei em silencio por alguns segundos, tentando reconhecê-lo. Tal tentativa foi em vão, uma vez que minha cabeça começou a doer como o inferno.

– Oi. – Minha voz soou estranha.

– Uau. – Ele me olhou de cima a baixo. – Você se arrastou na terra, ou algo parecido? – Soltou uma risada calorosa. – Talvez esse seja o seu traje para o dia das bruxas, hm?

Percebi que minha coluna estava rígida e tentei relaxar. Passei as mãos pelos meus cabelos e percebi que meus fios, encontravam-se cacheados. Por um momento, fiquei curiosa para me olhar no espelho. Talvez me arrastar para um banheiro e encarar meu reflexo. Porém, eu não estava pronta para dar de cara com uma desconhecida.

– A minha mãe esta? – Perguntei abruptamente. Afinal, ele me parecia me conhecer. Sem falar que seria muito estranho perguntar o nome dele, pois tudo dava a entender que éramos próximos.

– Não. – Ele apressou-se em responder. – Ela está procurando por você. Afinal, vocês brigaram.

– Eu briguei com minha mãe? – Indaguei.

– Sim. Você me mandou mensagem, lembra?

Eu estava pronta para dizer um não, mas me calei.

Ótimo. Pelas circunstancias, ele era um amigo próximo. E como eu não sabia meu caminho de volta para casa, só me restava uma opção.

– Você pode me levar pra casa? – Perguntei.

– Está me perguntando se posso levar a filha da delegada para casa? – Ele pareceu brincar. – Eu é que não vou correr o risco de ser demitido.

Por esguelha, percebi que ele estava pronto para tocar em meu braço e me afastei rapidamente. Ficamos em silencio por alguns segundos, mas ele logo soltou uma risada e começou a andar em direção do elevador.

Eu o segui, com um sorriso de desculpas.

Não demoramos muito para chegarmos até uma das viaturas, muito menos para sairmos do prédio. Eu não sabia o nome dele, nem mesmo qual era a minha aparência. Tudo bem, eu só precisava de tempo e conhecer minha família e me lembrar de quem eu era e voltar para minha rotina normal.

Coisas simples.

Quando saímos do prédio, percebi que a pessoa com o capuz continuava no mesmo lugar, enquanto que as pessoas passavam apressadas por seu lado.

Pelo vidro do carro, pude perceber quem quer que fosse o dono do moletom, sua atenção estava caída em mim, novamente. Qual era a droga do seu problema?

Ignorei novamente a vertigem que se instalou em meu estomago, desviando minha atenção para o rosto do meu suposto amigo policial.

Estava na hora de conhecer minha vida.


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Notas finais do capítulo

Então, como vocês perceberam, andei colocando o link do personagem que nossa Melanie (Bella) conheceu.
Adivinhem quem ele é no passado?????
Curiosas para saber quem selecionei para interpretar nossa Bella? Ou o Edward?
Fiquem de olho.
Se vocês comentarem, eu posto o mais rápido possível, certo?
Abraços, e até a próxima.
R
10/01/2015



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